Abril 30, 2025
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Caiu a máscara das demissões do Santander em 2012. Na quarta audiência de mediação com o banco espanhol, realizada na tarde desta quarta-feira (23) no Ministério Público do Trabalho (MPT), em Brasília, a Contraf-CUT apresentou estudo do Dieese que comprova a ocorrência de demissões em massa em dezembro de 2012. Enquanto a média de dispensas sem justa causa era de 182 entre janeiro e novembro, o banco despediu 1.153 no último mês do ano passado, quase seis vezes mais, significando um crescimento de 533,5%.

Além da Contraf-CUT, participaram dirigentes dos Sindicatos dos Bancários de Brasília, Belo Horizonte, Pernambuco, Bahia, Alagoas, Mato Grosso e da Fetraf Minas Gerais, Fetrafi Rio Grande do Sul, Fetrafi Nordeste, Fetec Centro-Norte e Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe. Também compareceu o assessor jurídico da Contraf-CUT, Sávio Lobato.

Demissões em massa

A análise do Dieese, feita com base nos novos dados fornecidos pelo banco na última segunda-feira (21) após determinação da procuradora do MPT, Ana Cristina Tostes Ribeiro, revela também que as dispensas imotivadas em dezembro dispararam em relação a novembro, quando o banco mandou embora 256 empregados, o que representou um crescimento de 350,4%.

Clique aqui para acessar a íntegra do estudo do Dieese.

Confira o número de demissões sem justa em 2012:

- janeiro: 198
- fevereiro: 170
- março: 218
- abril: 179
- maio: 234
- junho: 176
- julho: 157
- agosto: 126
- setembro: 147
- outubro: 139
- novembro: 256
- dezembro: 1.153
- total: 3.153

A procuradora do MPT questionou o Santander se os dados estavam corretos. Os advogados do banco consultaram suas tabelas e os números foram conferidos mês a mês. “Todos bateram, mostrando a seriedade, a competência e a qualidade do trabalho do Dieese”, destaca o secretário de imprensa da Contraf-CUT, Ademir Wiederkehr.
Foi registrado em ata que “o banco confirmou os desligamentos sem justa causa (janeiro a dezembro/12) apresentados no estudo do Dieese”.
“Lamentável é que o banco escondeu esses números até agora, negando o direito à informação e mostrando falta de transparência, mas graças à atuação do MPT finalmente foi possível comprovar a dispensa coletiva na véspera do Natal, que só não foi maior por causa das denúncias, dos protestos e das manifestações dos sindicatos em todo país”, ressalta.
O estudo do Dieese apresenta ainda os números por tipos de desligamentos (demissão sem justa causa, demissão por justa causa, aposentadoria, falecimento e término de contrato). Estão excluídas as transferências entre agências, que estavam incluídas nos primeiros dados fornecidos pelo banco, razão pela qual os números do estudo anterior do Dieese foram diferentes dos atuais.

Corte de 975 empregos em dezembro

O levantamento do Dieese revela o total de admitidos e desligados em 2012, com o saldo de empregos mês a mês. O destaque é dezembro, quando o banco desligou 1.302 empregos e admitiu 327, o que representa um corte de 975 postos de trabalho.
Em novembro, o banco já havia fechado 150 vagas. Em todo ano, o saldo foi negativo, com a extinção de 183 empregos.
“O Santander faz propaganda milionária, dizendo que está investindo forte no Brasil, mas não explica aonde. O certo é que não investe no emprego, pois eliminou postos de trabalho”, critica o secretário de Organização do Ramo Financeiro da Contraf-CUT, Miguel Pereira.

