Abril 30, 2025
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A Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae) encaminhou nesta segunda-feira (17) carta aos senadores, deputados federais e estaduais, prefeitos e vereadores, alertando sobre os danos irreparáveis que a Medida Provisória 995/2020 trará ao País, caso não seja revogada. Editada pelo Governo Bolsonaro e encaminhada ao Senado, em 7 de agosto, a MP permite a criação de subsidiárias do banco público e, a partir delas, criar outras com objetivo de privatização. A Federação chama atenção ainda para o fato que o fatiamento da empresa constitui uma manobra para burlar a necessidade de consentimento do Legislativo para vender estatais.

“Para burlar decisão do Supremo Tribunal Federal que veta a venda de estatais sem autorização do Poder Legislativo, o governo Bolsonaro promove o fatiamento da Caixa, a exemplo do que vem fazendo com a Petrobrás, fato já questionado pela presidência da Câmara dos Deputados e do Senado, para posteriormente consolidar a privatização da empresa-matriz”, alerta a Federação.

Confira a íntegra da Carta aos senadores e deputados federais.

Para o secretário de Finanças da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e presidente da Fenae, não resta dúvidas sobre as reais intenções do governo. “O objetivo é tentar dar suposta segurança jurídica ao processo de ‘subsidiarização’ da Caixa, com intenção de privatizá-la aos poucos, até vendê-la por completo. Mas o fato é que isto não é legítimo e já gerou Ação Direta de Inconstitucionalidade no Supremo, ajuizada pelos partidos da oposição, e vai gerar outras ações”, enfatiza o dirigente.

Segundo a Federação, a Medida Provisória “promove uma pulverização da atuação da Caixa por meio da criação de subsidiárias de vários níveis, impossibilitando o próprio controle da atuação do banco. A iniciativa enfraquece o banco e o desenvolvimento regional por ele induzido, porque pretende privatizar justamente as áreas mais rentáveis da Caixa, que contribuem significativamente para a capilaridade do banco e seu efetivo papel social, seja no benefício aos mais carentes ou no financiamento da infraestrutura”.

Socorro aos estados e municípios

Na carta direcionada aos vereadores, prefeitos e deputados estaduais, a Fenae lembra do papel social da Caixa e sua contribuição para o desenvolvimento econômico e social nos municípios e estados.

“Nesse período de crise, é a Caixa que tem socorrido estados e municípios, que já estavam em dificuldades por conta da recessão antes da pandemia. Desde março, o banco já emprestou mais de R$ 5 bilhões a esses entes federativos”, diz a Fenae.

O banco público opera com recursos próprios linhas de crédito voltadas para infraestrutura urbana, saneamento, escolas e unidades de saúde, além da linha com recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), para programas de saneamento, transporte, mobilidade urbana e infraestrutura habitacional.

Confira a íntegra da Carta dos deputados estaduais, prefeitos e vereadores.

Nas duas cartas, a Fenae solicita o apoio dos senadores, deputados, prefeitos e vereadores ao Manifesto contra a MP 995 que já conta com adesão de mais de 220 entidades da sociedade civil e parlamentares. O documento está disponível na página criada pela Fenae que reúne informações e notícias sobre a Medida Provisória.

Clique aqui para assinar o manifesto! 

Encolhimento bancos públicos

Embora tenha afirmado diversas vezes que não vai privatizar a Caixa, a atuação do governo tem sido no sentido contrário. Após vender a Loteria Instantânea (Lotex), em outubro do ano passado, deu sequência ao plano de fatiamento visando a privatização das operações do banco público.

“Na prática, o governo trabalha para vender a Caixa e o Banco do Brasil e assim reduzir a atuação dos bancos públicos, para favorecer os bancos privados”, diz Takemoto.

Em nota, a Secretária-geral da Presidência da República, ao explicar a edição da MP,  afirmou que  a Medida Provisória é o primeiro passo para a alienação de ativos (termo usado para disfarçar a privatização) da Caixa e que a intenção do governo é  diminuir a atuação do banco em setores como o mercado de seguros e outros não-estratégicos.  Já estão na mira de privatizações a área de cartões, loterias, dentre outros.

Logo após editar a MP 995, a direção da Caixa retomou o processo de IPO de oferta pública inicial (IPO) da Caixa Seguridade na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que foi interrompido em março deste ano, por conta da instabilidade econômica gerada pela pandemia do novo coronavírus.

