Dezembro 13, 2025
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O Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense e entidades sindicais de todo o país, realizaram nesta quarta-feira, 17 de setembro, o Dia Nacional de Luta dos Funcionários do Banco Itaú-Unibanco.

O objetivo é protestar e denunciar as práticas abusivas da direção do banco, assim como destacar a defesa do emprego decente na categoria bancária, sem perseguições e excessos dos gestores.

Além disso, as entidades sindicais iniciaram ações políticas e organizativas, assim como análises jurídicas. Há relatos de demissão de trabalhadores adoecidos.

No dia 15 de setembro de 2025, em reunião com os membros da COE/Itaú-Unibanco, os representantes do banco tergiversaram sobre as possíveis reversões das demissões, limitando o debate às justificativas operacionais para os fatos.

Nesta quarta-feira, 17 de setembro, o Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense realizou em Duque de Caxias, um Dia Nacional de Luta em Defesa do Saúde Caixa e dos empregados da Caixa. 
 
Em todo o país, Sindicatos mobilizaram empregadas e empregados para as negociações sobre a renovação do ACT (Acordo Coletivo de Trabalho), para que se envolvam na cobrança e que o banco apresente uma proposta de acordo sem reajuste nas mensalidades e com aumento da participação da Caixa no custeio das despesas do plano.
 
Além disso, existem outras reivindicações, como:
  • Reajuste zero nas mensalidades do Saúde Caixa;
  • Fim do teto de custeio de 6,5% da folha salarial;
  • Cumprimento do modelo de custeio 70/30;
  • Respeito aos princípios do mutualismo, solidariedade e ao pacto intergeracional;
  • Melhoria e ampliação da rede credenciada própria;
  • Compartilhamento das redes de outros planos;
  • Plano na aposentadoria para contratados depois de 2018;
  • Fortalecimento do GT Saúde Caixa;
  • Fortalecimento do Conselho de Usuários;
  • Maior participação dos usuários e representantes dos trabalhadores na gestão do plano;
  • Funcionamento efetivo dos comitês de credenciamento;
  • Aporte pela Caixa dos valores pagos a menor.

Negociações

Além das atividades do Dia Nacional de Luta, os empregados foram chamados a participar das ações nas redes sociais, que começam neste dia 17 e seguem, pelo menos, até o dia 19 (sexta-feira), quando acontecerá a próxima reunião de negociações para a renovação do ACT do Saúde Caixa. A reunião será realizada em Brasília, a partir das 12h30.

Empregadas e empregados do Banco Bradesco S/A, Banco Bradesco Financiamentos S/A, Banco Bradesco BBI S/A e Banco Bradesco Bradescard S/A, sócios e não sócios, da base territorial do Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense, participarão de assembleia remota, para deliberar sobre a aprovação da adesão do Sindicato ao Acordo Coletivo de Trabalho, para estabelecer as condições de criação e funcionamento da Comissão de Conciliação Voluntária – CCV, celebrado entre a Contraf-CUT e o Conglomerado Bradesco, com vigência de 01/09/2025 a 31/08/2027.

A assembleia ocorre na quinta-feira, 18 de setembro, das 8 horas às 20 horas.

PARA VOTAR

Para votar e participar, basta acessar o link de votação: https://bancarios.votabem.com.br/

O link estará, também, disponível em nosso site (http://www.bancariosbaixada.org.br)

 

Sindicatos de bancários de todo o país farão, na quarta-feira (17), um Dia Nacional de Luta em Defesa do Saúde Caixa e dos empregados da Caixa. “Vamos mobilizar as empregadas e empregados para as negociações sobre a renovação do ACT (Acordo Coletivo de Trabalho) para que se envolvam na cobrança para que o banco apresente uma proposta de acordo sem reajuste nas mensalidades e com aumento da participação da Caixa no custeio das despesas do plano”, disse o coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Felipe Pacheco, ao lembrar que além destas duas, existem outras reivindicações, como:

  • Reajuste zero nas mensalidades do Saúde Caixa;
  • Fim do teto de custeio de 6,5% da folha salarial;
  • Cumprimento do modelo de custeio 70/30;
  • Respeito aos princípios do mutualismo, solidariedade e ao pacto intergeracional;
  • Melhoria e ampliação da rede credenciada própria;
  • Compartilhamento das redes de outros planos;
  • Plano na aposentadoria para contratados depois de 2018;
  • Fortalecimento do GT Saúde Caixa;
  • Fortalecimento do Conselho de Usuários;
  • Maior participação dos usuários e representantes dos trabalhadores na gestão do plano;
  • Funcionamento efetivo dos comitês de credenciamento;
  • Aporte pela Caixa dos valores pagos a menor.

