Maio 01, 2025
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A Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (que tem em sua base os Sindicatos dos Bancários de Angra dos Reis, Baixada Fluminense, Campos dos Goytacazes, Espírito Santo, Itaperuna, Macaé, Niterói, Nova Friburgo, Petrópolis, Rio de Janeiro, Sul Fluminense, Teresópolis e Três Rios), em parceria com a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), está veiculando na TV Bandeirantes, comerciais que denunciam, protestam e alertam a população em geral, sobre as demissões que os grandes bancos privados brasileiros vem praticando.

Os comerciais, que abrangerão um mercado com mais de 4 milhões de consumidores, serão veiculados do dia 28/10 (quarta-feira) até o dia 31/10 (sábado). Eles tem como objetivo, também, pressionar o setor bancário, que foi um dos únicos que lucraram na pandemia, a não demitir e desistirem das demissões e desligamentos que ocorreram.

Confira nosso vídeo no YouTube (https://youtu.be/IkDmd95ZwbU) e marquem a @fetrafrjes no instagram, no twitter e no facebook!

SÓ A LUTA NOS GARANTE!

Confira os horários em que os comerciais serão veiculados:

BORA BRASIL – 8h às 9h (dias 28/29/30 de outubro)

THE CHEF COM EDU GUEDES – 9h às 11h (dias 28/29/30 de outubro)

JOGO ABERTO – 11h às 12:30h (dias 28/29/30 de outubro)

TAÍ PARA TODOS  – 13:30h às 14h (dias 28/29/30 de outubro)

BRASIL URGENTE –  16h às 18:50h (dias 28/29/30/31 de outubro)

JORNAL DO RIO – 18:50h às 19:20h (dias 28/31 de outubro)

JORNAL DA BAND – 19h às 20:25h (dias 28/29/30 de outubro)

BAND NOTÍCIAS – 22h às 22:45h (dias 29/30 de outubro)

 

Fonte: Fetraf RJ/RJ

O banco Santander obteve um Lucro Líquido Gerencial de R$ 9,891 bilhões, nos primeiros nove meses de 2020, queda de 8,6% em relação ao mesmo período de 2019, e alta de 82,7% em relação ao trimestre imediatamente anterior. A rentabilidade (retorno sobre o Patrimônio Líquido Médio Anualizado – ROE) ficou em 18,5%, com queda de 2,7 pontos percentuais em doze meses, segundo análise feita pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), com base nos dados divulgados pelo banco.

“Isso está parecendo ‘figurinha repetida’. Já havíamos feito essa observação no trimestre passado, mas, como o banco insiste em utilizar uma manobra contábil para reduzir seus lucros, temos que ressaltar que, excluindo-se a PDD (Provisão de Devedores Duvidosos), o lucro seria de R$ 11,651 bilhões, o que corresponderia a uma alta de 7,6% no ano e de 0,2% em relação ao trimestre anterior”, observou o secretário de Assuntos Socioeconômicos da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Mario Raia, que é funcionário do Santander.

Sem a PDD, a rentabilidade também aumentaria para 21,8%, com alta de 0,6 pontos percentuais.

Aval do Banco Central

“A utilização da PDD é permitida pelo Banco Central. Não há ilegalidade nisto. Mas, dissemos que se trata de uma manobra porque a inadimplência está em queda. Ou seja, não se justifica uma PDD tão alta, tampouco seu crescimento. O banco deveria explicar, com transparência, essa provisão extraordinária, mesmo com a inadimplência em queda”, reforçou o dirigente da Contraf-CUT.

Segundo os dados divulgados pelo banco, o Índice de Inadimplência superior a 90 dias ficou em 2,1%, queda de 0,9 pontos percentuais em doze meses. As provisões para créditos de liquidação duvidosa (PDD), por sua vez, subiram 39,2%, somando R$ 13,5 bilhões. Segundo o banco, essa elevação é decorrente da constituição de R$ 3,2 bilhões de despesa de provisão extraordinária, impactando negativamente o resultado do período.

País das maravilhas

O lucro obtido no Brasil representou 30% do lucro global, que foi de € 3,658 bilhões. O resultado global sofreu uma queda de 33% em relação ao 3º trimestre de 2019, impactado pelas provisões para perdas em função da pandemia da Covid-19 no mundo e a deterioração do cenário econômico decorrente desta.

