Abril 29, 2025
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O Banco do Brasil tentou derrubar a tutela antecipada, conquistada pela Contraf-CUT e federações, e que determina a incorporação das comissões e ou gratificações para os funcionários que foram atingidos pela reestruturação de 2016 e, à época, ocupavam funções gratificadas/comissionadas por, no mínimo, dez anos. O desembargador que analisou o Mandado de Segurança do BB negou a liminar pleiteada. A decisão foi publicada nesta segunda-feira (10). O banco pode entrar com recurso.

Por outro lado, em uma outra movimentação na Justiça, o BB conseguiu estender o cumprimento da tutela antecipada em mais 90 dias úteis. A juíza que analisou o pedido e concedeu a tutela antecipada a favor do movimento sindical, entendeu razoável o pedido do banco de ampliação do prazo. Os 90 dias serão contados partir da publicação da decisão, que deve ocorrer em breve. O prazo para cumprir a medida venceria nesta terça-feira (11).

Entenda o histórico da luta

Em 2016, o Banco do Brasil realizou uma ampla reestruturação que impactou diversos trabalhadores, suprimindo gratificações e comissões de muitos que já exerciam funções de confiança há mais de uma década. Após tentativas de negociação com o banco, inclusive mediadas pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), a Contraf-CUT e federações ingressaram com ação judicial em 2017.

Em setembro daquele ano, a Justiça deferiu a tutela antecipada solicitada pelo movimento sindical para garantir a manutenção dos pagamentos das gratificações. Contudo, em agosto de 2018, um juiz de primeiro grau extinguiu o processo sem julgamento de mérito, alegando ilegitimidade da Contraf-CUT e federações para atuar como substitutas processuais.

Diante disso, o movimento sindical recorreu ao Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região (TRT10), que reconheceu a legitimidade das entidades e determinou o retorno do processo à vara de origem. Por sua vez, o Banco do Brasil recorreu ao Tribunal Superior do Trabalho (TST), mas a decisão favorável do TRT10 foi mantida, transitando em julgado em dezembro de 2024.

"O movimento sindical, tentou, por diversas vezes, negociar com o banco. A reestruturação resultava em inúmeros prejuízos aos funcionários, inclusive, na sua remuneração. Afinal, perder a comissão ou a gratificação ocasionaria uma redução significativa na remuneração da funcionária e do funcionário, com impactos reais em sua vida. Porém, esgotadas todas as tentativas de diálogo com a empresa, partimos para o Ministério Público do Trabalho e, depois, ingressamos com uma ação na Justiça", conta a coordenadora da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB (CEBB), Fernanda Lopes.

Decisão favorável e impacto aos trabalhadores

Com o retorno do processo à Vara do Trabalho, a Contraf-CUT protocolizou, em 12 de dezembro de 2024, um pedido para restabelecimento imediato da tutela antecipada. Com isso, a juíza Angélica Gomes Rezende deferiu o pedido, garantindo:

•   Manutenção e incorporação das gratificações/comissões aos trabalhadores que as recebiam por mais de 10 anos;
•   Reflexos salariais em repousos semanais remunerados (RSR), férias acrescidas de 1/3, 13º salário, horas-extras, anuênios, participação nos lucros e resultados (PLR), FGTS e contribuições à Previ;
•   Multa de R$ 1.000,00 por dia, por empregado, em caso de descumprimento da decisão.

Nesta decisão de dezembro de 2024, foi definido ainda que o banco teria até o dia 11 de fevereiro de 2025 para cumprir todas as medidas. Porém, nessa semana, o BB obteve da Justiça o pedido aceito para aumentar esse prazo em 90 dias.

Renata Cabral, assessora jurídica da Contraf-CUT e sócia do Crivelli Advogados e que, nesse processo também representa todas as federações autoras, pontua que este novo prazo que o banco tem para cumprir a tutela antecipada terá início assim que for publicado, o que deve ocorrer em breve. “Temos disponibilizado um link para acesso dos funcionários que querem saber se estão abarcados pela decisão”. 

O link (clique aqui) ao qual Cabral faz referência é para um formulário, onde, além de esclarecimentos sobre a decisão, o funcionário poderá saber se tem direito à incorporação deferida na tutela. 

Próximos passos

No dia 18 de fevereiro, próxima terça-feira, as partes voltam a se encontrar para mais uma audiência, onde serão ratificadas defesas e réplicas.

