Abril 30, 2025
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Saúde e Condições de Trabalho, tema debatido na mesa de negociações entre o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) nesta terça-feira (11), é uma das prioridades da categoria para a Campanha Nacional 2020. Metas abusivas e assédio moral; saúde e condições de trabalho no teletrabalho; não ter perdas quando afastados (complementação, antecipação, não haver descomissionamento) estão entre os temas a serem debatidos na área da saúde.

“Diante do alto índice de adoecimento, que cresceu com a pandemia, gerado por metas abusivas e pressão por resultados, o tema tem que ser levado a sério por parte dos bancos”, disse o secretário de Saúde do Trabalhador da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Mauro Salles.

Para Mauro, os serviços médicos dos bancos precisam ter como foco as pessoas e não podem se submeter à área comercial. “O trabalhador, quando adoece, deve merecer atenção por parte das empresas, não pode ter perdas em sua renda e deve contar com presteza nos encaminhamentos médicos e previdenciários”, explicou o dirigente da Contraf-CUT ao afirmar que a prevenção deve ser prioridade.

  • Ouça no podcast da Contraf-CUT (no Soundcoud ou no Spotify) a entrevista com Mauro Salles

Direito garantido

Mauro lembra que a legislação brasileira diz que a participação da representação dos trabalhadores na análise dos dados, no monitoramento e no envolvimento dos trabalhadores nas medidas de cuidados com a saúde deve ser efetiva. “Para isso a participação dos trabalhadores é essencial e o acesso às informações são muito relevantes”.

A Norma Regulamentadora nº 7 estabelece a obrigatoriedade de elaboração e implementação, por parte de todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados, do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), com o objetivo de promoção e preservação da saúde do conjunto dos seus trabalhadores. “Tudo isso está colocado nas nossas reivindicações entregues aos bancos. Agora, buscaremos firmar compromissos concretos, pois, na nossa opinião, é obrigação dos bancos avançarem nesses pontos”.

Consulta Nacional

A consulta nacional feita este ano com quase 30 mil bancários mostra que, para mais da metade dos entrevistados (54,1%), o cansaço e a fadiga constante são resultados da cobrança excessiva pelo cumprimento de metas. A crise de ansiedade foi apontada por 51,6% como impacto na saúde.

Outros efeitos do trabalho exaustivo identificados na consulta foram dificuldade para dormir (39,3%); crise de ansiedade (51,6%); crises constantes de dor de cabeça (24,2%), e dores de estômago e gastrite (24,1%). Mais de um terço dos bancários (35%) recorrem a antidepressivos, ansiolíticos ou estimulantes para se medicarem.

Adoecimento crescente

A reestruturação das atividades bancárias nas últimas décadas modificou o contexto de trabalho trazendo crescente adoecimento da categoria. Gerou mais pressão e levou muitos trabalhadores do setor a se afastarem do trabalho.

Levantamento do Departamento Intersindical de Estudos e Estatísticas Socioeconômicas (Dieese) com dados da Previdência Social mostra que, de 2009 a 2013, houve um aumento de 40,4% do número total de auxílio-previdenciário e de auxílio-acidentário concedidos aos trabalhadores do setor bancário. Nos demais setores da economia também houve elevação do número de benefícios no período, porém, num ritmo menor do que o verificado nos bancos. Nesses setores, o crescimento foi de 26,2%.

Quando o tema é o dano à saúde, o destaque vai para o aumento das doenças relacionadas ao trabalho como os transtornos mentais. De 2014 a 2018, os transtornos mentais e comportamentais foram a principal causa dos afastamentos, com participação crescente, em torno de 28%.

Bancários na pandemia

Em 2020, o Comando Nacional dos Bancários negociou com a Fenaban e conquistou medidas para prevenção da saúde da categoria logo no início da pandemia. Ao longo da quarentena, cerca de 300 mil bancários foram trabalhar em casa, ou simplesmente liberados do comparecimento ao local de trabalho, sem redução nos salários ou perda de direitos. O movimento sindical também vem cobrando o afastamento de funcionários que coabitam com pessoas de grupos de riscos. Mesmo assim, o atendimento à população foi mantido e se mostrou essencial durante a pandemia.