“Vamos fazer este Dia Nacional de Luta e, pelo menos uma vez por semana, os sindicatos estarão nas agências ou unidades administrativas do banco para conversar com os colegas sobre nosso plano de saúde”.

Negociações

Além das atividades do Dia Nacional de Luta, os empregados serão chamados a participar das ações nas redes sociais, que começam neste dia 17 e seguem, pelo menos, até o dia 19 (sexta-feira), quando acontecerá a próxima reunião de negociações para a renovação do ACT do Saúde Caixa. A reunião será realizada em Brasília, a partir das 12h30.

Moldura de foto

Como forma de mostrar seu apoio à campanha, as empregadas, os empregados e dirigentes sindicais podem utilizar a moldura de foto para colocar em seus perfis nas redes sociais e status do WhatsApp, por exemplo. Basta acessar o link https://www.twibbonize.com/reajustezero e colocar a moldura na foto escolhida.

Fonte: Contraf-CUT

Conforme previsto na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) dos bancários, os bancos têm até o dia 30 de setembro para fazer o crédito da primeira parcela da participação dos trabalhadores nos lucros ou resultados das empresas (a chamada PLR). Mas o Bradesco, atendendo a um ofício enviado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), irá adiantar o pagamento da primeira parcela no dia 19 de setembro.

"A PLR é uma conquista histórica da categoria, assim como os reajustes que são obtidos todos os anos. É um importante mecanismo de distribuição, que reconhece que os lucros são o resultado do esforço e dedicação do funcionalismo do banco", destaca a coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Bradesco, Erica Oliveira.

Regra da PLR

A PLR dos bancários é composta de regra básica e parcela adicional.

Para esta primeira parcela, referente ao lucro no primeiro semestre do ano, a regra básica corresponde a 54% do salário-base do bancário, acrescido do valor fixo de R$ 2.119,75, limitado ao valor individual de R$ 11.371,44 e com teto de 12,8% do lucro líquido do banco apurado no 1º semestre de 2025, o que ocorrer primeiro.

Já a parcela adicional é a divisão linear de 2,2% do lucro líquido apurado no 1º semestre de 2025, pelo número total de empregados elegíveis, em partes iguais, até o limite individual de R$ 3.668,29. O Bradesco encerrou o primeiro semestre de 2025 com um Lucro Líquido Recorrente de R$ 11,931 bilhões - crescimento de 33,7% em relação ao mesmo período de 2024.

Os valores fixos e limites individuais da PLR (regra básica e parcela adicional) já estão corrigidos pela inflação (INPC) dos últimos 12 meses (setembro de 2024 a agosto de 2025) de 5,05%, divulgada pelo IBGE em 10 de setembro, acrescido do aumento real de 0,6%, conquistado na Campanha Nacional dos Bancários 2024.

Supera para os elegíveis

Também no dia 19 de setembro, o Bradesco irá creditar a primeira parcela do Supera, programa de remuneração variável que substitui o antigo Prêmio por Desempenho Extraordinário (PDE). Nessa fase, o Supera será destinado à chamada força de vendas. A segunda parcela está prevista entre os meses de fevereiro e março de 2026, após a divulgação do lucro anualizado de 2025.

Na última sexta-feira (12), a COE e a Contraf-CUT assinaram com o Bradesco o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) para o Programa de Participação nos Resultados (PPR), chamado Supera, e para o Programa de Resultado Bradesco (PRB).

"Com essa assinatura consolidamos a ampliação da cobertura da remuneração variável para trabalhadores do Bradesco, dando, agora, início a um ciclo que contempla mais da metade (65%) dos trabalhadores do banco, cerca de 48 mil funcionários", explica a coordenadora da COE, Erica de Oliveira.

O antigo PDE contemplava somente funcionários da área comercial. O novo Supera inclui trabalhadores das áreas Rede de agências (Varejo, Prime e Empresas); Segmento Principal (em expansão); Bradesco Expresso; e Assessores administrativos e comerciais das Gerências Regionais (exceto gerentes regionais). "Vamos continuar atuando para incluir colegas de outras áreas nos próximos ciclos", completa Érica.