“O incrível é que parece que o banco espanhol tenta implementar a neocolonização. Endurece com seus funcionários e clientes do Brasil para compensar os maus resultados que tem na sede e em outros países”, criticou Mario Raia, lembrando que os funcionários reivindicam o não pagamento de taxas de serviços bancários que não são cobradas dos funcionários em outros países onde o banco tem unidades estabelecidas. Além disso, as taxas cobradas de clientes brasileiros são maiores, mesmo com uma inadimplência menor.

#QuemLucraNãoDemite

A receita com prestação de serviços mais a renda das tarifas bancárias chegou a R$ 13,3 bilhões e as despesas com funcionários mais PLR ficaram em R$ 6,8 bilhões no período. Assim, apenas com essas receitas secundárias, muito pequenas frente ao que o banco ganha com outras transações financeiras, o banco consegue cobrir todas as despesas com seu pessoal e ainda sobre 94,9% (quase duas folhas de pagamento).

Mesmo assim, o banco continua demitindo e reduzindo seu quadro de pessoal, em plena pandemia. A holding encerrou o 3º trimestre com 45.147 empregados, com fechamento de 4.335 postos de trabalho em doze meses, a despeito do compromisso assumido pelo banco com os trabalhadores de “Não Demissão” durante a pandemia. Da mesma forma, foram fechadas 149 agências em doze meses, sendo 91, entre o início de abril e o final de setembro de 2020.

“O Santander demitiu 2.045 funcionários no Brasil entre o início de abril e o fim de setembro, os meses mais agudos da pandemia de Covid-19. Mesmo tendo arrancado bilhões de lucros dos brasileiros”, concluiu o dirigente da Contraf-CUT.

Veja abaixo a tabela resumo do balanço, ou a íntegra da análise, ambas elaboradas pelo Dieese.

A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Banco do Brasil se reuniu nesta terça-feira (27) com a direção do banco para discutir um acordo sobre teletrabalho. A negociação foi acompanhada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores dos Ramo Financeiro (Contraf-CUT).

“Não estamos debatendo hoje. Começamos o debate faz algum tempo, na campanha nacional. No início, os bancos avaliavam que o teletrabalho era um privilégio. Mas os bancos economizaram muito com o teletrabalho e xs bancárixs tiveram mais custos para trabalharem em casa. Para nós, é importante o controle da jornada, a ajuda de custo para cobrir as novas despesas, fornecimento de equipamentos e móveis adequados”, afirmou a presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira.

As primeiras discussões foram feitas e a negociação continua nos próximos dias.  “Precisamos lapidar ainda esse acordo. Apresentamos nossas premissas para o debate que foram definidas na nossa conferência nacional. Para nós é fundamental o controle da jornada, o fornecimento de equipamentos e a ajuda de custo, além de outras questões que vão ser discutidas com a direção do banco nas próximas reuniões”, disse coordenador da COE do Banco do Brasil, João Fukunaga.

Negociações

Desde março de 2020, boa parte dxs bancárixs entraram em teletrabalho. Foram cerca de 2/3 da categoria, aproximadamente 300 mil trabalhadores deslocados dos locais de trabalho para suas casas. As premissas para um acordo sobre teletrabalho foram definidas a partir de uma pesquisa feita pelo Departamento Intersindical de Estudos e Estatísticas Socioeconômicas (Dieese) Rede Bancários com 11 mil trabalhadores da categoria que passaram para o teletrabalho.

A primeira negociação com a Federação Nacional dos Bancos Fenaban na renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) foi sobre teletrabalho. A negociação avançou após a campanha nacional da categoria, banco a banco. O primeiro foi o Bradesco, que fechou um acordo sobre o tema. Agora as negociações acontecem com o Banco do Brasil e o Itaú.

Fonte: Contraf-CUT

Mapa do trabalho formal no país, a Relação Anual de Informações Sociais (Rais), divulgada ontem (26) pelo Ministério da Economia, mostrou crescimento no estoque de empregos em 2019. Mas os dados mostram também queda na remuneração média – pelo segundo ano seguido. E uma explosão de vínculos precários, como os contratos intermitente e a tempo parcial, criados pela “reforma” trabalhista, implementada em 2017.