Fonte: Contraf-CUT

Começou agora à tarde a terceira rodada de negociação do Comando Nacional d@s Bancári@s com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). Hoje, o tema será Saúde e Condições de Trabalho. Antes do início das negociações, a categoria realizou um tuitaço (#SaúdeAcimaDoLucro) para mostrar a preocupação com o tema.

Acompanhe a negociação. Fique ligado nas redes sociais da Contraf-CUT para saber o que aconteceu na reunião.

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Fonte: Contraf-CUT

Os empregados da Caixa Econômica Federal são veementemente contrários à Medida Provisória (MP) 995, editada pelo governo federal na sexta-feira (7), para permitir que a Caixa abra o capital das suas subsidiárias, entre elas a de seguros e cartões.

A MP encaminhada ao Congresso – assinada pelo presidente e ministro Paulo Guedes (Economia) – autoriza as subsidiárias do banco público a incorporar ações de outras sociedades empresariais e a aquisição controle societário ou participação minoritária em empresas privadas.

A MP foi criada para a venda das subsidiárias Caixa Seguridade, quarto maior grupo segurador do país, e Caixa Cartões, voltada para o setor de meios de pagamento. A ideia é que a Caixa continue societária nesses negócios embora a modelagem ainda não esteja definida.

Para Fabiana Uehara Proscholdt, coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/ Caixa) e secretária da Cultura da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), é mais uma tentativa de enfraquecimento do banco público. “Nossa luta histórica é pela Caixa 100% Pública. Somos contrários a qualquer tipo de venda que possa enfraquecer a nossa instituição, que é uma das mais importantes para o desenvolvimento do Brasil.

O secretário de Finanças da Contraf-CUT e presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), Sergio Takemoto, revelou que as entidades estudam medidas cabíveis para impedir que o governo faça a privatização da Caixa. “A edição de uma MP que coloca em risco um dos principais patrimônio da população brasileira, a Caixa, no momento que o país atinge a triste marca 100 mil mortes por covid-19, demonstra que o único objetivo do governo é vender o patrimônio público. Não tem nenhuma consideração com a vida.”

A Conselheira de Administração da Caixa, Rita Serrano, destaca que, na verdade, isso já vinha sendo feito, e que questionava no CA que não havia legislação que autorizasse, o que agora lamentavelmente ocorre com a MP. “Estão legalizando um processo que já acontece. A Caixa criou subsidiárias nas áreas de cartões e loterias, anunciou que na de seguros será a primeira a ser feito IPO, inclusive já comunicando o mercado; quer criar em DTVM e fala em um banco digital”, explica.

Ela compara essas manobras à venda de um carro do qual não se tem o documento que autorize a transferência: vai sendo vendido aos pedaços, por partes, restando apenas a sucata. E isso, aponta, em plena pandemia, quando nações como Alemanha e Canadá, por exemplo, usam as instituições públicas para tentar reconstruir o país.

Fonte: Contraf-CUT

Nesta terça-feira (11), a partir das 14h, o Comando Nacional d@s Bancári@s faz a terceira rodada de negociações da Campanha Nacional 2020 com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). O tema será Saúde e Condições de Trabalho. Condições de trabalho precárias, novas ferramentas de gestão, forte pressão para se atingir metas são parte de um cenário que se desenvolve nos últimos anos e que foi agravado pela pandemia do coronavírus.

A negociação desta terça-feira tem por base a minuta entregue pelo comando para a Fenaban, elaborada com base em consulta nacional feita este ano com quase 30 mil bancári@s. Mais da metade dos entrevistados (54,1%) respondeu que o cansaço e a fadiga constante são o resultado da cobrança excessiva pelo cumprimento de metas. A consulta permitia mais de uma resposta. A crise de ansiedade foi apontada por 51,6% como impacto na saúde.

