Dezembro 13, 2025
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O Super Caixa, programa de remuneração variável implementado pela Caixa Econômica Federal para o 2º semestre de 2025, segue sendo alvo de intensas críticas das entidades de representação das empregadas e empregados. O modelo, criado unilateralmente pelo banco e apresentado como “prêmio por liberalidade”, alterou regras de habilitação, cálculo e distribuição da premiação, ampliou exigências e, na prática, tornou mais difícil o acesso ao benefício, principalmente para quem atua diretamente nas agências.

Desde sua divulgação, a Contraf-CUT, por meio da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, federações e sindicatos vêm denunciando que o programa aumenta a pressão sobre as equipes, baseia-se em indicadores complexos, penaliza unidades inteiras e impacta diretamente a renda de trabalhadoras e trabalhadores, sem que tenha havido qualquer negociação coletiva prévia.

Segundo as entidades, o modelo reforça a cobrança por metas, carece de previsibilidade e não reflete de forma fiel a realidade das agências, especialmente diante do quadro reduzido de pessoal e do aumento constante de demandas geradas por programas sociais e políticas públicas operadas pela Caixa.

Principais críticas

Entre os pontos mais criticados, destacam-se:
•    Exigências elevadas de habilitação, baseadas em resultados de unidade que não dependem exclusivamente do esforço individual;
•    Indicadores complexos e pouco transparentes, dificultando o entendimento do cálculo;
•    Penalizações por desempenho de terceiros, o que desestimula o trabalho coletivo e gera conflito interno;
•    Pressão permanente por metas, ampliando o risco de adoecimento;
•    Ausência total de negociação com as entidades representativas, desrespeitando a mesa permanente;
•    Impacto direto sobre a renda, já que o programa substitui mecanismos anteriores mais estáveis e previsíveis.

Fora da realidade

Para o coordenador da CEE/Caixa, Felipe Pacheco, o programa reforça desigualdades e não considera as condições reais da rede de atendimento. “O Super Caixa não reconhece a realidade de quem trabalha na ponta. É inadmissível que um programa que impacta a renda de milhares de empregados seja construído sem negociação, com regras que penalizam quem já sofre com sobrecarga e falta de pessoal. Esse modelo precisa ser revisto para garantir justiça e transparência”.

Felipe reforça que a CEE continuará cobrando mudanças e que a Caixa deve respeitar o diálogo com as entidades. “A Caixa não pode tratar remuneração como liberalidade unilateral. A mesa de negociação existe para proteger direitos e construir soluções. O banco precisa ouvir suas empregadas e empregados”.

Programa abre portas para o assédio e o adoecimento

O diretor da Contraf-CUT, Rafael de Castro, alerta para os impactos do programa na saúde mental das equipes. “O Super Caixa intensifica a pressão por metas, expõe trabalhadores a comparações constantes e amplia o risco de adoecimento. Não podemos aceitar que a Caixa use indicadores punitivos e pouco claros para determinar quem será ou não premiado. Isso não é valorização, é adoecimento institucionalizado.”

Rafael destaca que os indicadores de habilitação, como o Resultado.Caixa, Negócios Sustentáveis e satisfação de clientes, não refletem apenas esforço, mas também fatores estruturais. “O empregado não pode ser responsabilizado por questões que extrapolam seu trabalho individual. Isso é injusto e desrespeitoso.”

Falta de transparência

A representante da Fetec-CUT/SP na CEE, Luiza Hansen, enfatiza que o programa falha em dois pilares básicos de qualquer ferramenta de reconhecimento: clareza e objetividade. “Transparência e simplicidade são fundamentais. Hoje, o Super Caixa tem regras difíceis de interpretar, cálculos pouco claros e premissas que mudam de acordo com o desempenho de toda a unidade. Isso afeta a previsibilidade da remuneração e prejudica a organização de vida das trabalhadoras e trabalhadores”.