O estoque de empregos formais, que incluem celetistas e estatutários, chegou a 47.554.211. Em números absolutos, 923.096 a mais do que em 2018. Aumento de 1,98%. O trabalho intermitente (estoque de 156.756) cresceu 154,04%. E o parcial (417.450), 138,25%. Essas duas modalidades representam 62% do acréscimo registrado no ano passado. O melhor resultado da Rais é de 2014, com quase 50 milhões de vínculos (49,572 milhões).

 

Serviços têm maioria

Entre os setores de atividades, os serviços concentram 26,936 milhões de empregos, com crescimento de 1,01% sobre 2018. O comércio cresceu 2,56% e chegou a 9,385 milhões. Com alta de 1,78%, a indústria atingiu 7,556 milhões. O maior aumento (9,64%) foi na construção civil, cujo estoque é de 2,168 milhões. A agropecuária caiu 1% (1,483 milhão). E os serviços domésticos despencaram: -21,52%, para 2,013 milhões.

Segundo os dados da Rais para 2019, o emprego cresceu principalmente nas empresas pequenas ou médias. Naquelas com 20 a 49 vínculos formais, por exemplo, alta foi de 6,17%. De 50 a 99, 5,10%. E de 100 a 249 vínculos, 3,86%. Nos estabelecimentos com mais de mil, queda de 1,76%. De 2018 para 2019, o número de estabelecimentos no país caiu 1,33%. São 107.331 a menos, para um total de 7.974.757.

Mulheres representam 44%

As mulheres, por sua vez, representam 44% do total de empregos, número que se mantém estável nos últimos anos. Em 2010, eram 41,6%. No recorte por idade, a maior fatia está na faixa de 40 a 49 anos (30,66%), seguida de 30 a 39 (23,33%). E praticamente metade (49,76%) têm ensino médio completo, crescendo na comparação com 2010 (41,85%). Assim, como o ensino superior, cuja participação subiu de 16,50% para 22,91%.

Os brancos representam pouco mais da metade do estoque (54,18%). Eram 62,94% em 2010. Os pretos e pardos (classificação adotada pelo IBGE) passaram de 36,05% para 44,85%.

Renda em queda

A remuneração média foi calculada em R$ 3.156,02, queda de 1,31% no ano. Ou menos R$ 42,03 em valores. Nos serviços, essa retração foi de 4,78% (R$ 181,10 a menos). Na indústria, de 3,25% – R$ 108,50 a menos no bolso). A renda caiu 2,55% na construção, 1,82% na agropecuária e 1,14% no comércio.

Entre as unidades da federação, o rendimento vai de R$ 2.404,01 (Paraíba) a R$ 5.902,15 (Distrito Federal). No primeiro, queda de 1,46%, e no segundo, alta de 2,45%. Em São Paulo, onde a renda média foi de R$ 3.510,79, houve diminuição de 0,56%.

Fonte: Rede Brasil Atual

O número de pessoas no chamado teletrabalho (home office) vem diminuindo mês a mês, mas ainda supera os 8 milhões, de acordo com o IBGE. Em setembro, o total foi estimado em 8,073 milhões, queda de 7,3% em relação a maio (8,709 milhões). Os dados, divulgados na sexta-feira (23), são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios voltada especificamente para a pandemia (Pnad Covid19).

A maioria se concentra no Sudeste: 4,704 milhões de pessoas em trabalho remoto. A diminuição em relação a maio, quando havia 5,140 milhões, foi maior que a média nacional (- 8,5%). Situação semelhante ocorreu na região Nordeste, com queda de 8,3%, de 1,4 milhão para 1,284 milhão. Segundo o IBGE, havia ainda 1,196 milhão de pessoas em teletrabalho no Sul, 636 mil no Centro-Oeste e 253 mil no Norte.

De acordo com os dados do instituto, a maior parte dos trabalhadores em home office concentra-se no grupo formado por “profissionais da ciência e intelectuais”. São 40,6% do total. Depois, com 21,3%, vêm diretores e gerentes. Com 13,5%, pessoal de apoio administrativo. E com 13,2%, técnicos e profissionais de nível médio.

Mais no setor público

Entre os que estão exercendo suas atividades remotamente, 27,7% são militares ou servidores estatutários, 21,8% são empregados do setor público com carteira e 19,9%, sem carteira. Os empregados do setor privado com carteira representam 9,6% dos que estão em teletrabalho.

