Abril 30, 2025
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Em 30 de dezembro do ano passado, de maneira sorrateira e no período das festas de fim de ano, a Caixa Econômica Federal voltou a aplicar arbitrariamente a CI Supes/Geret 293 (2006) para reduzir jornada e salários de empregados da carreira técnica que possuam reclamação trabalhista. A principal mudança é na jornada de trabalho de oito para seis horas, com redução salarial.

 
A medida atinge cerca de 250 empregados de cargos técnicos com jornada de oito horas. A reedição da normativa é contestada por Jair Pedro Ferreira, coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa), que assessora a Contraf-CUT nas negociações com o banco. “Trata-se de uma represália àqueles trabalhadores que buscaram garantir seus direitos na Justiça”, aponta.

 
Jair, que é também vice-presidente da Fenae, esclarece que a CI determina exclusivamente a alteração compulsória da jornada de trabalho e da gratificação dos empregados com cargos em comissão técnica ou de assessoramento de oito horas, que ajuizaram ação – individual ou conjunta por meio de entidades sindicais -, questionando a jornada além da sexta hora diária.

 
A medida da Caixa é classificada de inaceitável pelo representante nacional dos trabalhadores. Isto porque, entre outros motivos, o banco utilizou a questão judicial como álibi para colocar os empregados contra as entidades sindicais e associativas.

 
Diante disso, o movimento nacional dos empregados irá exigir da direção da empresa a imediata revogação da normativa, mas de antemão, conforme recentes contatos mantidos pela CEE/Caixa, o banco informou que não pretende revogá-la, por ser uma decisão de seu Conselho Diretor.

 
Jair diz que apoia a iniciativa da Apcef/SP de participar de audiência nesta sexta-feira (10), às 14h, no Ministério Público do Trabalho (MPT) de São Paulo, com a finalidade de expor e denunciar o autoritarismo da Caixa de punir empregados da carreira técnica com jornada de oito horas.

 
Fonte: Contraf-CUT com Fenae

Deixando claro, mais uma vez, o seu desrespeito em relação aos trabalhadores, o Mercantil do Brasil iniciou, no fim de 2013, um processo de demissões em todo o Brasil, que vem deixando bancárias e bancários inseguros em relação ao seu futuro no banco. Em dezembro, cerca de 50 funcionários do banco na base do Sindicato dos Bancários de Belo Horizonte e região foram surpreendidos com a carta de demissão.

 

Diante da grave situação, o Sindicato exigiu imediatamente uma explicação do Mercantil, que alegou estar realizando um processo de reestruturação e que não haveria novas demissões. Porém, o banco não apenas continuou com os cortes, como também fechou oito agências espalhadas pelo país nesta terça-feira (7).
Foram fechadas duas unidades de trabalho em Belo Horizonte, além de outras seis localizadas nos estados de Mato Grosso do Sul, Bahia, Paraíba, Paraná, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. A medida não apenas desrespeita a categoria, como vai contra o próprio discurso do Mercantil de que pretendia avançar e atingir o número de 200 agências no país.
Além disso, mudanças de perfil em outras sete agências, situadas em Minas Gerais e também nos estados de São Paulo e Espírito Santo, têm deixado os trabalhadores apreensivos. A reestruturação é realizada para que as unidades de trabalho passem a operar com atendimento exclusivo aos beneficiários do INSS.
O Sindicato está cobrando uma reunião com o banco na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de Minas Gerais (SRTE/MG) para exigir esclarecimentos e o fim do absurdo processo de demissões.

 

Em outras ocasiões, o Mercantil já demonstrou claramente sua postura autoritária e de desrespeito aos bancários. Em manifestações realizadas em agosto de 2013, por exemplo, no Dia Nacional de Luta no Mercantil do Brasil, gestores do banco intimidaram trabalhadores e chegaram a chamar a Polícia Militar para a porta da agência, em Belo Horizonte, para forçar bancárias e bancários a entrarem na unidade de trabalho.

 

O funcionário do Mercantil e diretor do Sindicato, Vanderci Antônio da Silva, destacou o ambiente pesado observado nas agências do banco. “Temos visitado, constantemente, as agências e departamentos do Mercantil, onde constatamos um ambiente tenso e triste, em alguns casos, sem nenhum exagero, um clima de velório. São funcionários desolados com as demissões de companheiros e preocupados com o futuro incerto.”