Outros efeitos do trabalho exaustivo identificados na consulta foram dificuldade para dormir (39,3%); crise de ansiedade (51,6%); crises constantes de dor de cabeça (24,2%), e dores de estômago e gastrite (24,1%). Mais de um terço dos bancári@s (35%) recorrem a antidepressivos, ansiolíticos ou estimulantes para se medicarem.

Adoecimento crescente

A reestruturação das atividades bancárias nas últimas décadas modificou o contexto de trabalho trazendo crescente adoecimento da categoria. Gerou mais pressão e levou muito trabalhadores do setor a se afastarem do trabalho.

Levantamento do Departamento Intersindical de Estudos e Estatísticas Socioeconômicas (Dieese) com dados da Previdência Social mostra que, de 2009 a 2013, houve um aumento de 40,4% do número total de auxílio-previdenciário e de auxílio-acidentário concedidos aos trabalhadores do setor bancário. Nos demais setores da economia também houve elevação do número de benefícios no período, porém, num ritmo menor do que o verificado nos bancos. Nesses setores, o crescimento foi de 26,2%.

Quando o tema é o dano à saúde, o destaque vai para o aumento das doenças relacionadas ao trabalho como os transtornos mentais. De 2014 a 2018, os transtornos mentais e comportamentais foram a principal causa dos afastamentos, com participação crescente, em torno de 28%.

Em 2020, o Comando Nacional d@s Bancári@s negociou com a Fenabn e conquistou medidas para prevenção da saúde da categoria logo no início da pandemia. Ao longo da quarentena, cerca de 300 mil bancári@s foram liberados para trabalhar em casa em mudança nos salários. O movimento sindical também vem cobrando o afastamento de funcionári@s que tenham em suas casas parentes do grupo de risco. O atendimento à população no período foi feito pela categoria, que se mostrou essencial durante a pandemia.

São os maiores cuidados com as condições de trabalho e com o impacto na saúde da categoria são serão negociados nesta terça-feira (11) com a Fenaban. Acompanhe as negociações pelas nossas redes sociais.

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Fonte: Contraf-CUT

A Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) se reuniu, por videoconferência, com os representantes do banco na tarde desta sexta-feira (5) para tratar sobre questões que envolvem o emprego. As negociações avançaram no sentido de renovação de algumas cláusulas do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) em vigência, mas os trabalhadores cobraram o fim da redução do quadro de pessoal e a contratação de funcionários concursados.

“A informação de que o banco aceita a renovação de algumas cláusulas do acordo em vigência é importante e traz alento para os funcionários, mas ainda precisamos avançar em outros pontos”, disse o coordenador da (CEBB), João Fukunaga. “Não podemos deixar de destacar a redução dos postos de trabalho e também a diminuição de agências, além de cobrar a contratação de funcionários para recompor o quadro de pessoal e reduzir problemas de sobrecarga, além de melhorar o atendimento aos clientes”, disse Fukunaga, ao destacar dados do balanço do primeiro semestre do banco.

No balanço do primeiro semestre do BB, divulgado nesta quinta-feira (6), o banco informou que, ao final de junho, contava com 92.474 funcionários, com fechamento de 3.694 postos de trabalho em doze meses, sendo 283 no 2º trimestre de 2020.

Contratações

“Tem praças como São Paulo e Mato Grosso com falta de pessoal e não tem como fazer a recomposição do quadro sem ser por concurso público. Também é importante observar o caráter público do banco e a contratação pode contribuir com a redução do desemprego no país”, disse o coordenador da CEBB. “Além disso, somos contra as terceirizações e a política que coloca os correspondentes bancários como concorrentes dos funcionários”, completou.

Fukunaga também observou que o fechamento de agências é outro ponto que contribui para a precarização do atendimento aos clientes. De junho de 2019 a junho de 2020 foram fechadas 344 agências e 17 postos de atendimento bancário, sendo uma agência e 28 postos de atendimento fechados no trimestre, o seja, em pleno período de pandemia no país.