Fonte: Contraf-CUT

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O Banco Bradesco obteve Lucro Líquido Recorrente de R$ 19,6 bilhões, em 2024, crescimento de 20% em relação ao resultado do ano anterior. Considerando apenas o resultado do quarto trimestre, o crescimento foi de 3,4%, tendo em vista que o lucro foi de R$ 5,4 bilhões, frente aos R$ 5,2 bilhões do trimestre imediatamente anterior.

A rentabilidade sobre o patrimônio líquido (ROE) do banco ficou em 11,7%, 1,7 ponto percentual (p.p.) a mais em doze meses. De acordo com o relatório do banco, a melhora na margem bruta com clientes, que cresceu 3,3%, e a redução da PDD (-10,7%), influenciaram no aumento do lucro. O documento também destaca o resultado das operações de seguros, que atingiu R$ 5,5 bilhões, com um lucro líquido de R$ 2,5 bilhões, impulsionado pela redução da sinistralidade.

Menos emprego e menos agências

A holding Bradesco encerrou 2024 com 84.022 funcionários (sendo 72.642 do Banco Bradesco), com fechamento de 2.200 postos de trabalho em doze meses. A base de clientes cresceu em 3,2 milhões em relação a dezembro de 2023, totalizando 109,1 milhões.

Além de reduzir o número de funcionários, o banco também reduziu sua estrutura física. Foram fechadas 390 agências, 903 postos de atendimento e 92 unidades de negócios em doze meses. Com isso, o Bradesco chegou ao final de 2024 com 2305 agências, 728 postos de atendimento e 728 unidades de negócios.

As receitas com prestação de serviços e renda das tarifas bancárias cresceram 5,2% em doze meses, totalizando R$ 29,7 bilhões. Esta é uma receita secundária, irrisória frente à arrecadação obtida pelo banco com suas transações financeiras principais. Mesmo assim, apenas com estas receitas secundárias, o banco consegue cobrir toda as despesas de pessoal (R$ 24,4 bilhões), e ainda sobra 21,8% do valor arrecado.

“Um banco que tem 20% de crescimento do lucro, rentabilidade de quase 12%, com crescimento de quase 2% no ano, aumento de 3,2 milhões de clientes e mesmo assim promove redução de pessoal e de unidades de atendimento, está fazendo mais com menos. Os esforços dos funcionários, que resistem bravamente, e conseguem fazer com que o banco obtenha esses excelentes resultados, precisam ser reconhecidos”, observou a coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Bradesco, Erica de Oliveira. “Não pode ser uma política que apenas precariza as condições de trabalho e prejudica o atendimento aos clientes e não reconhece os esforços dos empregados que conseguem manter seus empregos”, completou.

Carteira

A Carteira de Crédito Expandida do banco apresentou expansão de 11,9% em doze meses, somando R$ 981,7 bilhões em dezembro de 2024. A carteira pessoa física cresceu 13,3% no período, totalizando R$ 414,1 bilhões. Os destaques desse segmento foram o crédito pessoal (+24,8%), o imobiliário (+14,9%) e crédito rural (51,2%). O segmento pessoa jurídica apresentou crescimento de 10,9% no período, totalizando R$ 567,6 bilhões. O saldo da carteira de grandes empresas cresceu 2,5%, enquanto o das micro, pequenas e médias empresas, registrou expansão de 28% em 12 meses. A taxa de inadimplência superior a 90 dias ficou em 4% ao final de 2024, com queda de 1,2 p.p. em comparação a 2023.

Veja abaixo a tabela resumo do balanço ou, se preferir, leia a íntegra da análise elaborada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Fonte: Contraf-CUT

O setor bancário eliminou 6.198 postos de trabalho em 2024, segundo dados da Pesquisa do Emprego Bancário elaborada pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) com base no Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged). O setor caminha em sentido contrário ao do mercado de trabalho geral do país, que no mesmo período abriu 1.693.673 postos de trabalho, 16,3% a mais do que em 2023.

Contabilizando apenas as atividades econômicas com mais de 10 mil trabalhadores e excluindo a categoria bancária, nota-se que, de 458 atividades, 407 abriram novas vagas (+ 1,7 milhão de postos de trabalho) e 51 atividades reduziram vagas (-44,9 mil). Isto é, 88% com saldo positivo o que enfatiza o bom desempenho das demais categorias perante a bancária.

