Outubro 14, 2025
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Sindicato realiza ato em agência da Caixa de Duque de Caxias

Nesta quinta-feira, 25 de setembro, o Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense realizou um ato na agência 4162 (Nilo Peçanha) da Caixa Econômica Federal.
 
A manifestação teve como objetivo esclarecer o andamento das negociações sobre o Saúde Caixa e outras pautas relevantes sobre os direitos dos trabalhadores. E, também, manter as empregadas e empregados informados e mobilizados, sobre estes temas.
 
Pelo Sindicato, estiveram presentes os diretores Pedro Batista, Renata Soeiro, Gentil Ramos, Newton França e Fernando Correia de Sá, funcionário do banco e membro da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa Econômica Federal.
 
 
ENTENDA

Após grande mobilização nacional em defesa do Saúde Caixa, como o Dia Nacional de Luta em Defesa do Saúde Caixa, a Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa) e representantes do banco voltaram a se reunir para mais uma mesa de negociação sobre o plano de saúde e outros temas relevantes sobre os direitos dos trabalhadores. 

O encontro, realizado presencialmente em Brasília (DF), teve como foco o cenário atual do plano, os desafios para sua sustentabilidade e a cobrança por uma proposta concreta por parte do banco, que, até o momento, não apresentou nenhuma para resolver o impasse. 

Os representantes dos empregados reafirmaram que não aceitarão propostas que alterem os princípios do plano, como solidariedade, mutualismo e pacto geracional, e cobraram que a Caixa retome a proporção histórica de financiamento 70/30, bem como um aporte imediato do banco para garantir reajuste zero em 2025.

Após finalmente ter acesso aos dados, a empresa atuarial contratada pela representação dos empregados apontou cenários atuariais onde o aumento da participação da Caixa para 70%, mantido a premissa de não reajuste para os empregados, o plano voltaria a apresentar superávits nos anos de 2026 e 2027. Dados compilados pela Comissão Executiva dos Empregados mostram que, o modelo de custeio atualmente vigente é insustentável a longo prazo. Por outro lado, se a Caixa tivesse preservado o modelo 70/30 nos últimos três anos, o plano teria se mantido equilibrado e registrado superávits. 

Na reunião, a Caixa voltou a expor dados atuariais que apontam o envelhecimento acelerado da população atendida pelo plano. Segundo a Caixa, atualmente, quase 30% dos beneficiários têm mais de 59 anos, percentual que pode chegar a 40% até 2030, além do crescimento contínuo das despesas assistenciais. 

Ainda de acordo com os representantes do banco, a combinação desses fatores, aliada ao modelo de custeio vigente, gera riscos de seleção adversa e déficits crescentes nos próximos anos. A instituição reiterou medidas já implementadas, como auditoria e segunda opinião em procedimentos de alto valor, fortalecimento da telemedicina, credenciamento direto de materiais e fornecimento direto de medicamentos oncológicos, ações que, segundo a apresentação, já resultaram em economia expressiva.

Outra reivindicação apresentada ao banco foi com relação à extensão do Saúde Caixa depois da aposentadoria aos admitidos pós-2018.

A Caixa ficou de apresentar proposta sobre o Saúde Caixa em até, no máximo, 15 dias, em nova rodada de negociação.

Mais informações

Dirigentes seguem reunidos avaliando a mesa sobre condições de trabalho (garantias para caixas e tesoureiros, PLR, home office, fechamento de agências, SuperCaixa) e os próximos passos de mobilização.