O Comando Nacional d@s Bancári@s rejeitou a proposta apresentada nesta terça-feira (18) pelos representantes da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) de reduzir a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) da categoria. Com a queda do lucro líquido dos bancos, a PLR dos bancários já teria uma redução de até 25%. A proposta da Fenaban faz essa redução chegar a até 48% (veja abaixo a tabela com as reduções da PLR por faixas salariais nos três maiores bancos privados).

A redução da PLR proposta pelos bancos significaria um retrocesso aos patamares de 1995, quando a PLR foi negociada em acordo pela primeira vez. “A conjuntura deste ano já reduziu em 25% a PLR d@s bancári@s. Com essa proposta, as perdas chegam a quase metade da PLR. É completamente inaceitável.”, afirmou a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, coordenadora do Comando Nacional.

Para Juvandia, os bancos deveriam ter uma postura oposta, de compensar a redução de 25% na PLR determinada pela queda nos lucros e socorrer a categoria bancária nessa pandemia. “São trabalhadores que estão na linha de frente, para atender a população, arriscando suas vidas e a de seus familiares, completou a presidenta da Contraf-CUT.

Reduções na PLR

A proposta da Fenaban reduz de 7,2% para 7% o limite mínimo de distribuição do lucro líquido no primeiro semestre em exercício. As reduções não param. A antecipação atual é de 54% do salário, mais fixo de R$ 1,474,38, com limite individual de R$ 7.909,30. Na proposta dos bancos, ficaria em 43,2% do salário, mais fixo de R$ 1.179,50, com limite individual de R$ 6.327,44.

A regra básica da PLR anual tem atualmente 90% do salário mais fixo de R$ 2.457,29, com limite individual de R$ 13.182,18. Pela proposta da Fenaban, cairia para 72% do salário mais fixo de R$ 1.965,50, com limite individual de R$ 10.545,74.

Outras perdas também foram apresentadas na reunião. O percentual da parcela adicional, por exemplo, retornaria ao patamar de 2012. Os valores fixos teriam redução de 20%, retornando ao patamar entre 2014 e 2015. O acelerador da regra básica retornaria ao patamar de 2007.

A Fenaban também faz ajustes na redação na base de cálculo para o salário base acrescido das verbas fixas de natureza salarial. A mudança, no entanto, afeta bancári@s de vários estados onde os bancos pagam gratificação semestral. Nesses estados, as perdas chegariam perto de 50%. “Nesse caso, seria uma redução ainda maior porque os bancos já aplicam tabelas salariais diferentes nessas regiões”, observou Juvandia.

Proposta incompleta

Outro problema levantado na reunião desta quinta-feira (18) foi o fato de a Fenaban ter apresentado apenas uma proposta incompleta diante das reivindicações da categoria. Os representantes dos bancos preferiram discutir apenas PLR, deixando de lado pontos como aumento real de salário, emprego, saúde e contratação do teletrabalho. “É importante ter uma visão do quadro como um todo. Cobramos proposta global para a próxima rodada nesta quinta-feira, com garantia de todos os direitos e aumento real”, afirmou a presidenta da Contraf-CUT.

Os representantes da Fenaban se comprometeram a apresentar o restante de suas propostas para a negociação na próxima reunião, marcada para quinta-feira (20). “@s bancari@s vão ficar muito insatisfeit@s pois chegamos a essa negociação e recebemos dos bancos uma proposta que reduz a quase metade a PLR. Vai frustrar bastante a categoria”, avaliou Juvandia Moreira.

Tabela das reduções da PLR pela proposta da Fenaban por faixas salariais no Bradesco, Itaú e Santander)

Fonte: Contraf-CUT

A Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa) volta a se reunir com a direção da Caixa Econômica Federal, às 10h, nesta quarta-feira (19), por videoconferência, para a quarta reunião de negociação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT). Desta vez, a pauta será Saúde Caixa. Resultado de um longo processo de mobilização e luta dos empregados, o Saúde Caixa está sendo alvo de ataques da direção da Caixa e do Governo Federal. A reivindicação é pelo Saúde Caixa Para Todos com sustentabilidade.

