Maio 01, 2025
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O aumento da fome no Brasil, a redução do auxílio emergencial em plena pandemia e os ataques à agricultura familiar estão no centro dos debates e das ações da Jornada Nacional de Lutas contra a Fome e por Soberania Alimentar. Por isso, a jornada realiza mais de 100 atividades em 18 estados nesta sexta-feira (16), Dia Mundial da Alimentação, e também no sábado. A jornada, que começou na segunda-feira (12), conta com a participação da Via Campesina Brasil, das frente Brasil Popular e Povo Sem Medo, movimentos e organizações do Campo Unitário por Terra Trabalho e Dignidade, Fórum das Centrais Sindicais e o Renda Básica, entre outros.

Entre as atividades para chamar a atenção para o descaso do governo federal com as populações mais vulneráveis, que colocou o Brasil novamente no Mapa da Fome e pedir o #ForaBolsonaro, estão as da Periferia Viva – articulada pelo Levante Popular da Juventude. Trata-se de uma iniciativa dos movimentos populares das periferias brasileiras que busca articular apoio aos esforços já em curso de mobilização social e vigilância civil para o enfrentamento à pandemia da covid-19.

Também estão previstas ações de solidariedade envolvendo a campanha Mutirão Contra a Fome. Desde o início da pandemia, essa iniciativa doou mais de 70 toneladas de alimentos para comunidades carentes nas cidades.

Ainda na noite desta quinta-feira, uma live promovida pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) reunirá personalidades que dedicam a vida e o trabalho à segurança alimentar e ao combate à fome. Entre elas, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o agrônomo José Graziano da Silva, ex-presidente do Fundo das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO). Participam ainda a antropóloga Maria Emília Pacheco, o líder do MST João Pedro Stedile, a apresentadora Bela Gil e a atriz e ativista Letícia Sabatella. A RBA terá em breve reportagem sobre o evento, transmitido pelo canal do MST no YouTube.

Volta da fome

Em todo o mundo, inclusive no Brasil, a fome não para de aumentar. Em 2018, conforme a Organização das Nações Unidas (ONU), mais de 821 milhões de pessoas já passavam fome, em média uma em cada nove pessoas. O Brasil, que havia saído do Mapa da Fome em 2014, voltou. Dados do IBGE de 2018 indicam 10,3 milhões de brasileiros que passa o dia sem fazer todas as refeições. O quadro foi agravado pela pandemia da covid-19.

Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) destaca que o cenário de fome, o aumento do desemprego e a carestia dos alimentos fazem parte da política econômica adotada por Bolsonaro. O governo vetou praticamente toda a Lei Assis Carvalho, com origem no Projeto de Lei 735, o PL da Agricultura Familiar, que garantiam socorro emergencial à agricultura camponesa que produz mais de 70% dos alimentos.

Dados do Censo Agrícola de 2017 indicam que a agricultura familiar responde por 87% da produção de mandioca, 70% do feijão, 46% do milho, 38% do café, 34% do arroz e 21% do trigo. E tem presença na produção de carne, leite e derivados.

Para o MPA, o governo federal é responsável pela fome no país. “Com o veto de Jair Bolsonaro à Lei Assis Carvalho e o péssimo Plano Safra lançado em junho deste ano, fica evidente a sua falta de compromisso com o povo, com a agricultura familiar e camponesa. Assim, nesta Jornada de Luta, necessitamos demonstrar para sociedade que a saída para crise da fome passa pela Agroecologia e pelo apoio e incentivo a agricultura camponesa e familiar”, diz trecho de nota. 


Confira manifesto assinado pelas entidades participantes da Jornada contra a fome

Contra a fome e pelo direito de se alimentar bem

“Metade da humanidade não come; e a outra metade não dorme, com medo da que não come”. Josué de Castro. em Geografia da Fome.

A pandemia escancarou as consequências da crise do capital sobre a vida dos trabalhadores e trabalhadoras. Essa crise, política, econômica, social e ambiental, não é provocada por nós, mas pelas empresas do capital e por um estado empresarial, repressor. Mas somos nós que pagamos a conta e sofremos as consequências.

Somos mais de 13 milhões de desempregados e cerca de 40 milhões de pessoas que vivem do trabalho informal ou trabalho precário. O Brasil voltou para o Mapa da Fome, em decorrência de gestões que ignoram as necessidades reais do povo e para garantir os lucros exorbitantes do capital que não tem pátria e menos ainda senso de humanidade. As exportações dos produtos brasileiros nada têm a ver com a solidariedade aos povos de outros países, senão a ganância, mesmo que falte o que comer ao povo brasileiro.