A representação dos funcionários também levantou a preocupação sobre uma ação do Ministério Público do Trabalho (MPT) sobre as carreiras técnicas do BB, como engenheiros e profissionais de Tecnologia da Informação. O banco efetua a contratação de todos os funcionários como escriturários e promove ascensão na carreira por meio de seleção interna.

“Houve uma decisão da Justiça de segunda instância reconhecendo a inconstitucionalidade do tipo de contratação efetuada pelo banco. Funcionários que ocupam cargos técnicos estão inquietos. Por isso, questionamos se há interesse do banco em dar continuidade à ação e o banco nos disse que sim e que existe a possibilidade de reversão da decisão na instância superior”, disse Fukunaga.

O banco ressaltou que sempre foi sua opção haver uma carreira única e que atualmente não existe a possibilidade de se comprometer com a criação de carreiras específicas. Mas, que não há impedimento para nomeação de acordo com as especializações de cada funcionário.

Avanços das negociações

O banco informou que vai renovar as cláusulas do ACT em vigência, que tratam das mesas temáticas sobre os trabalhadores dos bancos incorporados, que será instalada em 90 dias após a assinatura do acordo e o banco vai trazer para a mesa as entidades relacionadas (Economus, Previ, Cassi…).

“Essa cláusula já existe deste o acordo anterior. Não podemos deixar que a dinâmica do dia a dia atropele as ações e impeça a instalação da mesa e a solução do problema”, afirmou o representante da Fetec-CUT/SP, Getúlio Maciel.

O banco também vai renovar a mesa para tratar do trabalho home office e aceitou incluir nesta mesma mesa os escritórios digitais.

Também há intenção de renovação da cláusula de negociação permanente.

Os trabalhadores também apresentaram reivindicações específicas em relação ao Performa, ao GDP e a continuidade da contagem do tempo para questão de mérito, mesmo quando o trabalhador está em licença acidente de trabalho. Também cobraram a constituição de uma mesa específica para tratar dos funcionários com deficiência.

Mesa sobre Covid-19

Os trabalhadores também solicitaram e o banco acatou o pedido para realização de uma mesa específica para tratar de assuntos relacionados à Covid-19.

Segundo os trabalhadores, gestores estão propondo que pessoas do grupo de risco voltem ao trabalho mediante avaliação médica e ameaçando funcionários do grupo de risco que estão em home office, alegando que se estes não cumprirem metas deixarão o home office e serão incluídos no grupo que está acumulando horas negativas a serem compensadas. Também existe falta de EPIs, que não estão chegando em todos os locais.

Próximas mesas

As próximas mesas de negociação serão sobre saúde e outra sobre Igualdade e cláusulas sociais, ainda sem datas definidas.

Fonte: Contraf-CUT

A primeira reunião de negociação da Campanha Nacional 2020 entre a Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa) e o banco, realizada por videoconferência nesta sexta-feira (7), começou com oficialização da entrega da minuta de reivindicações para o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) dos empregados da Caixa.

O encontro foi pautado para debater as reivindicações específicas para a modalidade de trabalho em home office (teletrabalho). Uma conquista dos empregados foi a garantia do banco de manter em home office os empregados do grupo de risco.

Outro resultado da ação sindical foi a garantia da Caixa de reavaliar, caso a caso, a inclusão no Projeto Remoto dos empregados que coabitam com pessoas do grupo de risco. Foi solicitada também essa ampliação para as mães e dos pais de crianças pequenas. A Caixa ficou de avaliar.

Importante salientar que todos os empregados que se enquadrem nos grupos citados acima conversem com o gestor. Em caso de negativa, a solicitação deve ser encaminhada para o Grupo de Trabalho que irá julgar o processo. A Caixa ficou de enviar ao movimento sindical os e-mails das unidades que farão esse recurso para serem divulgados.

Os representantes dos empregados também tiveram acatada a reivindicação da criação de um canal de denúncias para que os empregados possam informar os locais que não estão seguindo o protocolo. As denúncias poderão ser anônimas.