Luiza também aponta que não basta a Caixa afirmar que “analisará sugestões”. “As entidades apresentaram diversos pleitos e nenhum foi atendido até agora. A Caixa precisa não apenas ouvir, mas implementar mudanças reais. O programa só será justo se refletir o cotidiano de quem atende a população todos os dias.”

Mudanças já!

Diante das inconsistências e dos impactos negativos do modelo, a Contraf-CUT, por meio da CEE/Caixa, segue cobrando:
•    Negociação efetiva das regras;
•    Simplificação dos critérios;
•    Transparência nos indicadores;
•    Proteção à saúde mental;
•    Previsibilidade na remuneração;
•    Respeito às condições de trabalho da categoria.

O movimento sindical reforça que o reconhecimento às pessoas que constroem diariamente a Caixa não pode se dar por meio de programas que ampliam desigualdades, geram insegurança e ignoram a realidade enfrentada por quem atende milhões de brasileiros em todo o país.

A Contraf-CUT continuará acompanhando e denunciando os problemas do Super Caixa, ao lado das federações, sindicatos e entidades representativas dos empregados, e exigindo que o banco revise imediatamente o programa para garantir justiça, valorização e respeito ao trabalho da categoria.

Fonte: Contraf-CUT

O Santander divulgou a agenda de expediente de fim de ano para os empregados e empregadas. Nos dias 24 e 31 de dezembro a jornada será até o meio-dia (12h). O banco orienta que, ao bater o ponto eletrônico, nessas datas, os funcionários escolham nas justificativas a opção "OUTROS ABONOS" e, no espaço para indicar o motivo, escrever "Expediente final do ano".

Se os trabalhadores tiverem que trabalhar mais de 4h, a empresa orienta ainda que será obrigatório realizar o intervalo.

Nos casos em que o funcionário alinhar com a liderança a ausência nos dias 24 e 31 de dezembro, a orientação é que utilize a opção "DESMEMBRAR" no ponto eletrônico e, em seguida:

- Até às 12h: justificar como "HORAS COMPENSADAS"
- Após às 12h: justificar como "OUTROS ABONOS"

"É importante que os empregados e empregadas fiquem atentos à marcação correta do ponto, seguindo as normas internas, pra que possam desfrutar desse período de festas sem nenhum prejuízo em seu ponto eletrônico", reforçou Wanessa de Queiroz, coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander.

Horários atendimento ao público nas agências bancárias de todo o país

Veja também como ficará o atendimento bancário ao público nos dias que antecedem as datas comemorativas do Natal e Ano-Novo, conforme determinação do Banco Central e da Fenaban.

24/12:
- Estados com horários iguais ao de Brasília-DF - 9h às 11h
- Estados com diferença de 1 hora em relação à Brasília-DF - 8h às 10h (horário local) ou 9h às 11h (horário de Brasília)
- Estados com diferença de 2 horas em relação à Brasília-DF - 8h às 10h (horário local) ou 10h às 12h (horário de Brasília)

31/12:
Não haverá atendimento ao público, sendo necessário manter apenas as rotinas internas nas agências.

Fonte: Contraf-CUT

Representantes das entidades que compõe a comissão de negociação da Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil (Cassi), realizaram, nesta quarta-feira (10), uma reunião com a direção do BB para discutirem soluções ao fortalecimento financeiro da Cassi.

Para reforçar o caixa e o capital regulatório da entidade de assistência, os trabalhadores solicitaram ao banco o adiantamento de dez valores referentes ao 13º salário e a antecipação das despesas administrativas, referentes aos 12 meses de 2026, já em janeiro.

Os representantes do BB, entretanto, negaram o pedido dos trabalhadores e apresentaram, como contraproposta, apenas a antecipação de três valores do 13º salário, sem nenhum adiantamento das taxas administrativas, com a alegação de que já seria o suficiente para a construção conjunta de uma proposta futura a ser apresentada e aprovada pelo corpo de associados.

