Abril 29, 2025
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Imprensa

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O Comando Nacional dos Bancários entregou para os representantes dos bancos nesta quinta-feira (23) a minuta com as reivindicações da categoria. Na reunião, realizada por videoconferência, foi enviado o documento para a Comissão de Negociação da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). Entre as reivindicações apresentadas está a de aumento real de 5%, manutenção dos direitos e da mesa única de negociação, além de questões referentes à saúde dos trabalhadores.

“É a primeira vez que fazemos campanha em meio a uma pandemia, na proporção que essa crise tem, agravada no Brasil com a ausência de uma coordenação nacional. Temos mais de 82 mil mortes e isso não é normal. Quero prestar a nossa solidariedade às famílias das vítimas dessa pandemia, com destaque especial para as famílias dos bancários e bancárias”, disse na abertura a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários.

Debate com a base

Ao falar da minuta, Juvandia destacou aos representantes dos bancos que a minuta entregue representava um processo de discussão com a base bancária. “Foi um processo muito rico, que envolveu muita gente em todos os estados, em assembleias, conferências regionais, estaduais e nacional, feitos de forma virtual, respeitando o distanciamento. Fizemos uma consulta com quase 30 mil bancárias e bancários na qual percebemos quais as reivindicações e as maiores preocupações da categoria”, afirmou. Ela também destacou a importância da negociação coletiva dos bancario@s e da mesa única. A pandemia foi decretada pela OMS no dia 11/03 e no dia 12/03 iniciou-se o processo de negociação entre o Comando e a Fenaban. Várias mediadas foram negociadas para proteger as vidas dos bancári@s.

Além da presidenta da Contraf-CUT, outros dois representantes do Comando Nacional dos Bancários falaram na reunião. A presidenta do Sindicato dos bancários de São Paulo, Osasco e Região, Ivone Silva, outra coordenadora do Comando, destacou alguns pontos da minuta. “Essa campanha é importante para manter os direitos dos bancários e bancárias de todo o país, a mesa única, aumento real, PLR. São coisas importantes para o bancário e também para sociedade porque esse dinheiro volta para economia”, falou Ivone.

O papel dos bancos na crise também foi questionado. “Só 18% das micro e pequenas empresas conseguiram crédito. São empresas responsáveis por 54% dos empregos do país. Como os bancos podem dar respostas a isso?”, cobrou o presidente da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe, Hermelino Neto.

Negociações unificadas

O presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac Sidney Menezes Ferreira, também participou do encontro. Ele ressaltou a importância da negociação única no setor. “Temos uma experiência muito exitosa de décadas de negociações unificadas, no mais amplo processo de negociação nas relações de trabalho em todo o país. Temos sido reconhecidos nos órgãos externos e pelo próprio Ministério Público do Trabalho”, declarou o representante dos bancos.

O Comando Nacional dos Bancári@s notou a ausência do representante da Caixa Econômica Federal no encontro.  O diretor de Políticas e Relações Trabalhistas da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Adauto de Oliveira Duarte, explicou que os representantes estavam ali não em nome de bancos, mas pela comissão de negociação e informou que a representante da Caixa havia sido chamada para outra reunião.

O Comando Nacional vai pedir uma reunião com o banco, para entregar a pauta específica que deveria ser entregue hoje. E esperam que a Caixa não se negue a receber porque seria uma falta de consideração com os mais de 80 mil empregados que lá trabalham. Na ocasião será definido um cronograma para as negociações.

Principais itens da minuta

Índice

Reajuste de inflação mais 5% de aumento real nos salários e todas as cláusulas econômicas.

Prioridades

A campanha terá como prioridade a manutenção dos empregos e dos direitos, a defesa da mesa única e dos bancos públicos, além do aumento da Participação nos Lucros e/ou Resultados (PLR).

Home office

Na minuta há uma cláusula para regular o trabalho home office, que não pode ser imposto pelo banco, para estabelecer, entre outras coisas, que os custos do teletrabalho sejam arcados pelos empregados, assim como o fornecimento dos equipamentos ergonômicos. A cláusula também proíbe que sejam retirados direitos dos trabalhadores que cumprirem suas funções em suas casas, à exceção do vale-transporte/combustível, que deve ser fornecido com valor proporcional aos dias de comparecimento do trabalhador no banco, definindo que estes tenham de realizar suas atividades no próprio local de trabalho, pelo menos, uma vez por semana.