Durante a negociação, os empregados devem participar do tuitaço com as hashtags #SaudeCaixaParaTodos #MexeuComACaixaMexeuComOBrasil #NaLutaComVocê. “A mobilização é fundamental para defender os direitos e os benefícios de saúde, principalmente neste momento de pandemia. O Saúde Caixa sustentável e para todos é fundamental para a sustentabilidade do nosso plano”, afirmou a coordenadora da CEE/Caixa e secretária da Cultura da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Fabiana Uehara Proscholdt.

O Saúde Caixa é fruto de muita mobilização e se consolidou como direito dos trabalhadores da Caixa no Acordo Coletivo desde 2004. Os custos administrativos são bancados pela Caixa, que arca também com 70% dos custos de saúde. Os empregados arcam com os 30% restantes por meio de mensalidade (2% do salário) + 20% de coparticipação nos procedimentos, com teto de R$ 2.400 anuais. Uma consultoria contratada pela própria Caixa aponta que a participação do banco no custeio do plano de saúde dos trabalhadores será reduzida de 70% para 40,4%, em 2024. Por outro lado, 57% dos custos do Saúde Caixa se referem exclusivamente aos titulares, enquanto 28% são dos cônjuges e 13% por conta dos filhos, que na grande maioria estão nas faixas etárias mais baixas e com menores índices de utilização de serviços de saúde. O maior grupo etário no Saúde Caixa é justamente o dos usuários entre 0 e 18 anos, que reúne 60 mil indivíduos ou 21% do número total.

Além do aumento do valor médio do desconto do Saúde Caixa no contracheque dos trabalhadores, dos atuais R$ 423 para R$ 1600 em 2024, como prevê a consultoria contratada pela Caixa, outra medida que o banco quer implementar é a cobrança por dependente. A adoção da nova regra pode significar a saída de milhares de usuários do plano por não terem condições de pagar. A Caixa propõe a alteração mesmo diante do superávit de R$ 500 milhões acumulado até 2019, condição que demonstra a sustentabilidade do modelo de custeio atual.

A gestão da Caixa coloca a individualização da cobrança por dependente como condição para a inclusão dos novos contratados no Saúde Caixa, deixando claro que, se o novo modelo de cobrança não for aceito pelos empregados, continuará a discriminar os cerca de três mil contratados após 31/08/2018.

A Caixa alega seguir orientação do governo federal contidas na resolução CGPAR 23, que recomenda às estatais federais reduzir o investimento na assistência à saúde de seus empregados e aposentados. Com as medidas que já estão em curso, a participação do banco no custeio do plano de saúde sairá dos atuais 70% para 40,4%, em 2024, segundo as estimativas adotadas pelo próprio banco. Com isso, os usuários passarão a arcar com 59,6% no lugar dos 30% custeados desde 2004. Já em 2021, os usuários sentirão a diferença, quando a proporção do custeio chegar a 50,3% para os trabalhadores e 49,7% para a Caixa.

Fonte: Contraf-CUT

A mobilização dos empregados da Caixa é fundamental para garantir a manutenção e novas de direitos na Campanha Nacional dos Bancários 2020, que – devido à pandemia de coronavírus (Covd-19) – está sendo realizada, pela primeira vez na história, de forma virtual. Assim como já foram realizadas as conferências estaduais e regionais e a 22ª Conferência Nacional dos Bancários, bem como os encontros por bancos, entre eles o 36º Congressos Nacional dos Empregados da Caixa, que definiram a pauta de reivindicações dos trabalhadores.

As mesas de negociação entre a Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/ Caixa) e a Caixa estão sendo realizadas por videoconferência. “Nossa mobilização também deve ser digital. É necessário que os colegas intensifiquem o uso da tecnologia a favor da nossa categoria. Nos dias das reuniões devemos usar nossas redes com as hashtags criadas pela Contraf-CUT, para pressionar os bancos a atender nossas reivindicações”, convocou a coordenadora da CEE/Caixa e secretária da Cultura da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Fabiana Uehara Proscholdt.

“É importante lembrar que os direitos dos bancários não foram dados e sim conquistados com muita organização e luta”, completou Fabiana, ao listar algumas conquistas dos últimos dez anos.