• ‘Home office’ predomina entre brancos, de ensino superior e renda maior. Mulheres são maioria

Isolamento social

Segundo o IBGE, em setembro 16,3% das pessoas ficaram “rigorosamente isoladas”. Esse percentual era de 23,3% em julho. Os que só saíram de casa em caso de necessidade básica passaram de 43,6% para 40,3%. E aqueles que reduziram o contato, mas continuaram saindo foram de 30,5% para 39,8%. Outros 3% não fizeram restrição (eram 2% em julho).

Fonte: Rede Brasil Atual

O mercado financeiro não tem empatia com o povo negro. É o que avalia o dirigente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Júlio César Silva Santos. Ao comentar o caso da declaração de racismo da sócia brasileira do banco digital Nubank, Cristina Junqueira, em entrevista no programa Roda Viva, na TV Cultura, na semana passada, Santos diz que essa manifestação não é novidade.

“Esse caso é fruto de um racismo institucional que acontece de forma perene no segmento bancário”, avalia Santos, que é também membro da comissão de Direito Sindical na Ordem dos Advogados (OAB), seção São Paulo; doutorando e mestre em Direito Político e econômico da Universidade Presbiteriana Mackenzie; e diretor do Instituto Luiz Gama. 

Do total de 450 mil bancários distribuídos no Brasil, apenas 24% da categoria é formada por trabalhadores negros. É o que aponta o Mapa da Diversidade da Categoria Bancária, censo realizado em 2014 pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Atendendo uma reivindicação do movimento sindical, a entidade levantou que 21% dos trabalhadores se declaravam à época pardos. E somente 3% pretos, embora, somados, os negros sejam a maioria da população no país – 56,10%. 

O levantamento também aponta que, entre esse percentual, apenas um terço é composto por mulheres negras. O que para dirigente evidencia a falta de empatia com o povo negro, como destacou em entrevista à jornalista Marilu Cabañas, do Jornal Brasil Atual

Sintoma

A declaração da sócia do Nubank é mais um sintoma da situação refratária do mercado financeiro aos negros. Indagada na semana passada sobre a dificuldade em contratar pessoas negras para cargos chaves na instituição, a cofundadora afirmou que “já faz algum tempo que estamos buscando candidatos para várias posições. Tem uma posição de vice-presidente da Marketing para trabalhar comigo que já estou há bastante tempo procurando e é difícil. Eu acho que recrutar no Nubank sempre foi difícil, o maior desafio do Nubank é gente. Não dá para nivelar por baixo”. 

Sobre uma possível implantação de políticas afirmativas, Cristina ainda acrescentou que “não adianta a gente colocar alguém para dentro que não vai ter condição de trabalhar com as equipes que a gente tem, de se desenvolver, avançar na carreira, depois não vai ser bem avaliado. Aí a gente não está resolvendo o problema, está criando outro”. A fala causou reação e revolta nas redes sociais.

Discriminação indireta 

Depois das avaliações negativas, a cofundadora do Nubank pediu desculpas e alegou não ter se “expressado da melhor maneira. É super importante a gente ter uma comunicação clara, queria agradecer todo o feedback que está vindo, a repercussão que está tendo, porque todo mundo tem o que aprender”. 

Neste domingo (25), o Nubank divulgou uma carta assinada pelos três cofundadores, reconhecendo o erro racista. Na carta, a direção também se compromete “a ouvir mais e agir mais”. “Vamos usar essa característica para recomeçar uma jornada de inclusão racial”, prometeu.

À Rádio Brasil Atual, a advogada, professora e doutoranda em Direito Político e Econômico pelo Mackenzie, Waleska Miguel Batista, adverte, contudo, que a fala da cofundadora reproduz um tipo de “discriminação indireta” comum no mercado de trabalho. “Ela deduz que não há negros capacitados no mercado para assumirem essas vagas. Sendo que há muitos negros capacitados no mercado, não tem essa diferença. O que ela precisa observar é quais são os requisitos para essa vaga porque dentro do quadro da população negra formada, graduada e pós-graduada há muitas pessoas competentes para ocuparem essa gestão”. 