Metas abusivas

Atualização da cláusula que trata sobre a estabelecimento e a cobrança as metas pelos bancos. Esse ponto está ligado a um dos eixos da campanha será a luta pela saúde e melhores condições de trabalho para a categoria.

Demais cláusulas

As demais cláusulas hoje presentes na CCT foram mantidas na minuta de reivindicações.

Fonte: Contraf-CUT

Testes do novo coronavírus estão sendo aplicados de forma diferenciada no Banco do Brasil, de acordo com denúncias do Sindicato dos Bancários de Brasília. Altos executivos da instituição recebem testagens periódicas, enquanto que o banco dificulta testes para os funcionários da linha de frente, que atendem o público nas agências, de acordo com a denúncia.

O presidente do Sindicato dos Bancários de Brasília, Kleytton Morais, exige que todos os trabalhadores bancários, inclusive os terceirizados, tenham direito ao teste. “O banco dificulta a implementação da testagem dos trabalhadores que atuam na linha de frente, que se expõem ao risco de contaminação pelo novo coronavírus, mas oferece, segundo as denúncias, testagem periódicas a altos executivos da sede administrativa, no Edifício da 201 Norte, em Brasília”, afirmou o dirigente.

A diferença nas testagens entre os funcionários do banco é considerada um absurdo pela presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira. “Vamos cobrar do Banco do Brasil isonomia de tratamento. Não admitimos que o banco valorize e proteja os executivos e deixe os trabalhadores que se arriscam na linha de frente todos os dias sem a política dos testes”, disse Juvandia.

Morte

A testagem precária no Banco do Brasil pode ter provocado sua primeira vítima fatal. Um trabalhador terceirizado, garçom que atuava junto à presidência do BB, morreu após ter contraído o vírus. Denúncias recolhidas pelo Sindicato dos Bancários dão conta de que executivos em distintas áreas do BB, como governo, tecnologia e secretaria executiva, vice–presidentes, diretores e, inclusive, um assessor especial da presidência do banco testaram positivo para Covid–19.

Também causou pânico entre os funcionários do banco o comunicado em que se determina que o “funcionário com autodeclaração de coabitação (com pessoas que fazem parte de grupos de risco da Covid-19) passa a se enquadrar nas formas de trabalho disponíveis, como os demais funcionários do banco que não pertençam ao grupo de risco”. Esses funcionários devem retornar ao trabalho presencial no próximo dia 27.

Outra crítica à direção do banco, feita pelo Sindicato dos Bancários de Brasília, é referente ao que foi considerada como uma postura irresponsável, materializada na conduta pública que o presidente do banco, entre outras, adota ao desprezar o uso de máscara. A postura se manifestou em reuniões ministeriais do governo Bolsonaro e de trabalho dentro das dependências do BB. Para o sindicato, trata-se de um comportamento ideológico e irresponsável que acaba incentivando outros altos executivos a seguirem a mesma linha, pondo em risco a vida e saúde de todos.

Fonte: Contraf-CUT

A pandemia do novo coronavírus não só mudou a realidade de milhões de pessoas, mas expôs as profundas desigualdades de renda, raça e gênero que marcam a vida nas cidades. Na região metropolitana do Rio de Janeiro as diferenças estão bem demarcadas em sua estrutura. 

Segundo dados do Mapa da Desigualdade, desenvolvido pela Casa Fluminense, para postos formais de emprego, na cidade do Rio, trabalhadores brancos recebem 41,9% a mais do que negros. Já o salário das mulheres negras equivale à metade do salário de homens brancos na média da região metropolitana.

Ainda de acordo com o relatório, a capital concentra as vagas de emprego com salários mais altos. Isso estimula que trabalhadores saiam de seus municípios de residência em busca destas vagas. São 33,9 vagas para cada 100 habitantes na capital, enquanto em Japeri e Belford Roxo são 6,4 para cada 100 habitantes.

Isso faz com que as rendas médias mais altas se concentrem em bolsões próximos da capital. Em Niterói a renda média é de R$ 3.114, o correspondente a 4,5 vezes mais do que a renda média dos moradores de Japeri, que somam R$ 694. 