Rotatividade do Santander foi de 11% em 2012

Com os novos dados, o Dieese calculou a taxa de rotatividade (excluídas as transferências) do Santander, ficando em 11% entre janeiro e dezembro de 2012, com base no Caged. Trata-se do mesmo número informado recentemente pelo banco em notícia da Folha de S.Paulo. Já a rotatividade do setor bancário de janeiro a novembro do ano passado foi de 7,6%, conforme o Caged.
A taxa de rotatividade descontada (que exclui transferências, demissões a pedido, desligamentos por morte e aposentadorias) atingiu 6,8% no Santander, ficando acima do índice de 4,4% dos trabalhadores do setor bancário que foram substituídos em 2012.
Por ambos os métodos, a rotatividade no Santander é superior à média do setor bancário.

Proteção ao emprego

Ao final da audiência, a Contraf-CUT reiterou que diante do estudo do Dieese, do número apurado de demissões sem justa causa em dezembro, do corte de empregos em 2012 e da rotatividade acima do setor bancário ficou caracterizada a despedida em massa de trabalhadores no banco. Foi registrado em ata que “é necessário negociar formas de proteção ao emprego”.
O MPT deverá se manifestar após a próxima terça-feira (29).
“Concluímos o processo de mediação no MPT, garantindo acesso à lista de desligados em dezembro e obtendo pela primeira vez dados do Caged de um banco privado, possibilitando que o Dieese apurasse as demissões mês a mês e calculasse a taxa de rotatividade do banco”, avalia Miguel.
“Vamos aguardar o posicionamento do MPT sobre esse processo de demissões no Santander, sendo que para nós ficou comprovada a prática de dispensa coletiva em dezembro e de rotatividade acima da média do setor bancário”, salienta Ademir.
As liminares obtidas pelos Sindicatos dos Bancários da Bahia e da Paraíba continuam em vigor. A da Bahia garante a reintegração dos demitidos desde o dia 22 de novembro de 2012 e a da Paraíba suspende as dispensas e impede demissões coletivas. Outras ações judiciais aguardam decisões.
Fonte: Contraf-CUT

O Bradesco obteve lucro líquido ajustado de R$ 11,523 bilhões em 2012, o que significa um crescimento de 2,9% com relação ao ano anterior, mesmo com a redução de juros e spreads e com o aumento de 15,31% (ou R$ 1,85 bilhão) das Provisões para Devedores Duvidosos (PDD) para uma inadimplência superior em apenas 0,2 pontos percentuais (de 3,9% para 4,1%) no período.

> Clique aqui para ver os principais números da análise do Dieese.

Apesar do aumento do lucro bilionário, o Bradesco fechou 1.299 postos de trabalho no ano passado, segundo o balanço da instituição financeira anunciado nesta segunda-feira 28. O Bradesco é o primeiro banco a divulgar os resultados de 2012.

O corte de vagas aumenta a preocupação dos bancários com o emprego, já manifestada no último dia 10 ao presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, durante sua primeira visita à sede da Contraf-CUT, em São Paulo. “É inadmissível que, apesar desse lucro astronômico, o Bradesco feche postos de trabalho, sabotando os esforços do governo e da sociedade brasileira para que o país volte a crescer a um ritmo mais acelerado, com geração de mais empregos e diminuição da desigualdade”, afirma o presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro.

O montante provisionado pelo Bradesco para os atrasos superiores a 90 dias (R$ 13,9 bilhões) é maior que o lucro líquido ajustado anunciado. Já o Índice de Inadimplência superior a 90 manteve a marca de 4,1% do trimestre anterior. Com relação a dezembro de 2011, a inadimplência cresceu apenas 0,2 pontos percentuais.

“O Bradesco repete a manipulação contábil, usada por todo o sistema financeiro no ano passado, de esconder o lucro superdimensionando as provisões para devedores duvidosos em relação à inadimplência real, que praticamente ficou inalterada”, critica Carlos Cordeiro.

O resultado positivo foi obtido, principalmente, devido ao maior resultado operacional de seguros (32,66%) e ao crescimento das receitas de prestação de serviços (16,14%) e das rendas de tarifas bancárias(13,34%). As operações de crédito cresceram 11,51% em doze meses, atingindo um montante de R$ 385,53 bilhões.

