Abril 29, 2025
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Imprensa

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O Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense informa que não haverá atendimento presencial do Departamento Jurídico nesta terça-feira (22/4), em Nova Iguaçu, e na próxima quinta-feira (24/4), em Duque de Caxias.

Agradecemos a compreensão.

A categoria bancária realizou, nesta quarta-feira (16), data em que a caixa de previdência dos trabalhadores do Banco do Brasil, a Previ, faz aniversário, protestos em várias partes do país em defesa da entidade. A principal concentração ocorreu em frente à sede da Previ, no Rio de Janeiro.

"É dia de comemorar os 121 anos da Previ, mas também de nos engajarmos pela defesa da nossa entidade", explica a coordenadora da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB (CEBB), Fernanda Lopes, diante de uma série de ataques que a entidade passou a receber, mais fortemente, nos últimos meses, por meio de manobras no Tribunal de Contas da União (TCU) e de veículos da grande imprensa.

Atualmente, a Previ administra R$ 270 bilhões de 200 mil associados e associadas. É também o maior fundo de pensão fechado da América Latina e referência de gestão para outras entidades semelhantes pelo mundo. 
"Já estamos acostumados, ao longo de todos esses anos, com as tentativas de agentes externos de repassar a gestão da Previ para as mãos do mercado. Hoje esta gestão é inteiramente feita pelos próprios associados e associadas, sejam eleitos ou indicados pelo patrocinador, que é o Banco do Brasil. Essas movimentações de alijar os associados da gestão da Previ ficaram mais fortes no período recente", destaca Fernanda Lopes.

Desde fevereiro, a Previ está sob auditoria do TCU. "Nós não somos contra as auditorias. Aliás, defendemos e são realizadas constantemente, por agentes externos e internos à Previ. Porém, o que nos chamou a atenção foi a maneira como foi decidida e a forma como está sendo divulgada por um grande meio de comunicação, em específico, na tentativa de criar pânico entre os associados e que poderia colocar em risco o modelo de gestão de sucesso da Previ", observa Fernanda Lopes.

A Previ já entregou à entidade auditora, indicada pelo TCU, mais de 2 mil documentos. O relatório preliminar encaminhado à Corte não registrou nenhuma irregularidade na Previ. Ainda assim, no dia 9 de abril, o plenário do TCU aprovou uma ampliação da auditoria, com argumentos que contrariam os resultados da própria auditoria preliminar.

Diante desses fatos, os funcionários e funcionárias do Banco do Brasil realizaram o seguinte levantamento:

  • Desde o início de fevereiro, um meio de comunicação em destaque no país publicou mais de 50 matérias com ataques à Previ;
  • O bombardeio coincide com uma ofensiva de ministros TCU contra a Previ, cujo capítulo mais recente foi o voto político de um deles;
  • Em sua decisão, o decano contrariou o relatório técnico do próprio TCU;
  • Por coincidência, presidente executivo do conselho do meio de comunicação indicado acima é sogro de um outro ministro do TCU;
  • Ministro esse que fez grande articulação com políticos, pessoas do mercado financeiro e de fundos de pensão, incluindo a Previ, para ser indicado presidente da Vale;
  • Entretanto, outro nome foi eleito pelo Conselho da Administração, onde a Previ tem participação acionária;
  • Além desses fatos, em meados do ano passado, o Banco do Brasil decidiu não renovar contrato de publicidade com o referido meio de comunicação, que mais tem dado espaço aos ataques contra a Previ e menos espaço para que a Previ se defenda nas matérias.

"Nossas manifestações de hoje tiveram como objetivo ampliar essas informações para nossos colegas, associados e associadas da Previ, e requerer de uma instituição tão importante e necessária à democracia, que é o TCU, uma análise coerente e baseada nos dados técnicos e não por motivações políticas, também exigimos que os meios de comunicação deem espaço justo para que a Previ e os associados e associadas da entidade em suas publicações", conclui Fernanda Lopes.

Fonte: Contraf-CUT

O Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense visitou agências de sua base para entregar o Jornal “Unidade”, um informativo da da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES).