Neste sentido, a desigualdade também está expressa na mobilidade urbana. A tarifa do transporte público tem peso considerável no orçamento familiar mensal. Para quem mora nas periferias mais de um terço da renda é comprometida com as passagens de ônibus. Por outro lado, em áreas privilegiadas, há pessoas que não tem nenhum gasto com transporte público. É o que aponta o levantamento realizado diretamente com as prefeituras e empresas de ônibus na região metropolitana, que compõe o Mapa da Desigualdade.

Fonte: Rede Brasil Atual

Os bancários de todo o Brasil podem participar da entrega da minuta de reivindicações da categoria à Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), nesta quinta-feira (23), às 14h30, sem risco de contaminação pela Covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus.

Isso pode ser feito de forma virtual e em tempo real, por meio do Manif.app, ferramenta criada na França por sindicalistas, utilizada em manifestações durante a pandemia de coronavírus. Os militantes e as militantes marcam presença digitalmente no protesto.

Ao entrar no aplicativo clicando aqui, você cai direto na sede da Fenaban. Depois disso, você preenche o campo slogan e coloca o mote da Campanha Nacional 2020 “Na luta com você!”, que vai aparecer na sua placa de manifestante.

Confira o passo a passo e marque presença virtual no ato:

O primeiro passo é entrar no Manif.APP, para isso clique aqui para acessar o link, ele te direcionará diretamente para a sede da Fenaban.

Agora é preencher o campo Slogan, nele você coloca o slogan da Campanha Nacional 2020 “Na Luta Com você!”. Clique no botão Manifeste-se e sua presença virtual já está garantida no ato.

Para concluir divulgue o link do Manif.APP em suas redes sociais para convidar companheiros e companheiros para se juntar a nós nessa manifestação virtual

O aplicativo usa o serviço colaborativo Open Street Map (equivalente ao Google Maps) É responsivo, portanto, fácil de ser acionado. Permite a qualquer pessoa organizar um evento online, convidando outras pessoas a irem ao mesmo lugar por meio de contatos ou redes sociais.

Dados seguros

Segundo a plataforma do aplicativo, as informações dos usuários (contato e informações pessoais) não são compartilhadas, transmitidas, armazenadas ou fornecidas. Nenhuma informação privada (número de telefone, número IMEI, seu nome ou outro) é transmitida pela Internet. Segundo informou a SBPC quando realizou sua marcha virtual, o participante fica completamente anônimo.

Fonte: Contraf-CUT

Será nesta quinta-feira (23) a entrega da minuta com as reivindicações da categoria bancária para os representantes dos bancos. O documento será entregue pelos membros do Comando Nacional dos Bancários para os representantes dos bancos na Comissão de Negociação da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). A reunião ocorrerá a partir das 14h30 e se dará através do sistema de videoconferência Zoom.

A minuta foi aprovada na Conferência Nacional dos Bancários, também realizada por videoconferência nos dias 17 e 18 deste mês. O documento também foi aprovado em assembleias sindicais da categoria bancária em todo o Brasil. Acompanhe os resultados da reunião em nossas redes sociais.

Leia também: Consulta mostra aumento real, manutenção de direitos e defesa da saúde como prioridades da categoria

Fonte: Contraf-CUT

Em reunião realizada nesta quarta-feira (22), por videoconferência, com a Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), o banco confirmou que foi uma opção administrativa a determinação de “funcionário com autodeclaração de coabitação (com pessoas que fazem parte de grupos de risco da Covid-19) passa a se enquadrar nas formas de trabalho disponíveis, como os demais funcionários do banco que não pertençam ao grupo de risco, a partir de 27/07/2020”, não tendo nenhuma relação com o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) Emergencial (Covid-19).

O banco disse que não vai rever a medida, mas que o comunicado não implica na convocação de todos os funcionários que coabitam com pessoas de risco à Covid-19 para retomarem o trabalho presencial e que, se gestores assim o fizeram é por terem entendido errado a mensagem, ou por estarem necessitando de pessoal para realizar os trabalhos presenciais. O banco possui 11.662 funcionários que se autodeclararam como coabitantantes com pessoas de grupos de risco que podem ser atingidos.

