Maio 02, 2025
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Por 56 votos a favor e 12 contra, o Senado aprovou, em sessão remota realizada na noite desta terça-feira (3) o Projeto de Lei Complementar (PLP) 19/2019, que confere autonomia ao Banco Central (BC). A proposta segue agora para discussão na Câmara dos Deputados.

Sob pretexto de “blindar” a instituição de “ingerências políticas”, o que os parlamentares aprovaram foi a “autonomia” em relação à soberania popular, denunciou o líder Rogério Carvalho (SE), líder do PT no Senado.

O projeto estabelece mandatos de quatro anos para o presidente e os diretores do Banco Central. Para assumir eles deverão passar, ainda, por votação secreta no Senado.

Pela proposta, o novo chefe do banco deverá assumir no terceiro ano de governo do presidente da República, de modo que o seu no comando da política monetária não coincida com o mandato do chefe do Executivo.

“Estamos dando autonomia em relação ao governo, mas não estamos dando autonomia em relação ao mercado. Ou seja, haverá autonomia com relação à vontade popular, ao governo eleito. Mas não haverá autonomia em relação ao mercado e aos interesses comerciais para quem vai dirigir a política monetária do país”, afirmou o líder petista.

Carvalho destacou ainda que a proposta foi aprovada pelos senadores sem debate com a sociedade. Além dos seis dos seis senadores do PT, também votaram contra Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Fabiano Contarato (Rede-ES), Regufe (Pode-DF), Weverton Rocha (PDT-MA), José Serra (PSDB-SP) e Zenaide Rocha (Pros-RN).

Distância da política

Relator da proposta, o senador Telmário Mota (Pros-RR), defendeu a autonomia concedida ao Banco Central. Segundo ele, serviria para evitar “interpretações equivocadas” sobre decisões na política monetária, principalmente em anos eleitorais. O PLP 19/2019 é de autoria do Plínio Valério (PSDB-AM).

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP) também destacou “benefícios notáveis” da suposta “blindagem” aos diretores do BC. Segundo ele, haveria aumento da credibilidade da autoridade monetária, que manteria compromisso “inarredável” no combate à inflação. “Livre das injunções e disputas políticas para atingir tal objetivo”, afirmou.

Objetivo secundário

Também foi aprovada uma emenda do senador Eduardo Braga (MDB-AM) que estabelece como “objetivos secundários” do BC “suavizar as flutuações do nível de atividade econômica”. Além de zelar pela solidez e eficiência do sistema financeiro. Mota incluiu, ainda, o fomento ao “pleno emprego”. No entanto, essas metas devem ficar subordinadas ao objetivo principal, que continua sendo o combate à inflação, tendo a taxa básica de juros (a Selic) como principal mecanismo.

Fonte: Rede Brasil Atual

O Banco do Brasil enviou, na semana passada, um comunicado às unidades que realizam atendimento presencial aos clientes (agências e Postos de atendimento – PAAs) informando a ampliação do horário, a partir desta terça-feira (3), para até às 15h. Desde março, quando foi decretada a pandemia no Brasil, a pedido do movimento sindical, os bancos tinham reduzido o horário para até 14h. Antes da pandemia o atendimento ocorria até 16h.

“A redução do horário de atendimento tinha a função de diminuir a lotação dos transportes públicos nos horários de pico e a exposição dos funcionários ao risco de contágio. Estamos vendo um novo aumento dos casos de Covid-19, por isso, acreditamos que haveria a necessidade de manter a redução do horário por mais algum tempo”, defendeu a secretária de Juventude e representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) nas negociações com o BB, Fernanda Lopes. “Além disso, a ampliação do horário de atendimento pode aumentar, ainda mais, a sobrecarga sobre os funcionários que estão na linha de frente”, completou.

Falha na comunicação

A dirigente da Contraf-CUT também critica a falta de comunicação prévia ao movimento sindical. “Temos um comitê que debate as questões relacionadas à Covid-19. E, mesmo que não existisse este comitê, temos uma mesa permanente de negociações. Não haveria qualquer problema, ou atraso em comunicar-nos, antecipadamente, tal decisão”, disse. Para ela, ao não passar a informação com antecedência à representação dos funcionários, o banco prejudica sua própria comunicação. “Funcionários entram em contato conosco perguntando sobre a medida e não temos como informá-los corretamente”, completou.

Segundo o comunicado do banco, a ampliação do horário foi uma deliberação tomada em reunião com a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban). Mas, Fernanda diz que o BB omitiu que a decisão foi de que os bancos teriam a opção de aumentar ou não o horário de atendimento.