 

“A famigerada reestruturação proposta pelo Mercantil está adoecendo os funcionários e piorando suas condições de trabalho. Lutaremos contra esta situação, já que os trabalhadores não são culpados e não podem ser penalizados pela má gestão do banco”, afirmou Vanderci.

 

Fonte: Contraf-CUT com Glauber Guimarães – Seeb BH

Antiga reivindicação sindical, a redução da jornada de trabalho de 44 horas para 40 horas semanais, sem redução nos salários, é um dos destaques da pauta das centrais para 2014. Para o presidente da CUT, Vagner Freitas, por exemplo, esta é a principal reivindicação da central, junto com o fim do fator previdenciário.

 

“Achamos que é um descalabro, num governo democrático popular, não ter resolvido estas duas questões, quando você tem várias políticas do governo federal com o intuito de manter a competitividade das indústrias nacionais e melhorar a concorrência. Para nós, é importante revitalizar o mercado interno com novos empregos, para novos trabalhadores”, aponta Vagner.

 
Segundo o Dieese, a diminuição do tempo de trabalho medida tem potencial de criação de 2,5 milhões de empregos, e é um meio de distribuição de renda. Mais do que isso, representa um ganho na qualidade de vida. Mas se para os trabalhadores reduzir a jornada pode possibilitar a criação de demanda maior por força de trabalho e reduzir a taxa de desemprego, o setor empresarial alega que a medida trará aumento de custos.

 
“É preciso levar em conta o ganho de produtividade, porque o volume de produção por trabalhador também vai aumentar, o que por sua vez faz aumentar o lucro e compensar o possível aumento de custo. Essa é a aposta que deve ser feita”, argumenta o diretor-técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio. Ele observa que o ganho com as horas livres pode vir com a realização de cursos de formação e investimentos pessoais, que também trazem resultados positivos ao próprio empresariado.

 
Desde 1995, tramita na Câmara dos Deputados a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 231, dos ex-deputados e atuais senadores Inácio Arruda (PCdoB-CE) e Paulo Paim (PT-RS), que reduz a carga horária máxima semanal de 44 para 40 horas e aumenta o valor da hora extra de 50% para 75%.

 
“Como o setor empresarial é muito forte, tanto na Câmara como no Senado, eles não deixam pautar a matéria e ela simplesmente não é apreciada, porque falta vontade política do Parlamento”, afirma Paim. “Haveria chances reais de avançarmos se a proposta fosse colocada em pauta, mas para isso acontecer somente com grande pressão popular, de fora para dentro do Parlamento”, acrescenta.

 

 

Até virar lei 

 

Há mais de 20 anos não há redução da jornada no limite legal. A última, ocorrida na Constituição de 1988, reduziu as horas semanais de 48 para as atuais 44 horas. Apesar da forte pressão sindical, mesmo com poucos avanços nesse sentido, algumas categorias têm garantido a mudança por meio de acordos coletivos.

 

Em 2005, trabalhadores do ramo químico conquistaram em negociação coletiva, específico para o setor farmacêutico, a alteração de 44 horas para 42 horas, e em 2008 de 42 para 40 horas. Em acordos específicos com montadoras e fábricas de autopeças do ABC paulista, Taubaté, Sorocaba e São Carlos, os metalúrgicos da base da CUT também já possuem jornada reduzida.

 

Segundo a Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), 15% dos trabalhadores do ramo químico no ABC paulista tinham jornada de até 40 horas, em 2012. Isso inclui os funcionários em indústrias farmacêuticas e trabalhadores em regime de turno de revezamento (petroquímicos). Em São Paulo, são aproximadamente 23 mil químicos do setor farmacêutico com a jornada menor, segundo o sindicato da categoria.

 

“A redução sempre foi um grande tabu, mas facilitou muito a vida dessas pessoas. Hoje, quando temos de fazer ponte para folgas no final do ano ou feriado, com uma hora a mais de trabalho diário, por exemplo, temos todo o cuidado para não comprometer o sábado e domingo, porque estes trabalhadores já assimilaram a cultura de estar o final de semana inteiro de folga. Os ganhos são imensuráveis”, afirma o coordenador geral do Sindicato dos Químicos e Plásticos de São Paulo, Osvaldo Bezerra, o Pipoka.