  • A Participação nos lucros e Resultados (PLR), por exemplo, antes se chamava PRX e era paga apenas aos que trabalhavam em unidades que cumpriam as metas. Era menor para os que trabalhavam em áreas meio.
  • PLR Social – parcela de 4% do Lucro Líquido – distribuído com valor igual para todos os empregados é outra dessas
  • Cesta-Alimentação;
  • Décima Terceira cesta-alimentação;
  • Reajustes acima do INPC; (tivemos anos de reajuste 0%, nos anos 90)
  • Unificação do PCS até nível 48, em 2008. Com interstício de 2,3% entre cada nível; conquista de 1 nível a cada dois anos trabalhados e até dois níveis por ano, por avaliação. (os colegas admitidos antes de 1998 tinham PCS até nível 95…e os admitidos pós 98 tinham apenas 15 níveis);
  • Plano de Funções Gratificadas (PFG), que valorizou as funções, em 2010;
  • Saúde Caixa com mensalidade de 2% do salário. Antes era um valor fixo, e ficava muito caro para os menores salários;
  • Readmissão de colegas demitidos pela RH 008, em 2006. Metade dos demitidos foram recontratados. (Outros haviam perdido ações judiciais em última instância ou não tiveram interesse em voltar);
  • Contratação de empregados: havia 55 mil empregados concursados em dezembro de 2003, chegamos a 101 mil em dezembro de 2014.
  • Jornada de 6 horas;
  • Décimo terceiro salário;
  • Cesta-alimentação;
  • Não trabalhar aos sábados;
  • Caixa contribuir com até 12% para a Funcef;
  • APIPs;
  • PCS;
  • Plano da carreira profissional;
  • Reajuste Salarial acima do INPC;

“Todas essas são conquistas das nossas campanhas salariais, vitória das lutas dos empregados. Precisamos de resistência, disposição para a luta e unidade para evitar perdas de direitos. A participação de cada colega faz diferença na nossa mobilização, inclusive virtual”, finalizou a coordenadora da CEE/ Caixa.

Fonte: Contraf-CUT

Será hoje, a partir das 11h, a reunião de negociação entre o Comando Nacional d@s Bancári@s e representantes da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). A categoria cobra dos bancos uma resposta às suas reivindicações, entre elas, a de aumento real, PLR, e defesa dos direitos conquistados. Uma hora antes do encontro, às 10h, haverá um tuitaço dos bancári@s para reforçar a pauta apresentada no final de julho à Fenaban. Vamos tuitar juntos #NaLutaPorAumentoReal.

Durante as seis rodadas de negociações, os representantes da Fenaban evitaram dar respostas claras às reivindicações, definidas em consulta feita junto à categoria e da qual participaram quase 30 mil trabalhadores. Fique ligado nas negociações! Acompanhe os resultados da reunião pelas nossas redes sociais.

Fonte: Contraf-CUT

Depois de apresentar uma proposta para redução do período de avaliação para retirada de comissão de função, com o consequente rebaixamento de salários, na reunião desta segunda-feira (17) com a Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), o banco trouxe mais quatro propostas que podem trazer prejuízos aos funcionários: a proibição da acumulação e venda dos cinco dias de folga a que o funcionário tem direito a cada ano; o fim do descanso de 10 minutos a cada hora para os funcionários do autoatendimento; o registro de ponto do intervalo de 30 minutos para almoço; e a implantação do ponto eletrônico para os funcionários do BB Seguridade, BBDTVM e outras subsidiárias do banco.

“O banco está nos trazendo a pauta do governo Bolsonaro, que quer rebaixar salários e reduzir direitos de todos os trabalhadores de empresas estatais, inclusive dos bancos públicos”, avaliou o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga. “Se nas cláusulas sociais está deste jeito, podemos esperar algo ainda pior das negociações das cláusulas econômicas, na mesa única de negociações com a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos)”, completou.

Só a luta te garante

O coordenador na CEBB ressaltou a importância da mobilização e participação da categoria nas ações para pressionar os bancos. “Os bancários têm a consciência de que precisam participar das atividades para pressionar os bancos. O que eles talvez ainda não tenham se dado conta é que, neste ano, as atividades não são presenciais, não estão relacionadas ao fechamento de agências e departamentos. A luta vai ser toda por meio da atuação nas redes sociais”, ressaltou. “Os bancários precisam atuar, nem que seja por meio de um perfil secundário, para conseguirem manter seus direitos, seu emprego e sua renda”, disse.