Ele é o mais novo canal de comunicação para as bases regionais dos Sindicatos filiados à Federação.

O jornal é mensal e será disponibilizado de forma virtual e distribuído de maneira impressa.

Os Sindicatos dos Bancários da Fetraf RJ/ES, são: Angra dos Reis e Região, Baixada FluminenseEspírito SantoItaperuna e Região, Macaé e Região, Nova Friburgo e Região e Três Rios e Região.

No Jornal “Unidade”, os trabalhadores encontrarão as notícias e destaques mais importantes de suas regiões, dos bancos em que trabalham e da categoria bancária, em geral.

Além disso, os trabalhadores serão ouvidos e informados sobre as conquistas do Movimento Sindical, através dos Sindicatos, Federações e Confederação.

*confira as fotos em nossas redes sociais

Ao obter 92,10% dos votos de bancários e bancárias que participaram do pleito virtual que começou na segunda-feira (7/4) e terminou nesta sexta-feira (11/4), às 17 horas, a Chapa 1 – Unidade na Luta, venceu as eleições para a diretoria do Sindicato dos Bancários e Financiários do Rio de Janeiro (Seeb/Rio). “Declaro vitoriosa a Chapa 1. Foi uma eleição tranquila, com a participação de um quórum expressivo de 66,80% dos aptos a votar”, afirmou a presidenta da Comissão Eleitoral, Fernanda Carisio, ao final da apuração dos votos, que foi acompanhada por representantes de diretores de sindicatos de bancários de todo o estado do Rio de Janeiro, da Contraf-CUT, das federações bancárias Federa-RJ e Fetraf, da CUT, da CTB e da Intersindical, além dos vereadores do PT, Leonel Quirino e Igor Feio.

José Ferreira, reeleito para ocupar o cargo de presidente do sindicato até 2029, parabenizou todas as forças políticas que entenderam a necessidade de formar uma chapa de unidade em um momento difícil para a categoria bancária, para todos os trabalhadores e para a democracia. “A conjuntura que vivemos exige de nós superar as divergências entre as esquerdas para combater o neoliberalismo, o bolsonarismo e a ultradireita”, afirmou durante discurso logo após o anúncio do resultado da eleição. “Apostamos em ter uma chapa de unidade de todas as forças para sinalizar esta necessidade para os demais sindicatos e toda a sociedade”, argumentou o presidente reeleito do Seeb/Rio, representando a corrente política Articulação.

A vice-presidente do sindicato, Kátia Branco, da CTB, também reeleita, frisou que a grande participação da categoria na eleição e a expressiva votação da Chapa 1, mostrou o apoio à ideia da chapa de unidade. “Foi uma honra termos recebido 92% dos votos. Bancários e bancárias deram com isto o recado de que querem fortalecer a luta por mais direitos, em defesa do emprego, pelo fim do assédio moral, e que, para isto entendem que é vital eleger uma chapa de unidade das forças políticas presentes na categoria”, afirmou.

Unidade fortalece o Sindicato

Cleyde Magno, da corrente política Enfrente, disse que o compromisso com a categoria é o principal motivo que fez com que a sua força política estivesse nesta chapa. “E também a necessidade de unir as várias visões políticas em defesa da democracia”, afirmou. “A grande participação da categoria mostra o acerto da nossa política de frente ampla com grande número de forças presentes na chapa. Agradecemos aos bancários pela participação e reconhecimento”, disse.

Para Sérgio Amorim, da CSD, a vitória da Chapa 1 é a vitória da categoria bancária por melhores condições de vida, por mais direitos e pela democracia. “E a eleição daqui é uma sinalização importante para outros setores da sociedade de que precisamos estar unidos para defender a sobrevivência da democracia. Termos obtido mais de 90% dos votos mostra que foi acertada a proposta da unidade”, avaliou.
Jacy Menezes, da Intersindical, disse que a votação mostrou que o bancário sabe que o sindicato dá certo com a presença de todos os setores em sua diretoria. “As divergências existem, mas é importante entender que a unidade é o melhor para a nossa categoria”, afirmou Jacy. Júlio Castro, de posição independente, frisou que a unidade é importante para fortalecer o sindicato. “Esta é a casa do trabalhador. Por isto, podemos divergir, mas temos que estar todos aqui”, argumentou.