 

 

Saúde

 

Segundo a Síntese de Indicadores Sociais (SIS) do IBGE, em 2012 os homens tinha jornada semanal média de 42,1 horas e as mulheres, de 36,1 horas. No entanto, os cuidados com afazeres domésticos acrescentavam 10 e 20,8 horas, respectivamente.

 

Entre especialistas, não há dúvida que o primeiro impacto está associado à qualidade de vida. Quatro horas a menos de trabalho significa mais tempo livre para estar ao lado da família, se divertir, estudar, ou simplesmente descansar. Para os trabalhadores com carga horária de trabalho aos sábados, a redução da jornada pode representar o sábado livre, se a distribuição das 40 horas se concentrar somente nos dias de semana.

 

Para a médica do Trabalho, Maria Maeno, pesquisadora da Fundacentro, somar a possibilidade de fazer uma coisa que se gosta, num ritmo humanamente realizável, ao tempo livre é o que vai determinar a saúde do trabalhador. “Se o trabalho tem uma jornada enorme, que invade os finais de semana, as noites e os momentos de lazer, o trabalhador é absorvido por isso e todos os indicadores de saúde ficam prejudicados.”

 

Ela destaca que, para trabalhadores expostos à situações nocivas a saúde, quanto maior a jornada, maiores os riscos. “Em um ambiente ruidoso, por exemplo, quanto mais tempo exposto ao ruído, maior a possibilidade de ter perda auditiva, assim como para funcionários que trabalham com produtos químicos mais alta é a possibilidade de se adquirir doenças relacionadas a esses produtos”, diz a médica.

 

Ela lembra que o adoecimento não está somente relacionado às exigências de produtividade, ritmo e pressão. “É uma forma de recompensa que não tem a ver com retorno financeiro, porque ele não deve ser a única forma de reconhecimento para o trabalhador.”

 

 

Alternativas

 

Para o diretor-técnico do Dieese, o Brasil produziu e cresceu economicamente, está com o mercado interno mais vigoroso e essa redução é uma forma de redistribuir os ganhos desse crescimento. “Há também o efeito distributivo, a redução da jornada de trabalho também visa redistribuir a riqueza e a renda, gerada por meio de uma redução do tempo dedicado ao trabalho e, portanto da disponibilidade de maior tempo para as outras dimensões da vida”, afirma Clemente.

 

Os trabalhadores consideram que há setores expressivos de baixa produtividade, nos quais os efeitos da redução da jornada podem ser mais pesados, como micro e pequenas empresas. Negociar a redução da jornada de maneira gradativa até se alcançar as 40 horas, também é opção. “Pode ser uma alternativa, a CUT entende que é uma questão de negociação e se o caminho for a redução gradual, é claro que nós aceitamos negociar”, diz Vagner.

 

“É evidente que não é uma coisa simples, mas não é o fim do mundo”, observa Clemente. “Se lembrarmos as discussões em torno do crescimento do salário mínimo, vemos que os empresários falavam que não poderia ser feito porque isso teria um efeito perverso, e no entanto o salário cresceu 70% acima da inflação e o Brasil vai bem. Repartir o lucro das empresas é por meio do salário, condições de trabalho e jornada. Esse é o debate”, salienta.

 

Na próxima quarta-feira (15), as centrais sindicais vão se reunir na sede da CUT, em São Paulo, para discutir o planejamento de 2014. Na chamada agenda da classe trabalhadora, três itens se destacam: redução da jornada, combate ao Projeto de Lei 4.330 sobre terceirização e fim do fator previdenciário.

 

Fonte: Viviane Claudino – Rede Brasil Atual

O Casp (Centro Administrativo São Paulo), maior concentração do HSBC na capital paulista, será fechado. Sem entrar em detalhes, o banco inglês explicou a representantes dos trabalhadores que a interdição deverá ocorrer até 27 de fevereiro e se deve à falta de documentação exigida pela Prefeitura de São Paulo.

 

Os cerca de mil bancários e 100 terceirizados do complexo terão de readaptar suas rotinas de trabalho. Eles serão deslocados para outras concentrações do banco. Parte irá para o edifício Tower, localizado na Avenida Faria Lima, e outra parte para o Centro Administrativo Morumbi. Um terceiro grupo de funcionários deverá ser transferido para um prédio alugado na Barra Funda.
“Nós estamos cobrando para que os bancários não sejam prejudicados com essa transferência”, diz o diretor do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Paulo Sobrinho. “Até porque os funcionários do Casp já têm sua rotina adaptada àquele local de trabalho”, completa.
Infestações
O Casp está localizado em um prédio antigo que possui um histórico extenso relacionado à má conservação. Os bancários do complexo se queixam de infestação de animais como ratos, pombos e moscas e problemas na infraestrutura.

