O Casp (Centro Administrativo São Paulo), maior concentração do HSBC na capital paulista, será fechado. Sem entrar em detalhes, o banco inglês explicou a representantes dos trabalhadores que a interdição deverá ocorrer até 27 de fevereiro e se deve à falta de documentação exigida pela Prefeitura de São Paulo.
Os cerca de mil bancários e 100 terceirizados do complexo terão de readaptar suas rotinas de trabalho. Eles serão deslocados para outras concentrações do banco. Parte irá para o edifício Tower, localizado na Avenida Faria Lima, e outra parte para o Centro Administrativo Morumbi. Um terceiro grupo de funcionários deverá ser transferido para um prédio alugado na Barra Funda.
“Nós estamos cobrando para que os bancários não sejam prejudicados com essa transferência”, diz o diretor do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Paulo Sobrinho. “Até porque os funcionários do Casp já têm sua rotina adaptada àquele local de trabalho”, completa.
Infestações
O Casp está localizado em um prédio antigo que possui um histórico extenso relacionado à má conservação. Os bancários do complexo se queixam de infestação de animais como ratos, pombos e moscas e problemas na infraestrutura.
“No segundo andar já teve problema de infestação de pombos, que causava um fedor horrível. No terceiro e no quarto andar tem cheiro ruim de esgoto. Lá fizeram um ‘gato’ para tentar dar uma melhorada. O cheiro desparece por uns dias, mas depois volta pior. Já caiu rato vivo do teto e alguns andares têm problema de infestação de mosca”, relata um bancário do complexo.
Além dos problemas com pragas e odores, o prédio tem outros, relacionados à infraestrutura. Paulo conta que o Casp só tem dois elevadores em cada torre, mas é comum um deles estar quebrado.
“Para piorar, em 2012 uma parte do teto caiu por conta de um temporal, e bancários se feriram”, conta o dirigente sindical, acrescentando que o ar-condicionado também é alvo de queixa constante dos funcionários, principalmente por ser muito frio.
De acordo com Paulo, sempre que chegam denúncias de trabalhadores, o Sindicato cobra o banco, que apenas realiza reformas pontuais. “Como se não bastasse os bancários trabalharem em um prédio com histórico de problemas, eles terão de ser realocados por conta da interdição da prefeitura e vão ter de conviver com mais esse transtorno. Nós exigimos que os trabalhadores do HSBC sejam respeitados”, cobra o dirigente sindical.
Fonte: Seeb São Paulo