As despesas de pessoal cresceram 5,4% no ano passado, abaixo dos 7,5% do reajuste dos salários e dos 8,5% do reajuste do piso da categoria bancária na campanha nacional de 2012. A cobertura das despesas de pessoal sobre a receita de prestação de serviços chegou a 140,07% no Bradesco no período, um acréscimo de 12,2 pontos percentuais.

“Esse mecanismo de usar as demissões e a rotatividade para reduzir a massa salarial é uma prática obscena do sistema financeiro, que explica por que o Brasil, apesar de já ser a sexta maior economia, ainda está entre os 12 países mais desiguais do planeta”, critica Carlos Cordeiro.

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Luto Santa Maria

Janeiro 27, 2013

O Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense também manifesta sentimentos de dor e solidariedade aos familiares e amigos das vítimas de Santa Maria e a todos os gaúchos e brasileiros que ficaram sensibilizados com essa tragédia e espera a apuração rigorosa das causas, bem como a adoção de medidas de segurança em todas os estabelecimentos do país para prevenir incêndios e proteger a vida das pessoas.

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) completa sete anos de lutas e conquistas neste sábado 26 de janeiro. A entidade foi fundada em 2006, durante uma assembleia histórica em Curitiba, ampliando o espaço de atuação da extinta Confederação Nacional dos Bancários (CNB-CUT), construída em 1992, e assumindo a representação dos trabalhadores do ramo financeiro.

 

O primeiro presidente da Contraf-CUT foi o funcionário do Itaú, Luiz Cláudio Marcolino, que também presidiu o Sindicato dos Bancários de São Paulo e hoje é deputado estadual do PT de São Paulo.

 

O 1º Congresso da Contraf-CUT foi realizado no dia 25 de abril de 2006, em Nazaré Paulista (SP). Vagner Freitas, empregado do Bradesco e hoje presidente da CUT, foi eleito presidente.

 

Já o 2º Congresso da Contraf-CUT aconteceu nos dias 14 e 15 de abril de 2009, em São Paulo, que elegeu o bancário do Itaú e ex-secretário-geral Carlos Cordeiro para presidente.

 

E o 3º Congresso da Contraf-CUT ocorreu nos dias 30 e 31 de março e 1º de abril de 2012, em Guarulhos (SP), onde Carlos Cordeiro foi reeleito presidente. A entidade coordena o Comando Nacional dos Bancários e representa mais de 90% de todos os bancários do Brasil.

 

A Contraf-CUT é também referência internacional para os trabalhadores de todo mundo. É filiada à UNI Global Union, o sindicato mundial que representa cerca de 20 milhões de trabalhadores dos setores de serviços. Carlos Cordeiro é também o atual presidente da UNI Américas Finanças, que organiza os bancários do continente americano.

 

Uma longa tradição de luta

A Contraf-CUT é a herdeira institucional de uma longa tradição de luta dos bancários brasileiros, que remonta ao início do século 20, quando os trabalhadores das casas bancárias fundaram suas primeiras associações.

 

Todas as conquistas da categoria foram obtidas com organização e unidade, em um século de lutas – desde a jornada de 6 horas em 1933 até os aumentos reais de salário, a valorização do piso e o avanço no combate ao assédio moral e à igualdade de oportunidades dos últimos anos.

 

Essa luta foi brutalmente interrompida pelo golpe militar de 1964 e retomada em meados da década de 1970, quando bancários, metalúrgicos, químicos, professores e outras categorias profissionais criaram o que ficou conhecido como o “novo sindicalismo”, convergindo para a criação da CUT em 1983.

 

Com a ascensão das lutas sindicais na década de 1980, os bancários sentiram a necessidade de reorganizar suas entidades nacionais, para articular a organização e as mobilizações em todo o país. Assim nasceu o Departamento Nacional dos Bancários da CUT (DNB-CUT), em 1985, sucedido de 1992 a 2006 pela Confederação Nacional dos Bancários (CNB-CUT).