 

“No segundo andar já teve problema de infestação de pombos, que causava um fedor horrível. No terceiro e no quarto andar tem cheiro ruim de esgoto. Lá fizeram um ‘gato’ para tentar dar uma melhorada. O cheiro desparece por uns dias, mas depois volta pior. Já caiu rato vivo do teto e alguns andares têm problema de infestação de mosca”, relata um bancário do complexo.

 

Além dos problemas com pragas e odores, o prédio tem outros, relacionados à infraestrutura. Paulo conta que o Casp só tem dois elevadores em cada torre, mas é comum um deles estar quebrado.

 

“Para piorar, em 2012 uma parte do teto caiu por conta de um temporal, e bancários se feriram”, conta o dirigente sindical, acrescentando que o ar-condicionado também é alvo de queixa constante dos funcionários, principalmente por ser muito frio.

 

De acordo com Paulo, sempre que chegam denúncias de trabalhadores, o Sindicato cobra o banco, que apenas realiza reformas pontuais. “Como se não bastasse os bancários trabalharem em um prédio com histórico de problemas, eles terão de ser realocados por conta da interdição da prefeitura e vão ter de conviver com mais esse transtorno. Nós exigimos que os trabalhadores do HSBC sejam respeitados”, cobra o dirigente sindical.

 

Fonte: Seeb São Paulo

Com ousadia, unidade e mobilização, os bancários conquistaram na Campanha 2013 o direito à folga assiduidade, prevista na cláusula 24ª da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) de 2013/2014. Trata-se de um dia de ausência remunerada ao empregado que não tenha falta injustificada ao trabalho no período de 01/09/2012 a 31/08/2013.

 
A folga é devida a todos os bancários com um ano de vínculo empregatício com o banco e em efetivo exercício no dia 18 de outubro de 2013, quando foi assinada a CCT.

 
O direito precisa ser exercido até o dia 31 de agosto de 2014 e a data será definida pelo funcionário em conjunto com o gestor.

 
“Cada bancário terá pelo menos um dia de folga para resolver problemas, esticar o fim de semana ou tratar de assuntos pessoais”, afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT.

 
Entretanto, há bancos que ainda não orientaram os gestores sobre a utilização da folga assiduidade e, por isso, muitos bancários encontram obstáculos para usufruir o novo direito. Qualquer problema deve ser denunciado pelo bancário ao sindicato, a fim de buscar uma solução.

 
Essa nova conquista não poderá ser convertida em pecúnia, não adquire caráter cumulativo e não poderá ser utilizada para compensar faltas ao serviço. O banco que já concede folgas ao empregado, como “faltas abonadas”, “abono assiduidade”, “folga de aniversário”, fica desobrigado do cumprimento desta cláusula, sempre observando a fruição dessa folga em dia útil.

 
Confira a íntegra da redação da nova conquista:

 
CLÁUSULA 24ª – FOLGA ASSIDUIDADE

 
Os bancos concederão 1 (um) dia de ausência remunerada, a título de “folga assiduidade”, ao empregado em efetivo exercício na data da assinatura da Convenção Coletiva de Trabalho e que não tenha nenhuma falta injustificada ao trabalho no período de 01/09/2012 a 31/08/2013.

 

 

Parágrafo Primeiro
Para gozo do benefício, o empregado deverá ter, no mínimo, 12 (doze) meses de vínculo empregatício com o banco.

 

 

Parágrafo Segundo
O dia de fruição ocorrerá impreterivelmente no período de 01/09/2013 a 31/08/2014 e será definido pelo gestor em conjunto com o empregado.

 

 

Parágrafo Terceiro
A “folga assiduidade” de que trata esta Cláusula não poderá, em hipótese alguma, ser convertida em pecúnia, não poderá adquirir caráter cumulativo e não poderá ser utilizada para compensar faltas ao serviço.