Quem é atingido

O BB informou em seu comunicado que as agências e PAAs ficarão abertas ao público das 9h às 15h (horário de Brasília – DF), sendo das 9h às 10h para atendimento exclusivo para idosos, gestantes, pessoas portadoras de deficiência e pagamento de benefícios do INSS. Nas agências do Distrito Federal o atendimento será das 11h às 16h (horário de Brasília – DF).

Os novos horários não se aplicam aos “Escritórios de Negócios” do BB, uma vez que estes não realizam atendimento presencial. Também não afetam as unidades localizadas em shoppings, órgãos públicos, aeroportos ou universidades, que deverão obedecer ao horário do estabelecimento, com o atendimento mínimo de cinco horas.

O banco informou, ainda, que, para evitar sanções dos órgãos reguladores, todas as unidades devem estar em conformidade com a Portaria de Aprovação do Plano de Segurança, incluindo, dentre os demais requisitos, o quadro completo de vigilância durante todo o horário de atendimento ao público.

Fonte: Contraf-CUT

Neste mês de novembro, a luta contra a violência à mulher será tema de uma campanha desenvolvida pela Secretaria de Mulheres da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). As atividades culminam no dia 25, o Dia Internacional de Combate à Violência Contra a Mulher. A secretária da Mulher da Contraf-CUT, Elaine Cutis, fala sobre a campanha e como é a luta dentro da categoria bancária, que já registrou conquistas importantes este ano.

Em 25 de novembro de 1960, três irmãs, Pátria, Minerva e Maria Teresa Mirabal, foram assassinadas na República Dominicana, por forças militares do então ditador Rafael Leónidas Trujillo. A data foi assumida pelo movimento de mulheres de todo o mundo. “Dos anos 1960 para cá, tivemos importantes conquistas, mas as mulheres ainda hoje são as grandes vítimas de uma cultura patriarcal e machista que permanece fortemente enraizadas na sociedade. Os altos índices de violência contra a mulher registrados é a prova cabal disso. A questão da violência ainda permanece um grave problema a ser enfrentado”, disse Elaine Cutis.

A secretária, porém, faz uma observação sobre a atual situação. “A despeito dos números, o atual governo brasileiro, com suas posições conservadoras, preconceituosas e misóginas, reforça esta cultura machista. Além de promover um verdadeiro desmonte das redes de enfrentamento à violência contra a mulher com drásticos cortes no orçamento destinado à essa política específica”, alerta.

Conquista

A categoria sempre teve uma forte atuação nas questões de gênero, tanto que foi a primeira a conquistar Cláusula de Igualdade de Oportunidades em acordo coletivo e uma mesa de negociação permanente. A mais recente conquista ocorreu em março deste ano, a assinatura de acordo nacional entre a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e o Comando Nacional dos Bancários que garante a prevenção, apoio e acompanhamento à mulher que for vítima de violência doméstica e familiar. Também estabelece canal de atendimento às mulheres vítimas de violência doméstica. Esse acordo foi incorporado na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), em setembro.

“A violência doméstica afeta principalmente a habilidade e produtividade da vítima no emprego, se manifestando através de episódios de absenteísmo, atrasos no trabalho, redução momentânea capacidade decisória e concentração, aumento do nível de estresse, reduz momentaneamente a produtividade, começa a não cumprir as metas”, observa a secretária de Mulher da Contraf-CUT.

Até 2019, os bancos não possuíam um programa para acolher e apoiar as trabalhadoras vítimas de violência doméstica. “A falta de orientação por parte dos bancos contribui para a continuidade da cultura de violência e uma punição da própria vítima do processo. Se ela não cumpre a meta, é mandada embora”, ressalta Elaine Cutis. Essa dupla punição sofrida pela bancária (violência e demissão) foi discutida com a Fenaban na mesa de negociações de Igualdade e Oportunidades.

Avaliação positiva

“Mostramos para eles que algumas empresas já têm esse canal e a avaliação é bastante positiva. Pode ser uma ótima trabalhadora que está sendo afetada em um momento crítico e é demitida porque não havia na empresa um olhar adequado para essa situação”, afirma a secretária da Mulher da Contraf-CUT.

Na CCT assinada em setembro, está estabelecido um programa de combate à violência. Além da criação do canal, a cláusula trata de ações de caráter preventivo para lidar com a questão como, por exemplo, o treinamento de gestores para lidar com a situação e identificar sinais de que uma bancária possa estar sendo vítima de violência. Elaine Cutis lembra que existem condições especiais para as vítimas de violência. “O canal faz acolhimento das vítimas, oferece atendimento psicológico, social, para orientar sobre os caminhos para romper com o ciclo da violência. Também prevê a possibilidade de um acompanhamento, para eventualmente transferir aquela mulher do local de trabalho, para um endereço sigiloso. Prevê também a possibilidade de uma linha de crédito ou financiamento especial para as mulheres. Têm muitas vítimas que não conseguem sair da situação porque têm uma dependência financeira do marido”, explica a secretária.

