Abril 30, 2025
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  • Fórum discutiu impacto da pandemia nos países e efeitos do teletrabalho
  • Participaram representantes de Angola, Brasil, Cabo Verde, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe
  • Pandemia afeta bancári@s em três continentes
  • Nova coordenação do fórum foi escolhida nesta quinta-feira

Terminou nesta quinta-feira (30) o 3º Fórum da rede de sindicatos UNI Finanças da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). O encontro discutiu a digitalização bancária, teletrabalho, futuro do trabalho na categoria e estratégia para o período pós-pandemia. O fórum reuniu representantes da Angola, Brasil, Cabo Verde, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe. Realizado por videoconferência, também elegeu a nova coordenação da UNI para os países de fala portuguesa.
O encontro avaliou a necessidade de as entidades sindicais bancárias da CPLP estreitarem relações diante do agravamento da crise sanitária e econômica mundial. Decidiu-se que as reuniões desse fórum serão mais frequentes.
“Estou vendo o impacto da pandemia na África. As pessoas já estão querendo voltar para os escritórios. Essa questão não é apenas africana, mas sim de todos”, afirmou a diretora regional da UNI Finanças África, Lebogang Keabetswe. Felipe Makengo, do Sindicato dos Bancários de Angola, deu um panorama da situação em seu país. “Angola vive uma crise economia desde o segundo semestre de 2014. Com o surgimento da pandemia e a queda do preço do petróleo, vivemos uma situação com perda de empregos e postos de trabalho. Até ontem, havia 48 casos de óbito em Angola. A introdução do teletrabalho tem criado dificuldades. Trabalhar em casa não é a mesma coisa que trabalhar no local de trabalho. Em Angola, temos bancos públicos com problemas. Um vai ser privatizado e outro, que tem 4 mil funcionários, anunciou a dispensa de 1.600 trabalhadores”, falou Makengo.


Brasil


Gustavo Tabatinga, secretário-geral da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), falou sobre a situação da categoria no Brasil. “A gente entrou nesse período de pandemia com um pouco de surpresa porque o governo não divulgou as informações no tempo correto e incentivou que as pessoas fossem contaminadas pelo vírus. Os trabalhadores bancários se viram em uma situação emergencial e deveriam continuar atendendo ao público todos os dias de forma normal. Negociamos diversos acordos para minimizar os impactos da pandemia e colocamos quase 300 mil bancários em teletrabalho”. Gustavo também denunciou o Banco Santander, que, no Brasil, descumpriu o acordo firmado e demitiu trabalhadores durante o período da pandemia.
Quem também relatou a situação brasileira foi o secretário de Relações Internacionais da Contraf-CUT, Roberto von der Osten, que lembrou que o Brasil já acumula 90 mil mortes por causa da pandemia. “Tivemos 30 bancários mortos pela doença, entre eles, três dirigentes sindicais”, disse.
Anibal Borges, do Sindicato dos Bancários do Cabo Verde, explicou que seu país tem o turismo como base da economia. “Daí dá para fazer ideia de como está sendo o impacto na economia caboverdiana”, disse. Mais de 60% da categoria bancária foram para o teletrabalho e outro impacto foi o corte de metade dos salários diante das dificuldades econômicas. “O próprio setor empresarial está deixando de pagar essa parte restante dos salários por causa da crise econômica, revelou Anibal Borges.
Ramiro Zeca Simbe, diretor do Sindicato dos Bancários de Moçambique, falou sobre a situação no país. “O setor financeiro está em pleno movimento em nosso país. Mas temos muitos colegas que estão trabalhando de casa. Temos cinco colegas infectados, alguns em vias de recuperação”.
Fernando Trovoada, do Sindicato dos Bancários de São Tomé e Príncipe, contou como foi o impacto da pandemia em seu país, um arquipélago de 10 ilhas no Oceano Atlântico. “Somos um sindicato pequeno, com 400 associados. Com a pandemia, tivemos que trabalhar em períodos revezados, para não haver aglomeração. Por agora, as regras obrigatórias, como o uso de máscara, deixaram a população farta. Fartos com o confinamento, porque os africanos gostam de festas e quando o governo impõe regras, ficam fartos”.
As negociações também foram afetadas pelo isolamento social e exigiram inovações por parte dos sindicatos. Mário Mourão, do Sindicato do Norte de Portugal, falou sobre as mudanças que adotaram. “Mantemos contatos próximos em reuniões de videoconferência, para acompanhar como os bancos iriam cumprir as regras de combate à pandemia. Notamos algumas dificuldades em algumas agências para que as medidas de prevenção à Covid-19 chegassem o mais rapidamente possível”, afirmou. Fernando Pereira, do Sindicato dos Bancários do Centro de Portugal, falou na mesma linha. “O sindicato teve que se modernizar. Conseguimos a parceria com os sindicatos de bancários do Sul e do Norte em negociação coletiva para garantir os empregos”, relatou.