“O Banco do Brasil é o único banco do país que decidiu recolocar estes funcionários como aptos para o trabalho presencial. O banco precisa ter a ciência de que pode estar colocando a vida de familiares de seus funcionários em risco e, caso haja alguma morte destas pessoas, tanto o banco quanto o gestor que tomou essas decisão poderá ser apontado como responsável pela morte”, observou o coordenador da CEBB, João Fukunaga.

Segundo o coordenador da CEBB, é o Governo Federal, como controlador do Banco do Brasil, que pressiona pela aplicação da Portaria Conjunta nº 20, de 18/06/2020, do Ministério da Economia/Secretaria Especial de Previdência e Trabalho e Ministério da Saúde, que altera a caracterização dos grupos de risco.

Retratação

Os representantes dos funcionários cobraram do Banco Brasil uma retratação por alguns gestores terem afirmado que a medida estava respaldada no ACT Emergencial da Covid-19.

“Diversos gestores fizeram tal afirmação, mas não há nada no nosso acordo sobre isso”, disse Fukunaga.

Ainda durante a reunião a Diretoria de Pessoas Regional de São Paulo fez uma retração sobre o equívoco e encaminhou ao gestor que mandou mensagem aos funcionários fazendo tal afirmação.

Definição da data

Outro ponto de questionamento foi a definição do dia 27 para o retorno ao trabalho.

“Não achamos que é momento de promover o retorno ao trabalho presencial. Vemos os gráficos de contágio e mortes aumentando em todos os lugares onde houve flexibilização das medidas de controle da doença. Por isso, queríamos entender quais os critérios foram levados em consideração para a definição do dia 27 de julho para que isso aconteça”, ressaltou a representante da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro de Minas Gerais (Fetrafi/MG), Luciana Bagno. “Nenhuma das explicações trazidas pelo banco são justificáveis”, completou.

O banco afirmou que resolveu deixar uma semana para que as pessoas pudessem encontrar alguma forma para não colocar as pessoas que moram com elas em risco.

“Não é possível que o banco acredite que as pessoas consigam resolver em uma semana o que o país não conseguiu resolver desde o início da pandemia. Esta data precisa ser revista. É preciso levar em conta a situação do país. É preciso levar em conta, também, que existem pessoas possuem filhos em idade escolar e as escolas não voltaram a funcionar. É preciso levar em conta que em algumas cidades nem o transporte coletivo está funcionando. Como as pessoas que dependem do transporte público voltarão a trabalhar presencialmente?”, questionou Luiz Toniolo, da Fetrafi/SC, ao lembrar que o governo de Santa Catarina suspendeu a circulação ônibus no estado.

Resultados

Os representantes do Banco do Brasil disseram que fariam uma nova reunião com os gestores para deixar claro que a medida trata-se de opção administrativa do banco e não tem nenhuma relação com o ACT Emergencial (Covid-19) e que além do trabalho presencial existem outras opções para que os funcionários cumpram seu expediente, inclusive a manutenção do home office. Também fariam uma reunião para ver se há a possibilidade da emissão de um novo comunicado esclarecendo estes pontos e para verificar se existe a possibilidade de alteração, ou suspensão da data de retomada do trabalho presencial, sem se comprometer nem com a emissão de um novo comunicado, nem com a suspensão ou alteração da data, mas que tentaria realizar a reunião ainda nesta quarta para dar a resposta à representação dos funcionários o quanto antes.

Fonte: Contraf-CUT

Aumento real de salários, manutenção dos direitos nos acordos, melhores condições de trabalho e defesa da saúde estão entre as prioridades de bancárias e bancários listadas na Consulta Nacional aos Bancários, que serviu de base para a definição da minuta de reivindicações a ser entregue nesta quinta-feira (23) à Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). A consulta foi realizada com quase 30 mil trabalhadores.

Prioridades

Quando a pergunta feita a bancárias e bancários sobre qual a prioridade nas cláusulas econômicas, a resposta mais frequente foi o aumento real de salário, opinião de 71% dos entrevistados. Os consultados poderiam apontar duas prioridades. Em segundo lugar vem a garantia do Plano de Cargos e Salários (PCS), com 37,8%. O aumento da PLR (participação nos Lucros e Resultados) teve 30,6% das respostas, enquanto que o aumento do piso registrou 30,2%.