Fonte: Contraf-CUT

A explosão de manifestações antirracistas desencadeadas pelas mortes de George Floyd, 27 anos, homem negro-americano, assassinado por um policial branco, e João Pedro, de 14 anos, que levou um tiro dentro da própria casa durante uma operação policial no Rio de Janeiro, em maio deste ano, colocaram em evidência as discussões sobre o racismo estrutural.

Os dois casos de violência praticada por agentes do Estado contra pessoas negras são exemplos de racismo estrutural, denunciado há décadas pelo movimento negro e intelectuais negros, mas invisibilizadas pela mídia comercial.

Mas, afinal o que é racismo estrutural, que por muitas vezes é confundido com racismo institucional? Ainda existe? Como ele funciona? Como atinge a vida das pessoas?

Em um bate papo com a filósofa Djamila Ribeiro sobre o tema, o professor de direito Silvio Almeida afirmou que “não existe racismo que não seja estrutural”.

“É estrutural [o racismo] porque estrutura todas as instituições”, pontuou o professor, que também é presidente do Instituto Luiz Gama e autor do livro “O que é racismo estrutural?”, da coleção Feminismos Plurais, coordenada por Djamila.

“[Racismo estrutural] não é só uma questão moral, não é uma questão jurídica, não é uma questão somente econômica”, continuou Silvio, lembrando que o racismo está em todas as estruturas da sociedade.

A importância da história para entender o conceito

Para entender as raízes do racismo estrutural no Brasil e como essa história começou e se perpetua até hoje, é necessário voltar ao período do século XVI ao século XIX, onde a escravidão foi marcada principalmente pela exploração forçada da mão de obra de negros e negras trazidos do continente africano e transformados em escravos pelos europeus colonizadores no Brasil.

Os três séculos de escravidão no Brasil, situação que só teve fim por conta da resistência dos negros escravizados, somado ao interesse econômico internacional, deixaram marcas profundas de desigualdade em todas as estruturas de poder no Brasil. Disparidade que deixou, orienta e conduz, até hoje, as relações econômicas, sociais, culturais e institucionais do país.

No pós-abolição, em 1888, pessoas negras não tiveram acesso à terra, indenização ou reparo por tanto tempo de trabalho forçado. Muitos permaneceram nas fazendas em que trabalhavam em serviço pesado e informal. Foi a partir daí que se instalou a exclusão de pessoas negras dentro das instituições, na política, e em todos os espaços de poder.

Todo o racismo é estrutural porque o racismo não é um ato, o racismo é processo em que as condições de organização da sociedade reproduzem a subalternidade de determinados grupos que são identificados racialmente- Silvio Almeida

A definição do que é racismo estrutural

Racismo estrutural é um conjunto de práticas discriminatórias, institucionais, históricas, culturais dentro de uma sociedade que frequentemente privilegia algumas raças em detrimento de outras. O termo é usado para reforçar o fato de que há sociedades estruturadas com base no racismo, que favorecem pessoas brancas e desfavorecem negros e indígenas.

Falar de racismo estrutural, é lembrar questões centrais que mantém esse processo longo de desigualdade entre brancos e negros que se desdobram no genocídio de pessoas negras, no encarceramento em massa, na pobreza e na violência contra mulheres.

O racismo tem diversas maneiras de se manifestar, diz a doutora em Educação pela Universidade de São Paulo (USP), Adriana Moreira, alertando que é necessário pensar em estratégias e instrumentos para combatê-lo.

Um exemplo que ela dá é o quesito cor. De acordo com a doutora, o sistema, que controla as matrículas e as informações das crianças nas cidades, foi implementado sem que nenhum funcionário da rede passasse pela formação para debater o quesito cor.

“Precisamos entender porque os meninos negros saem mais cedo da escola do que os garotos brancos, o que acontece no ambiente escolar, quais são as trajetórias desses meninos, porque que esses meninos são mais colocados numa trajetória de morte na adolescência do que os meninos brancos. São questões fundamentais, que quando a gente discute a estruturação dos processos, constrói a racionalização das instituições e das relações institucionais e interpessoais, ajuda a pensar em possibilidades de desfazer os processos”, argumenta Adriana.

Para Anatalina Lourenço, secretária nacional de Combate ao Racismo da CUT, o racismo é o principal instrumento de exclusão da sociedade brasileira, onde é impossível negar todas as suas formas e consequências para o povo negro. Por isso, afirma, não se aprofundam no país os instrumentos para entender tudo isso que a doutora Adriana pontuou.