A direção da Cassi, por sua vez, apontou que esses valores cobririam o caixa até julho de 2026, prazo que os representantes das entidades têm receio de não ser suficiente para uma proposta de equalização das contas, que demanda medidas complexas.

A coordenadora da mesa de negociação, Fernanda Lopes, lembrou que o objetivo da negociação entre os representantes dos trabalhadores e do banco é encontrar soluções definitivas para o custeio. “O atendimento do pedido, feito pelas entidades sindicais que representamos, daria tranquilidade durante a continuidade da negociação para construir uma solução perene à Cassi”, pontuou.

“Nossa reivindicação permanece, para que, o mais breve possível, a gente alcance uma solução de valoração e fortalecimento de uma das maiores conquistas do funcionalismo do BB para eles mesmos e seus familiares, que é um plano de saúde acessível e que tem como pilar a solidariedade, com o custeio compartilhado entre os participantes e o patrocinador, que é o Banco do Brasil”, completou.

Fonte: Contraf-CUT

 

O Grupo de Trabalho do Saúde Caixa, composto por representantes das empregadas, empregados e da direção da Caixa Econômica Federal, reuniu-se no dia 8 de dezembro para discutir o acompanhamento trimestral do plano e os números projetados até novembro. Os dados apresentados pelo banco reforçam a importância da mobilização da categoria e o acerto na aprovação do novo Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) do Saúde Caixa, cuja vigência começa em janeiro de 2026, após a assinatura pelas partes.

“De acordo com as informações compartilhadas pelo banco, o resultado projetado para 2025 indica um déficit de aproximadamente R$ 560 milhões, considerando as receitas e despesas acumuladas. Até novembro, as despesas totais já somavam R$ 4,005 bilhões, contra R$ 3,445 bilhões em receitas”, observou o coordenador da representação das empregadas e dos empregados no GT, Leonardo Quadros, que é também diretor de Saúde e Previdência da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae) e presidente da Associação do Pessoal da Caixa do Estado de São Paulo (Apcef/SP).

Acordo evitará repasse do déficit aos empregados

Frente a esse cenário, a representação das empregadas e dos empregados destacou que a aprovação do novo ACT foi fundamental para impedir que esse desequilíbrio financeiro fosse transferido para as trabalhadoras e trabalhadores. O acordo garantiu:

  • Reajuste zero para titulares e dependentes;
  • Manutenção dos limites de coparticipação e do teto anual;
  • Mecanismos de governança e transparência que ampliam o acompanhamento do plano.

“Os números apresentados hoje comprovam o que dissemos durante todo o processo de negociação: sem acordo, o rombo seria empurrado para o bolso das empregadas e empregados. A categoria tomou a decisão correta ao aprovar o ACT. Ele preserva direitos, dá previsibilidade e impede que a conta da alta dos custos médicos recaia sobre quem trabalha”, avaliou o coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Felipe Pacheco.

Despesas em crescimento

As demonstrações apresentadas pela Caixa mostram crescimento significativo em diversos tipos de atendimento:

  • Internações: salto de R$ 1,407 bilhão (2024) para R$ 1,627 bilhão (2025);
  • Medicamentos quimioterápicos: aumento de R$ 156,9 milhões para R$ 200,2 milhões;
  • Consultas e pronto-socorro: também registraram elevação expressiva.

No acumulado do ano, a despesa assistencial superou o projetado em vários meses, enquanto a arrecadação com mensalidades se manteve estável, com exceção de novembro, em decorrência da contribuição sobre o décimo terceiro salário.