“Os bancos batem recordes consecutivos de lucro e rentabilidade. E, mesmo com lucros que crescem sem parar, demitem seus funcionários, num total descaso com os trabalhadores, suas famílias e as consequências sociais e econômicas para o país”, avaliou a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, que é também vice-presidenta da Central Única dos Trabalhadores (CUT). “Em contrapartida, vemos a categoria adoecida em decorrência da sobrecarregada e das cobranças abusivas pelo cumprimento de metas e a população a cada dia pagando tarifas mais caras por serviços que ela mesma precisa se virar para realizar. São operações pelas quais ela paga e que deveriam ser realizadas por um trabalhador bancário”, completou. “E não se engane com bancos e fintechs que dizem não cobrar tarifas. Eles cobram pelos serviços por meio de taxas de juros mais altas”, continuou.

Bancos no vermelho

Durante todo o ano de 2024, apenas em janeiro e fevereiro os bancos contrataram mais do que demitiram. Nos 10 meses seguintes o número de demissões superou o de contratações, resultando no saldo de quase 6,2 mil postos de trabalho a menos no setor no ano. Em dezembro o saldo negativo foi 771 postos a menos, mas em outros três meses do ano (março, julho e agosto) a perda de postos de trabalho foi ainda maior, quando foram fechados 815, 1.424 e 1.684 postos de trabalho, respectivamente.

“A maior responsabilidade pelo fechamento de vagas no setor está associada aos Bancos Múltiplos com Carteira Comercial, atividade em que estão inseridos os principais bancos privados e o Banco do Brasil, com a extinção de 3.608 vagas, e a Caixa Econômica com a eliminação de 3.198 vagas bancárias”, observa o Dieese no texto da pesquisa. “Importante ressaltar que ao longo do ano, o número de desligamentos realizado pela CEF foi ampliado consideravelmente motivados pela adesão dos trabalhadores ao Plano de Desligamento Voluntário (PDV)”, lembra a pesquisa em outro trecho.

De portas abertas

De maneira geral, as vagas abertas no setor bancários estão associadas à Tecnologia da Informação, área na qual os bancos realizam grandes volumes de investimentos, como a ocupação Analista de Desenvolvimento de Sistemas, que sozinha foi responsável por 1.601 vagas abertas no setor.

Por outro lado, as ocupações tradicionalmente ligadas às agências físicas foram as que mais sofreram com a eliminação de vagas, como é o caso, por exemplo, de gerente de contas, gerente de agência e escriturário de banco, que juntos tiveram mais de 6,5 mil postos de trabalho encerrados.

Em todo o país

O setor bancário fechou vagas de trabalho em todas as regiões do país em 2024. Em números absolutos, a Região Sudeste perdeu o maior número de postos de trabalho (-3.133 vagas), seguido pela região Sul (-1.835 vagas), Nordeste (-557 vagas), Centro-Oeste (-475 vagas) e Norte (-198 vagas). Na análise pela proporcionalidade, observa-se que o estoque para cada região encolheu cerca de 1%, exceto para a região Sul, onde a queda foi superior a 3%.

Na análise por unidade da federação, houve aumento das vagas apenas no Distrito Federal (+73 vagas), Maranhão (+26 vagas) e Acre (+12 vagas). Nas demais 24 unidades, verificou-se saldo negativo, sendo Rio de Janeiro (-1.273 vagas), São Paulo (-931 vagas) e Minas Gerais (-832 vagas) os estados mais afetados.

Gênero, cor da pele e idade

Mais uma vez, há prevalência de saldo negativo entre as mulheres. Dos 6.198 empregos eliminados, 72,8% eram ocupados por mulheres, refletindo a menor contratação feminina, que representou apenas 44% das admissões.

Deve-se enfatizar que essa dinâmica está relacionada a mudanças estruturais ocupacionais, especialmente com a ampliação de vagas em áreas de Tecnologia da Informação, tradicionalmente dominadas por homens.

“Já acompanhamos há algum tempo esse movimento de redução de vagas para as mulheres e buscamos solução para resolver o problema, o que gerou, inclusive, a inclusão de cláusulas na Convenção Coletiva de Trabalho voltadas à equidade de gênero na tecnologia”, afirmou a presidenta da Contraf-CUT, que coordena as negociações do Comando Nacional dos Bancários com a Federação Nacional dos Bancos.