Derrotar a extrema-direita

Já o vice-presidente da Contraf-CUT, Vinícius Assumpção, disse que não há maior prova do apoio dos bancários e bancárias à diretoria eleita do que a participação de mais de 2/3 da categoria no pleito e a votação em massa na Chapa 1. “Temos que estar unidos pois só assim vamos ser capazes de dar uma resposta aos nossos patrões, que são os banqueiros, e ao fascismo que está à espreita. O desafio das forças democráticas é construir a unidade para derrotar a extrema-direita”, ressaltou.

Adriana Nalesso, presidenta da Federa-RJ, disse que foi uma alegria participar do processo de construção da chapa e da sua eleição. “Todo este processo mostra a responsabilidade que tem o nosso sindicato que é referência para tantas outras categorias. Nas lutas mais gerais da sociedade, como a luta pela democracia e contra o fascismo, como nas conquistas de direitos que constam da nossa Convenção Coletiva de Trabalho e que vão além das conquistas econômicas, com cláusulas com garantias de gênero e raça, pelos direitos das mulheres, negros e negras, contra o assédio, mas também pela inclusão de mulheres carentes de fora da nossa categoria”, lembrou.

Centrais sindicais

Paulo Farias, presidente da CTB Rio, deu os parabéns em nome da central sindical pela vitória da Chapa 1. “A unidade em tempos difíceis como o que vivemos é fundamental. Temos pela frente eleições para vencer. E para derrotar o fascismo somente com a unidade das forças democráticas. E o Sindicato dos Bancários, como sempre, sai na frente dando o exemplo, e contando com o apoio da base que deu à esta chapa uma votação expressiva”, constatou.

Jane Sant’Ana, secretária-geral da CUT Rio, lembrou que a unidade é importante também para fortalecer a luta da categoria bancária contra a precarização do trabalho. “Junto com as centrais sindicais, os sindicatos têm que construir uma luta maior contra o crescimento da exploração que visa o aumento do lucro dos bancos e demais empresas”, disse.

Texto: Olyntho Contente/Seeb-Rio, com edições da Contraf-CUT

Enquanto grandes bancos do país avançam na inclusão de mulheres em cargos de liderança, o Santander Brasil vai na contramão e dá um passo atrás. A nomeação de Guilherme Bernardes para o cargo de superintendente-executivo de Marketing — na prática, o novo líder da área — expõe mais uma vez a incoerência entre o discurso institucional do banco e sua prática cotidiana.

A crítica aparece na coluna da jornalista Josette Goulart, no UOL, onde destaca que, atualmente, os principais concorrentes do Santander — como Itaú, Bradesco, Banco do Brasil, Caixa e Nubank — contam com mulheres à frente do marketing. O Banco do Brasil, inclusive, possui mulheres tanto no cargo de CEO quanto no de CMO (sigla para Chief Marketing Officer, que significa Diretor(a) de Marketing), um caso raro no setor financeiro.

“Essa decisão é um reflexo claro da falta de compromisso do Santander com a equidade de gênero. O banco insiste em repetir que valoriza e incentiva a presença de mulheres em cargos de liderança, mas sua prática mostra o oposto”, afirma Wanessa Queiroz, coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander.

“Nós, trabalhadoras mulheres, em especial, nos sentimos indignadas com a incoerência do banco. Ao mesmo tempo em que afirma que incentiva a participação das mulheres em cargos de liderança, o Santander mantém uma prática que não condiz com o discurso nem com a realidade do mercado. Essa indignação foi externada inclusive durante uma das últimas reuniões da COE com o RH do banco, com representantes dos trabalhadores de todo o país. O que pedimos é coerência e compromisso real com a diversidade”, aponta Wanessa, ao se referir ao encontro de 2 de abril, para discutir as políticas de diversidade da instituição.