Para a representação dos trabalhadores, os dados reforçam a necessidade de fortalecer a luta pela aplicação do modelo de custeio 70/30 (70% dos custos pagos pelo banco e 30% pelos empregados) sem o atual condicionante do teto estatutário de 6,5% da folha, de modo a facilitar a ampliação da participação da Caixa no financiamento do plano. “O Saúde Caixa é uma conquista histórica, e seu equilíbrio depende de responsabilidade, diálogo e compromisso da empresa com a saúde de quem constrói o banco todos os dias”, destacou o coordenador da CEE. “Por isso, insistimos na necessidade do fim do teto de gastos da Caixa com a saúde de seus empregados, fixado no Estatuto Social da Caixa em até 6,5% da folha salarial. Somente com o fim do teto, o modelo de custeio 70/30 poderá ser aplicado de forma plena, para que nosso plano de saúde tenha viabilidade financeira”, completou.

Próximos passos

Ainda não há a confirmação da data para a assinatura do ACT aprovado. O acordo passa a vigorar a partir de janeiro de 2026.

A retomada das negociações sobre o fim do teto de gastos da Caixa com a saúde dos seus empregados e a igualdade de direitos após a aposentadoria para quem foi contratado a partir de setembro de 2018 está prevista para fevereiro de 2026.

“Vamos continuar atuando no GT e nas instâncias de negociação para garantir que o Saúde Caixa siga sustentável, solidário e acessível”, disse Felipe Pacheco. “Nosso compromisso é com as empregadas e empregados da Caixa, garantindo que o plano continue existindo com qualidade, sem aumentos abusivos de custos e com transparência na gestão”, concluiu.

Fonte: Contraf-CUT

Confira as datas dos últimos atendimentos presenciais do Departamento Jurídico do Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense, em 2025:

16/12 - Nova Iguaçu
18/12 - Duque de Caxias

RETORNO EM 2026

22/1 - Duque de Caxias (quinta-feira)
27/1 - Nova Iguaçu (terça-feira)

Para dúvidas, entre em contato com seu diretor ou diretora de base, ou pelos telefones do Sindicato.

Agradecemos a compreensão.

 

 

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), por meio da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, manifestou grave preocupação com o Termo de Ciência e Aceite – Opção pelo Intervalo para Repouso e Alimentação, que a Caixa Econômica Federal passou a disponibilizar para assinatura dos empregados, sem qualquer comunicação prévia à representação sindical.

O documento, apresentado de forma individualizada aos trabalhadores por formulário eletrônico, afirma que o empregado “manifesta expressamente seu desejo” de aderir ao intervalo intrajornada previsto no Acordo Coletiva do Trabalho (ACT) 2024–2026, reproduzindo trechos da cláusula coletiva. O termo diz ainda que essa manifestação “ratifica os intervalos já usufruídos, desde a vigência do ACT 2020/2022” e que a adesão deve ser “acordada com o gestor”, sendo considerada válida com a homologação mensal do ponto eletrônico.

Para a CEE/Caixa, além da maneira inadequada e unilateral com que o documento foi apresentado, seu conteúdo extrapola o que foi negociado nas mesas coletivas, introduzindo interpretações indevidas e criando potenciais riscos para os trabalhadores.

Parecer jurídico

De acordo com parecer técnico da assessoria jurídica da Contraf-CUT, elaborado pela advogada Meilliane Vilar, do escritório LBS Advogadas e Advogados Associados, o termo apresentado pelo banco contém elementos que não encontram respaldo jurídico nem estão previstos no ACT.

Segundo Vilar, a afirmação de que cláusulas de ACTs anteriores (2020/2022 e 2022/2024) seriam “equivalentes” à cláusula vigente é incorreta. “A equivalência normativa exige vigência simultânea. Acordos vencidos não produzem efeitos jurídicos no presente, ainda que suas cláusulas tenham redações semelhantes. Portanto, não cabe afirmar equivalência para justificar práticas atuais”, explica. 

Outro ponto crítico é a tentativa de validar intervalos já usufruídos em períodos anteriores. “A cláusula 23 do ACT 2024–2026 regula apenas o intervalo durante a sua própria vigência. O termo não pode ‘ratificar’ comportamentos ou registros de intervalos de ACTs já expirados. Isso é juridicamente insustentável e extrapola totalmente o que foi pactuado coletivamente”, afirma a advogada.