No que diz respeito à movimentação segundo a faixa etária, há saldo positivo para as faixas até 29 anos (+8.190 vagas) e negativa para faixas superiores (-14.388 vagas).

Em seguida, as informações sobre Raça/Cor (nomenclatura utilizada nas bases de dados do Ministério do Trabalho, cujo registro parte de autodeclaração do trabalhador) revelam que, em 2024, o saldo para pessoas pretas e pardas foi positivo em 904 vagas.

As admissões de pessoas negras representaram 35% do total e os desligamentos foram 28,3% da totalidade. A ampliação de vagas para pessoas pretas e pardas é pauta histórica e habitual das negociações da categoria bancária.

Mas, ao analisarmos a remuneração salarial, a maior diferença salarial na categoria ocorre entre homens não negros (R$ 8.298,49 na admissão e R$ 9.756,27 no desligamento) e mulheres negras (R$ 5.000,02 na admissão e R$ 5.771,76 no desligamento) que possuem remunerações 39,7% e 40,8%, respectivamente, menores na admissão e no desligamento.

“A discrepância evidencia desafios estruturais na equidade salarial e fortalece a relevância da Lei de Igualdade Salarial, Lei 14.611/2023, promulgada em julho de 2023 e regulamentada em novembro do mesmo ano pelo presidente Lula. A Mesa de Igualdade de Oportunidades da Categoria Bancária, firmada há mais de duas décadas, trata de forma frequente e persistente a temática”, ressalta o Dieese no documento da pesquisa.

Mais informações na íntegra da pesquisa do Dieese.

Fonte: Contraf-CUT

O Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense, através da Diretora Elizabeth Paradela e do Diretor Fernando Sá, participou do Curso de Formação Sindical: “Introdução à História do Movimento Sindical e as Ferramentas de Luta – Módulo I”, em Itaperuna (RJ), no último sábado, dia 8 de fevereiro.

O evento foi realizado pela Secretaria de Formação da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES) e pela Secretaria de Formação da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), e é direcionado aos dirigentes sindicais da base da Fetraf RJ/ES, principalmente novos e novas dirigentes, ou que ainda não participaram de atividades formativas.

O Sindicato dos Bancários de Itaperuna e Região, filiado à Fetraf RJ/ES, foi o anfitrião do evento, que representou um marco na história sindical da região, e teve como objetivo proporcionar formação crítica e histórica sobre o movimento sindical.

Além disso, discutir e capacitar os participantes no uso de ferramentas de luta, para que possam fortalecer as relações e conquistas da categoria.

O CURSO

Foi um dia inteiro de atividades, com a participação de especialistas em história sindical e lideranças atuantes na área, com debates e trocas de experiências entre os Sindicatos presentes.

O surgimento do movimento sindical no Brasil e no mundo; Principais conquistas históricas da classe trabalhadora; Estratégias e ferramentas de luta no contexto contemporâneo, foram alguns dos assuntos tratados no curso.

 

Nesta quinta-feira, 6 de fevereiro, funcionárias e funcionários do Banco Itaú, base do Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense, aprovaram, em assembleia, o Acordo da Comissão de Conciliação Voluntária (CCV).

A assembleia ocorreu, presencialmente, na Sede do Sindicato, em Duque de Caxias.

A primeira convocação ocorreu às 18 horas; e a segunda convocação, às 18h30.

O que é CCV do Itaú

A Comissão de Conciliação Voluntária (CCV) do Itaú é um fórum tripartite – que reúne o ex-funcionário que pleiteia direitos devidos, representantes do Sindicato e representantes do banco – que tem como objetivo a realização de acordos para pendências trabalhistas antes que sejam levadas à Justiça.

Qualquer trabalhador pode recorrer à CCV, exceto demitidos por justa causa, uma vez que o fórum atua na reivindicação dos direitos trabalhistas que possam ter sido violados durante o contrato de trabalho.

A Contraf-CUT enviou, na quarta-feira (5) um ofício à Caixa Econômica Federal solicitando a antecipação do pagamento da segunda parcela da Participação nos Lucros ou Resultados (PLR) do banco referente aos resultados de 2024. A primeira parcela foi paga em setembro, logo após a assinatura do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) específico da PLR do banco.

Conforme o ACT da PLR da Caixa, o banco pode pagar a segunda parcela da PLR de 2024 até o dia 31 de março.