Fukunaga disse que a CEBB vai se reunir, mais uma vez para avaliar as formas de mobilizar os funcionários para lutar contra as propostas que retiram direitos dos trabalhadores.

Fonte: Contraf-CUT

Igualdade de oportunidade e cláusulas sociais foram os temas da terceira reunião da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa) com a Caixa Econômica Federal, nesta segunda-feira (17), por videoconferência. No encontro, que faz parte da agenda da Campanha Nacional 2020, os representantes dos empregados cobraram menores taxas para os empréstimos, créditos, a continuação da isenção de tarifas, o respeito à jornada, manutenção da PLR Social e ações mais efetivas para as pessoas com deficiência (PcD). A CEE reforçou a pauta de manter as cláusulas sociais, e no que se aplicar, extensiva aos aposentados. A Caixa não trouxe propostas sobre o tema.

Segundo a Caixa, cerca de 44% dos empregados do banco público são mulheres, pouco mais de 37 mil trabalhadoras. Os representantes dos empregados destacaram a necessidade de as ações serem construídas em conjunto com o movimento sindical, que têm acesso direto ao que acontece com as bancárias no dia a dia. A Caixa apresentou as ações que tem feito para reduzir a desigualdade dentro da empresa, como o incentivo à liderança das mulheres e implementações de ações de combate à violência contra a mulher. A comissão dos trabalhadores reforçou que essas medidas tenham a participação do movimento sindical uma vez que é uma pauta de luta.

“As ações são muito importantes para nós mulheres. A reivindicação é que as mulheres possam ocupar todos os espaços. Reforçamos que seria importante a participação do movimento sindical nessa construção. Lembramos também que em governos passados é que esse assunto veio à tona. Também cobramos o canal de denúncias para as empregadas fruto do aditivo que a Caixa assinou junto à Contraf-CUT”, avaliou coordenadora da CEE/Caixa e secretária da Cultura da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Fabiana Uehara Proscholdt.

Ainda no tema igualdade de oportunidades, a Comissão reforçou as demandas que estão na minuta para PcDs. De acordo com Fabiana, muitos trabalhadores ainda sofrem discriminação ou não tem todas as condições necessárias para desempenhar suas atividades nas áreas em que foram colocados. Atualmente, são 3.464 trabalhadores PcDs na Caixa, 1.800 deles contratados em 2019 graças à ação judicial das entidades que obrigou a contratação.

A Caixa apresentou dados do projeto Banco da Inclusão, que resultou ações como a adaptação da softwares e mapeamentos dos empregados PcDs, por exemplo. “A pauta que colocamos na minuta foi feita em cima da construção dos colegas. Se a Caixa tem projetos, faz a construção, isso não está chegando para os colegas PcDs. Há muitas reclamações de que não há equipe que faz acompanhamento, não existe debates sobre as necessidades dos trabalhadores e eles sentem muita discriminação no espaço em que foram colocados. A Caixa precisa fazer mais do que está fazendo hoje pelos colegas PcDs”, afirmou Fabiana. O banco reconheceu que precisa avançar nessa pauta em especial na comunicação chegar para todos os empregados.

Assuntos como racismo e homofobia foram deixados de lado pela Caixa. “Estamos em uma mesa de negociação e precisamos ser objetivos. Falta na apresentação de igualdade e oportunidade dois itens importantes: racismo e homofobia. Precisamos debater esses dois temas dentro da Caixa. A maioria dos clientes são negros e precisamos ter esse debate não apenas para dentro da empresa, mas para construir uma empatia desses companheiros com o enfrentamento ao racismo”, ressaltou Emanoel Souza de Jesus (FEEB-BA/SE).

A CEE destacou ainda a demora da Caixa ao aderir ao censo da diversidade, e que a adesão às respostas foi baixa. O banco não informou se houve comunicação para evitar a baixa adesão.

Metas

Outra cobrança importante feita pela Comissão foi que a Caixa deixe de cobrar as metas enquanto perdurar a pandemia. Mesmo com a contaminação crescente no país, a Caixa ainda está cobrando metas dos empregados. “Todos estão exaustos. Os trabalhadores precisam de respostas”, afirmou a coordenadora da Comissão.

Saúde Caixa e PLR

Uma nova reunião foi marcada para o dia 19/08 para tratar do Saúde Caixa. A demanda foi cobrada na última reunião. Outro item importante cobrado foi a manutenção da PLR Social nos moldes atuais.