Mulheres

Guillermo Mateo, diretor regional da UNI Finanças América, destacou a situação das mulheres durante a pandemia. “Nossa responsabilidade é tornar visível a situação de violência e vulnerabilidade que as trabalhadoras sofrem durante a Covid-19. As mulheres são as maiores vítimas de um modelo machista que temos de combater. assumimos esse compromisso”, afirmou.
Ao final do encontro, foi escolhida a nova coordenação da Uni Finanças para a CPLO. O novo coordenador é o Aníbal Borges, de Cabo Verde, e o coordenador-adjunto, Ramiro Zeca Simbe, de Moçambique.

Declaração

Também foi aprovada uma declaração do fórum, cuja íntegra segue abaixo:

 

Queremos um mundo melhor pós pandemia!

 

Vivemos num mundo atingido por fenômenos que modificaram radicalmente e rapidamente as relações de trabalho, os direitos humanos e a vida dos trabalhadores e trabalhadoras.

A concentração de riquezas, o avanço tecnológico, a redução de direitos laborais, o desemprego estrutural e a exclusão das camadas mais pobres vêm criando uma distância muito grande entre as elites econômicas e o resto da população mundial.

A sociedade do emprego formal está declinando e no seu lugar surgem e imperam os serviços de plataformas e aplicativos.

O capitalismo ultraliberal, que desde a segunda metade do século passado cresceu alardeando o fim da intervenção do Estado na economia planetária, construiu lentamente as premissas para este modelo de sociedade excludente e exploradora.

Em nome da liberdade, os teóricos liberais afirmaram que tudo deve ser entregue à iniciativa privada: a água, a saúde, os recursos minerais, o meio ambiente, a educação, os transportes, a energia, as comunicações, o crédito para o desenvolvimento, pois, segundo eles, tudo é mercadoria. E diziam que quem iria ordenar as relações entre a oferta de bens e serviços e os consumidores seria a mão invisível do mercado. Quanto menos Estado, mais o país será rico e poderoso. Muitos acreditaram nestas narrativas.

Muitas leis foram aprovadas nos países para privatizar as empresas públicas e transferir o património do povo para uns poucos. Outras leis foram aprovadas para reduzir direitos dos trabalhadores supostamente para facilitar contratações e melhorar a concorrência entre empresas, mas que na verdade funcionaram para gerar um estoque barato de mão de obra.

Estruturaram ataques às organizações sociais e aos sindicatos para enfraquecer as resistências e a oposição aos projetos das elites.

Paralelamente a isso, uma grande guerra de realinhamento comercial mundial entrou no cenário, principalmente entre os Estados Unidos e a China, revitalizando as instabilidades políticas, econômicas e sociais nos países democraticamente mais frágeis.

Uma nova era neoliberal e de intolerância ressurgiu se impondo pela força e pela propaganda, trazendo de volta a sombra dos movimentos ultradireitistas fascistas e do militarismo.

A crise mundial COVID19 mostrou os engodos e as mentiras deste modelo de mundo desigual que a sociedade mundial vinha reproduzindo.

Sem o atendimento feito pelos Estados nacionais na pandemia, as pessoas teriam sido destruídas pelo vírus, pela fome e pela miséria.

Países fortemente liberais tiveram que dobrar-se e oferecer ajuda tanto para conter a pandemia quanto para evitar um desastre econômico e social causados pelo necessário isolamento social e desativação do comércio, indústria e serviços, bloqueando acesso a salários e rendas pelas famílias.

AS máscaras caíram e o mundo viu claramente que não são máquinas, insumos ou capital que produzem bens e serviços. São os trabalhadores. Isso foi importante para que se reflita sobre o mundo que virá.

O mundo que esperamos reconstruir após esta pandemia não poderá ser como era antes: desigual e sem esperanças.

Não queremos voltar a uma normalidade que explora os trabalhadores e trabalhadoras.

Queremos oferecer um mundo melhor às gerações futuras.

Vivemos uma rara oportunidade para elevar a qualidade de vida mundial erradicando a miséria, a fome, a exploração e o desemprego

Precisamos um mundo que tenha bancos públicos que ofereçam políticas anticíclicas para a sociedade prosperar.

E de bancos privados com responsabilidade social e respeito pelos nossos países.

Permaneceremos coerentes com os compromissos e objetivos que nortearam nossa organização desde o primeiro Fórum em Luanda, Angola.

Reafirmamos a necessidade de dar continuidade aos temas discutidos em São Paulo, Brasil no nosso 2º Fórum pertinentes à Comunicação, Informação, Formação e funcionamento da nossa estrutura.

O 3º Fórum se solidariza e homenageia a todos os trabalhadores e trabalhadoras que estiveram e ainda estão na linha de frente de apoio às populações atingidas pela pandemia –  com destaque aos das áreas da saúde –   e principalmente saúda aos trabalhadores e trabalhadoras bancárias pelos quais temos envidado esforços sindicais de defesa dos empregos, salários e direitos, pela sua coragem em não deixar faltar o essencial serviço bancário de apoio às economias.