“Que o Brasil é um país racista, isso ninguém nega. Que o racismo é estrutural nas relações socioeconômicas, de trabalho, institucionais e afetivas, isso também ninguém nega. Que o racismo mata a partir da ação principalmente da Polícia Militar, isso é evidente. Que o Brasil na sua conjuntura se constituiu não só como racista, mas como principal instrumento de exclusão, isso também é impossível de negar, mas alguns ainda negam”.

Exemplos de racismo estrutural

A ausência de negros e negras em cargos de lideranças nas maiores empresas do país mostra que o racismo estrutural atua em diversas dimensões e camadas. Ele estrutura a sociedade a partir da desvalorização e restrição de oportunidades de pessoas negros a na ascensão social.

Um dos exemplos de caso de racismo estrutural, no qual o Brasil está assentado, foi a morte do menino Miguel Otávio Santana da Silva, deixado no elevador por Sarí Côrte Real, patroa da mãe de Miguel, enquanto a doméstica passeava com o cachorro da família. A patroa apertou o botão de um andar alto, liberou a porta e, indiferente, retornou ao lar para continuar fazendo as unhas.

Miguel, de 5 aninhos, desembarcou em outro andar, passou por uma porta e, á procura da mãe, acabou chegando em uma área sem tela de proteção, despencou de altura de 35 metros. Era filho único da empregada doméstica Mirtes Renata que o levou ao trabalho por a escola estava fechada por causa da pandemia do novo coronavírus.

Outro exemplo de racismo estrutural que não se pode esquecer, foi a morte da empregada doméstica de 63 anos no Rio de Janeiro, a primeira vítima da Covid-19 no estado, que trabalhava num apartamento no Alto Leblon, bairro da zona sul do Rio, que tem o metro quadrado mais valorizado do país. Foi negado a ela o direito de ficar em casa durante a quarentena, já que ela fazia parte do grupo de risco. A patroa que havia chegado da Europa se contaminou e sobreviveu, a doméstica não.

A pandemia do novo coronavírus explicitou o racismo estrutural no Brasil, onde os maiores afetados pela maior crise sanitária do século são, além das pessoas em situação de vulnerabilidade social, a população negra, indígena e a classe trabalhadora, como a doméstica do Rio de Janeiro e o menino de Pernambuco.

Estudo do Núcleo de Operações e Inteligência em Saúde, grupo da PUC-Rio, confirmam que pretos e pardos morreram mais de Covid-19 do que brancos no Brasil. O grupo analisou a variação da taxa de letalidade da doença no país de acordo com variáveis demográficas e socioeconômicas da população.

“É um racismo abissal que se evidência em diferentes formas. O vírus se alastrou pelas periferias do país e passou a ter endereço. E se entendemos que no Brasil a grande maioria população é negra e pobre, nós já sabemos quem foi que morreu”, afirma Anatalina, que também é cientista social formada pela Universidade Estadual Paulista (UNESP).

Considerando esses casos, quase 55% de pretos e pardos morreram, enquanto, entre pessoas brancas, esse valor ficou em 38%. A porcentagem foi maior entre pessoas negras do que entre brancas em todas as faixas etárias e também comparando todos os níveis de escolaridade.

Para combater o racismo e essas desigualdades, é necessária uma disposição política de reconhecimento, diz a doutora Adriana. “Quando a gente discute racismo, a gente está discutindo uma possibilidade de readequação e de distribuição de bens materiais que são simbólicos na sociedade brasileira. Isso é uma questão central”, finaliza.

Fonte: CUT

A Comissão de Organização dos Financiários assinou nesta sexta-feira (30) com a Federação Interestadual das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Fenacrefi) a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) 2020/2022 e CCT-PLR 2020/2021. “Agora, as financeiras têm prazo de 10 dias para pagar a antecipação da Participação nos Lucros e Resultados (PLR). Todas as diferenças salariais e de tíquete, assim como o abono de R$ 1.000,00, têm que ser pagos no salário de outubro”, destacou Jair Alves, coordenador da Comissão.

Jair informou que a orientação dada pela Fenacrefi às financeiras era para acertar as diferenças nos salários de outubro, até 30/10. “Qualquer problema de atraso nesses pagamentos, a orientação é entrar em contato com as entidades sindicais e com a Contraf-CUT”, afirmou o coordenador da Comissão. Jair também colocou seu e-mail à disposição para esclarecimentos e informações: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

Fonte: Contraf-CUT

A taxa de desemprego atingiu 14,4% no trimestre encerrado em agosto, batendo mais um recorde na série histórica do IBGE, iniciada em 2012. Agora, o número de desempregados foi estimado em 13,794 milhões – 1,083 milhão a mais em apenas um trimestre (alta de 8,5%) e 1,229 milhão a mais em relação a igual período de 2019 (9,8%), quando a taxa média era de 11,8%.