Meilliane destaca ainda que disposições de caráter individual, como a adesão ao intervalo, devem ser acompanhadas pela representação sindical, justamente para evitar pressões ou prejuízos decorrentes da assimetria entre empregado e empregador.

Transparência e respeito

O coordenador da CEE/Caixa, Felipe Pacheco, criticou duramente a postura do banco ao emitir o termo sem qualquer comunicação às entidades sindicais. “É extremamente grave que a Caixa tenha tomado essa iniciativa de forma unilateral. A CEE não foi informada, não foi consultada e não teve acesso prévio ao documento. Isso fere o respeito ao processo negocial e coloca os empregados em situação de insegurança”, afirma.

Para Pacheco, o termo não apenas desrespeita a mesa de negociação, como também carrega vícios de conteúdo. “Esse texto tenta atribuir efeitos retroativos, tenta validar intervalos passados e ainda cria uma lógica de concordância automática via ponto eletrônico. Nada disso foi negociado com a representação dos trabalhadores. Isso não é aceitável”, disse.

A CEE informou que vai tratar sobre o tema em reunião com a Caixa, agendada para o dia 12 de dezembro (sexta-feira), e exigir esclarecimentos, para corrigir distorções e garantir que nenhum trabalhador seja pressionado a assinar o documento ou tenha qualquer prejuízo em decorrência de já ter assinado o termo, inadvertidamente.

Orientação: não assinar o termo

Diante das irregularidades apontadas, tanto pela CEE quanto pela assessoria jurídica, a orientação da Contraf-CUT é clara e taxativa:

  • Empregados e empregadas NÃO devem assinar o termo disponibilizado pela Caixa;
  • Nenhum outro documento individual enviado pelo banco deve ser assinado sem orientação expressa dos sindicatos.

“Os trabalhadores só devem firmar documentos que tenham sido analisados e validados pelas entidades sindicais. É assim que garantimos segurança jurídica e proteção de direitos. Nesse caso, a orientação é: não assine”, reforça Felipe Pacheco.

Defesa dos direitos

A Contraf-CUT reafirma que continuará atuando de forma firme e vigilante para garantir que a Caixa respeite o processo democrático de negociação coletiva, evitando práticas unilaterais que possam fragilizar direitos e gerar insegurança aos trabalhadores.

Fonte: Contraf-CUT

O Banco Santander vai antecipar para o dia 19 de dezembro o pagamento do salário e da segunda parcela do 13º salário de seus funcionários.

Os valores serão divulgados no dia 18 no Portal Pessoas, ou no app Santander.

Fonte: Contraf-CUT

Confira o horário de expediente do Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense neste fim de dezembro de 2025:

19 de Dezembro - Expediente remoto (Sede e Sub-Sede fechadas. Caso necessário, entre em contato com a diretora ou diretor de sua área)

24 de Dezembro - Expediente até meio dia

31 de Dezembro - Não haverá expediente

No dia 2 de janeiro de 2026, o expediente é normal.

Agradecemos a compreensão.

 

Através de assembleia, realizada nesta quinta-feira (4/12), na Sede do Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense, em Duque de Caxias, bancárias e bancários da Caixa Econômica Federal, beneficiários titulares do Saúde Caixa, sócios e não sócios, aprovaram a proposta do Acordo Coletivo de Trabalho Saúde Caixa 2026, com vigência de 1º de janeiro de 2026 a 31 de agosto de 2026.

Foram 72,22% dos votos a favor e 27,78% contra.

A assembleia foi um pedido proveniente de funcionários e funcionárias da Caixa, que entraram em contato com o Sindicato e fizeram esta solicitação.

ASSINATURA DO ACORDO

A direção da Caixa Econômica Federal divulgou, dia 18 de novembro, um ofício destacando que as bases que não aprovaram proposta de Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) específico do plano de saúde não poderão acessar as conquistas negociadas para o Saúde Caixa.