Waleska ressalta que as pessoas negras já estão capacitadas. “E nada impede que a empresa use mecanismos para capacitá-los ainda mais depois do seu ingresso no mercado”, explica.

Fonte: Rede Brasil Atual

Dezenas de entidades lançam no dia 29 de outubro, às 10h, uma campanha nacional para sensibilizar a sociedade sobre a necessidade da implementação de medidas tributárias emergenciais para enfrentar a grave crise aprofundada na pandemia e com potencial para solucionar problemas históricos de justiça fiscal no Brasil.

Mais de 50 organizações de todo o país já se integraram à campanha e outras dezenas estão sendo convidadas para fazer parte do movimento, que visa busca esclarecer as medidas e a necessidade de sua implementação para fortalecer o Estado. São ações de curto e médio prazo que ajudam a enfrentar a pandemia, garantir renda para os mais pobres e a retomada da atividade econômica”, explicou o secretário de Assuntos Socioeconômicos da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Mario Raia.

A presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira, disse que a entidade que preside integra a campanha porque as propostas têm capacidade para ampliar a justiça fiscal Brasil. “Propostas como a correção das distorções do Imposto de Renda, como a revogação da isenção sobre lucros e dividendos distribuídos aos acionistas das grandes empresas, o fim da dedução de juros sobre o capital próprio, a elevação do limite de isenção para baixas rendas, e a criação de uma tabela de alíquotas progressivas têm capacidade de reduzir os valores pagos pelos mais pobres e aumentar somente o que se cobra dos 0,3% mais ricos de nosso país”, explicou.

Cartilha

São oito propostas legislativas que podem promover um aumento de arrecadação de quase R$ 300 bilhões, tributando apenas as altas rendas e grandes patrimônios dos 0,3% mais ricos do Brasil. As propostas geram também a redução de impostos para os mais pobres e para as pequenas empresas, além de melhorar a repartição de recursos com os estados e municípios.

Uma cartilha ilustrada detalha as propostas e uma calculadora eletrônica possibilita aos trabalhadores simular a redução que terá no imposto de renda caso as medidas sejam implementadas. Também serão disponibilizados textos explicativos, os projetos de leis com as respectivas justificativas, vídeos e realizadas lives.

Divulgação

A ação prevê intensa divulgação dos materiais de campanha junto aos movimentos sociais, sindicatos, estudantes, agricultores, pequenos empresários e políticos, com debates, entrevistas e reuniões com parlamentares, governadores e prefeitos para incluir o tema na pauta do Congresso.

A campanha será intensificada nos próximos três meses, por meio das mídias digitais como Facebook, Twitter e Instagram. As entidades promotoras já estão realizando ações para assegurar o avanço na adoção das propostas e popularização das medidas.

Além do IJF, da Contraf-CUT e dos seus sindicatos e federações filiados, a Fundação Friedrich Ebert Stiftung, Delegacias Sindicais do Sindifisco Nacional (Rio de Janeiro, Florianópolis, Curitiba, Ribeirão Preto), Auditores Fiscais pela Democracia, o Movimento Contra as Reformas – Rio de Janeiro, a Central Única dos Trabalhadores, o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação, a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social e a União Nacional dos Estudantes fazem parte da campanha que já conta com mais de 50 entidades representativas dos mais diferentes segmentos da sociedade, que estão mobilizadas para construir a pressão popular necessária para viabilizar a tramitação das propostas no Congresso Nacional.

Resumo das propostas

Links da calculadora e das redes sociais da campanha:

Calculadora: www.ijf.org.br/calculadora-irpf
Instagram: https://www.instagram.com/tributar.os.super.ricos/
Facebook: https://www.facebook.com/tributar.os.super.ricos
Twitter: https://twitter.com/OsTributar

Fonte: Contraf-CUT

Hoje, dia 26 de outubro, é comemorado o Dia da Visibilidade Intersexual. A data, organizada pela ONU Livres & Iguais, a Associação Brasileira de Intersexos e a Associação Brasileira Profissional pela Saúde Integral de Travestis, promove maior conscientização sobre esse tema. Intersexo é um termo usado para descrever uma ampla gama de variações naturais do corpo. A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), participa das atividades para marcar a data.