 

Conquistas e desafios

Ao longo desses sete anos, a Contraf-CUT fortaleceu a unidade nacional dos bancários e esteve à frente de todas as campanhas salariais, coordenando o Comando Nacional dos Bancários e consolidando a convenção coletiva nacional de trabalho, que completou 20 anos em 2012, válida para funcionários de bancos públicos e privados de todo país.

 

 

Com a força da unidade nacional e da mobilização, os bancários concretizaram sonhos e ampliaram conquistas. Em 2012, os trabalhadores arrancaram aumento real pelo nono ano consecutivo, elevação dos pisos e melhoria na participação dos lucros, além de importantes avanços sociais.

 

“Apesar de todas as vitórias, os desafios ainda são imensos, como o emprego decente, condições dignas de saúde, segurança e trabalho, igualdade de oportunidades, a regulamentação do sistema financeiro e uma inclusão bancária sem precarização e sem exclusão”, destaca Carlos Cordeiro.

 

Leia aqui entrevista de Carlos Cordeiro , na qual faz um balanço da campanha nacional do ano passado e analisa os desafios do movimento sindical bancário no futuro imediato, tanto no campo estritamente sindical quanto em relação à disputa que os trabalhadores devem fazer na sociedade para defender seus interesses, diante da ofensiva dos conservadores e neoliberais.

 

“É importante também pautar a discussão dos temas que interessam aos trabalhadores e à sociedade. A reforma tributária é um deles. Que reforma tributária os trabalhadores querem? E dentro dela qual o papel do Estado, quem vai financiar o Estado, quais as políticas públicas, as políticas sociais? Nós do movimento sindical, que somos a referência dos trabalhadores, precisamos entrar nesta disputa mais fortalecidos ainda, organizados e articulados”, aponta o presidente da Contraf-CUT.

 

Fonte: Contraf-CUT

No final do ano passado, a presidente Dilma sancionou a Lei nº 12.740/2012, que garante aos vigilantes de todo o País o adicional de risco de vida de 30%. A lei altera a redação do artigo 193 da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), que regulamentava a concessão do adicional apenas aos profissionais que exercessem atividades em contato com inflamáveis, explosivos e energia elétrica.

 

Essa conquista é consequência direta do poder mobilização e luta dos vigilantes que realizaram sucessivas ações de norte a sul. “A aprovação da Lei consagra uma luta de mais de 12 anos cujo objetivo era a remuneração adequada para a questão do risco de vida. Mais importante é o reconhecimento do risco profissional que dialoga com a valorização do nosso trabalho. Antes não tínhamos nenhum parâmetro legal que nos diferenciasse de qualquer outra profissão. E esta Lei vem para preencher esta lacuna, reconhecendo o alto grau de periculosidade de nossa atividade”, declarou José Boaventura, presidente da Confederação Nacional dos Vigilantes(CNTV).

 

Neste período de intensa mobilização, a entidade realizou três grandes marchas em Brasília que foram determinantes para o resultado final. Também serviram como referência para as ações organizadas em cada ente federativo.

 

“Algumas inclusive inéditas, como os companheiros do Acre que após a nossa primeira marcha fizeram sua primeira passeata no Estado. Em Chapecó (SC), os companheiros vêm realizando todos os anos no período de junho, quando comemora-se o Dia do Vigilante, uma marcha local. Acredito que essas manifestações tiveram papel fundamental, de mobilização e pressão, mas também como referencial, unificando toda a categoria”, elencou Boaventura.

 

Apesar de todos os pareceres jurídicos apontarem para a aplicação imediata da Lei, muitas empresas estão postergando seu cumprimento, utilizando-se de um expediente falacioso (a necessidade da regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho e Emprego) com o único objetivo de ganhar tempo e, assim, não precisarem pagar imediatamente este direito conquistado pela categoria.

 

“A regulamentação não é um impeditivo, até porque a Lei apenas incorpora o que já está inserido nas convenções coletivas. O empresariado não conseguiu fundamentar argumentos sobre a necessidade da regulamentação. Nós temos pareceres de todas as ordens que comprovam que a lei é autoaplicável”, destacou Boaventura.