A saída da ex-CMO Juliana Cury, que deixou o Santander após apenas seis meses no cargo para assumir o marketing do Itaú, evidenciou ainda mais o retrocesso. Em vez de buscar manter ou ampliar a representatividade feminina em uma posição estratégica, o banco optou por uma solução interna e masculina, ainda que não com status de diretoria. O novo chefe da área, embora vá liderar o marketing nacional, não terá cargo de C-Level, como era o caso de seus antecessores — o que, segundo o banco, se deve a uma reestruturação da área que agora responde diretamente à matriz na Espanha.

“A COE Santander reforça que a luta por igualdade de gênero nos espaços de poder e decisão não é apenas uma pauta simbólica — é uma necessidade urgente para a construção de ambientes corporativos mais justos, plurais e representativos”, finalizou a coordenadora.

Fonte: Contraf-CUT

Estão abertas as inscrições para o Torneio de Futebol dos Bancários 2025, realizado pelo Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense.

O campeonato ocorrerá no dia 31 de maio, sábado, na AAFBB - Xerém, a partir das 9 horas da manhã.

As equipes podem inscrever até 15 atletas com, no máximo, dois convidados, e deverão chegar ao local com 1 hora de antecedência.

ATENÇÃO: Os bancários devem ser EXCLUSIVAMENTE da Baixada Fluminense, ou seja, que trabalham em agências da região.

INSCRIÇÕES

Para se inscrever e para maiores informações, entrem em contato com o Diretor de Esportes, Cultura e Lazer, Ricardo de Sá (21 / 96408-6589).

O valor da inscrição será de R$ 200 por equipe e as vagas são LIMITADAS.

CONVIDADOS

O evento é EXCLUSIVO para bancárias, bancários e seus dependentes.

Haverá uma lista prévia na portaria do local, para conferência.

Se inscreva e participe!

O Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense recebeu com profunda tristeza a notícia do falecimento de Luis Antonio Quaresma, funcionário do Banco Bradesco, de Vilar dos Teles.

Neste momento de imensa dor, nos solidarizamos com os amigos e sua família, expressando nossos mais sinceros sentimentos.

Desejamos força, amparo e serenidade para enfrentar essa perda irreparável.

Toda nossa solidariedade, Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense.

A partir desta quinta-feira (10) e até o dia 18 de maio, mulheres interessadas em aprender programação poderão inscrever-se para concorrer uma das 1.000 novas vagas para bolsa de estudo do curso "FrontEnd: minha primeira página web”. As aulas estão previstas para início em 29 de maio e término em 28 de junho.

O curso, oferecido pela escola PrograMaria, faz parte do programa "Mais mulheres na TI", uma conquista da categoria bancária na mais recente renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).

"Nesta reivindicação, conseguimos o compromisso dos bancos custearem 3.100 bolsas de estudo para que mulheres sejam capacitadas em tecnologia da informação (TI), área que mais cresce no sistema financeiro", explica a secretária da Mulher da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Fernanda Lopes. "Com o destaque que nenhuma precisa ter conhecimento prévio em TI para acessar essa oportunidade", completou.

Link para inscrever-se o curso "FronteEnd: minha primeira página web"

A coordenadora do Comando Nacional dos Bancários, Neiva Ribeiro, acrescenta que o programa foi construído para priorizar mulheres negras, com deficiência, mães e trans, na concessão de bolsas. "Por isso incentivamos que todos e todas compartilhem essa notícia nos seus espaços de convivência e não percam esta oportunidade de se qualificar ou indicar o curso para alguma outra mulher. Vamos juntas nesta luta pela igualdade de oportunidades no banco e em toda a sociedade", concluiu.