Outra conquista é que enquanto o antigo PDE era pago somente quando os funcionários atingiam resultados acima de 101% da meta, o Supera será distribuído para quem alcançar 95% das metas preestabelecidas.

Fonte: Contraf-CUT

Os funcionários e funcionárias do Banco do Brasil recebem, nesta sexta-feira (12) o pagamento da Participação nos Lucros e/ou Resultados (PLR). A antecipação atende a uma reivindicação do movimento sindical.

A data foi anunciada oficialmente pelo banco no mesmo dia da divulgação do balanço do primeiro semestre. O acordo aditivo do BB determina que a instituição faça o crédito em até 10 dias após o pagamento dos dividendos aos acionistas.

Os valores pagos serão proporcionais ao lucro do banco, que atingiu R$ 11,2 bi no primeiro semestre de 2025, uma queda de 40,7% em relação ao mesmo período do ano passado, marcada pelo aumento da inadimplência, com destaque para o segmento do agronegócio. O Banco do Brasil, que responde por 50,1% do crédito agropecuário no país, viu a taxa de inadimplência do setor subir para 4,21% no segundo trimestre, uma alta de 1,21 ponto percentual em 12 meses. Com isso, as despesas com Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa (PCLD) somaram R$ 15,9 bilhões, com crescimento de 105% em relação a junho de 2024.

“Apesar do cenário, é fundamental lembrar que o BB é o maior banco público da América Latina, com mais de dois séculos de história e peça-chave na sustentação da agricultura brasileira, para o desenvolvimento do país e para a estabilidade do sistema financeiro. Sua importância é resultado direto da dedicação diária de milhares de trabalhadores e trabalhadoras. Assim como a participação nos lucros e resultados é também uma conquista histórica da categoria, fruto de negociações nacionais conduzidas pelo movimento sindical”, destaca a coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados do Banco do Brasil (CEBB), Fernanda Lopes.

“No Banco do Brasil, a PLR ainda conta com regras específicas previstas no Acordo Coletivo (ACT), que ampliam o alcance da distribuição e reforçam a valorização dos funcionários”, ressalta Fernanda.

Como é calculada a PLR no BB

O cálculo da PLR é realizado com base nos módulos Fenaban e BB.
•    Módulo Fenaban: 45% do salário paradigma definido em acordo, acrescido de uma parcela fixa.
•    Módulo BB: distribuição linear de 4% do lucro líquido entre os empregados, além de uma parcela variável.

Veja abaixo a tabela com os valores
 

tabela bb.png
 
Na parcela a ser paga em setembro, poderá haver novo desconto de Imposto de Renda (IR) na fonte, considerando o valor total recebido no ano. O montante já retido na primeira parcela, em março, será compensado no cálculo final.

Isenção de IR 

Nos últimos anos, os governos Lula e Dilma promoveram avanços importantes na tributação da PLR, ao criar uma tabela exclusiva e ampliar progressivamente os valores de isenção, garantindo que uma fatia maior dos rendimentos dos trabalhadores não fosse comprometida pelo Imposto de Renda. 

Em 2023, por exemplo, o limite de isenção foi reajustado pelo governo federal de R$ 6.677,55 para R$ 7.407,11, o que representa mais benefício para os trabalhadores e fortalece essa conquista histórica.

Ainda assim, a luta não está encerrada: enquanto lucros e dividendos de acionistas seguem totalmente livres de tributação, a PLR continua sendo tributada acima do teto estabelecido. Por isso, a Contraf-CUT tem desempenhado um papel central na articulação política, mediando debates e pressionando para corrigir esta distorção, garantindo a isenção integral da PLR como forma de valorizar o esforço da classe trabalhadora e promover maior justiça tributária.

Fonte: Contraf-CUT

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou, no dia 8 de setembro, a Lei 15.199/25, que torna oficial a campanha Setembro Amarelo e institui o dia 10 de setembro como Dia Nacional de Prevenção do Suicídio e o dia 17 de setembro como Dia Nacional de Prevenção da Automutilação.

Já em seu artigo 1º, a Lei determina que a campanha seja “realizada anualmente, no mês de setembro, em todo o território nacional, por meio de ações relacionadas à prevenção da automutilação e do suicídio” e, no artigo 2º, que durante a campanha Setembro Amarelo, sejam realizadas atividades destinadas à conscientização sobre a saúde mental.

Por que falar disso?