 

Diante de tamanha insensibilidade e desrespeito aos trabalhadores que arriscam suas vidas no cotidiano do trabalho, os vigilantes organizam para 1º de fevereiro um Dia Nacional de Paralisação que poderá se transformar em uma greve nacional.

 

“Será um dia de luta, um processo de mobilização de toda categoria, onde muitos bancos, o sistema de transporte de valores, órgãos públicos e privados estarão totalmente paralisados com o objetivo de mostrar nossa indignação com a ganância e o descaso patronal. É um direito conquistado com muita luta e que deve ser garantido imediatamente. Queremos mais respeito e vamos à luta por valorização profissional e da vida”, atentou o dirigente da CNTV.

 

Sindicatos na luta

Além da luta nacional, os sindicatos também estão se mobilizando nos Estados para garantir o cumprimento da lei. Os companheiros de Brasília com data-base em janeiro arrancaram do patronato um acordo que garante o pagamento imediato do adicional de 30%. Antes, esse valor era de 15%.

 

Em São Paulo, a Federação local fez um acordo que passa de 15% para apenas 18%, mas há uma movimentação de vários sindicatos no Estado para que o índice previsto na lei seja ratificado.

 

Na semana passada, tanto os trabalhadores do Rio Grande do Norte como do Paraná organizaram paralisações de um dia.

 

Especificamente no Paraná, os vigilantes com data-base em fevereiro cobram, além do pagamento imediato do adicional de vida de 30%, o atendimento a pauta de reivindicações da categora que inclui a recuperação das perdas com um reajuste salarial baseado pelo índice de inflação mais 5% de aumento real, R$ 20 de vale-alimentação, entre uma série de claúsulas sociais.

 

Conforme informou João Soares, presidente do Sindicato dos Vigilantes de Curitiba e Região, o sindicato patronal apresentou um comunicado afirmando que não haveria qualquer tipo de negociação sobre os pontos reivindicados pela categoria. Os trabalhadores revoltados com tamanho desrespeito promoveram um dia de protesto na semana passada que paralisou todo o sistema financeiro de Curitiba e Região Metropolitana e fez o sindicato patronal recuar e convocar uma reunião.

 

“Esperamos que nos seja apresentada uma proposta que contemple as reivindicações da categoria. Estaremos na luta neste Dia Nacional de Paralisação, sendo que no Paraná nosso indicativo é para a continuidade da paralisação por tempo inderterminado até que as empresas cumpram a lei e atendam os outros pontos reivindicados pelos vigilantes”, informou o dirigente.

 

Fonte: CUT

O Santander não está vendendo ativos no Brasil, disse nesta terça-feira (22) o presidente mundial do banco, Emilio Botín, antes de reunião com a presidente Dilma Roussef, em Brasília. Há duas semanas, voltaram a circular boatos sobre a venda ao Bradesco. Botín disse que “ativos aqui o Santander compra”, completando a frase com uma brincadeira: “Mas não tenho tempo de comprar porque tenho de ver a presidente”.

 

O espanhol também disse estar confiante sobre o crescimento econômico brasileiro neste ano. “Estou convencido de que a economia brasileira terá um desempenho melhor em 2013 do que no ano passado. O Santander acredita que a economia vai crescer 3%”, disse Botín, salientando que o banco deve disponibilizar neste ano de R$ 4 bilhões a R$ 5 bilhões em recursos para financiamento a projetos de infraestrutura. No entanto, nenhuma palavra foi dita sobre emprego.

 

O executivo disse que o Santander está investindo muito no país, não só na abertura de novas agências, mas também em universidades. “Para nós do Santander, o Brasil é o país mais importante do mundo”, afirmou.

 

Botín citou o investimento em agências, caixas eletrônicos e em um grande centro de dados a ser construído em Campinas, no interior de São Paulo, e que estará entre os maiores do mundo, a ser inaugurado em 2014. Nada, porém, foi anunciado sobre investimentos para os funcionários do banco.