O 3º Fórum lamenta as mortes de trabalhadores e trabalhadoras de todos os países na crise COVID19 e se solidariza com as suas famílias.

Por eles e por todos nós, continuaremos caminhando em direção à construção de um mundo fraterno, igualitário e justo.

Só a luta nos garante!

Uni Finanças
Uni FinançasAméricas
Uni Finanças África
Uni Finanças Europa
Angola – Sindicato Nacional dos Empregados Bancários de Angola – SNEBA
Brasil – Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro – CONTRAF CUT
Cabo Verde – Sindicato dos Trabalhadores das Instituições Financeiras – STIF
Moçambique – Sindicato Nacional dos Empregados Bancários – SNEB
Portugal – Sindicato dos Bancários do Centro – SBC
Portugal – Sindicato dos Bancários do Norte – SBN
Portugal – Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas – SBSI
São Tomé e Príncipe – Sindicato dos Trabalhadores Bancários e Parabancários de São Tomé e Príncipe – STBPSTP

Fonte: Contraf-CUT

  • Bradesco lucra 7,626 bilhões no 1º semestre de 2020
  • O número representa queda de 40%, em relação ao mesmo período de 2019
  • Porém, se comparado ao 1º trimestre deste ano, houve crescimento de 3,2%
  • Banco reduziu 2.411 postos de trabalho em doze meses
  • 414 agências foram fechadas no período

O Bradesco lucrou R$ 7,626 bilhões no 1º semestre de 2020, queda de 40%, em relação ao mesmo período de 2019 e crescimento de 3,2% comparado ao 1º trimestre de 2020 (o lucro do 2º trimestre foi de R$ 3,873 bilhões).

De acordo com análise feita pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) com base nos dados relatório apresentado pelo banco na manhã desta quinta-feira (30), a holding encerrou o 1º semestre de 2020 com 96.787 empregados, com redução de 2.411 postos de trabalho em doze meses e foram fechadas 414 agências no período. Apenas no 2º trimestre, período afetado pela pandemia do COVID-19, foram fechados 447 postos de trabalho e 233 agências, apesar do compromisso assumido pelo banco de não demissão enquanto durar a pandemia.

“O compromisso do banco era preservar os empregos, com oportunidades para que os funcionários fossem reaproveitados neste novo modelo. Além da saúde e de preservar a vida, nossa prioridade é garantir o emprego dos funcionários. O balanço demonstra que mesmo em crise o setor continua tendo crescimento e lucro”, lembrou Magaly Fagundes, coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Bradesco.

A rentabilidade (retorno sobre o Patrimônio Líquido médio anualizado –ROE) ficou em 11,8%, com redução de 8,8 pontos percentuais em doze meses. De acordo com o relatório do banco, as reduções do lucro líquido no período estão relacionadas, principalmente, às maiores despesas com PDD, que foram impactadas pelo reforço de provisão de R$ 3,8 bilhões, em consequência do cenário econômico adverso. No trimestre, porém, o desempenho resultou de redução de 2,5% nos custos em relação ao trimestre anterior e ao crescimento da margem financeira.

Um item com forte impacto nos resultados da instituição foi a conta de impostos e contribuições, que passou de uma despesa de, aproximadamente, R$ 3,8 bilhões para uma receita de R$ 16,7 bilhões, devido à entrada de créditos tributários, revertendo o resultado negativo antes dos impostos, de R$ 9,7 bilhões.

A carteira de crédito expandida do banco apresentou alta de 14,9% em doze meses e 0,9% no trimestre, atingindo R$ 661,1 bilhões. As operações com pessoas físicas (PF) cresceram 12,3% em doze meses, chegando a R$ 236 bilhões. Os destaques no segmento foram o crédito pessoal (+22,1%), financiamento imobiliário (+18,8%), o crédito rural (+18,0%) e o crédito consignado (+14,2%). Já as operações com pessoas jurídicas (PJ) alcançaram R$ 425,1 bilhões, com crescimento de 16,4% em doze meses. O segmento de grandes empresas cresceu 18,2%, enquanto a carteira de Micro, Pequenas e Médias Empresas, cresceu 11,7%. O Índice de Inadimplência superior a 90 dias caiu 0,2 pontos percentuais em doze meses e ficou em 3%. As despesas com devedores duvidosos (PDD), por sua vez, subiram 46,6%, totalizando R$ 15,5 bilhões, em função da perspectiva do banco frente ao cenário econômico atual.