“É importante que se trate sobre este tema em toda a sociedade. E especialmente no setor financeiro, já que os dados apontam que a categoria bancária é a mais afetada entre todos os trabalhadores por problemas relacionais à saúde mental”, observou o secretário de Saúde da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Mauro Salles.

Um levantamento do Dieese aponta que, nos anos de 2023 e 2024, 57,1% das licenças de trabalho concedidas a bancários foram consequências de transtornos mentais e comportamentais. Apenas a título de comparação, no restante da população, 5,99% das licenças para tratamento de saúde foram motivadas por questões de saúde mental.

“O índice de 5,99% registrado no total da classe trabalhadora já é muito alto. Mas, o registrado entre a categoria bancária é assustador. E, entre empregados da Caixa chega a alarmantes 74%”, disse ressaltou o secretário de Saúde da Contraf-CUT.

Gestão adoecedora

Mauro explica que o trabalho bancário mudou muito. Hoje os bancários são obrigados a conviver com metas abusivas, assédio moral, vigilância digital e pressão constante. “Esse modelo de gestão está adoecendo milhares de trabalhadores, levando a quadros de ansiedade, depressão, síndrome do pânico e até suicídio. O Setembro Amarelo é o mês de conscientização e prevenção ao suicídio, mas o tema precisa ser tratado o ano todo. Se não na sociedade como um todo, pelo menos no setor bancário”, defende.

“O suicídio não é fraqueza individual. É consequência de uma soma de fatores, muitas vezes agravados pela organização do trabalho. Proteger a vida dos bancários exige solidariedade, acolhimento e luta coletiva contra o modelo de gestão que adoece”, completou.

Principais causas do adoecimento psíquico entre bancários

  • Metas abusivas e inalcançáveis;
  • Assédio moral e sexual, inclusive organizacional;
  • Controle algorítmico e vigilância excessiva (monitoramento digital, ranking de produtividade);
  • Insegurança no emprego, reestruturações e demissões em massa;
  • Sobrecarga de trabalho e jornadas prolongadas;
  • Violência organizacional: culpabilização da vítima, isolamento, competitividade forçada.

Sinais de alerta

  • Mudanças bruscas de humor e comportamento;
  • Isolamento de colegas e familiares;
  • Queda brusca de rendimento ou concentração;
  • Queixas constantes de cansaço extremo, insônia, dores sem causa física aparente;
  • Comentários sobre “não aguentar mais” ou ideias de morte.

O que fazer coletivamente

  • Denunciar práticas de assédio moral e cobrança abusiva de metas;
  • Procure o sindicato da sua base.

O que cada trabalhador pode fazer

  • Não se isolar: converse com colegas de confiança, família ou sindicato;
  • Procurar atendimento médico/psicológico o quanto antes;
  • Acionar o sindicato em casos de assédio ou cobrança abusiva.

Apoio profissional gratuito

  • CVV – 188 (Centro de Valorização da Vida) – atendimento 24h, sigiloso e gratuito;
  • Serviços públicos de saúde mental (CAPS, UBS).

Fonte: Contraf-CUT

A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú se reunirá com o banco na segunda-feira (15) para tratar de demissão de mais de 1.000 funcionários pelo banco.

“Queremos que o banco nos mostre como foi feito este monitoramento, porque muitos funcionários estão dizendo que trabalhavam conforme sua rotina de trabalho exigia”, disse a coordenadora da COE/Itaú, Valeska Pincovai.
Segundo Valeska a maioria das pessoas demitidas alega ter sido promovida e ganhado prêmios em programas do banco por atingir resultado de alta performance.

“O Itaú está jogando na conta dos trabalhadores o corte de postos de trabalho que queria fazer para garantir a eficiência e crescimento do lucro. Quer fazer mais com menos e não vamos tolerar que os bancários sejam humilhados em rede nacional como se fossem vagabundos”, afirmou a coordenadora da COE/Itaú.

Fonte: Contraf-CUT

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acumulou alta de 5,05% nos últimos 12 meses, concluídos em agosto, segundo dados oficiais divulgados nesta quarta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Com esse resultado, mais os 0,6% de ganho real conquistados pela categoria na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), as bancárias e bancários terão reajuste de 5,68% sobre o salário e todas as demais verbas, incluindo a Participação nos Lucros e Resultados (PLR), vale-refeição e vale-alimentação.