 

 

Parágrafo Quarto
O banco que já concede qualquer outro benefício que resulte em folga ao empregado, tais como “faltas abonadas”, “abono assiduidade”, “folga de aniversário”, e outros, fica desobrigado do cumprimento desta cláusula, sempre observando a fruição dessa folga em dia útil e dentro do período estipulado no parágrafo primeiro.

 
Fonte: Contraf-CUT

Em comunicado enviado à Contraf-CUT na quarta-feira (13), o Santander anunciou os valores da segunda parte da PLR a seus funcionários: regra básica com majoração de 1,2649771 salário e parcela adicional de R$ 2.461,75, respeitados os tetos estabelecidos pela Convenção Coletiva e descontado o pagamento da antecipação em outubro do ano passado. Também será pago o Programa de Participação nos Resultados Santander (PPRS), no valor de R$ 1.600, sem compensação na PLR.

 

O Santander reafirmou que fará o crédito na folha de pagamento que sai na próxima quarta-feira, dia 20. No entanto, o banco não aceitou a proposta feita pela Contraf-CUT de marcar uma reunião para esclarecer dúvidas sobre os dados do balanço e os valores da PLR, impactados pelas excessivas provisões para devedores duvidosos (PDD).

 

“Mais uma vez o Santander dá uma demonstração de desrespeito a seus trabalhadores, que não são valorizados na mesma proporção de seu empenho ao longo do ano”, critica Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT. “O banco se recusa a discutir as dúvidas sobre o balanço, demonstrando mais uma vez falta de transparência nas relações de trabalho, negando o direito à informação de seus trabalhadores.”

 

 

Maquiagem no balanço

 

O balanço de 2012 apontou um lucro líquido gerencial de R$ 6,329 bilhões. “Este resultado é fruto do empenho e dedicação dos bancários brasileiros, responsáveis por 26% do lucro mundial do Santander”, afirma Ademir Wiederkehr, secretário de imprensa da Contraf-CUT.

 

Mas, repetindo a estratégia de todo o sistema financeiro nacional no ano passado, o Santander mais uma vez superdimensionou as provisões para dívidas superiores a 90 dias, que nos últimos 12 meses passaram de R$ 11,5 bilhões para R$ 14,9 bilhões, um aumento de 30,11%.

 

“Essas provisões representam duas vezes e meia o lucro líquido do banco no ano, o que é um evidente exagero diante de uma realidade em que a inadimplência cresceu 1 ponto percentual em 2012, mas vem caindo. Essa maquiagem no balanço visa ludibriar o governo e a sociedade e tem impacto negativo na distribuição da PLR”, alerta Carlos Cordeiro.

 

 

O que vem no dia 20

 

A regra básica da PLR estabelece o pagamento de 90% do salário mais uma parcela fixa de R$ 1.540 com teto de R$ 8.414,34, descontada a antecipação já ocorrida de 54% do salário mais uma parcela fixa de R$ 924, limitada a R$ 5.408,60.

 

Conforme a convenção coletiva, a regra básica deverá ser majorada até a distribuição de 5% do resultado, com teto de 2,2 salários ou R$ 18.511,54, o que ocorrer primeiro. Mas segundo o informe do Santander, a regra básica será acrescida até 1,2649771 salário, ficando bem abaixo do teto.

 

Além da regra básica, será creditada a parcela adicional da PLR, correspondente à distribuição linear de 2% do lucro líquido entre todos os funcionários do Santander. Conforme a convenção coletiva, o teto é de R$ 3.080. Pelos cálculos do banco, o valor será de R$ 2.461,75, ficando igualmente bem abaixo do teto. Desse total será descontada a antecipação feita no ano passado de R$ 1.265,13.

 

Além da PLR, o banco fará o crédito do PPRS de R$ 1.600 e dos programas próprios de renda variável do segundo semestre de 2012.

 

O Santander informou ainda que pagamento da PLR e do PPRS aos funcionários desligados, elegíveis ao recebimento, será feito no próximo dia 28.

 

 

Isenção do IR

 

No pagamento, os bancários serão beneficiados pela primeira vez com a nova tabela de Imposto de Renda sobre a PLR. Pela nova regra, quem recebe até R$ 6 mil ao ano de PLR fica isento de IR e os descontos são progressivos a partir desse valor, mas todos pagarão menos imposto.

 

> Clique aqui para ver a tabela das faixas salariais.