A receita com prestação de serviços e tarifas bancárias caiu 1,1% em doze meses, totalizando R$ 12,9 bilhões. As despesas de pessoal, incluindo a PLR, também caíram no período (-4,6%) atingindo R$ 10,2 bilhões. De acordo com o relatório, esse resultado das despesas de pessoal reflete “benefícios com o plano de desligamento voluntário (PDV) de 2019”, e, no trimestre, à queda na despesa com PLR, em função da queda no lucro. Assim, a cobertura destas despesas pelas receitas secundárias do banco, no período, foi de 127,1%.

Fonte: Contraf-CUT

  • Santander lucrou R$ 5,989 bilhões no 1º Semestre de 2020;
  • Resultado poderia ser ainda maior se o banco não tivesse aumentado em 63% as provisões para créditos de liquidação duvidosa (PDD);
  • Rentabilidade anual foi de 17,1%;
  • Brasil é responsável por 32% do lucro mundial do banco;
  • Mesmo com o expressivo resultado, banco reduziu seu quadro de pessoal em 844 postos de trabalho nos últimos três meses.

O banco Santander obteve um Lucro Líquido Gerencial de R$ 5,989 bilhões no 1º semestre de 2020, mesmo após ter realizado uma provisão para créditos de liquidação duvidosa (PDD) de R$ 10,4 bilhões. O secretário de Assuntos Socioeconômicos da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Mario Raia, chamou a atenção para o resultado com expressivo lucro. “Não podemos deixar de observar que, apesar de o banco ter dito que houve queda de crescimento, não foi registrado prejuízo, mas sim um lucro de quase R$ 6 bilhões. E também é preciso ressaltar que a base de comparação é o resultado obtido em 2019, quando o banco registrou números astronomicamente altos”, disse.

O dirigente observou que a queda de 15,9% do lucro no primeiro semestre registrado pelo banco, seria uma alta de 8,8%, ao ser excluído o efeito da provisão extraordinária e elevaria o lucro para R$ 7,749 bilhões, de acordo com análise feita pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) com base nos dados relatório apresentado pelo banco na manhã de quarta-feira (29).

Os valores das despesas com provisões para créditos de liquidação duvidosa (PDD) cresceram 63%. Segundo o banco, essa alta na PDD é decorrente de uma despesa de provisão extraordinária de R$ 3,2 bilhões no trimestre.

No primeiro trimestre de 2020 o banco já havia registrado lucro líquido gerencial de R$ 3,85 bilhões, crescimento de 10,5% na comparação com o mesmo período de 2019.

Análise cuidadosa

“Os números do balanço do primeiro semestre, apresentados pelo banco na quarta-feira, precisam ser analisados com muito cuidado. E não podemos deixar de destacar que houve crescimento de 63% da PDD, mesmo tendo sido registrado um índice de inadimplência (superior a 90 dias) de apenas 2,4%, que, aliás, vem caindo”, observou o dirigente da Contraf-CUT, que é funcionário do Santander. A queda da inadimplência citada foi de 0,6% pontos percentuais em 12 meses.

“Ou seja, houve queda de crescimento, mas essa queda se deu devido à reserva de recursos feita pelo banco para um possível calote que, na verdade, vem se reduzindo. Todo esse montante continua nos cofres do banco e podem ser resgados futuramente”, completou.

País das maravilhas

Para Mario Raia, outra variável que mostra que o Santander Brasil não tem do que reclamar é rentabilidade obtida pelo banco. O retorno sobre o Patrimônio Líquido Médio Anualizado (ROE) ficou em 17,1%. Excluindo-se o efeito da PDD adicional, a rentabilidade ficaria em 22,1%.

Outro dado do balanço do banco destacado pelo secretário de Assuntos Socioeconômicos da Contraf-CUT é que o lucro obtido no Brasil representou 32% do lucro global do Santander, que foi de € 1,908 bilhão (queda de 48% em relação ao 1º semestre de 2019, em Euros constantes). O resultado global foi fortemente impactado pela pandemia da Covid-19 no mundo e a deterioração do cenário econômico decorrente desta.

“O Brasil é o país no qual o Santander obtém a maior fatia de seu lucro. Não dá para admitir que o banco obtenha 32% de todo seu lucro mundial aqui e vá para a imprensa dizer que as demissões que está realizando se dão em função do baixo desempenho das pessoas. Isso é inconcebível”, criticou o dirigente da Contraf-CUT. “E ainda não quer que se fale em metas abusivas?”, completou.

Além das demissões, Mario Raia enumerou outras questões que afetam apenas os funcionários brasileiros do banco. “Para o Santander, o Brasil é ‘país das maravilhas’. Mas, para os funcionários brasileiros, o banco age como se fosse a rainha má. Em nenhum outros país, o banco demitiu durante o período de pandemia. Aqui sim. Nos outros países, as horas não trabalhadas no período da pandemia são abonadas por serem consideradas como questão de saúde pública, aqui, o banco criou banco de horas negativas para aqueles que não puderam trabalhar. Nos outros países, o banco não cobra tarifas por serviços bancários de seus funcionários, aqui temos que pagar. É o novo colonialismo implantado pelo banco espanhol”, afirmou, Mario Raia.