Em alguns casos, características intersexuais são visíveis no nascimento, enquanto outras não são aparentes até a puberdade. Pessoas intersexo nascem com características sexuais (incluindo genitais, gônadas e padrões cromossômicos) que não se encaixam nas típicas noções binárias de corpos masculinos e femininos. Podem ser heterossexuais, gays, lésbicas, bissexuais ou assexuais. Também podem se identificar como mulher, homem, ambos ou nenhuma das duas coisas.

Estimativas

Algumas variações cromossômicas intersexuais podem não ser fisicamente aparentes. A intersexualidade, de acordo com a ONU, está presente em até 1,7% dos recém-nascidos. No Brasil, estima-se que 167 mil pessoas sejam intersexuais. Ser intersexo está relacionado às características biológicas do sexo, e é diferente da orientação sexual e da identidade de gênero.

O dia 26 de outubro marca a luta pelo fim da invisibilidade intersexo porque, nesta data, ocorreu a primeira demonstração pública de que se tem registro de pessoas intersexo na América do Norte. A demonstração ocorreu em 1996, na cidade de Boston, durante a conferência anual da Academia Americana de Pediatria.

Mutilações

O termo Intersexual é o termo correto para referir-se a pessoas que nascem com essa condição biológica. Hermafrodita era usado antigamente, na Biologia e na Medicina, estritamente para espécies não-humanas e que significava basicamente: espécies que apresentam dois sistemas reprodutores em um mesmo organismo. Logo, o termo era usado para descrever espécies e não para descrever indivíduos de uma espécie. Na atualidade, o termo “hermafrodita” nem é mais usado na Biologia e na Medicina; os termos corretos são: espécie dióica e espécie monóica.

Em todo o mundo, inclusive no Brasil, pessoas intersexuais têm se articulado para defender o direito à autodeterminação de gênero e para combater intervenções clínicas desnecessárias. “Ainda existe um conservadorismo em partes dos médicos, que acaba mutilando a maioria das crianças interssexuais. Tem crescido o número de casos de crianças que foram mutiladas por causa da orientação de alguns médicos a pais dessas crianças. A mutilação acaba por antecipar um desejo da pessoa intersexo. Ocorre que essas pessoas, já quando adolescentes, começam a se arrepender porque estão em um corpo que não lhe pertencem. São orientações precipitadas e irresponsáveis que precisam ser denunciadas”, declarou Adilson Barros, militante LGBT e diretor executivo da Contraf-CUT.

Fonte: Contraf-CUT

A presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, alertou para a responsabilidade dos principais agentes econômicos do país diante da taxa recorde de desemprego, registrada nesta sexta-feira (23) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa subiu para 14% em setembro (em agosto estava em 13,6%), a maior da série histórica da Pnad Covid, pesquisa criada pelo IBGE para medir o impacto da pandemia no mercado de trabalho e na saúde da população.

“Se a pandemia contribuiu bastante para essa taxa recorde, o que vemos agora são setores da economia que passam a impulsionar de forma mais intensa o desemprego. É o caso dos bancos, um setor que lucrou este ano e demite cada vez mais, mês a mês”, declarou Juvandia, para quem é uma contradição que o setor financeiro tenha registrados lucro durante a pandemia e inicie uma escalada de demissões.

Lucros recordes

Em 2019, os lucros nos bancos bateram recordes. O lucro dos cinco maiores bancos do país (Itaú, Santander e Bradesco, Banco do Brasil e Caixa Econômica) somou R$ 108 bilhões no ano passado, uma alta de 30%,3% em 12 meses. O Itaú registrou, em 2019, um lucro de R$ 28,3 bilhões, o Bradesco, R$ 25,8 bilhões e o Santander, R$ 14,5 bilhões. São esses três bancos que agora batem recordes de demissões. Passaram a demitir seus funcionários antes do final do primeiro semestre deste ano, semanas depois de se comprometerem na mesa de negociações com o movimento sindical a não recorrerem à demissão durante a pandemia. Desde janeiro, foram mais de 12 mil demissões.

Neste ano, o lucro dos cinco maiores bancos chegou a R$ 30 bilhões no primeiro semestre. Um número que pode estar subestimado devido ao recurso fiscal usados pelos bancos, de reservarem parte dos resultados como provisionamento, dinheiro de reserva para se proteger em caso de possíveis calotes dos clientes.