“Demos início às negociações da nossa pauta específica e temos o compromisso de defender as reivindicações dos empregados. É importante que todos os colegas se mobilizem para que tenhamos muitos avanços”, convocou Fabiana Uehara Proscholdt, coordenadora da CEE/ Caixa e secretária da Cultura da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).

Pesquisa

Os empregados da Caixa apresentaram dados da pesquisa com a categoria elaborada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), com recorte dos respondentes da Caixa, sobre a situação dos trabalhadores que foram colocados em home office, em decorrência da pandemia causada pelo novo coronavírus (Covid-19). Na sequência, foi a vez do banco fazer uma apresentação sobre a construção do Projeto Remoto no banco.

Com os dados da pesquisa apresentada na reunião e a pauta específica sobre o assunto dos empregados, a Caixa vai analisar as reivindicações dos trabalhadores. O tema voltará a ser debatido durante o decorrer da campanha, também na mesa única com a Federação Nacional do Bancos (Fenaban).

Rodízio

A Caixa disse que mantém o rodízio dos trabalhadores nas agências. A CEE/Caixa, entretanto, aponta que isso não acontece efetivamente e cobra garantias.

A próxima reunião, que será realizada na quarta-feira (12), vai debater Saúde e Segurança.

Calendário de Reuniões da mesa específica da Caixa

  • 12/08 – Temática: Saúde e Segurança
  • 17/08 – Temática: Igualdade e Cláusulas Sociais
  • 19/08 – Temática: Cláusulas Sociais

Fonte: Contraf-CUT

A lei Maria da Penha (lei 11.340/06) completa 14 anos nesta sexta-feira (7). A diretriz criou mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher. O nome da lei foi dado em homenagem à farmacêutica Maria da Penha, que sofreu duas tentativas de homicídio por parte do ex-marido e ficou paraplégica. Após anos passando por situações de violência, Maria da Penha conseguiu denunciar o agressor.

Apesar da Lei nº 11.340 ser considerada a terceira melhor e mais avançada legislação do mundo no combate à violência doméstica, o Brasil ocupa hoje o quinto lugar no ranking mundial de feminicídios. Agora, em tempos de pandemia, esta realidade se faz ainda mais devastadora dentro dos lares brasileiros.

“Infelizmente, com o isolamento social causado pela pandemia, os casos de violência domésticas cresceram cerca de 50%. Não podemos aceitar isso, temos que protestar, educar e denunciar. Se souber de algum caso, não se cale, senão você estará colaborando com o agressor”, afirmou Elaine Cutis, secretária da Mulher da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).

Elaine lembra ainda da criação do canal de atendimento às bancárias vítimas de violência, conquistado em negociação junto a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). A secretária lembra ainda da #MBSV, que as bancárias que estiverem sendo vítimas de violência podem marcar em suas redes sociais, pode até ser numa foto com o agressor. “A ideia é que esta # nos indique que há uma mulher bancária sofrendo violência e podemos buscar ajuda”, completou. 

Alterações

Ao longo de seus 14 anos de sanção, a lei passou por mudanças, que atendem desde o atendimento das mulheres vítimas de violência até a tipificação do crime de descumprimento de medida protetiva. A maior parte das alterações foi realizada nos últimos dois anos, por meio da edição de novas normas com vistas a coibir a violência doméstica.

Em novembro de 2017, foi publicada a lei 13.505/17, que acrescentou dispositivos à lei Maria da Penha. A norma estabeleceu que mulheres em situação de violência doméstica e familiar devem ser atendidas, preferencialmente, por policiais e peritos do sexo feminino.

A lei também define que, entre outros, é direito da mulher em situação de violência a garantia de que, em nenhuma hipótese, ela, seus familiares e testemunhas terão contato direto com investigados ou suspeitos de terem cometido a violência e pessoas a eles relacionadas.