A Caixa alegou dificuldades com a Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Sest) para manter a PLR no formato conquistado e mantido pelos empregados nos últimos anos. O banco afirmou que deve trabalhar para trazer propostas aos empregados sobre os dois temas.

Higienização

A Comissão voltou a cobrar a limpeza completa e efetiva das unidades em casos de contágio ou suspeita da Covid-19. A aplicação do protocolo não tem sido feita de forma homogênea em todas as unidades, o que mostra que a comunicação institucional da Caixa não chega às chefias.

Avanços das reivindicações

As negociações têm resultado em melhorias para os empregados. Para todos os avanços, a Caixa se comprometeu a comunicar amplamente para todos os empregados.

  • Jornada de trabalho: a Caixa atendeu nossa reivindicação e reduziu em uma hora o horário de atendimento das agências.
  • Rodízio: O rodízio está mantido e não há nenhuma diretriz para que acabe. O banco reconheceu que esse sistema é essencial para a proteção da saúde dos empregados. A Caixa também informou que os SEVs têm autonomia de realocar os empregados entre as unidades para garantir o rodízio, e serão orientados a atuar neste sentido.
  • Vigilantes e Recepcionistas: O contrato com os vigilantes foi ampliado. 2.270 vigilantes estão à disposição das unidades. Outras 373 recepcionistas estão também no quadro.

A Caixa respondeu que não pode intervir junto aos terceirizados, mas tem conversado com as empresas para que estas façam as devidas ações de proteção bem como o serviço permaneça sendo prestado.

Fonte: Contraf-CUT

A Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) cobrou do banco, em reunião realizada na tarde desta segunda-feira (17), o respeito e a melhoria dos protocolos de prevenção ao contágio e propagação da pandemia causada pelo novo coronavírus, firmados com a representação sindical desde que a doença chegou ao país. Após a reunião específica sobre questões relacionadas à Covid-19, teve início à reunião de negociações da Campanha Nacional dos Bancários 2020 referente às cláusulas sociais e de igualdade de oportunidades para renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) dos Funcionários do BB.

“São questões que envolvem desde a falta de insumos sanitários e equipamentos de segurança, até questões de gestão administrativa, que passam pela pressão pelo retorno ao trabalho de funcionários que coabitam com pessoas do grupo de risco e chegam à jornada de trabalho. O banco precisa ter a responsabilidade pela disponibilidade dos materiais de higiene e EPIs e pela orientação adequada aos gestores”, observou a secretária de Juventude e representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) nas negociações com o banco, Fernanda Lopes.

“Não é possível que a instituição não deixe claro que a prioridade neste momento é a saúde e a vida dos funcionários, fica parecendo que a responsabilidade de gestão dos funcionários, em um momento de pandemia, é completamente jogada nas costas dos gerentes. E aí descamba para o assédio moral e cobranças excessivas pelo cumprimento de metas, muitas vezes pela venda de produtos que não fazem parte do rol daquilo que são os serviços essenciais”, completou.

A representação dos funcionários pede que o banco seja mais claro e mais incisivo em seus comunicados.

Ruídos de comunicação

Assim como já havia acontecido quando da revogação do uso do código 478 (em casa à disposição do banco) para abonar as horas e dias afastados, o comunicado para dizer que os funcionários que coabitam com pessoas de grupos de risco causou outra confusão de entendimento. Gestores entenderam o comunicado como sendo uma ordem de retorno ao trabalho dos coabitantes.

O banco não entende que os protocolos são insuficientes, mas admite que gestores podem estar entendendo os comunicados de maneira equivocada. O banco explicou que o home office continua sendo uma ferramenta a ser utilizada na pandemia e não existe determinação para retorno em massa das pessoas que estão dispensados do comparecimento ao trabalho por coabitarem com pessoas de grupos de risco.

“Como o banco entende que os protocolos são suficientes e adequados e o que pode haver são apenas interpretações equivocadas, cobramos que o banco reforce as orientações e seja mais claro em suas orientações para que se evite os erros de interpretação”, afirmou Fernanda.

O banco disse que vai analisar como ficará a situação das mães com filhos em idade escolar e também vai convocar uma reunião com as gerências regionais de pessoas (Gepes) e outros departamentos para reforçar as orientações dos protocolos de prevenção à Covid-19 e de gestão administrativa.