Com a cobrança pela prestação de serviços e tarifas bancárias o Santander obteve uma receita de R$ 8,584 bilhões. Isso é 87,2% maior do que toda a despesa que o banco tem com seus funcionários, que somou R$ 4,585 bilhões no período.

#SantanderRespeiteOBrasil

A Coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander, Maria Rosani, chama a atenção sobre o fechamento de postos de trabalho promovido pelo banco em plena pandemia. A holding encerrou o 1º semestre com 46.348 empregados, com fechamento de 2.564 postos de trabalho em doze meses, sendo 844 apenas no segundo trimestre, durante o período de pandemia de Covid-19 no país. Da mesma forma, foram fechadas 93 agências em doze meses, sendo 50, entre março e junho de 2020.

“O banco promove uma verdadeira demissão em massa, mesmo após ter assumido o compromisso de que não promoveria nenhuma demissão durante o período de crise causado pela pandemia. É por isso que temos denunciado e vamos continuar denunciando essa falta de compromisso do banco com o país e com os brasileiros. Como os clientes podem confiar em uma instituição que deixa de honrar compromissos assumidos?”, questionou Rosani.

Veja abaixo a tabela resumo do balanço, ou, se preferir, leia a íntegra da análise feita pelo Dieese.

Fonte: Contraf-CUT

A representante dos empregados no Conselho de Administração da Caixa Econômica Federal (Caixa), Maria Rita Serrano, afirma que a política do governo Bolsonaro de centralizar os pagamentos do auxílio emergencial naquele banco público sobrecarrega e coloca em risco os bancários e terceirizados que prestam serviço à instituição. “Neste momento de pandemia, com risco de contágio, centralizar os pagamentos em uma única instituição é temerário. Os empregados estão em situação grave, inclusive trabalhando aos sábados. O gerente geral não tem direito a hora extra”, diz Rita.

A Caixa retomou, nesta quarta-feira (29), o pagamento de nova parcela do Auxílio Emergencial a cerca de 5,8 milhões de trabalhadores. O total envolve 2,5 milhões de pessoas que recebem a quarta parcela, 800 mil pessoas da terceira parcela, 500 mil da segunda, 62 mil que recebem a primeira e 1,9 milhão vinculadas ao Bolsa Família. Segundo o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, em entrevista coletiva, são 65,4 milhões os beneficiários do programa, somando um total de R$ 140,3 bilhões em pagamentos. O total de pagamentos é de 199,8 milhões.

“Muita gente acha que o funcionário só atende auxílio emergencial, mas o banco exige uma série de metas, como venda de produtos, financiamento etc. Os funcionários estão profundamente sobrecarregados, com medo de contágio”, completa a conselheira.

Descentralizar

Na opinião de Rita, uma alternativa seria descentralizar os pagamentos entre os bancos federais e distribuir entre os bancos estatais. Além da própria Caixa, para o Banco do Brasil, Banco do Nordeste e Banco da Amazônia, por exemplo, diminuindo pressão e riscos de contágio aos empregados e os problemas à população que podem ser causados pelas aglomerações.

A movimentação em torno da Caixa em meio ao pagamento do auxilio emergencial, do FGTS e ainda o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e Renda, um complemento do salário dos trabalhadores, gira em torno de 121 milhões de pessoas passando pelo banco federal. Em outras palavras, mais da metade da população brasileira está passando pela Caixa no momento”, observa a conselheira.

Rita afirma que isso demonstra a importância do banco público num momento da grave crise econômica, social e sanitária pela qual passam o Brasil e o mundo. “A Caixa tem expertise e capilaridade para fazer o atendimento, é a maior gestora de programas sociais.”

Para conseguir suprir essa demanda de tempos de pandemia, a Caixa criou poupança digital e aplicativos (Caixa Tem), o que é um mérito, observa Rita. Mas a instituição poderia conseguir melhores resultados, prossegue, além de poupar seus funcionários do esgotamento e minimizar riscos de contágio de funcionários e beneficiários.Bastaria o governo federal emitir dinheiro, o que muitos países estão fazendo na atual crise. Tal medida não é prevista pelo ministro da Economia, Paulo Guedes.

● Banco Central anuncia nota de R$ 200. Lobo-guará será a estampa

Cadê o papel moeda?

Com mais papel moeda em circulação, muitos dos problemas de filas e aglomerações seriam reduzidos. A não ser os beneficiários do Bolsa Família, o pagamento desta quarta-feira, por exemplo, foi liberado para movimentações digitais, mas os saques em dinheiro, para os aniversariantes de março, poderão ser feitos só no próximo sábado (1º de agosto).

Segundo o presidente da Caixa, a previsão de pagamento dos que tiveram cadastros aprovados, mas estavam em “contestação” pela Dataprev, devem aguardar o calendário, de responsabilidade do Ministério da Cidadania, chefiado por Onyx Lorenzoni. São cerca de 800 mil pessoas.