Em abril de 2018, foi sancionada a lei 13.641/18, que tipifica o crime de descumprimento de medidas protetivas de urgência. Estabelecendo que o descumprimento de decisão judicial que defere a medida enseja pena de detenção de três meses a dois anos, sendo que apenas a autoridade judicial pode conceder fiança em hipóteses de prisão em flagrante.

Em dezembro de 2018, a norma passou por nova alteração, com a edição da lei 13.772/18, que reconhece a violação da intimidade da mulher como violência doméstica e familiar, além de criminalizar o registro não autorizado de conteúdo com cena de nudez ou ato sexual.

Conforme dispõe a norma, que também alterou o Código Penal, “produzir, fotografar, filmar ou registrar, por qualquer meio, conteúdo com cena de nudez ou ato sexual ou libidinoso de caráter íntimo e privado sem autorização dos participantes” é crime passível de pena de detenção de seis meses a um ano e multa.

Nos últimos meses, duas novas leis sancionadas estabeleceram mudanças na lei Maria da Penha. A primeira foi a lei 13.827/19, de maio deste ano, que autoriza, em determinadas hipóteses, a aplicação de medida protetiva de urgência pela autoridade judicial ou policial, em caso de violência doméstica ou familiar, à mulher vítima de violência ou a seus dependentes. A norma ainda também determina que seja feito o registro da medida protetiva de urgência em banco de dados mantido pelo CNJ. Menos de um mês depois, em 4 de junho, foi sancionada a lei 13.836/19, que torna obrigatória a informação sobre a condição de pessoa com deficiência da mulher vítima de agressão doméstica ou familiar.

No Congresso, há diversos projetos de lei que visam alterar a lei Maria da Penha:

  • PLS 191/17, pronto para deliberação no plenário do Senado, que confere a proteção prevista na norma de 2006 a mulheres transgêneros e transexuais.
  • PL 510/19, que facilita o divórcio a vítimas de violência doméstica.
  • PL 2.661/19, visa proibir a nomeação na esfera da Administração Pública Federal, em cargos de livre nomeação e exoneração, de condenados – em trânsito em julgado – por delitos previstos na lei Maria da Penha.

Fonte: Contraf-CUT

A Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil se reúne nesta sexta-feira (7), a partir das 14h, por videoconferência, com representantes do banco para tratar sobre o tema emprego. Será a segunda mesa de negociações da Campanha Nacional dos Bancários 2020 específica com o banco.

No balanço do primeiro semestre do BB, divulgado nesta quinta-feira (6), o banco informou que, ao final de junho, contava com 92.474 funcionários, com fechamento de 3.694 postos de trabalho em doze meses, sendo 283 no 2º trimestre de 2020.

Além disso, foram fechadas 344 agências e 17 postos de atendimento bancário, desde junho de 2019, sendo uma agência e 28 postos de atendimento fechados no trimestre.

#NaLutaPeloEmprego

Fonte: Contraf-CUT

A defesa do emprego foi o tema das negociações desta quinta-feira (6), entre o Comando Nacional d@s Bancári@s e representantes da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). Foi a segunda rodada de negociações, feita por videoconferência. O debate se dá em meio à redução dos postos de trabalho. De acordo com dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), do Ministério do Trabalho, de janeiro de 2013 a dezembro de 2019 os bancos fecharam 70 mil postos de trabalho, o que equivale a uma redução de cerca de 14% da categoria. Sendo que 51 mil postos foram cortados só entre 2016 e 2019. Entre as reivindicações apresentadas estão a manutenção dos empregos e a suspensão das demissões.
Mesmo após o acordo entre o Comando Nacional d@s Bacári@s e a Fenaban no início da pandemia, para a suspensão das demissões no período, os bancos demitiram. O campeão das demissões foi o Banco Santander que, no segundo trimestre deste ano, demitiu 844 bancári@s. “Queremos garantia de emprego e que as demissões sejam suspensas. Estamos em um processo de negociação e há bancos estão demitindo”, questionou a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, uma das coordenadoras do Comando. Em 2012, a categoria bancária era composta por 513 mil trabalhadores, número que caiu para 453 mil em 2018, principalmente após um longo processo de cortes no governo Temer.