Quando se passa para as cláusulas sociais, a resposta mais frequente foi a manutenção dos direitos, com 79,7% das respostas. Defesa da saúde e melhores condições de trabalho vem em seguida, com 69,1%. Defesa do emprego obteve 21,7% e o combate ao assédio moral outros 8%. Igualdade de oportunidades registrou 6,4% das respostas e a reposição dos custos do teletrabalho outros 3,4%, enquanto a Previdência complementar teve 2,9%. A defesa dos bancos públicos, contra a privatização dessas instituições, é considerada muito importante para 78,9% dos entrevistados. Outros 13,8% consideram importante essa luta.

Saúde

A questão da defesa da saúde no trabalho apareceu em diferentes perguntas. Quando se questiona qual o impacto da cobrança excessiva pelo cumprimento das metas, mais da metade dos entrevistados respondeu que era o cansaço e a fadiga constante (54,1%). Os consultados poderiam apontar quantos impactos quisessem. Crise de ansiedade foi apontada por 51,6% das respostas, enquanto que a desmotivação com vontade de não ir trabalhar registrou 42,3% dos apontamentos. Dificuldade para dormir, mesmo em finais de semana foi o impacto apontado em 39,3% das respostas.

Também aparecem como consequências das metas abusivas o medo de “estourar” ou perder a cabeça (25,6%); crises constantes de dor de cabeça (24,2%); dores de estômago e gastrite (24,1%), além de dor ou formigamento em braços e mãos (23,9%). Também houve 22,9% das respostas que apontavam a preocupação permanente com o trabalho como impacto das metas abusivas. Foi registrada 21,7% de respostas para apontar como resultado da prática abusiva a vontade de chorar sem motivo aparente. Mais de um terço das respostas (35%) foi de que tiveram de recorrer a antidepressivos, ansiolíticos ou estimulantes para se medicarem.

Quase metade dos entrevistados (44,2%) disseram que não sabem se contraíram o vírus da Covid 19. Outros 51% afirmaram que não contraíram, enquanto que 3% disseram que contraíram o vírus e 1,8% que teriam contraído, embora não tivessem feito o teste.

Minuta

A entrega da minuta de reivindicações nesta quinta-feira (23) será entregue pelos membros do Comando Nacional dos Bancários para os representantes dos bancos na Comissão de Negociação da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). A reunião ocorrerá a partir das 14h30 e se dará através do sistema de videoconferência Zoom. A minuta foi aprovada na Conferência Nacional dos Bancários. O documento também foi aprovado em assembleias sindicais da categoria bancária em todo o Brasil.

Fonte: Contraf-CUT

O ministro da Economia, Paulo Guedes, foi ao Congresso Nacional na tarde desta terça-feira (21), para levar a proposta de reforma tributária do governo. Mas a ida do ministro ao Congresso se revestiu de um caráter protocolar e político, com afagos ao parlamento e aos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e Senado, Davi Alcolumbre (DEN-AP), presentes no evento. Para Alcolumbre, a data é “histórica”. Para Maia, a reforma tributária em construção busca “segurança jurídica para o setor produtivo”. Ele enalteceu a “relação de diálogo (que) só tem a trazer bons resultados ao país”.

Guedes se resumiu a anunciar verbalmente sua proposta inicial, já conhecida desde o início do governo Jair Bolsonaro, para a “reforma”, o que chama de Imposto sobre Valor Agregado (IVA) dual: a unificação de PIS-Pasep à Cofins (tributos federais) com o ICMS (estadual) em um único tributo.

O ministro não entrou em detalhes. “Não cabe ao ministro da Fazenda e sim ao Congresso legislar relações entre os entes federativos”, disse. Ele manifestou apoio “ao que está estipulado na PEC 45″, que tramita na Câmara e já foi objeto de amplo debate parlamentar.

“Cabe ao Congresso definir se as regras valerão para todos” (estados e municípios), acrescentou. Por isso, explicou, o governo não enviou uma nova Porposta de Emenda à Constituição, mas “propostas que podem ser trabalhadas e acopladas às PECs já existentes”.

Além da PEC 45, há ainda a PEC 110, no Senado, que também já foi debatida pelos parlamentares. A ideia de Maia e Alcolumbre é que ambas as propostas sejam utilizadas para se chegar a um texto final.