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua trouxe outros recordes, todos negativos. O total de ocupados (81,666 milhões), por exemplo, é o menor da série. Caiu 5% no trimestre (menos 4,270 milhões de pessoas) e 12,8% em 12 meses (11,965 milhões a menos). O nível de ocupação (46,8%) também é o mais baixo da pesquisa.

Fora do mercado

Por outro lado, a população fora da força de trabalho chegou a 79,141 milhões. Mais um recorde que agrava o problema do desemprego. Crescimento de 5,6% em um trimestre (4,177 milhões) e de 21,9% (14,213 milhões) em um ano.

Assim, o número de empregados com carteira assinada no setor privado (29,067 milhões) também foi o menor da série. A queda é de 6,5% em relação ao trimestre anterior (menos 2,036 milhões de pessoas) e de 12% (menos 3,975 milhões) ante agosto de 2019.

Queda também nos informais

Nem o trabalho informal escapou. Estimado em 8,755 milhões, o número de empregados sem carteira caiu 5% (menos 463 mil pessoas) no trimestre e 25,8% (menos 3,041 milhões) ante igual período do ano passado. E o total de trabalhadores por conta própria (21,521 milhões) caiu 4% (menos 894 mil) e -11,4% (2,773 milhões), respectivamente. Além disso, o número de trabalhadores domésticos (4,597 milhões) também chegou ao menor nível. Em 12 meses, caiu 27,5% (menos 1,745 milhão).

Outro recorde está no contingente de desalentados, pessoas que desistiram de procurar trabalho. Eles agora somam 5,9 milhões. Crescimento de 8,1% em três meses (440 mil) e de 24,2% em 12 meses (1,1 milhão). Em relação à força de trabalho, os desalentados representam 5,8% – mais um recorde.

Menos R$ 12 bi circulando

E os chamados subtilizados agora são 33,3 milhões, também o maior número da série histórica. São as pessoas que gostariam de trabalhar mais. Acréscimo de 3 milhões em um trimestre (aumento de 9,7%) e de 5,6 milhões em 12 meses (20%). A taxa de subutilização, também a maior, é de 30,6%.

Estimado em R$ 2.542, o rendimento médio cresceu: 3,1% no trimestre e 8,1% sobre 2019. Mas, considerando o menor numero de pessoas no mercado, a massa de rendimentos caiu 2,2% e 5,7%, respectivamente. Em um ano, isso representa R$ 12,3 bilhões a menos circulando na economia brasileira.

Fonte: Rede Brasil Atual

Os lucros líquidos de dois grandes bancos privados brasileiros, Santander e Bradesco, divulgados nesta semana cresceram no terceiro trimestre deste ano, em relação ao trimestre anterior. Mesmo com o crescimento dos lucros, os bancos aumentaram o ritmo de demissões de bancários, em descumprimento do compromisso assumido no início do ano de não demitirem durante a pandemia do novo coronavírus. Nesta quinta-feira (29), houve protestos contra demissões em todo o Brasil. As manifestações foram nas unidades do Bradesco, mas em alguns estados houve atos em agências do Santander e do Itaú.

Na terça-feira (27), o Santander divulgou o balanço do terceiro trimestre de 2020, com lucro líquido contábil de R$ 3,811 bilhões, alta de 88,2% em relação ao trimestre anterior. Na quarta-feira, foi a vez do Bradesco, que registrou lucro líquido contábil de R$ 4,194 bilhões no terceiro trimestre de 2020. Nos três meses anteriores, o lucro foi de R$ 3,506 bilhões.

Apesar de os lucros estarem crescendo, o Santander acelerou o ritmo das demissões este ano. O banco demitiu 2.045 funcionários no Brasil entre o início de abril e o fim de setembro, os meses mais agudos da pandemia. Já o Bradesco demitiu 1.224 trabalhadores desde o dia 28 de setembro, de acordo com a Comissão de Organização dos Empregados (COE) do banco. No terceiro trimestre, o Bradesco fechou 372 agências e projeta fechar 500.

“Frente à crise, os bancos privados estão implementando rápidos cortes de despesas, inclusive a de pessoal, para recompor as margens de lucro. Mesmo com este cenário, não aceitam lucrar menos, preferem desempregar milhares de trabalhadores”, declarou Bárbara Vallejos, doutoranda em Desenvolvimento Econômico e técnica do Departamento Intersindical de Estudos e Estatísticas Socioeconômicas (Dieese).

Os bancos já demitiram mais de 12 mil trabalhadores este ano, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério da Economia. O ritmo das demissões vem aumentando nos últimos meses. Em junho, foram registradas 1.363 demissões, número que sobe para 1.634 em julho e atinge 1.841 em agosto.