Fim da MP 927 e custo dos exames

A representante da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro de Minas Gerais (Fetrafi/MG), Luciana Bagno, questionou sobre o custo de exames periódicos de saúde (EPS) em virtude da perda de validade da Medida Provisória 927/2020, que suspendia a exigência dos exames ocupacionais.

“Com o fim da MP 927, os exames ocupacionais voltaram a ser exigidos. Só que os exames complementares terão caráter voluntário, não sendo obrigatória a apresentação dos resultados para a emissão do Atestado de Saúde Ocupacional. Ocorre que, quando se tratam de exames periódicos de saúde, o custo não é da Cassi, e sim do banco, que tem que disponibilizar para o funcionário a guia para a realização desses exames, o que ainda não está disponível”, explicou a dirigente sindical da Fetrafi/MG.

O BB disse que os exames complementares poderão ser feitos através do EPS e que o formulário estará disponível assim que for definida a data para início dos exames periódicos.

“É bom destacar que, quando se tratam de exames periódicos de saúde, o custo não é da Cassi, e sim do banco, portanto, sem o custo da co-participação para o funcionário”, concluiu Luciana.

Fonte: Contraf-CUT

Será nesta terça-feira (18) a nova rodada de negociações entre o Comando Nacional d@s Bancári@s e representantes da Fenaban. Até agora, os bancos não responderam às reivindicações da categoria, entregues no final de julho. Entre as reivindicações apresentadas está a de aumento real nos salários e na PLR, manutenção dos direitos e da mesa única de negociação. Está marcado tuitaço para as 10h desta terça, uma hora antes do início da reunião. Vamos tuitar juntos #NaLutaPorAumentoReal .

Foram seis rodadas de negociações, nas quais o Comando defendeu as reivindicações. Além de não responderem à pauta da categoria, os representantes da Fenaban sinalizaram com propostas que comprometem direitos já conquistados. Aventaram com a volta do ranqueamento individual das metas e se mostraram resistentes à discussão da PLR. Os bancos estão dispostos aumentarem a rentabilidade ameaçando o emprego bancário.

“Temos que cobrar o aumento real e a PLR pois os bancos economizaram R$ 267 milhões com algumas contas como água, luz, vigilantes etc, com o teletrabalho. Só a despesa com pessoal nos quatro maiores bancos caiu R$ 1 bilhão. Com a pandemia, os bancos foram os primeiros a serem protegidos pelo governo”, afirmou a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, uma das coordenadoras do Comando Nacional d@s Bancári@s.

O atual Contrato Coletivo de Trabalho (CCT) da categoria termina dia 31. Com a reforma trabalhista no governo Temer, perdeu a validade a chamada ultratividade, que garantia que os direitos trabalhistas e conquistas acabassem quando o contrato coletivo terminasse. Direitos históricos da categoria bancária correm o risco de não serem mais respeitados com o final do CCT.

Diante desse quadro é que o Comando Nacional d@s Bancári@s cobra respostas concretas por parte da Fenaban e que as negociações caminhem para a definição ainda esta semana. A negociação desta terça-feira começa às 11h. Acompanhe os resultados da reunião pelas nossas redes sociais.

Fonte: Contraf-CUT

O Comando nacional d@s Bancári@s apresentou nesta sexta-feira (14) as cláusulas econômicas e sociais para negociar com os representantes da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). Os dirigentes sindicais da categoria ressaltaram na reunião que esperam que os bancos apresentem na semana que vem suas propostas para a negociação. A próxima reunião de negociação será no dia 18, terça-feira.

Ao longo de seis rodadas de negociação entre o Comando e a Fenaban, os representantes da categoria bancária apresentaram reivindicações que estão na minuta aprovada na Conferência Nacional d@s Bancári@s, no mês passado, com base em uma consulta da qual participaram quase 30 mil bancári@s.

Nesta sexta-feira, foi a vez da apresentação das cláusulas econômicas e sociais da categoria. Entre as prioridades estão o aumento real, acima do índice da inflação, pagamento de Participação nos Lucros e Resultados (PLR). Outro ponto das cláusulas econômicas apresentado pelo Comando foi o auxílio refeição no valor de R$1.045,00 por mês e o auxílio cesta alimentação, no mesmo valor mensal.