“A Caixa paga a partir da publicação do calendário. Deve ser divulgado pelo ministério até o final da semana. Em acontecendo isso, começaremos (o pagamento) no meio da semana que vem”, disse Pedro Guimarães.

Fonte: Rede Brasil Atual

O Conselho Monetário Nacional (CMN) anunciou nesta quarta-feira (28) que aprovou a criação de uma cédula no valor de duzentos reais. A nova nota de dinheiro brasileiro será ilustrada com o lobo-guará e entrará em circulação, segundo o CMN, no final de agosto. A previsão do Banco Central (BC) é que sejam impressas 450 milhões de cédulas ainda neste ano.

Também hoje, o BC informou que o total do chamado Papel Moeda em Poder do Público (PMPP) saltou 28,9%, de R$ 210,227 bilhões para R$ 270,899 bilhões, entre fevereiro e junho. Este é o maior valor da série histórica, iniciada em dezembro de 2001.

De acordo com o chefe do Departamento de Estatísticas do Banco Central, Fernando Rocha, o aumento do PMPP nos últimos meses foi causado pela demanda da população com a liberação do auxílio emergencial mensal de R$ 600 pelo governo, como forma de combater os impactos da pandemia de coronavírus.

Ainda segundo o BC, o lobo-guará foi a estampa escolhida para a nova cédula por se tratar de um animal em risco de extinção. No Brasil, ele é um animal típico do cerrado, mas pode ser encontrado em regiões de Argentina, Bolívia, Paraguai, Peru e Uruguai.

Com o início da circulação das notas de R$ 200, o BC planeja uma campanha com o objetivo de anunciar a novidade e mostrar à população a necessidade de atenção aos elementos de segurança. “A nota terá elementos robustos o bastante para protegê-la de falsificações”, afirmou a diretora de administração da instituição, Carolina de Assis Barros.

Fonte: Rede Brasil Atual

 

 

 

Começou nesta quarta-feira (29) e acontece até quinta (30) o 3º Fórum dos sindicatos da Uni Finanças no âmbito da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). O encontro, realizado por videoconferência, vai discutir o impacto da pandemia nas relações de trabalho e qual será a estratégia de ação sindical no pós-pandemia.

“Teremos a oportunidade de aprofundar o debate sobre a digitalização e o futuro do trabalho, o teletrabalho. A partir disso, teremos condições de reforçar nossos entendimentos e nos unirmos cada vez mais para fazer o enfrentamento que a conjuntura irá exigir. Temos de fazer a defesa dos direitos e estudar o trabalho em home office, que veio para ficar. O objetivo maior é sairmos desse fórum mais fortes e em condições de fazer negociações com os banqueiros para defender os trabalhadores e os direitos”, afirmou Juvandia Moreira.

A presidenta da Contraf-CUT ressaltou o momento em que vive o Brasil, com a pandemia contagiando cerca de 2,5 milhões e provocando mais de 88 mil mortes temos. “Temos um presidente que tem adotado uma necropolítica, um genocida que deixou as pessoas morrerem. Bolsonaro privilegiou a economia, mas foi uma economia burra porque a economia não existe sem as pessoas” disse Juvandia.

Trabalhadores essenciais

Na abertura do fórum, a presidenta da Uni Finanças, Rita Berlofa, lembrou que os trabalhadores do setor de finanças estão na linha de frente no enfrentamento da pandemia e que nem sempre são lembrados como trabalhadores essenciais. “Essa crise é mais grave do que a de 1929 e trará um empobrecimento a nível mundial. Reforça cada vez mais o papel dos sindicatos. Começamos com um trabalho fundamental, negociando protocolos que trouxessem medidas protetivas para a vida de todos trabalhadores e clientes. Essa crise, além de tudo, revelou que não existe nenhuma tecnologia de ponta que pudesse substituir o bancário de carne e osso para atender a população”, afirmou a presidenta da Uni Finanças.

Aníbal Borges, presidente do Sindicato dos Bancários de Cabo Verde e coordenador-adjunto da Uni Finanças no âmbito da CPLP, lembrou que o fórum era para ter sido realizado em maio em seu país, mas por causa da pandemia teve de ser feito virtualmente. “Ao longo desse encontro, vamos discutir temas importantíssimos, que podem ser banais para alguns, mas para Cabo Verde e outros países da África são temas importantes, Porque ainda não havia esse impacto na sociedade africana. Esse será o futuro do mundo laboral. Se já tínhamos um horizonte um pouco preocupante, com a pandemia a situação tornou muito mais preocupante”, observou.