A seguir, detalhes sobre o curso, lembrando que a escola PrograMaria construiu um material didático para que mulheres aprendam a programação do zero, sem necessidade de conhecimento prévio para participarem:

- Conceitos Iniciais em HTML: é graças ao HTML e suas tags que montamos as estruturas dos sites. Falamos que o HTML é como se fosse o esqueleto do ser humano. Para isso, vamos entender como escrever um cabeçalho, um parágrafo, adicionar um menu, imagens e links na nossa página;
- Conceitos Iniciais em CSS: depois de aprendermos como montar o “esqueleto”, chegou a hora de tornar nossa página mais bonita. É com o CSS que vamos aprender a estilizar a aparência. Com isso, vamos entender como estilizar os textos, alterando fontes, cores e tamanhos. Além disso, como alterar os espaços “em branco” da página, adicionando cores e alterando suas margens;
- Conceitos Iniciais em JavaScript: agora que nossa página já tem estrutura e estilo, ela precisa de um pouco mais de movimento! E vamos aprender como criar notificações a partir do clique de um botão, utilizando a linguagem JavaScript e suas funções;
- Conceitos de Lógica de Programação: para executar bem as funções, é preciso compreender como funciona a lógica de programação. Para isso, vamos conhecer o conceito do “If”, em português, do “Se”. Imagina a quantidade de notificação que apareceria se, ao confirgurar uma notificação, não colocarmos que é para ela aparecer somente quando o botão for selecionado?;
- Dicas de carreira: além dos conteúdos técnicos, ao longo do curso, quando chegar ao final, vamos te dar dicas para seguir na carreira. Tanto com outros conteúdos para continuar estudando, mas, também, conhecendo as histórias de pessoas que já atuam com Front-End para poder receber dicas e se inspirar!

Conquista da categoria

Esta é a segunda fase programa "Mais mulheres na TI", para a qual duas escolas foram contratadas pelos bancos para a concessão de bolsas, conforme compromisso fechado com a categoria bancária na CCT atualizada em 2024.

Nesta proposta, foram estabelecidas a concessão de 3.100 bolsas, sendo 3.000 pela escola PrograMaria e 100 pela escola Laboratória.

Na primeira fase para a seleção, que ocorreu em março, a procura excedeu às expectativas. Segundo a Laboratória, foram 4.756 inscrições recebidas e, devido à concorrência, ao invés de convocar 100 candidatas, foram convocadas 118.

A escola PrograMaria, por sua vez, destacou que a busca por inscrições às 1.000 vagas da primeira fase superou em 295% a expectativa.

“Essa procura muito elevada mostra que existe uma demanda reprimida entre as mulheres que querem, sim, aprender e atuar na área da tecnologia. E que o movimento sindical bancário está no rumo correto nas reivindicações da mesa de negociação permanente Igualdade de Oportunidades, que temos com os bancos. Lembrando que o ‘Mais mulheres na TI’ não tem como objetivo somente preparar mulheres em tecnologia para os bancos, mas para todo o mercado de trabalho, e isso porque é um compromisso do que chamamos de ‘sindicato cidadão’: não adianta mudar internamente, somente o setor bancário, e não mudar o restante da sociedade", concluiu.

Fonte: Contraf-CUT

Desde 2007, a Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu o dia 02 de abril como o Dia Mundial da Conscientização do Autismo, data escolhida para conscientizar a sociedade acerca da inclusão e participação dos indivíduos que apresentam o Transtorno do Espectro Autista (TEA). Ao mesmo tempo, ocorre o Abril Azul, em alusão ao tema.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a estimativa é de que, somente no Brasil, existam 2 milhões de pessoas que possuem o transtorno do espectro autista.

O TEA é um distúrbio do neurodesenvolvimento, caracterizado por manifestações comportamentais, déficit na comunicação e interação social, padrões de comportamento repetitivos e estereotipados, que podem levar o indivíduo a apresentar um repertório restrito de interesses e atividades.

Em 2012, o Governo Federal sancionou a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (Lei nº 12.764/2012), assegurando garantias como saúde, lazer e integridade física e moral aos indivíduos, além de regulamentar a criação da Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (Ciptea).

Níveis de suporte e gravidade para o TEA

Ainda dentro dos critérios diagnósticos do DSM-5 para autismo, estão presentes os níveis de gravidade ou necessidade de suporte para as atividades da vida diária.