Escalada de demissões

Este ano, os bancos se comprometeram a não demitir durante a pandemia, acordo firmado com o movimento sindical bancário e que foi desrespeitado. De acordo com do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério da Economia, foram 12.794 demissões. No levantamento do Caged para os meses de junho, julho e agosto fica claro que aumentou o ritmo das demissões na categoria. Em junho, foram registradas 1.363 demissões, número que sobe para 1.634 em julho e atinge 1.841 em agosto.

“Não é o momento para demissões, principalmente para empresas que estão lucrando. Vivemos uma situação de calamidade sanitária e social e os bancos precisam ter responsabilidade”, disse a presidenta da Contraf-CUT. Por causa da escalada de demissões, que cresce a cada mês, a Contraf-CUT e o movimento sindical da categoria bancária iniciou uma campanha nacional contra as demissões. “Os bancos se comprometeram na mesa de negociações que não iriam demitir durante a pandemia. A pandemia não acabou e o compromisso ainda está colocado”, cobrou Juvandia Moreira.

Fonte: Contraf-CUT

Este ano, muitas pequenas e médias empresas demitiram funcionários diante das dificuldades econômicas agravadas pela pandemia que paralisou o país a partir de março. Muitas chegaram a fechar suas portas. Situação muito diferente do setor bancário, que encerrou 2019 com um aumento superior a 30% nos lucros e, mesmo assim, recorreu às demissões para otimizar seus resultados financeiros em 2020. Mesmo com as crises econômicas e sanitárias, os bancos demitiram e descumpriram um acordo de não dispensar seus funcionários durante a pandemia.

Em 2019, os lucros nos bancos bateram recordes. O lucro dos cinco maiores bancos do país somou R$ 108 bilhões no ano passo, uma alta de 30%,3% em 12 meses. O Itaú registrou, em 2019, um lucro de R$ 28,3 bilhões, o Bradesco, R$ 25,8 bilhões e o Santander, R$ 14,5 bilhões. São esses três bancos que agora batem recordes de demissões. Passaram a demitir seus funcionários antes do final do primeiro semestre deste ano, semanas depois de se comprometerem na mesa de negociações com o movimento sindical a não recorrerem à demissão durante a pandemia. Desde janeiro, foram mais de 12 mil demissões.

‘Não perdem nunca

“Bancos não perdem nunca. Independente do cenário econômico, como os resultados anuais demonstram. A economia pode ir mal que os bancos lucram mais ainda. É importante destacar que os bancos vêm de anos seguidos batendo recordes de lucros e, mesmo assim, fecharam milhares de postos de trabalho e continuam demitindo mesmo na pandemia”, analisa a economista Vivian Machado, do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

No ano da pandemia, os lucros caíram, graças a um recurso fiscal dos bancos, que reduz o total dos lucros para aumentar o chamado provisionamento. O provisionamento é o dinheiro de reserva para se proteger em caso de possíveis calotes dos clientes. Os lucros dos cinco maiores bancos apresentaram queda no 1º semestre deste ano, porém seguiram significativamente elevados. O montante chegou a R$ 30 bilhões, uma queda média de 32% em relação a igual período de 2019, mas que ocorreu em boa parte por conta dos reforços nos provisionamentos.

Responsabilidade

Se as crises econômica e sanitária sacudiram de alto a baixo a vida da população, negócios com portas fechadas e desemprego agravam a situação e dificultam uma recuperação econômica. “Nesse momento delicado, os bancos poderiam manter e até ampliar os empregos, ajudando a amenizar esse cenário de desemprego, mas, não o fazem com a desculpa de que os lucros caíram e o cenário tende a piorar. Entretanto, os lucros caíram por que eles utilizaram uma previsão de cenário e reservaram provisões extraordinárias e não porque realmente os seus resultados pioraram”, afirmou a economista do Dieese.

Não por acaso, o slogan da campanha contra as demissões realizada pelo movimento sindical bancário é “Bancos de verdade cumprem com suas responsabilidades”. A campanha é uma forma de se contrapor aos bilhões de reais que estão sendo gastos pelos bancos em campanhas publicitárias para mostrar uma falsa imagem humana dessas instituições, que, em contrapartida, demitem funcionários para aumentarem ainda mais seus lucros.

Acompanhe a campanha pelas nossas redes sociais.

Fonte: Contraf-CUT