Em seu ofício, a Contraf-CUT ressalta que “muito embora a cláusula sexta, parágrafo oitavo, do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) – PLR 2024 tenha previsão de pagamento até o dia 31 de março de 2025, sabe-se que nos meses de janeiro e fevereiro concentram-se as maiores despesas por parte dos trabalhadores, em razão da cobrança de IPTU, IPVA, matrícula e material escolar, entre outras, razão pela qual se justifica a solicitação para que o banco faça o pagamento em data antecipada”.

“O pagamento antecipado da PLR ajuda a desafogar as empregadas e empregados, que neste começo de ano veem as contas aumentar devido as despesas sazonais”, reforçou o diretor da Contraf-CUT e coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Rafael de Castro. “Esperamos que o pagamento seja efetuado o quanto antes, como um reconhecimento do esforço das empregadas e empregados, que trabalham com sobrecarga, estrutura inadequada, problemas nos sistemas operacionais e sob forte pressão pelo cumprimento de metas, o que os leva ao adoecimento”, completou.

Fonte: Contraf-CUT

 

A presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, juntamente com representantes do Sindicato dos Bancários de Barretos e Região (Seeb/Barretos), interior de São Paulo, e o deputado estadual Luiz Marcolino (PT-SP), se reuniu nesta quinta-feira (6) com o Ministro de Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, Alexandre Padilha, para tratar sobre a garantia da representação dos trabalhadores de cooperativas de crédito que trabalham nas cidades da base sindical do Seeb/Barretos pela entidade.

“Fomos recebidos pelo ministro Padilha, que nos ouviu a respeito da garantia da representação dos trabalhadores de cooperativas de crédito pelo Sindicato dos Bancários de Barretos e Região, que sempre representou estes trabalhadores”, informou Juvandia.

Cooperativas da região, como a Sicredi e a Sicoob estão interferindo no direito de representação sindical de seus empregados. “Só para enfraquecer a representação e diminuir os direitos dos trabalhadores”, disse a presidenta da Contraf-CUT, acrescentando que isto vem acontecendo em vários lugares do Brasil.

“A Convenção Coletiva e o Acordo Coletivo negociados pelos sindicatos dos bancários têm que ser respeitados porque são estas entidades que representam esses trabalhadores. E foi sobre isso que conversamos com o ministro Padilha, sobre estes desvios e sobre a necessidade de você manter uma simetria, porque um banco cooperativo, como são esses sistemas da Sicoob e da Sicredi, tem que respeitar os direitos dos trabalhadores” destacou a presidenta da Contraf-CUT.

A definição de qual sindicato deve representar seus funcionários é uma prática que pode ser considerada como uma medita antissindical, que visa escolher o sindicato com menor poder de negociação e legitimidade para defender os direitos dos trabalhadores.

Fonte: Contraf-CUT

O Santander confirmou que a segunda parcela da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) será paga no dia 28 de fevereiro, junto com o pagamento da folha salarial. O valor é referente ao exercício de 2024, descontando o adiantamento realizado em setembro do ano passado.

Na mesma data também será pago o Programa Próprio de Resultados do Santander (PPRS) que, neste ano, será de R$ 3.672,26.

“O PPRS é uma conquista importante dos trabalhadores do Santander e do movimento sindical, garantida no Acordo Coletivo de Trabalho do Santander”, enfatizou a coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados do Santander, Wanessa de Queiroz Paixão, que é diretora executiva da Federação dos Bancários da CUT do Estado de São Paulo (Fetec-CUT/SP).

Em breve será disponibilizado um simulador por meio do qual será possível calcular o valor a ser recebido a título de PLR.

O anúncio do pagamento da PLR Santander 2025 (segunda parcela da PLR 2024) foi feito um dia depois da divulgação do balanço do banco, que obteve R$ 13,8 bilhões de lucro em 2024, aumento de 48,6% em relação a 2023.

A PLR dos bancários foi garantida após a aprovação, em assembleia, e assinatura da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria bancária, em 2024.

A Campanha Nacional dos Bancários de 2024 garantiu para 2025 reajuste do INPC mais 0,5% de aumento real, em todos os valores fixos da PLR, no VA e VR e em todas as demais verbas previstas nas cláusulas econômicas da CCT, como auxílio-creche/babá, gratificações, auxílio home office, etc.