A partir da 5ª edição, o TEA passa a ser dividido em 3 níveis diferentes: leve, moderado e severo.

Os indivíduos diagnosticados no nível leve de TEA com pouco suporte, precisam de atendimentos da área de saúde como: avaliação e acompanhamento com neurologista ou psiquiatra, psicoterapia, terapia ocupacional, nutricionista, dependendo das áreas que estejam deficitárias. O autismo nunca vem sozinho trás diversas comorbidades no quadro como ansiedade, depressão, TDAH, transtornos motores, transtornos sensoriais, alterações alimentares, dentre outros. A classificação leve indicada o nível de autonomia e independência que a pessoa possa ter. Portanto, TEA ou autismo “leve” , não quer dizer que a pessoa não precise de ajuda de profissionais de saúde.

Na CID-11 (última versão deste manual 2022) os diagnósticos de autismo passam a fazer parte dos Transtornos do Espectro do Autismo (6A02), que podem ser identificados das seguintes formas:

Nível 1 de suporte

Em geral, são pessoas que lidam com dificuldades para manter e seguir normas sociais, apresentam comportamentos inflexíveis e dificuldade de interação social desde a infância.

Podem ser mais difíceis de serem diagnosticados pelo masking, estratégia adotada por muitas pessoas com TEA desde a infância para evitarem bullying, sofrimento psicológico e estresse.

No masking, as pessoas com TEA tentam, a partir da imitação do comportamento de pessoas neurotípicas, esconderem o transtorno e se comportarem da forma que a sociedade espera. Ao longo da vida, autistas que tiveram que recorrer a estratégia para se sentirem seguros sentem ainda mais dificuldade de se expressar livremente, precisando de apoio psicológico para desfazer os efeitos negativos do masking.

Mesmo que tenham um nível maior de autonomia para algumas tarefas, vale lembrar que o autista de suporte 1 não é “menos” autista do que uma pessoa de suporte 2 ou 3.

O autista de nível 1 sente impactos consideráveis do transtorno em seu cotidiano, e continua precisando de terapias e acompanhamento profissional.

‌Níveis de suporte 2 e 3 apresentam déficits mais marcantes na comunicação.

Nível 2 de suporte

Em geral, apresentam comportamento social atípico, rigidez cognitiva, dificuldades de lidar com mudanças e hiperfoco (interesse intenso por determinados objetos, pessoas ou temas).

Nesse nível do espectro, o autista demonstra déficits marcantes na conversação, com respostas reduzidas ou consideradas atípicas. As dificuldades de linguagem são aparentes mesmo quando a pessoa tem algum suporte, e a sua iniciativa para interagir com os outros é limitada.

Nível 3 de suporte

Nestes casos, os indivíduos têm dificuldades graves no seu cotidiano e déficit severo de comunicação, com uma resposta mínima a interações com outras pessoas e a iniciativa própria de conversar muito limitada. Também podem adotar comportamentos repetitivos, como bater o corpo contra uma superfície ou girar, e apresentarem grande estresse ao serem solicitados a mudarem de tarefa.

Autistas nível 2 e 3 de suporte também apresentam uma incidência maior de comorbidades, como depressãoTDAH, TOC, ansiedade, epilepsia, distúrbios do sono, dificuldades de fala, distúrbios gastrointestinais, deficiência intelectual e dificuldades de coordenação motora.

Nível de suporte não resume a pessoa autista, porque o espectro se manifesta em cada indivíduo de forma diferente.

Vale lembrar que o nível de suporte não consegue definir o autista por completo. Autistas de nível 3 de suporte podem escrever um livro com ajuda de comunicação aumentada, por exemplo, mas não conseguirem ir ao banheiro ou tomarem banho sem ajuda.

Autistas de nível 1 podem ter dificuldades consideráveis de socialização e aprendizado, mesmo que grande parte das pessoas nesse nível do espectro tenha mais autonomia.

Outro exemplo de como cada pessoa com TEA precisa ser analisada de forma personalizada é a deficiência intelectual.