“Nós sempre confiamos no Congresso reformista”, afirmou Guedes. “Confiamos no espírito construtivo. Estava tudo acertado no início do ano quando o coronavirus nos atingiu e a política ditou um ritmo diferente e construtivo novamente.” Ele citou, entre outros, o auxílio emergencial, mas não disse que o governo só queria transferir aos beneficiários R$ 200, e não os R$ 600 que o Congresso acabou aprovando.

Em seu curto  pronunciamento, Guedes continuou a afagar o parlamento, com quem teve relacionamento conflituoso durante todo o mandato de Bolsonaro. “O Congresso continua surpreendendo o mundo”, disse.

Para justificar o elogio, mencionou a aprovação do marco legal do saneamento, que  abre caminho para privatização da água, e prometeu dar continuidade à agenda econômica do governo: “temos agora o setor elétrico, gás natural, petróleo, todo o marco regulatório de investimentos e a reforma tributária, onde nos atrasamos por circunstancias políticas”.

Guedes não falou do “imposto sobre transações digitais”, que seria a “nova” CPMF, nem do imposto de renda, cujas alíquotas ele pretende diminuir, promovendo ainda mais concentração de renda do sistema brasileiro, que já é um dos mais regressivos e injustos do mundo.

Fonte: Rede Brasil Atual

O Banco do Brasil emitiu nesta terça-feira (21) um comunicado com “orientações aos gestores” sobre as medidas adotadas pelo banco em decorrência da pandemia causada pelo novo coronavírus. Em um trecho do documento, o banco informa que os funcionários que se autodeclararam coabitar com pessoas pertencentes a algum grupo de risco para a Covid-19 passam, a partir de 27/07/2020, podem ser enquadrados nas formas de trabalho disponíveis, como os demais funcionários que não pertençam ao grupo de risco. A Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) se reúne com o banco nesta quarta-feira (22), às 14h30 para tratar do assunto.

“Mais uma vez, o banco emitiu um comunicado confuso. Mais uma vez, sem ao menos se comunicar com antecedência as entidades de representação sindical. Na ocasião da proibição do uso do código 478 para abonar os dias de quem estava em casa à disposição do banco, teve que voltar atrás após nossas cobranças. Faremos o mesmo agora para evitar que as pessoas que moram com os funcionários e fazem parte de algum grupo de risco sejam expostas por causa desta medida irresponsável do banco”, afirmou a secretária de Juventude e representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) nas negociações com o BB, Fernanda Lopes. “O pior é que temos uma mesa de negociações permanente com o banco. Tudo isso poderia ser evitado se o banco nos chamasse para conversar antes”, completou.

Acordo Emergencial

O comunicado confuso do banco tem levado alguns gestores a entender e a executar a medida de forma distorcida, inclusive dizendo que ordem do banco está prevista no Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) Emergencial (Covid-19).

“Não é o acordo que permitiu o banco mudar o entendimento do coabitante. O entendimento foi mudando devido à Portaria 20 do governo Bolsonaro. Nosso acordo trouxe garantias para os funcionários”, disse a presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira, se referindo à Portaria Conjunta nº 20, de 18/06/2020, do Ministério da Economia/Secretaria Especial de Previdência e Trabalho e Ministério da Saúde.

“Alguns gestores estão agindo de má-fé ao dizer que acordo coletivo emergencial prevê isso. A medida não tem nada a ver com o acordo. É uma decisão da administração. Tanto é que os funcionários das bases sindicais do Maranhão, Rio Grande do Norte, Bauru e Pelotas, que não assinaram o acordo, também estão sujeitos a essa regra. Ou seja, não é o acordo que possibilitou essa atitude unilateral do banco. O acordo está preservando vidas e garantindo direitos, mesmo depois que a MP 927 caducou”, afirmou o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga.

Pressão no banco

O coordenador da CEBB orienta os funcionários a se mobilizarem e, por meio de canais internos de comunicação, no “Fale Com”, mostrarem para a Diretoria de Pessoal (Dipes) sua indignação com a falta de respeito do banco.

Fonte: Contraf-CUT

Os empregados da Caixa Econômica Federal realizam na próxima quinta-feira (23) um Dia Nacional de Luta em Defesa da Caixa. Na data, os trabalhadores farão um tuitaço, às 11h, com a hashtag #MexeucomACaixaMexeuComOBrasil. Além do Twitter, a hashtag deve ser utilizada no Facebook, Instagram e demais redes sociais.