Negociações globais

O secretário de Relações Internacionais da Contraf-CUT, Roberto Von der Osten, também destacou a complexidade do momento atual com a pandemia. “O mundo de hoje não é um mundo fácil para o trabalhador. Temos de lutar por contratos coletivos que darão segurança aos trabalhadores neste novo mundo. Nessas condições que a negociações coletivas têm importância. Devemos encorajar negociações globais com empresas multinacionais para garantir os direitos dos trabalhadores e introduzir o conceito de diálogo social em todos os países. O novo normal não nos derrotou. Estamos fazendo um acumula para uma nova luta.” disse Von der Osten.

Para o secretário-geral da Contraf-CUT, Gustavo Tabatinga, a mudança de fronteira pouco altera o cenário financeiro, o que coloca para bancários de todo o mundo as mesmas questões. “Aqui no Brasil, tivemos um enfrentamento muito grave em termos de pandemia. A pandemia acelerou, fez com que nós do movimento sindical pleiteássemos a aceleração desse processo de teletrabalho porque a vida das pessoas estava em primeiro plano. Também fizemos uma conferência, dia 18, um congresso inovador e aprovamos a reivindicação de que seja regulamentado em acordo coletivo esta modalidade de trabalho. Colocamos algo inédito que a a filiação ao sindicato possa se dar de forma eletrônica”, destacou Gustavo Tabatinga

Situação nos países

No primeiro dia do fórum, foram feitos informes sobe a situação do movimento sindical nos países de língua portuguesa, em especial na categoria bancária e sobre a implementação do teletrabalho. Para contribuir para o debate, também fizeram exposições sobre o tema da digitalização e do teletrabalho Vivian Machado e Barbara Valejos, do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), da Linha Bancários da Contraf-CUT.

Cristina Trony, do Sindicato dos Bancários da Região Sul e Ilhas de Portugal, revelou que em seu país os bancos que pensavam em abrir novas agencias suspenderam as novas contratações e até mesmo pensam em fechar postos de trabalho. “O desafio é que na negociação coletiva vamos implementar o teletrabalho, para não haver mais abusos, esse trabalho que nunca mais acaba fora da hora. Essa questão do teletrabalho tem que estar na mesa de negociações”, disse.

Fonte: Contraf-CUT

O vice-presidente da Caixa Econômica Federal (CEF), Paulo Henrique Angelo, tem visitado algumas agências do banco na Baixada Fluminense. Hoje, por exemplo, visitou uma das agências em Duque de Caxias.

Segundo informações, funcionários relatam pouca cordialidade em suas aparições e visitas. Não cumprimenta ninguém, nem dá ´bom dia´. Inclusive, quando alguma instrução é passada, quem faz é seu staff.

isso tem gerado preocupações e incertezas. Medidas como a abertura de agências às 7 da manhã e instruções para que as filas que em outrora eram formadas fora das agências, passariam a ser formadas no interior das agências, expondo clientes e funcionários e indo na contramão das medidas de proteção e de saúde, são alguns dos assuntos ventilados e que surgiram em meio a estas visitas.

O Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense esclarece que está em contato com funcionárias e funcionários para quaisquer tipo de amparo legal ou suporte. 

 

 

 

 

Será nesta sexta-feira (31) a segunda reunião entre o Comando Nacional dos Bancários e representantes da Comissão de Negociação da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). O encontro, marcado para às 11h, vai definir o ritmo das negociações da Campanha Nacional da categoria bancária. Por causa da pandemia, a negociação este ano será em reuniões virtuais.

“Vamos propor que a partir de agora as reuniões aconteçam mais vezes durante a semana. Quando as reuniões eram presenciais, tínhamos uma reunião por semana devido o deslocamento dos membros do Comando. Agora, como fazemos reuniões de forma virtual, podemos acelerar esse calendário”, disse a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Setor Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira. Outro ponto a ser destacado nas negociações será o da ultratividade.

No primeiro encontro de negociação, o Comando Nacional dos Bancários entregou a minuta com as reivindicações da categoria. Entre as reivindicações apresentadas está a de aumento real de 5%, manutenção dos direitos, dos empregos e da mesa única de negociação, além de questões referentes à saúde dos trabalhadores e também normas para o teletrabalho. As reivindicações tomaram por base a consulta feita pela Contraf-CUT com quase 30 mil bancários.

Na consulta, a prioridade para cláusulas econômicas, 71% dos entrevistados disseram que era o aumento real de salário. Nas cláusulas sociais, 79,7% das respostas apontavam a manutenção dos direitos como prioridade. Outras 69,1% mencionavam a prioridade como a defesa da saúde e melhores condições de trabalho.

Fonte: Contraf-CUT

  • 3º Fórum da Uni Finanças para países de língua portuguesa começa nesta quarta-feira
  • Contraf-CUT será uma das organizadoras do evento
  • Debate será sobre impacto da pandemia nas relações de trabalho
  • Negociação sobre teletrabalho no Brasil será referência

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Será realizado na quarta e na quinta-feira (29 e 30) o 3º Fórum dos sindicatos da Uni Finanças no âmbito da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). O encontro será organizado pela Uni Finanças e pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). Em função das medidas de isolamento social em decorrência da pandemia do novo coronavírus, o encontro será realizado por videoconferência.