No ofício, a empresa argumenta que sem a adesão ao ACT, não será possível preservar o modelo de custeio do plano de saúde.

Após meses de negociações e de fortes mobilizações ocorridas em todo o país, o banco concordou, no dia 10 de outubro, com o reajuste zero no plano de saúde, ao aceitar a proposta dos empregados de renovação do ACT do Saúde Caixa com a manutenção do percentual do salário a ser pago pelos titulares (3,5%) e do valor fixo pago pelos dependentes (R$ 480).

Seguindo o rito de transparência e legitimidade das decisões que afetam bancários e bancárias de todo o país, a proposta foi submetida, ainda em novembro, à votação em assembleias que ocorreram em bases de todo o país. Do total de votantes no sistema centralizado pela Contraf-CUT (que representa cerca de 100 sindicatos), 65,84% foram favoráveis ao acordo.

Já as assembleias do Sindicato de São Paulo, Osasco e Região; do Sindicato dos Bancários da Bahia; e do Sindicato dos Bancários Espírito Santo, que utilizaram sistemas próprios de votação, os resultados das assembleias pela aprovação foram, respectivamente, 71,58%; 61% e 59%.

Com a aprovação de maioria expressiva das bases, o próximo passo será a assinatura, dia 11 de dezembro, do novo ACT Saúde Caixa, que passará a valer 1º de janeiro, com vigência até 31 de agosto de 2026.

Porém, a proposta vigente do Saúde Caixa, ou seja, não o acordo prestes a ser assinado entre o banco e a representação dos empregados, já havia sido recusado por algumas bases. E são essas que o banco informou, em ofício divulgado ontem, que não poderão acessar os direitos conquistados no acordo mais recente para o plano de saúde.

Veja abaixo o resumo das conquistas na proposta que será assinada em 11/12

• Reajuste zero, permanecendo as regras atuais;
• Respeito ao pacto intergeracional e mutualismo;
• Ampliação do plano de saúde para filhos até 27 anos (R$ 800,00);
• ACT válido até a próxima data-base (31/08/2026).

Outros pontos negociados em 2025

• Serão vertidas ao Saúde Caixa as contribuições, patronal e pessoal, incidentes sobre valores pagos a empegados e ex-empregados, decorrentes de processos judiciais trabalhistas individuais, coletivos e acordo judiciais que tenham como objeto parcelas de natureza salarial. (a partir da assinatura do acordo);
• Carência de 3 meses para novos contratados;
• Elaboração de medidas estruturantes em 2026, com vistas à sustentabilidade do plano. Com retomada já em fevereiro das mesas permanentes de negociação com vistas a preparar o debate para o próximo ano.

O processo de fechamento de agências da Caixa Econômica Federal, iniciado em 2017 e drasticamente intensificado em 2024 e 2025, vem provocando um conjunto de prejuízos sociais, econômicos e trabalhistas em todo o país. Dados estatísticos compilados pelo Dieese mostram que a rede perdeu 196 agências desde 2017, passando de 3.404 unidades em 2015 para 3.208 ao final de setembro de 2025, com forte aceleração em 2024 (–113 agências) e em 2025 (–50 até setembro).

A redução da presença física da Caixa, responsável pela execução dos principais programas sociais do governo federal, prejudica a população mais vulnerável, desestrutura a economia local de municípios e bairros e penaliza duramente os trabalhadores do banco.

Impactos sociais

A Caixa é o braço operacional de políticas públicas essenciais do Governo Federal, como Bolsa Família, BPC, abono salarial, FGTS, Pronaf e diversos programas habitacionais. Em grande parte do país, especialmente em regiões remotas, pequenos municípios e áreas rurais, ela é o único ponto de atendimento bancário disponível.

O fechamento de unidades nestas localidades obriga famílias a percorrer longas distâncias para resolver questões que, muitas vezes, só podem ser tratadas presencialmente. Milhões de brasileiros que não têm internet, pacote de dados ou smartphone ficam simplesmente excluídos do atendimento.