 

Nos ganhos até R$ 10 mil, o desconto do imposto cai de R$ 1.993,47 para R$ 375. Para quem recebe até R$ 15 mil, o IR cai de R$ 3.368,47 para R$ 1.338,75. E para a PLR de R$ 20 mil, o desconto que era de R$ 4.743,47, vai para R$ 2.704,37.

 

O desconto, com base na nova tabela, será na fonte. Posteriormente, no recebimento da primeira parcela da PLR 2013, a ser paga no segundo semestre deste ano, os dois valores (segunda parcela da PLR 2012 e primeira da PLR 2013) serão somados e o imposto será recalculado e descontado novamente na fonte.

 

As novas regras só valem para a PLR recebida em 2013. Ou seja, os valores pagos como primeira parcela de 2012, creditados dez dias após a assinatura da CCT, não serão restituídos.

 

Fonte: Contraf-CUT

O Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, reúne-se na sexta-feira (22), às 10h, na sede da Confederação (Rua Líbero Badaró, 158 – 1º andar). Os representantes dos bancários definirão calendário da Campanha Nacional de 2013 e estratégias de ação.

 

No calendário estão incluídas as datas das conferências regionais e da Conferência Nacional dos Bancários, que definirá a estratégia e a pauta de reivindicações da categoria na campanha deste ano. Outro ponto de pauta será o plano de funções comissionadas do Banco do Brasil.

 

Confira a composição do Comando Nacional:

 

Contraf-CUT
Fetrafi Rio Grande do Sul
Fetec Santa Catarina
Fetec Paraná
Fetec São Paulo
Feeb São Paulo e Mato Grosso do Sul
Feeb Rio de Janeiro e Espírito Santo
Fetraf Minas Gerais
Fetec Centro-Norte
Feeb Bahia e Sergipe
Fetrafi Nordeste
Sindicato de São Paulo
Sindicato do Rio de Janeiro
Sindicato de Belo Horizonte
Sindicato de Brasília
Sindicato de Porto Alegre
Sindicato de Florianópolis
Sindicato de Curitiba
Sindicato de Campinas
Sindicato do ABC
Sindicato de Campo Grande
Sindicato do Mato Grosso
Sindicato do Espírito Santo
Sindicato da Bahia
Sindicato de Sergipe
Sindicato de Alagoas
Sindicato de Pernambuco
Sindicato da Paraíba
Sindicato do Ceará
Sindicato do Piauí
Sindicato do Pará
Sindicato do Acre
Sindicato do Amapá
Sindicato de Rondônia
Sindicato de Roraima

 

CONVIDADOS

 

Comissão de Empresa dos Funcionários do BB
Comissão Executiva dos Empregados da Caixa
Comissão dos Funcionários do BNB
Comissão dos Empregados do Banco da Amazônia

 

Fonte: Contraf-CUT

Robin Sidel

 

The Wall Street Journal (no Valor Econômico)

 

Os americanos estão se acostumando cada vez mais a usar seus celulares para realizar transações financeiras básicas, fazendo os bancos correrem para oferecer tecnologias que reduzirão seus pesados custos com atendimento ao cliente e visitas às agências.

 

É uma grande mudança em relação a apenas alguns anos atrás, quando os clientes, na maioria dos casos, só recorriam ao celular para consultar saldos e encontrar a agência mais próxima. Eles agora estão usando seus aparelhos para depositar cheques e fazer transferências.

 

O First Financial Bank, um banco comunitário com 55 agências no Texas, lançou recentemente uma função que permite aos clientes pagar contas ao fotografá-las com seus celulares. O U.S. Bancorp., quinto maior banco dos Estados Unidos em ativos, planeja lançar em março sua própria versão do serviço.

 

A tendência está se consolidando entre os jovens que usam cada vez mais seus smartphones para tarefas do dia-a-dia. Não está claro, entretanto, se os clientes mais velhos – muitos dos quais demoraram a aderir aos serviços on-line e que são uns dos mais lucrativos dos bancos – estão dispostos a fazer outra mudança.

 

As iniciativas ocorrem num momento em que bancos americanos buscam novas maneiras de atrair clientes durante este período de juros baixos, pouca demanda por empréstimos e margens de lucro apertadas.

 

Os esforços pelas transações bancárias móveis, também chamadas de “mobile banking”, estão mais avançados do que a corrida para transformar os celulares em dispositivos para pagamentos de compras. Os bancos também competem com firmas não convencionais de pagamento, como a PayPal, da eBay Inc.