 

O presidente mundial do Santander também elogiou o presidente do Banco Central do Brasil, Alexandre Tombini, com quem teve reunião pela manhã. “Ele é um grande presidente”, disse, completando que o fato de o BC brasileiro ser independente é algo muito importante para o país, que tem um sistema financeiro “único no mundo” porque tem três grandes bancos públicos e três grandes bancos privados.

 

Botín também foi questionado sobre o grau de intervenção do governo na economia brasileira. Ele disse que outros países do mundo são muito mais intervencionistas e deu como exemplo a própria Europa. “Confio que o governo não fará o tipo de intervenção que se vê em outros lugares. Na parte financeira, que conheço bem, as instituição atuam bem e são muito independentes do poder.”

 

Nenhuma palavra sobre emprego

O presidente do Santander nada declarou para a imprensa sobre emprego, mesmo após a demissão em massa de funcionários antes do Natal. “Botín perdeu uma boa oportunidade para falar sobre as perspectivas de emprego em 2013 diante das dispensas e incertezas que aumentaram em dezembro”, avalia o secretário de imprensa da Contraf-CUT, Ademir Wiederkehr.

 

“De nada adianta ter uma propaganda milionária dizendo que o Santander investe forte no Brasil, se o banco cortou quase mil postos de trabalho no último mês de 2012″, critica o dirigente sindical.

 

“Queremos que o banco faça a lição de casa, com investimentos no empego e na melhoria das condições de trabalho, em vez de fazer dispensas de pais e mães de família, muitos com mais 10 e 20 anos de banco, perto da aposentadoria”, destaca Ademir.

 

Fonte: Contraf-CUT com Agência Brasil e UOL

No último dia 17 de janeiro, o Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro comemorou 83 anos de fundação. Para marcar a data, dirigentes da entidade fizeram uma grande caravana pelas agências do centro da cidade e distribuíram aos bancários e para a população um bolo de aniversário.

 

O objetivo foi lembrar da participação dos bancários nos principais episódios históricos do país e nas campanhas específicas da categoria que garantiram vitórias importantes, como a única Convenção Coletiva de Trabalho em nível nacional, a unificação da data-base, o piso da categoria, a jornada de seis horas e, mais recentemente, o adicional da PLR, a 13ª cesta-alimentação e o mecanismo de combate ao assédio moral.

 

“Lembramos que, para termos o direito de entrar numa agência para falar livremente, precisamos travar muitas décadas de luta. Vários companheiros foram presos, torturados e mortos durante a ditadura militar, como o ex-presidente do Sindicato, Aluizio Palhano”, frisou a vice-presidente do Sindicato, Adriana Nalesso.

 

A sindicalista criticou a política de demissões no setor financeiro e conclamou os bancários a se integrarem cada vez mais nas mobilizações que visam barrar o processo de corte de pessoal implementado pelos bancos.

 

Fonte: Contraf-CUT com Seeb Rio

O Ministério Público do Trabalho (MPT) realiza nesta quarta-feira (23), às 17 horas, nova e ampliada audiência de mediação entre a Contraf-CUT e o Santander, em Brasília, sobre as demissões em massa em dezembro e a política de rotatividade do banco espanhol. A reunião, novamente aberta à participação de todos os sindicatos e federações, foi agendada na audiência anterior, ocorrida na última quinta-feira (17).

 

No início da tarde de segunda-feira (21), os advogados do banco enviaram novos dados solicitados pela procuradora do MPT, Ana Cristina Tostes Ribeiro, diante das dúvidas levantadas pela Contraf-CUT a partir dos números informados anteriormente.

 

O banco remeteu dados sobre tipos de desligamentos em 2012, mês a mês, por base sindical. Isso possibilitará separar o que foi demissão sem justa causa, demissão por justa causa, aposentadoria, pedido de demissão, falecimento e transferências. O banco também encaminhou o Caged de dezembro do ano passado.