Nem todo autista não verbal possui deficiência intelectual, assim como nem toda pessoa nível 1 de suporte possui altas habilidades e superdotação.

Apenas o acompanhamento terapêutico a longo prazo pode ajudar cada autista a conhecer a sua individualidade e múltiplas capacidades.

Coletivo Caixa Autista

A Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae) se uniu ao Coletivo Caixa Autista para chamar atenção para a necessidade de inclusão e igualdade de oportunidades para as empregadas e empregados com Transtorno do Espectro Autista (TEA) que trabalham no banco.

De acordo com o Coletivo Caixa Autista, grupo que reúne autistas empregados da Caixa de todo país, nos últimos anos, tem crescido a visibilidade das dificuldades enfrentadas pelos empregados autistas e com outras neurodivergências na Caixa Econômica Federal. Muitos deles encontram barreiras, que vão desde o reconhecimento da sua condição como pessoa com deficiência até a obtenção de suporte adequado no ambiente de trabalho.

“Desejo, neste mês de conscientização do Autismo, que todas as pessoas autistas, assim como eu, tenham o direito de expressar nossa individualidade, sem sermos alvo de julgamentos. Que a equidade nos seja assegurada, não apenas para que tenhamos uma vida mais digna perante a sociedade, mas também para que nos sejam concedidas oportunidades de desenvolvimento profissional, considerando nossas habilidades e necessidades de adaptações. Que possamos edificar uma sociedade mais justa e equânime. Esse desejo nos fez criar o Coletivo Caixa Autista, pois vimos necessidade de uma organização que tenha por finalidade resguardar nossos direitos e anseios dos Autistas que trabalham na Caixa”, comentou Michel Ferreira Barboza, Empregado Caixa desde novembro de 2012, Assistente de Varejo PF na agência Três Rios/RJ, Graduado em Gestão de Pessoas e Pós-graduado em Equipes de Alta Performance pela Estácio.

*Fetraf RJ/ES com informações do Instituto Inclusão Brasil 

 

Teve início nesta quarta-feira (9) a Jornada Nacional de Debates, promovida pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e demais centrais sindicais, com apoio do Labora – Fundo de Apoio ao Trabalho Digno. Com o tema “Trabalho, Meio Ambiente e Transição Justa – rumo à COP 30”, o ciclo de encontros ocorre nas capitais dos 17 estados onde o Dieese mantém escritórios regionais.

A iniciativa faz parte da preparação da classe trabalhadora para o 1º de Maio e para a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30), marcada para novembro de 2025, em Belém (PA).

A pauta ambiental e a transição justa têm se consolidado como eixos centrais para o futuro do trabalho no Brasil. Com o país avançando rumo a uma economia de baixo carbono, cresce a responsabilidade das centrais sindicais em articular propostas concretas que garantam desenvolvimento sustentável com justiça social e trabalho decente.

Durante os encontros, serão debatidos temas como geração de empregos verdes; requalificação profissional; políticas públicas para um desenvolvimento sustentável e impactos das mudanças climáticas nas populações mais vulneráveis.

A meta é construir propostas sólidas para serem apresentadas nas mesas de negociação e fóruns nacionais e internacionais ligados à COP 30.

Trabalho digno e sustentabilidade: agendas complementares

Segundo o Dieese, a transição para modelos produtivos sustentáveis tem potencial para criar milhões de empregos no Brasil. Setores como energia solar e eólica, por exemplo, demonstram crescimento acelerado — somente a energia solar gerou 264 mil empregos em 2023, consolidando o país como um dos mercados mais promissores da América Latina.

Apesar do potencial, especialistas alertam: é preciso garantir políticas públicas abrangentes que incluam educação, capacitação técnica, proteção social e inclusão de grupos vulneráveis, para que os benefícios da transição ecológica não aprofundem desigualdades já existentes.

A atuação propositiva das centrais, especialmente da CUT, tem sido essencial para garantir que a transição ecológica seja também uma alavanca de desenvolvimento social, com trabalho decente e direitos garantidos.