 

A “disposição dos consumidores de administrar suas finanças pessoais e fazer transações bancárias via dispositivos móveis pegou o setor desprevenido”, disse Robert Hedges, diretor-gerente da Alix Partners LLP, uma consultoria de Boston.

 

Os dispositivos móveis representaram cerca de 8% das transações bancárias nos EUA, a internet 53% e as agências, 14%, segundo a AlixPartners. Outros métodos, como caixas automáticos, responderam pelo restante.

 

A maioria dos bancos dos EUA não cobra pelos aplicativos móveis; eles os consideram um meio de atrair clientes que podem acabar usando outros serviços.

 

Quase 50% dos usuários de smartphones que mudaram de banco disseram que as transações móveis foram um fator importante na sua decisão, comparado com 7% em 2010, segundo a pesquisa da AlixPartners.

 

O J.P. Morgan Chase & Co., que começou a oferecer transações móveis em 2009, afirmou que cerca de 13 milhões de seus clientes usam esses serviços. “Passamos de um experimento com dispositivos móveis para uma experiência fundamental que é tão importante quanto as agências, os centros de atendimento e a internet”, disse Ryan McInerney, que dirige as operações de banco de varejo do banco novaiorquino.

 

Os bancos começaram a oferecer serviços móveis cinco ou seis anos atrás, na forma de mensagens de texto e navegadores de internet. A explosão do uso de smartphones está ajudando a impulsioná-los. Cerca de metade dos usuários americanos de celular têm um smartphone, segundo estimativas do setor.

 

A Federação Brasileira de Bancos também faz um paralelo entre o aumento nas vendas de smartphones e o uso de serviços bancários móveis no Brasil, na sua pesquisa Ciab Febraban de 2012, a qual mostra que o número de correntistas que usam dispositivos móveis subiu 49%, para 3,3 milhões, em 2011. Já o número de smartphones vendidos no país entre 2009 e 2012 aumentou de 2 milhões de unidades em 2009, para 15 milhões em 2012, segundo a pesquisa.

 

O Itaú-Unibanco Holding SA, que lançou seu primeiro aplicativo de mobile banking em 2008 – para o iPhone, da Apple Inc. – informou que 3,9 milhões de downloads foram feitos até dezembro de 2012.

 

“Nossa expectativa é que o mobile banking se torne, em alguns anos, o segundo maior canal de transações do banco”, disse Ricardo Guerra, diretor de canais do Itaú-Unibanco.

 

O Banco Bradesco SA divulgou no seu site que tinha um total de 4 milhões de downloads acumulados no fim de 2012 e que fechou o ano com mais de 380 milhões de transações realizadas por meio de dispositivos móveis, uma alta de 1074% em comparação a 2010.

 

“Atualmente, 7% das transações do banco são realizadas por dispositivos móveis”, disse o diretor de canais digitais, Luca Cavalcanti, no site do banco.

 

Assim como o Itaú-Unibanco, o Bradesco não cobra pelo seu serviço de transações móveis.

 

Bancos em outros países da América Latina também embarcaram na tendência. O Santander Chile Holding SA disse que o número de usuários desses serviços aumentou de 5.000 em 2010 para 155.000 em janeiro deste ano. O Banco Nacional de México, ou Banamex, filial do Citigroup Inc., afirma que tem 150.000 clientes ativos do seu aplicativo.

 

“Estamos vendo cada vez mais que, cada vez que abrimos um canal, o cliente o adota”, diz Marcelo Scaglia, diretor de desenvolvimento de negócios do Banamex.

 

 

(Colaboraram Luis Garcia e Claudia Sandoval-Gomez.)

Em mensagem enviada no último dia 23 de dezembro aos funcionários, o presidente do Santander Brasil, Jesús Zabalza, anunciou mudanças na estrutura organizacional do banco. Pedro Coutinho não é mais o vice-presidente executivo comercial. Ele foi substituído por Juan Moreno, que era vice-presidente da Banca Comercial do Santander México.

 
Juan Moreno, que está no Grupo Santander desde 1997, ficará responsável pela Rede Comercial, Universidades e Canais, reportando ao vice-presidente executivo sênior de varejo, Conrado Engel.