“Cada agência fechada é uma porta do Estado que deixa de existir para quem mais necessita. O Brasil precisa de mais presença territorial da Caixa, não menos”, afirma o coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Felipe Pacheco.

Comércio e serviços prejudicados

Além de comprometer direitos sociais, o encerramento de agências também afeta diretamente a economia local. Comerciantes, prestadores de serviços e microempreendedores dependem da presença física da Caixa para movimentar seus negócios: receber pagamentos, fazer depósitos, contratar crédito, sacar benefícios e atrair clientes que circulam na região.

Agências bancárias são polos de fluxo de pessoas. Quando uma unidade fecha:

  • Cai o movimento em lojas próximas;
  • Há redução das vendas de pequenos comércios e ambulantes;
  • Estabelecimentos de serviços, como mercearias, farmácias, padarias, papelarias e salões de beleza perdem circulação de clientes;
  • Micro e pequenos empreendedores têm mais dificuldade para acessar crédito e serviços financeiros.

Em diversas cidades, prefeitos e comerciantes têm relatado que o fechamento de uma agência provoca uma espécie de “esvaziamento econômico” do entorno, uma vez que a Caixa costuma funcionar como ponto de atração e circulação diária de centenas de pessoas.

“Não é só o atendimento bancário que desaparece. O comércio sofre, os serviços perdem movimento, e a economia de bairros inteiros fica fragilizada. A Caixa tem papel econômico local que não pode ser ignorado”, reforça Felipe Pacheco.

Perdas para os empregados

A reestruturação da rede também tem provocado prejuízos significativos aos trabalhadores. Embora a Caixa tenha se comprometido em mesa de negociações que nenhum empregado perderia função ou remuneração em decorrência do fechamento de agências, isso não tem se confirmado na prática.

Empregados transferidos para unidades que já possuem profissionais nas mesmas funções (caixas, tesoureiros ou gerentes) estão sendo descomissionados, perdendo gratificações e sofrendo redução salarial.

É inadmissível que colegas com décadas de compromisso com a Caixa tenham suas remunerações rebaixadas por uma decisão estrutural do banco. Isso descumpre o que foi pactuado na mesa de negociação e viola a dignidade desses trabalhadores.

Menos agências, mais sobrecarga e adoecimento
Com o crescimento do número de contas, beneficiários e operações, a manutenção do processo de fechamento aprofunda a sobrecarga, as filas e o adoecimento físico e emocional dos trabalhadores.

“A digitalização não substitui a necessidade do atendimento presencial, especialmente para clientes de baixa renda, idosos e moradores de regiões com pouca tecnologia disponível”, observa a representante da Fetec/PR na CEE, Samanta Almeida. “Fechar agência não é modernização. É abandono. A Caixa não pode se afastar das comunidades e deixar de cumprir sua função social obrigatória de atender a população”, completou.

Fechamentos acelerados

A política de enxugamento, iniciada em 2017, não apenas se manteve, mas se intensificou em 2024 e 2025, justamente em um momento de retomada das políticas públicas sociais do Governo Federal, revelando contradições internas na condução da estratégia do banco público.

As entidades representativas avaliam que o modelo atual sacrifica o papel social e econômico da Caixa em nome de reestruturações que não consideram o impacto nas comunidades e tampouco o papel da Caixa como banco público.

Suspensão do fechamento de agências

O movimento sindical defende:

  • Suspensão dos fechamentos de agências;
  • Recomposição da rede física e presença territorial;
  • Garantia de manutenção das funções e remunerações dos empregados;
  • Fortalecimento do papel da Caixa como motor econômico local e instrumento de políticas públicas.

“A Caixa é o coração das políticas públicas brasileiras e também um motor econômico das comunidades. Fechar agências enfraquece municípios, prejudica trabalhadores e afasta o Estado do povo. Isso precisa parar”, conclui Felipe Pacheco.

Fonte: Contraf-CUT

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