“A gente precisa estar inserido neste debate. A pauta dos trabalhadores precisa ser ouvida, pois eles são parte fundamental deste cenário. Nós temos um novo mundo do trabalho, mudanças intensas estão acontecendo e precisamos acompanhá-las, pois isso definirá nosso futuro”, afirmou Juvandia Moreira, presidenta da Contraf-CUT, durante a mesa de abertura do evento realizado em São Paulo, na qual representou a CUT.

Ela também reforçou a importância do 1º de Maio como data de mobilização e reflexão. “É hora da classe trabalhadora se juntar, fazer um resgate histórico para vermos o quanto evoluímos desde que a data foi instituída e fazer uma reflexão de quanto e como podemos avançar daqui para frente. A luta sempre foi por qualidade de vida, por justiça social — essa é a luta central da classe trabalhadora”.

Para o secretário de Assuntos Socioeconômicos da Contraf-CUT, Walcir Previtale, os trabalhadores e as trabalhadoras do ramo financeiro precisam estar inseridos de forma profunda no debate sobre a COP 30, que acontece em novembro, mas já mobiliza a sociedade nos debates preparatórios. “Um dos pontos centrais é o papel do sistema financeiro no financiamento de projetos que envolvem desmatamento ilegal ou trabalho análogo à escravidão, especialmente na Amazônia. Tanto bancos privados quanto públicos têm financiado empreendimentos de grandes grupos econômicos que acumulam denúncias e processos relacionados a essas práticas.”

Walcir defende que o crédito seja direcionado com critérios sociais e ambientais claros, construídos de forma coletiva com a sociedade. “Não podemos continuar canalizando recursos para projetos que não respeitam o meio ambiente nem os direitos humanos. É urgente repensar o modelo econômico vigente, baseado na superacumulação de lucros à custa de um alto preço social e ambiental. Precisamos colocar isso na balança, porque quem paga essa conta são as pessoas e a natureza."

A secretária de Políticas Sociais da Contraf-CUT, Elaine Cutis acredita que "a transição justa só será verdadeira se unir justiça ambiental e justiça social. Isso passa por investimento em energias renováveis, requalificação profissional dos trabalhadores e respeito às comunidades tradicionais e periféricas. O movimento sindical está mobilizado para garantir que a COP 30 escute as vozes das ruas e dos territórios. Não haverá justiça climática sem justiça social — e essa é uma luta que precisa estar no centro das decisões globais."

 

Jornada Nacional de Lutas

A Jornada de Debates faz parte da Jornada Nacional de Lutas, que mobilizará trabalhadoras e trabalhadores de 9 de abril a 31 de maio, com foco na redução da jornada de trabalho com manutenção dos salários; justiça tributária, com isenção de imposto de renda para PLR e para quem ganha até R$ 5 mil e descontos escalonados para rendas até R$ 7 mil.

Rumo à COP 30: com protagonismo da classe trabalhadora

A COP 30 será um marco nas discussões globais sobre o clima, reunindo cerca de 40 mil participantes, incluindo líderes mundiais, cientistas, ONGs e representantes da sociedade civil. Desses, aproximadamente 7 mil compõem a chamada "família COP", formada por equipes da ONU e delegações oficiais.

A escolha de Belém (PA) como sede é estratégica. Como afirmou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, trata-se de uma oportunidade de discutir a Amazônia dentro da própria Amazônia, com os povos indígenas, ribeirinhos e demais comunidades tradicionais presentes e ouvidos.

Entre os principais temas da conferência estarão:

  • Redução de emissões de gases de efeito estufa;
  • Adaptação às mudanças climáticas;
  • Financiamento climático para países em desenvolvimento;
  • Tecnologias de energia renovável e soluções de baixo carbono;
  • Preservação de florestas e biodiversidade;
  • Justiça climática e impactos sociais da crise ambiental.
  •  
  • A CUT e as demais centrais sindicais têm papel estratégico para garantir que o trabalho digno e a inclusão social estejam no centro desse debate.

Fonte: Contraf-CUT