PLR bancários

O reajuste de 0,5% acima do INPC incidirá também sobre a Participação nos Lucros e Resultados, nas parcelas fixa e adicional e sobre os tetos. A PLR dos bancários é paga em duas etapas: a primeira foi paga até 30 de setembro de 2024 (prazo previsto na CCT para que os bancos realizem o crédito).

Já a segunda parcela da PLR virá em 2025, com o fechamento do balanço dos bancos e a consolidação dos seus lucros. Os bancos têm até 1º de março de 2025 para creditar a parcela final da PLR 2024.

A PLR é uma conquista importante da categoria bancária – junto do movimento sindical –, que foi a primeira a garantir este direito em Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) Nacional, em 1995. Desde então, a PLR bancários passou por muitos ajustes e melhorias, resultando em valores cada vez maiores.

“A PLR não é benefício do banco. É uma conquista dos trabalhadores bancários ao lado do Sindicato, resultado da organização e da mobilização da nossa categoria. Por meio da PLR, uma parte do lucro dos bancos lucro é dividida com trabalhadores, que podem assim elevar sua remuneração anual", ressaltou Wanessa.

Texto: SPBancários

O Itaú obteve Lucro Líquido Recorrente Gerencial (que exclui efeitos extraordinários) de R$ 41,403 bilhões em 2024, alta de 16,2% em relação ao ano anterior. No quatro trimestre, o lucro líquido gerencial foi de R$ 10,884 bilhões, alta de 2% em relação ao trimestre imediatamente anterior, quando o banco lucrou R$ 10,675 bilhões). A rentabilidade sobre o Patrimônio Líquido médio anualizado (ROE), no Brasil, foi de 23,3% no período, com alta de 1,6 ponto percentual (p.p.) em doze meses.

“O efeito positivo do crescimento da carteira, da maior margem com passivos e maiores ganhos com operações estruturadas do atacado, levou a um crescimento de 7,1% na margem financeira com clientes (excluindo o resultado da operação na Argentina em 2023, alta de 8,3%). Igualmente, houve aumento na margem financeira com o mercado e redução de 6,6% no custo do crédito”, explica o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) no documento de análise do lucro do banco.

Demissões e fechamento de agências

Ao final de 2024, a holding contava com 86.228 empregados no país, 373 postos de trabalho a mais em doze meses, porém, com fechamento de 635 postos no quarto trimestre. Segundo o relatório elaborado pelo banco para divulgação dos resultados do ano, “a mudança do perfil de colaboradores, com mais profissionais em tecnologia e menos em áreas operacionais, é demonstrada com o crescimento de 12,5% nos colaboradores da área de tecnologia e a redução de 2,2% no quadro de colaboradores do Brasil, em relação ao mesmo período do ano anterior.”

Outro dado significativo é o que mostra o fechamento de 219 agências físicas do Itaú no Brasil em 2024.

A receita com prestação de serviços e tarifas bancárias cobradas pelo Itapu cresceu 2,2% em doze meses, totalizando cerca de R$ 49,2 bilhões ao final de 2024, enquanto as despesas de pessoal, considerando a PLR, cresceram 7,5%, somando, aproximadamente, R$ 31,3bilhões. Assim, a cobertura destas despesas pelas receitas de serviços e tarifas foi de 157,1%.

Aumento do crédito, queda na inadimplência

A carteira de crédito cresceu 15,5% em doze meses e 6,3% no trimestre, atingindo R$ 1,359 bilhão. As operações com pessoas físicas (PF) no país cresceram 6,9% em doze meses, totalizando R$ 444 bilhões, com destaque para o crédito imobiliário (+11,1%), veículos (9,9%) e crédito pessoal (+8,4%). As operações com pessoa jurídica tiveram alta de 16,4% no período, totalizando R$ 353,5 bilhões. Destaques para o Financiamento à Exportação/Importação (+38,3%); BNDES/Repasses (+35,7%) e Crédito Rural (+14,2%). A carteira de crédito da América Latina cresceu 19,4%, atingindo R$ 224,6 bilhões. O Índice de Inadimplência para atrasos acima de 90 dias no país, caiu 0,6 p.p., ficando em 2,6% em dezembro de 2024. As despesas com provisão para devedores duvidosos (PDD) caíram 8,5% em doze meses, totalizando R$ 33,1 bilhões.

Veja abaixo a tabela de resumo do balanço do banco ou, se preferir, leia a íntegra do documento elaborado pelo Dieese.

Fonte: Contraf-CUT