 
Pedro Coutinho foi nomeado para a recém-criada Vice-presidência Executiva de Desenvolvimento de Novos Negócios, que reportará diretamente ao presidente do Santander. “O foco será a busca de novas oportunidades de negócios, bem como a consolidação, expansão e incremento acelerado de algumas atividades já em desenvolvimento”, justificou Zabalza.

 
Expectativas

 
“A saída de Pedro Coutinho abre a possibilidade de mudança na gestão do banco”, aponta o secretário de imprensa da Contraf-CUT, Ademir Wiederkehr. “Esse modelo baseado em demissões, rotatividade, falta de funcionários, cobrança de metas abusivas, assédio moral, estresse, insegurança e adoecimento não serve e só tem piorado as condições de trabalho e o atendimento aos clientes”, explica o dirigente sindical.

 
O Santander foi o banco que mais cortou postos de trabalho nos primeiros nove meses de 2013, fechando 3.414 empregos, conforme análise do Dieese. Pioraram até os serviços de limpeza, uma vez que muitas agências passaram a ter somente algumas horas de faxina por dia. “Essa redução de custos é ruim para o atendimento, o desempenho e a imagem do banco”, salienta Ademir. “Não é à toa que o Santander foi o banco que liderou no ano passado o ranking mensal de reclamações de clientes no Banco Central”, acrescenta.

 

Para o diretor da Fetraf RJ-ES, Paulo Garcez, “a saída de Pedro Coutinho traz um grande alívio para os funcionários das agências, cansados das pressões descabidas para alcançar resultados inatingíveis”.

 

“Esperamos que o novo responsável pela rede comercial não traga a política nefasta de terceirizações do México”, alerta a diretora do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Vera Marchioni.

 

“Queremos que o banco seja o melhor, mas para isso tem que investir nas pessoas, coisa que não vem ocorrendo”, enfatiza o presidente da Afubesp, Camilo Fernandes.

 

Ademir ressalta que “uma nova gestão do banco passa pelo fim das demissões, mais contratações, igualdade de oportunidades e melhores condições de saúde, segurança e trabalho, bem como pelo respeito aos aposentados, quase sempre tratados com descaso na rede de agências”.

 
Fonte: Contraf-CUT

Uma das importantes conquistas da Campanha Nacional 2013 já pode ser usufruída por bancários de bancos públicos e privados. Entrou em vigor no dia 1º de janeiro o vale-cultura, previsto na cláusula 65ª da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), que corresponde ao valor mensal de R$ 50 a serem utilizados na compra de bens culturais, como livros, CDs, ingressos para shows, teatro e cinema, cursos de arte, entre outros produtos.

 
Inicialmente, o direito será exercido por trabalhadores que ganham até cinco salários mínimos – o que agora soma R$ 3.620 por mês. Desta forma, quase 200 mil bancários já serão beneficiados.

 
O vale-cultura é um projeto do governo da presidenta Dilma Rousseff, garantido pela Lei nº 12.761/2012 e devidamente regulamentado. Os R$ 50 serão creditados mensalmente em um cartão magnético com validade em todo o território nacional.

 
O vale-cultura é cumulativo. Portanto, fica a critério do trabalhador qual a melhor forma e momento para utilizá-lo. Por esse motivo não é necessário usá-lo no próprio mês em que o crédito é efetivado. Ele pode ser somado e utilizado futuramente em produtos e serviços de maior valor.

 
Pela primeira vez o vale-cultura faz parte de uma convenção coletiva de trabalho no Brasil. “Isso permitirá que mais trabalhadores tenham acesso à literatura, ao cinema, ao teatro, aos espetáculos de música, valorizando a cultura em todo o país. A gente não quer só comida; a gente quer comida, diversão e arte”, destaca Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT, parodiando a música dos Titãs.

 
Os bancos poderão deduzir o vale-cultura em 1% do imposto de renda e o desconto para os trabalhadores varia entre R$ 2 a R$ 5. Para fins fiscais, o valor do vale-cultura não integra o salário, sendo isento de cobrança do imposto de renda. Além disso, não constitui base de incidência de contribuição previdenciária ou do FGTS.

 

A conquista do vale-cultura irá gerar incremento mensal de R$ 9,4 milhões, totalizando R$ 113 milhões ao ano, segundo estimativa do Dieese.

 

Fonte: Contraf-CUT