“Vamos compartilhar informações e debater as relações entre entidades sindicais de mesmo idioma. O eixo do fórum será o debate sobre o impacto da pandemia nas relações de trabalho e qual será a estratégia de ação sindical no pós-pandemia”, explicou Juvandia Moreira, presidenta da Contraf-CUT, que participará dos debates do encontro. O fórum reunirá sindicalistas do Brasil, Portugal, Angola, Moçambique, Cabo Verde, e São Tomé e Príncipe.

A realização do fórum estava marcada para meados deste ano. No entanto, o covid-19 causou algumas alterações na organização. “Quando agudizou a pandemia, falamos com os africanos que preferiram deixar o encontro para junho. Mas o mundo assistiu a essa pandemia. Foi então que a Uni Finanças propôs um encontro via Zoom”, explicou  Roberto Von Der Osten, secretário de Relações Internacionais da Contraf-CUT.

Juvandia vai falar sobre a experiência que a Contraf-CUT teve ao negociar com representantes dos bancos brasileiros medidas de proteção dos bancári@s, teletrabalho e outros procedimentos necessários para o isolamento social decorrentes da pandemia. Também participam do 3º Fórum dos sindicatos da Uni Finanças no âmbito da CPLP o secretário de Relações Internacionais, da Contraf, Roberto von der Osten; Vivian Machado e Barbara Valejos, do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), da Linha Bancários da Contraf-CUT.

Fonte: Contraf-CUT

A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do banco Santander se reuniu com os representantes do banco na tarde desta terça-feira (28) para tratar sobre banco de horas negativas, aditivo sobre compartilhamento de dados pessoais dos funcionários e mudanças nos procedimentos de testagem para Covid-19.

“Fizemos algumas reivindicações. O banco vai analisar e voltaremos a debater na próxima reunião”, informou a coordenadora da COE, Maria Rosani.

Banco de horas negativas

O banco apresentou na manhã desta mesma terça uma proposta sobre banco de horas. Momentos antes da reunião com o banco a representação dos trabalhadores analisaram a proposta e solicitaram alterações que fossem mais benéficas para os funcionários. O banco ficou de analisar as solicitações e responder na próxima reunião.

Compartilhamento de dados dos funcionários

A COE também questionou sobre uma proposta de aditivo ao contrato de trabalho que o banco está fazendo diretamente aos trabalhadores. Assinado o aditivo os funcionários autorizam o Santander a compartilhar dados pessoais com terceiros.

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e os sindicatos orientam os trabalhadores a não assinarem tal aditivo até que as negociações sobre o assunto sejam concluídas. “O banco precisa informar qual a finalidade do compartilhamento das informações pessoais de seus funcionários com terceiros. Da forma como foi feito, o documento contraria o que determina a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGDP)”, disse o secretário de Assuntos Socioeconômicos da Contraf-CUT, Mario Raia. O tema também voltará a ser debatido na sexta-feira.

Protocolos da Covid-19

O Santander promoveu uma nova alteração nos protocolos para testagem e retorno ao trabalho de funcionários com suspeita de Covid-19, ou que tiveram contato com eles.

O banco realizou parceria com algumas redes de farmácias e fará o teste rápido (eco teste) nos funcionários com suspeita de infecção pelo novo coronavírus e naqueles tiveram contato com eles. Caso seja confirmada a contaminação pelo novo coronavírus, o funcionário será afastado e todos serão monitorados por 14 dias para verificar se há o surgimento de sintomas de Covid-19. O funcionário que testar positivo fará uma retestagem pelo método de biologia molecular (teste RT-PCR) para confirmar, ou não, o resultado.

Mais do que o tipo de teste realizado, a preocupação da representação dos trabalhadores é com a possibilidade de os trabalhadores que tiverem resultado negativo pela testagem rápida retornar ao trabalho e poder contaminar seus colegas, uma vez que este tipo de teste tem grande probabilidade (cerca de 30%) de dar resultado errado (falso negativo, ou falso positivo).

O banco se comprometeu que, independente do teste, fará o acompanhamento das pessoas por 14 dias para verificar se há o surgimento de sintomas da doença. E pediu para se aguarde um mês para que haja uma possibilidade de analisar os resultados deste novo protocolo de procedimentos. O banco disse manterá canal permanente de debate sobre esse tema e poderá rever os procedimentos caso, em conversações com os trabalhadores, se verifique algum equívoco nos mesmos.

Novos assuntos

Além dos pontos que já estavam na pauta de negociações, o banco disse que quer tratar nas próximas reuniões sobre o teletrabalho e a Participação dos Lucros e Resultados.

Todos os temas voltam a ser debatidos na próxima reunião, agendada para a manhã de sexta-feira (31).

Fonte: Contraf-CUT