Dia Nacional de Luta Contra as Demissões

O aumento dos desligamentos motivou a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e o movimento sindical bancário em todo o país a fazerem a campanha contra as demissões. Nesta quinta-feira (29), houve manifestações em todo o país contra as demissões nos bancos. O maior protesto ocorreu nas unidades do Bradesco. Foi o Dia Nacional de Luta Contra as Demissões no Bradesco. Em alguns estados, houve adesões às manifestações em agências do Itaú e do Santander.

“As paralizações foram muito boas. Onde não paralisou, houve atos de protesto ou retardamento da abertura. Mas a direção do banco não quer conversar. Mesmo com esse lucro altíssimo, o presidente do banco anuncia o fechamento de mais de 1.100 agências até o final do ano. Para ele, trabalhador é ‘mato alto’, que precisa ser cortado”, declarou Magaly Fagundes, coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Bradesco.

Para ver as fotos das manifestações, clique aqui.

Nesta sexta-feira (30), os protestos continuam em todo o país. Será organizado um tuitaço para protestar contra a postura dos bancos de intensificar as demissões neste segundo semestre. O tuitaço será às 11h com a hashtag #QuemLucraNãoDemite.

Fonte: Contraf-CUT

A greve pela jornada de seis horas, a primeira paralização nacional dos empregados, completa 35 anos, neste dia 30 de outubro. A paralisação de 24 horas reuniu os trabalhadores de quase 100% das agências e unidades da Caixa ainda nos anos finais da ditadura militar, com o governo João Batista Figueiredo. É um legado que entrou para a história da Caixa e um marco no calendário de luta dos trabalhadores em busca do direito à sindicalização e da efetivação da jornada de seis horas para todos os empregados do banco.

Quem é jovem na Caixa sente os reflexos do esforço dos trabalhadores que decidiram cruzar os braços em 1985. Há 13 anos no banco, Josimilson Ferreira Sales, de Roraima, é um desses jovens. “São nesses heróis que precisamos nos inspirar, que precisamos lembrar sempre como símbolo de união e resistência contra a precarização do nosso trabalho e o desmonte da nossa empresa”, afirmou. Para ele, a greve histórica vai muito além da conquista da jornada de trabalho, mas o direito à sindicalização. “Em tempos de pandemia percebemos como a atuação do sindicato está sendo decisiva na implementação de medidas de segurança que protegem não só a vida do empregado Caixa, mas principalmente o nosso cliente”, ressaltou.

Na Caixa desde 2001 e hoje secretária de Cultura da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro e coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa), que assessora o Comando Nacional dos Bancários nas rodadas de negociações específicas com a direção da Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt, destaca que é preciso aprender com o legado que foi deixado pelos colegas. “Nunca podemos esquecer o que os colegas daquela época fizeram. Precisamos adquirir o conhecimento e isso tem que servir de recurso para as lutas atuais. Os empregados novos têm que ter essa percepção que a vida é mais que atender ao que é imposto. A luta coletiva precisa de todos os empregados”, defendeu.

Aqueles que estiveram presentes naquele dia 30 de outubro de 1985, se recordam que a paralisação também tinha o foco o reconhecimento dos empregados da Caixa como pertencentes à categoria bancária. Antes, os trabalhadores eram conhecidos como economiários, não possuíam a mesma jornada do restante da categoria bancária, nem sequer eram vinculados a sindicatos.

Um deles foi o presidente da Fenae, Sérgio Takemoto. “Sem dúvida a greve das seis horas é um marco para todos os trabalhadores da Caixa. Mostrou a força dos empregados. Unidos, nós conseguimos avançar na conquista dos direitos e na defesa da Caixa 100% pública”, destacou.

Quem também participou da histórica greve foi o vice-presidente da Fenae, Marcos Saraiva. Ele recorda que a paralisação iniciou com a força da juventude, com os auxiliares de escritório “Nós demos um recado muito claro: queremos ser reconhecidos junto à CLT como bancários e com direito à sindicalização “, recordou-se Saraiva, que cruzou os braços no Ceará.

Hoje dirigente da Fenae, Saraiva ressalta que a juventude precisa se unir novamente. “Acredito que a mentalidade do jovem da Caixa mudou muito. Precisamos repensar e reconstruir a unidade do ponto de vista da solidariedade e união. Repensar com uma visão de coletivo e não individualista”, avaliou.

Para o diretor de Formação da Fenae, Jair Pedro Ferreira, é preciso lembrar da história, do que fizeram os trabalhadores em 1985, para que em 2020, os empregados possam continuar lutando. “Esse período foi um divisor de águas que envolveu associações, federações, sindicatos. A gente se juntou na categoria bancária. Fizemos o livro Tijolo por Tijolo, para lembrar essa história para os jovens. Precisamos falar sempre dessa história e fazer isso constantemente”, avaliou.