Agências fechadas


Foi apresentado também aos representantes da Fenaban a questão do fechamento de agências bancárias. “De dezembro 2019 até junho deste ano, foram fechadas no país 558 agências bancárias. Nos últimos 12 meses, tem uma média mensal de 100 agências fechadas. Agências são fechadas na pandemia, quando a população mais precisa. É também um impacto para o emprego e para a economia. O desemprego atinge também os seguranças, o pessoal da limpeza”, afirmou Juvandia.
Falta emprego para 31,9 milhões de brasileiros, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), apurada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no trimestre terminado em junho deste ano, taxa mais elevada na série histórica iniciada em 2012. O desemprego cresceu 13,3% e o contingente de desempregados, que é de 12,8 milhões. Mas o contingente é muito maior, se for considerado os 19 milhões que deixaram de procurar trabalho, muitos impactados pela própria pandemia que restringe a procura.


Digitalização


Os representantes da Fenaban argumentaram que a redução do número de agências tem de levar em conta uma mudança na cultura dos clientes, que diante da pandemia passaram a usar mais o atendimento digital. Para a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Ivone Silva, uma das coordenadoras do Comando, a pandemia revelou outra realidade. “As agências são necessárias, sim. Isso a pandemia demonstrou. Há uma grande exclusão de pessoas, que estão fora do sistema bancário, que não têm conta bancária. Uma parte da população não tem acesso à internet, não tem celular e nem computador em casa. O que percebemos é que as pessoas vão nas agências”, disse Ivone.
Os representantes da Fenaban pediram um tempo para discutir as propostas apresentadas nesta quinta-feira. Disseram que vão reunir representantes dos bancos na semana que vem para avaliar as propostas d@s bancári@s sobre defesa do emprego. “Hoje introduzimos esse tema na negociação, que já tinha uma importância antes da pandemia, mas que ficou maior ainda. O número de pessoas desempregados é gigantesco. O Brasil está sofrendo um problema sério e os bancos precisam contribuir com sua parte. Não dá para fechar agências e quanto às novas tecnologias, queremos que os trabalhadores sejam realocados e requalificados”, afirmou Juvandia.


Veja as datas das próximas negociações



11 de agosto – saúde e condições de trabalho
13 agosto – Igualdade
14 de agosto – Cláusulas Sociais
18 de agosto – Cláusulas Econômicas

Fonte: Contraf-CUT

O lucro líquido ajustado do Banco do Brasil no primeiro semestre de 2020 foi de R$ 6,7 bilhões, com queda de 22,7% em relação ao mesmo período de 2019, segundo análise elaborada pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese). No trimestre, o lucro foi de R$ 3,3 bilhões, com redução de 2,5% em relação ao 1º trimestre do ano. Segundo o banco, destaca-se no resultado o aumento das provisões para lidar com devedores duvidosos (PCLD) Ampliada (+51,8%). O retorno sobre o patrimônio líquido (RPSL) ajustado caiu 4,7 pontos percentuais em doze meses, chegando em 10,2%.

Segundo a análise do Dieese, ao final de junho, o BB contava com 92.474 funcionários, com fechamento de 3.694 postos de trabalho em doze meses, sendo 283 no 2º trimestre de 2020. Foram fechadas 344 agências e 17 postos de atendimento bancário, desde junho de 2019, sendo uma agência e 28 postos de atendimento fechados no trimestre.

As receitas com prestação de serviços e tarifas bancárias caíram 1,4% em um ano, alcançando R$ 14 bilhões, enquanto, as despesas com pessoal, incluindo o pagamento da PLR, caíram 0,8% no mesmo período, totalizando R$ 10,8 bilhões. Assim, a cobertura dessas despesas pelas receitas secundárias do banco foi de 130,46% no semestre de 2020.

Veja abaixo a tabela resumo do balanço ou, se preferir, leia a íntegra da análise do Dieese.

Fonte: Contraf-CUT