Veja, a seguir, os impactos dos reajustes, que serão aplicados a partir de 1º de setembro (data-base da categoria):

Aumento real é conquista dos trabalhadores

Em agosto de 2024, a categoria obteve a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), válida até agosto de 2026, que garantiu aumento acima da inflação para os salários e verbas para os dois anos vigentes do acordo. No ano passado, o reajuste conquistado pela categoria foi de 4,64%, que representou ganho real de 0,9% para aquele momento.

“Os lucros dos bancos são o resultado do trabalho da categoria, no dia a dia. Por isso que, em toda a campanha salarial, colocamos o aumento real como prioridade, ao lado dos debates por melhores condições de trabalho", explica a coordenadora do Comando Nacional dos Bancários e presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira. "Então, o reajuste acima da inflação, e que vai se refletir não só nos salários, mas em todas as cláusulas econômicas, não se trata de benefício dos bancos. Trata-se de conquista da categoria, obtida pelo Comando Nacional dos Bancários nas mesas de negociação”, completou.

Fonte: Contraf-CUT

A coordenação da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú se reuniu, na manhã desta terça-feira (9), com o banco Itaú para pedir a revisão das mais de 1.000 demissões realizadas pelo banco na segunda-feira (8). O banco aceitou avaliar apenas as demissões de pessoas adoecidas.

A maioria dos desligamentos ocorreu na base do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região (Seeb-SP), de bancárias e bancários que trabalhavam no Centro Tecnológico (CT), CEIC e Faria Lima em regime híbrido ou integralmente remoto. A justificativa do banco foi que esses empregados estavam sendo monitorados há mais de seis meses e foi detectada "baixa aderência ao home office".

Transparência

“As pessoas foram monitoradas por seis meses e o banco não deu nenhum alerta sobre a alegada baixa aderência. Não houve nenhuma possibilidade de se opor, ou de se defender”, observou a coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú, Valeska Pincovai. “Além não ter havido qualquer advertência prévia aos trabalhadores, também não houve qualquer diálogo com o sindicato, num claro desrespeito aos bancários e à sua representação sindical”, acrescentou.

“Fomos surpreendidos com essa demissão em massa. O banco afirma que os desligamentos se baseiam em registros de inatividade nas máquinas corporativas, em alguns casos, períodos de quatro horas ou mais de suposta ociosidade. No entanto, consideramos esse critério extremamente questionável, já que não leva em conta a complexidade do trabalho bancário remoto, possíveis falhas técnicas, contextos de saúde, sobrecarga, ou mesmo a própria organização do trabalho pelas equipes”, criticou o diretor do Seeb-SP e bancário do Itaú, Maikon Azzi.

“As reuniões são monitoradas por assuntos, tema, participantes, as metas são controladas constantemente, produtividade e a geolocalização de todos é controlada pelo ponto eletrônico. Os trabalhadores estão tendo sua privacidade invadida a todo momento. O assédio passou a ser digital”, ressaltou Valeska. “Precisamos regulamentar a utilização da IA no controle das atividades dos bancários para evitar que a situação da saúde mental da categoria, que já está em estado crítico, se agrave ainda mais”, completou.

“Solicitamos negociação sobre o Acordo de Teletrabalho e que haja transparência das medidas que são tomadas pelo banco, para que as pessoas tenham ciência de todo o monitoramento”, disse Valeska, acrescentando que o acordo vence em dezembro e as negociação já vão começar.

Reposição já!

No último semestre, o Itaú obteve lucro superior a R$ 22,6 bilhões, com rentabilidade em alta. É o maior banco do país em ativos. Mesmo com esse resultado, segue extinguindo postos de trabalho: em 12 meses, o banco cortou 518 postos de trabalho, reduzindo o quadro de pessoal da holding a 85.775 empregados.

“Não justifica o Itaú demitir mais de 1.000 pessoas com o lucro que teve no último período, e de uma forma tão injusta como foi feito. Estamos defendendo o emprego desse pessoal, mas de qualquer forma, exigimos mais contratações e, caso não haja a reintegração, que estas vagas sejam repostas, pois já há sobrecarga de trabalho, que contribui para o drástico adoecimento mental da categoria. Muito acima do que é registrado no total da classe trabalhadora”, disse Valeska.

Nos anos de 2023 e 2024, 57,1% das licenças por acidente de trabalho concedidas a bancários foram causadas por transtornos mentais e comportamentais.

Fonte: Contraf-CUT, com informações do Seeb-SP