Mobilização de todos, e o apoio da Fenae e Apcefs

A mobilização que alcançou pela primeira vez todo o país contou com uma participação imprescindível: a da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae). A Federação estabeleceu definitivamente o movimento organizado dos empregados.

A Diretora de Relações do Trabalho, Rita Lima, participou da greve no Espírito Santo. Ela contou que a Associação do Pessoal da Caixa (Apcef) e a Fenae formaram uma base fundamental para quem decidiu apoiar a paralisação. “O apoio foi fundamental. Como não éramos sindicalizados, era plena ditadura e essa organização era difícil. Esse espaço foi fundamental para construir a greve”, lembra. Para Rita, a greve não só transformou os empregados da Caixa em trabalhadores com direitos à sindicalização, mas fortaleceu os sindicatos dos bancários. “É uma memória que os trabalhadores de hoje não têm dimensão do que seja”, finalizou.

A greve também resultou em mudanças fundamentais para a categoria. No Congresso Nacional, o Projeto de Lei 4.111-4, do então deputado Léo Simões, estabelecia a jornada de seis horas diárias para os empregados da Caixa. A lei foi sancionada logo depois, em 17 de dezembro de 1985, pelo presidente José Sarney.

Conselheiro Fiscal da Fenae, Emanoel Souza relembra que a decisão de apoiar o PL de Léo Simões veio após o Congresso Nacional dos Empregados da Caixa Econômica Federal (Conecef). “Esse 1º Conecef foi que colocou no centro da questão a luta das seis horas. E o pessoal do Rio de Janeiro conseguiu que o deputado Léo Simões colocasse o projeto”. A lembrança do ônibus saindo de Salvador cheio de empregados da Caixa em direção à Brasília para participar do Conecef ainda está clara na memória do dirigente. “Nós organizamos uma caravana daqui da Bahia para Brasília para participar do 1º Conecef. E, na segunda-feira, tínhamos que trabalhar. Foi uma aventura”, contou.

Além disso, a publicação do Diário Oficial da União trazia uma mudança importante, a garantia do direito à sindicalização a todos os empregados da Caixa, viabilizada com a alteração do parágrafo único do artigo 556 da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT).

Algumas datas importantes de 1985

– 6 de agosto: Dia Nacional de Luta. Empregados da Caixa distribuem cartas abertas à população e enviam telegramas ao Ministério da Fazenda.
– 11 de agosto: Paralisações de duas horas realizadas em agências de Brasília (DF) e do Ceará.
– 11 de setembro: Presidente da Fenae, José Gabrielense, recebe mensagem informando que o ministro da Fazenda havia se manifestado contrário às reivindicações da categoria.
– 13 de setembro: Cerca de 800 empregados da Caixa protestam e realizam uma passeata na Avenida Paulista, em São Paulo (SP).
– 19 e 20 de outubro: Realização do 1º Conecef, em Brasília (DF), no qual mais de 500 pessoas aprovam a data de 30 de outubro para a greve de 24 horas.
– 30 de outubro: Greve histórica, quando todas as unidades da Caixa são fechadas Brasil afora.
– 4 de novembro: Caravanas de empregados da Caixa ocupam Brasília (DF). Pressionado, o deputado federal Pimenta da Veiga dá aval para o regime de urgência ao projeto de lei que estabelece a jornada de seis horas para a categoria.
– 28 de novembro: Projeto das seis horas é aprovado na Câmara dos Deputados. No mês seguinte, a proposta também passa pelo Senado Federal.
– 17 de dezembro: Presidente da República, José Sarney, sanciona a lei que garante a condição de bancário aos empregados da Caixa.

Fonte: Fenae, com edições da Contraf-CUT

O Bradesco obteve Lucro Líquido Recorrente de R$ 12,657 bilhões nos primeiros nove meses de 2020, queda de 34,2%, em relação ao mesmo período de 2019, e crescimento de 29,9% em comparação ao 2º trimestre de 2020 (o lucro do 3º trimestre foi de R$ 5,031 bilhões frente a R$ 3,873 bilhões, no 2º trimestre). O banco alcançou uma rentabilidade (retorno sobre o Patrimônio Líquido médio anualizado – ROE) de 12,9%, redução de 7,6 pontos percentuais em doze meses. Os dados fazem parte da análise feita pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) a partir do relatório de balanço do banco sobre os resultados terceiro trimestre.

“Mesmo com esse lucro altíssimo, o presidente do banco anuncia o fechamento de mais de 1.100 agências até o final do ano. Para ele, trabalhador é ‘mato alto’, que precisa ser cortado”, declarou Magaly Fagundes, coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Bradesco.

holding encerrou o 3º trimestre de 2020 com 95.934 empregados, redução de 3.338 postos de trabalho em doze meses. No período foram fechadas 772 agências. Somente entre o final de março e de setembro, foram fechados 1.300 postos de trabalho e 605 agências, mesmo após o banco ter assumido o compromisso de não demitir funcionários enquanto durar a pandemia.