 

Reunião preparatória

Todos os dados recebidos já estão sendo analisados pelo Dieese e os resultados serão apresentados e discutidos previamente na reunião preparatória das entidades sindicais, que ocorre nesta quarta-feira, às 14 horas, na sede da Contraf-CUT, que fica nas dependências do Sindicato dos Bancários de Brasília. Todos os sindicatos e federações estão outra vez convidados a participar.

 

“Com essas novas informações, cujo acesso só foi possível em razão da determinação da procuradora do MPT, esperamos obter novos dados que ajudem a esclarecer o processo de demissões em dezembro, bem como a política de rotatividade do banco – essa verdadeira jabuticaba que só existe no Brasil e que faz mal ao emprego e ofende a dignidade dos trabalhadores”, ressalta o secetário de imprensa da Contraf-CUT, Ademir Wiederkehr.

 

“Apesar da constante negativa do Santander, vamos reiterar a necessidade de reintegração dos demitidos e de negociar formas de proteção ao emprego. Não é possível que lá na Espanha, onde tem crise, o banco fecha acordo com os sindicatos garantindo mecanismos de informação, diálogo e respeito aos empregos e direitos dos funcionários, sem medidas traumáticas, enquanto aqui no Brasil, onde obtém mais de 26% do lucro mundial, o banco se recusa a discutir emprego com as entidades sindicais, tratando os trabalhadores brasileiros como se fossem de segunda categoria”, aponta o secretário de Organização do Ramo Financeiro da Contraf-CUT, Miguel Pereira.

 

As liminares obtidas pelos Sindicatos dos Bancários da Bahia e da Paraíba continuam em vigor. A da Bahia garante a reintegração dos demitidos desde o dia 22 de novembro de 2012 e a da Paraíba suspende as dispensas e impede demissões coletivas. Outras ações judiciais aguardam decisões.

 

Fonte: Contraf-CUT

A Contraf-CUT, federações e sindicatos retomam nesta terça-feira 22 o processo de negociação permanente com o Banco do Brasil. Está em pauta a implantação de funções comissionadas com jornada de 6 horas no BB, conquista da Campanha Nacional dos Bancários 2012. A reunião será às 14h, em Brasília.

 

“Esperamos que na primeira negociação deste ano possamos discutir o assunto e sugerir mudanças antes do banco implantar as funções”, afirma William Mendes, secretário de Formação da Contraf-CUT e coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB.

 

Durante todo o período de luta dos bancários para que fosse implantada a jornada de 6 horas para as funções comissionadas, o BB sempre afirmou e segue afirmando que não negocia com os trabalhadores questões que ele entende como sendo “de gestão”.

 

Mas William retruca. “Acordos e convenções coletivas, que envolvem salários, PLR, direitos sociais e econômicos, planos de carreira, jornada, passivos e direitos trabalhistas, condições de trabalho e de saúde e previdência, dentre outras, são na leitura dos trabalhadores questões de gestão de uma empresa”, defende o coordenador da Comissão de Empresa.

 

Bancários querem relações modernas de trabalho

As entidades sindicais sempre apostaram em negociações entre as partes e nas relações modernas de trabalho. Em audiência ocorrida em dezembro do ano passado, o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) chegou a sugerir ao BB que aceitasse estabelecer mesa de negociação com a representação dos trabalhadores, com possibilidade de alterações naquilo que a direção do banco pretende implantar.

 

“Naquele encontro”, salienta William, “o MTE citou exemplos de outras empresas públicas que negociaram com os trabalhadores os seus planos de funções e de carreira e que isso foi muito positivo para as empresas e o governo, o principal acionista”.

 

“Vamos ver se o BB vem disposto a valorizar as negociações coletivas e a ouvir propostas dos trabalhadores, acatando, inclusive, sugestões dos próprios órgãos do governo federal”, conclui o diretor da Contraf-CUT.

 

Fonte: Contraf-CUT