Lucros

“Passamos a pauta e queremos que eles apresentem proposta na semana que vem. Queremos aumento real e a PLR. Os bancos sempre lucram, mesmo numa crise, foram os primeiros a serem protegidos pelo governo da crise econômica da pandemia”, declarou a presidenta da Federação nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeira (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, coordenadora do Comando Nacional d@s Bancári@s.

Juvandia observa que questões como as dos vales refeição e alimentação são mais do que justas nesse momento. “Quando o bancári@ vai para casa no teletrabalho, passa a gastar mais. De agosto do ano passado a julho deste ano, de acordo com o IBGE, a inflação dos alimentos no domicílio aumentou 9,7%, bem acima da inflação geral, que foi de 2,66%”, observa a presidenta da Contraf-CUT.

Os bancos economizaram 267 milhões com o teletrabalho. No primeiro semestre deste ano, reduziram em R$ 267 milhões algumas despesas com água, luz, gás, vigilância, segurança e viagens. Só no Banco do Brasil, Bradesco, Santander e Itaú, despesa de pessoal caiu R$ 1 bilhão.

Direitos ameaçados

Os representantes da Fenaban não responderam às reivindicações apresentadas, mas sinalizaram uma resistência quanto às propostas da categoria. Afirmaram que os resultados dos bancos caíram muito e que algumas instituições bancárias chegaram a ter prejuízos. Sinalizaram também que querem discutir até mesmo direitos já conquistados pela categoria. “O lucro dos 4 bancos que divulgaram balanço no 1º semestre foi de 28 bilhões. Metade das categorias que fecharam acordo esse ano tiveram aumento real, os bancos podem dar aumento real. E mais, os bancári@s não vão aceitar nenhum direito a menos”, afirmou Juvandia.

Outra lamentação dos representantes da Fenaban foi a concorrência que os bancos passaram a sofrer das corretoras de investimentos como a XP, que tiveram lucros maiores que os dos bancos. “Os bancos ganham sempre, pois no caso da XP, o Itaú é dono de 49%. É um setor que não pode reclamar dos resultados”.

Cláusulas sociais

Nas cláusulas sociais, o Comando apresentou reivindicações como a suspensão dos processos de terceirização pelos bancos; a criação de uma comissão para debater, acompanhar e apresentar propostas em razão dos projetos de mudanças tecnológicas. Também reivindicaram a isenção de tarifas e cobrança de juros menores aos trabalhadores das instituições bancárias, proposta que os representantes dos bancos não manifestaram concordância. A Fenaban também evitou discutir a proposta de aumentar a estabilidade de 24 para 36 meses imediatamente anteriores ao preenchimento dos requisitos para obtenção de aposentadoria. “A categoria tem que acompanhar essas negociações, agora ainda mais porque vamos entrar em uma semana decisiva”, avaliou Juvandia Moreira sobre a atual fase da campanha salarial.

Veja os principais pontos discutidos na reunião desta sexta-feira (14)

Terceirização – Bancarios querem que os bancos suspendam a implantação de quaisquer projetos de terceirização, a partir da data de entrega da presente pauta de reivindicações.

Comissão sobre mudanças tecnológicas – Criar uma comissão bipartite para debater, acompanhar e apresentar propostas em razão dos projetos de mudanças tecnológicas e organizacionais, reestruturações administrativas, introduções de novos equipamentos, acesso remoto e outras situações similares das empresas abrangidas por esta convenção.

Isenção de taxas e cobrança de juros menores – Os bancos isentarão os trabalhadores abrangidos por esta convenção do pagamento de quaisquer tarifas bancárias.

Indenização adicional – o pedido é pra aumentar o valor. Caso dispensas se concretizem, os bancos pagarão indenização adicional, no valor equivalente a três vezes a maior remuneração do empregado para cada cinco anos trabalhados.

Estabilidade na pré-aposentadoria – Estabilidade para o trabalhador em período de pré-aposentadoria a partir de 36 meses imediatamente anteriores ao preenchimento dos requisitos para obtenção de aposentadoria

Comissão de segurança bancária – Manutenção e continuidade dos trabalhos da Comissão de Segurança Bancária.

Renovação da Convenção Coletiva de Prevenção à Violência contra a mulher

 

Fonte: Contraf-CUT