A receita com prestação de serviços e tarifas bancárias caiu 2,2% em doze meses, totalizando R$ 19,4 bilhões, mas as despesas com pessoal (incluindo a PLR) caíram ainda mais (-5%) atingindo R$ 14,3 bilhões. Segundo o banco, o resultado com as despesas de pessoal reflete “benefícios com o plano de desligamento voluntário (PDV) de 2019”. Assim, somente com estas receitas secundárias, que representam um valor irrisório frente ao que banco obtém com outras transações financeiras, o banco conseguiu cobrir todas as despesas que teve com seus funcionários e ainda sobrou 35,4%.

Veja abaixo a tabela resumo do balanço, ou, se preferir, leia a análise completa feita pelo Dieese.

Fonte: Contraf-CUT

Em alternativa às propostas de reforma tributária que tramitam no Congresso, mais de 60 entidades do campo popular lançaram nesta quinta-feira (29) campanha nacional em defesa da tributação dos super-ricos. O aumento dos tributos sobre as altas rendas, de acordo com o movimento, “é a melhor solução para os trabalhadores”, e a “única proposta” capaz de enfrentar a crise econômica do país, agravada pela pandemia do novo coronavírus.  

O movimento propõe um conjunto de oito medidas legislativas que, avaliam, podem promover um aumento de quase R$ 300 bilhões na arrecadação. E isso taxando apenas as altas rendas e os patrimônios dos super-ricos do Brasil, estimados em 0,3% da população. Além disso, as entidades também defendem que os trabalhadores com renda mensal de até R$ 15 mil paguem menos Imposto de Renda. 

Hoje, de acordo com elas, as Propostas de Emenda à Constituição (PEC) 45 e 110 e o Projeto de Lei (PL) 2.358/20, que tratam da reforma tributária, não abordam a desoneração das baixas rendas. Ao contrário, levam a um aumento do imposto sobre o consumo, penalizando sobretudo os mais pobres . 

Propostas 

As micro e pequenas empresas também são representadas na campanha. Pela proposta, mais de 70% das empresas no país – responsável por grande parte dos empregos no país –, serão beneficiadas com a adoção das medidas propostas pela campanha. As entidades também propõe alternativas para solucionar os graves problemas financeiros de estados e municípios.

No lançamento da campanha, que ocorreu pelas redes sociais do movimento, os representantes das entidades, governadores e parlamentares avaliaram que a estrutura tributária do Brasil comente “uma grande injustiça fiscal”. 

“Essa campanha ‘põe os pingos nos is’ para construir um país mais justo. Os super-ricos  nunca terão tempo de vida de gastar essas fortunas. Não estamos propondo que percam suas fortunas, mas apenas contribuir um pouco mais”, explicou o deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP). O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB) declarou que a proposta “representa menos desigualdade e autenticamente mais paz.” 

Justiça social

Já Sérgio Nobre, presidente nacional da CUT – uma das entidades que integra a campanha –, ressaltou que é preciso corrigir distorções da tabela do Imposto de Renda. “Ela permite que os que ganham pouco, paguem muito e os que ganham muito, paguem pouco. A carga tributária deve incidir mais na renda e menos no consumo e na produção”, destacou durante a live. A presidenta da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal (Confetam), Vilani Oliveira, explicou que a campanha “quer arrecadar para que as pessoas mais necessitadas tenham acesso aos serviços públicos”. 

A presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira, acrescentou que a tributação dos super-ricos “é uma forma de distribuição de renda e de garantir justiça social que beneficia toda a sociedade”. E, de acordo com o vice-presidente do Instituto de Justiça Fiscal (IJF), Dão Real Pereira dos Santos, a taxação das grandes fortunas é também a “forma mais rápida e justa” de enfrentar a crise econômica agravada pela pandemia.

A campanha

Também participaram do evento representantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), da União Nacional dos Estudantes (UNE), da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social (CNTSS). A Associação Juízes para a Democracia (AJD) e outras dezenas de entidades sindicais também fazem parte da iniciativa. 

No site da campanha há ainda uma calculadora eletrônica para que os trabalhadores possam simular a redução que terão casos as medidas sejam aprovadas. As entidades também disponibilizaram uma cartilha ilustrada para detalhar as propostas.

A previsão é que a campanha seja intensificada durante os próximos três meses por meio das redes sociais e junto a representantes da classe política para o que tema seja incluído na pauta do Congresso. 

Conheça a campanha nacional pela tributação dos super-ricos, clicando aqui

Fonte: Rede Brasil Atual