“A ideia é dar o pontapé inicial na ação digital Mexeu com a Caixa, mexeu com o Brasil, que tem o objetivo de pressionar a direção do banco e o governo Bolsonaro a respeitar a Caixa e os direitos dos empregados, bem como alertar a sociedade sobre a importância do banco público e os desrespeitos que os seus trabalhadores vêm enfrentando mais acentuadamente desde o golpe de 2016”, explicou Dionísio Reis, coordenador da Comissão Executiva de Empregados da Caixa (CEE/Caixa).

Os empregados se organizam para se defender das claras intenções privatistas da atual gestão. Em entrevista no mês passado, o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, voltou a reforçar os planos de privatização do banco público. Ele confirmou a venda de setores estratégicos da Caixa. “Nós podemos e iremos abrir o capital. Temos ainda algumas decisões internas para serem tomadas, mas o caminho está muito claro: abertura de capital das operações de seguros, de cartões, de asset e uma discussão de loterias que passa por uma outra discussão legal”, disse.

“Todas as áreas mencionadas pelo Pedro, também conhecido pelos empregados como ‘O Lobo’, são fundamentais para o banco público. A entrega destes setores é claramente uma tentativa de fatiar a Caixa de olho em uma futura privatização”, criticou Dionísio, se referindo as área de seguros, de cartões, asset management e loteria, todas extremamente rentáveis .

A ação ganha ainda mais importância nesta semana, quando o banco deixou a cargo das chefias das áreas o retorno presencial ao trabalho. “Em meio à pandemia, a direção do banco está agindo da mesma forma, mas neste caso a responsabilização será civil e criminal, pois o retorno presencial ao trabalho representa uma ameaça às vidas das pessoas, e tudo indica que, mais uma vez, a direção da Caixa irá lavar as mãos caso ocorra alguma fatalidade”, alertou o coordenador da CEBB.

No dia a dia, a direção da Caixa faz uma cobrança abusiva de metas, o que muitas vezes obriga os empregados a agirem contra os normativos ambíguos do banco e, caso isso resulte em algum problema, os trabalhadores acabam com a culpa.

Vice-presidente de Pessoas mente e tenta desmobilizar

Em uma live realizada na quarta-feira passada (16), a vice-presidente de Pessoas, Girlana Granja Peixoto, tentou desmobilizar a organização dos empregados da Caixa às vésperas da Campanha Nacional 2020, em que os trabalhadores irão lutar pela renovação do Acordo Coletivo de Trabalho.

“A fala da vice-presidente de pessoas tenta desmobilizar os empregados e ataca o movimento sindical em um momento em que mobilizamos milhares de empregados nos congressos estaduais e regionais e saímos do 36º Conecef com unidade nas nossas bandeiras de luta na defesa do nosso Acordo Coletivo de Trabalho”, enfatizou o dirigente.

No 36º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa (Conecef) os trabalhadores alcançaram a unidade nas reivindicações: fim do teto de 6,5% do Saúde Caixa; defesa do modelo atual de custeio do Saúde Caixa; contra qualquer mudança no estatuto democrático e das regras de eleição da Funcef; defesa da vida e das condições de trabalho dos empregados; contra as metas abusivas; contra o desrespeito à vida praticado pela direção da caixa; em defesa da Caixa 100% Pública; em defesa da democracia; e fora, Bolsonaro.

“Girlana mentiu que a implementação do teto de custeio do Saúde Caixa foi feito com anuência do movimento sindical. A direção da Caixa implantou essa mudança de forma unilateral no estatuto, com protesto da nossa representante no Conselho de Administração, e a negociação em 2018 conseguiu protelar para 2021 a implementação que já estava prevista para aquele mesmo ano”, disse Dionísio.

“A unidade dos empregados é contra este teto e contra qualquer implementação da CGPAR 23, que resultará na aniquilação do nosso plano de saúde, além da destruição dos nossos demais direitos e do caráter 100% púbico da Caixa – este por meio da venda do banco aos poucos, e em pedaços. Movimentos que a direção atual do banco, junto com o governo Bolsonaro, pretendem. Por isso a Girlana atacou o movimento sindical e a mobilização dos empregados: para tentar desmobilizar e impedir nossa luta”, afirmou Dionísio.

Fonte: Contraf-CUT