Esse é o quadro que coloca os mais pobres de volta à fome. E que também traz problemas para os setores médios. Pois o preço dos alimentos tem aumentado de forma assustadora, já que o agronegócio produz commodities, os supermercados especulam com a fome e as empresas promovem o uso de comidas artificiais que só deixam a população adoecida.

Depois do golpe

Em 2018 – dois anos pós o golpe ao governo Dilma Rousseff – o Brasil já contabilizava 10,3 milhões de brasileiros e de brasileiras em situação de pobreza ou de extrema pobreza (segundo dados do IBGE). E esta fome não está somente na cidade. Esses números já são infinitamente maiores e imaginemos como estará o povo pobre no próximo período sujeito à alta no preço dos alimentos.

A falta de controle de estoque de alimentos regulado pelo Estado, a existência de um Plano Safra exclusivo para o agronegócio, bem como os vetos às medidas de apoio e fortalecimento da Agricultura Familiar e Camponesa, que é responsável em produzir comida de verdade, é o que tem piorado a situação de fome no Brasil

A crueldade das empresas e indústrias de alimentos está presente em todos os lugares, do campo, das águas, florestas e da cidade. Seja na introdução dos agrotóxicos dentro do modelo produtivo. Seja na forma como se apresentam os alimentos ultraprocessados que não possuem capacidade de nutrir dos corpos e mentes humanos. Descarta-se o lixo das indústrias na boca de nossas crianças, e a classe trabalhadora tem sido a mais afetada nisso com menos tempo para o preparo dos alimentos nos grandes centros urbanos.

Mulheres mais atingidas

Nesse quadro, as mulheres têm sido as mais atingidas. Elas são historicamente responsáveis pela alimentação das famílias. E por isso têm que lidar com o combate à fome, buscando formas de colocar comida na mesa, lidando com a falta de emprego, pois foram as que mais perderam o emprego com as crises e, ainda, enfrentam uma grave ampliação da violência. A juventude, em especial a negra, segue morrendo nas periferias das cidades e sem oportunidades de produzir nos seus territórios. Os povos e comunidades tradicionais têm seus territórios atacados ainda mais, como forma do capital retomar suas taxas de lucro. 

A natureza também tem sido duramente ameaçada e com ela a vida humana. Imagens de animais selvagens morrendo pelo fogo chocam o mundo inteiroNossas florestas estão sendo destruídas com a única função de manter a acumulação capitalista materializada em sua forma atrasada no agronegócio brasileiro. A resistência é necessária e deve se dar entre todos que acreditam numa sociedade mais justa, onde todos possam comer e viver com dignidade.

Seguimos afirmando que a agricultura familiar e camponesa é o alicerce para a soberania alimentar de uma nação. Por isso lutamos no campo e na cidade pela defesa dos territórios indígenas, quilombolas, camponeses, pesqueiros, dos Fundos e Fecho de Pasto. Pela construção de políticas que contemplem desde a produção ao consumo. Rechaçamos a expansão agrícola e mineral que avança sobre áreas de produção de alimentos e sobre as florestas e biomas.

Para combater a fome no Brasil nos comprometemos

1 – Seguir com todas as ações de solidariedade humana que têm ajudado a salvar vidas. Através da partilha do pouco que temos, amenizando a situação de fome de muitas famílias, principalmente as crianças. Nossa solidariedade é de classe, ativa e orgânica para que os povos se organizem a mudar sua realidade de vida.

2 – Lutar pela derrubada dos Vetos de Bolsonaro à Lei de Assis de Carvalho, proposta no PL 735/2020É um passo fundamental para ampliar a produção de alimentos saudáveis pela Agricultura Familiar e camponesa. E para poder disponibilizar esse alimento para quem mais precisa, garantindo renda aos povos, especialmente as mulheres e a juventude.

3 – Lutar pela retomada construção dos estoques públicos de alimento URGENTE, para que o Estado regule preços e não deixe faltar os itens básicos para o povo do seu país a exemplo do feijão, do arroz, dentre outros. Construir um sistema de abastecimento alimentar. Sabemos que os estoques públicos que regulam os preços nas entressafras e nas situações de problemas climáticos são decisivos para manter a alimentação do povo.

4 – Enfrentar este governo que tem abertamente decretado a fome para o país. FORA BOLSONARO! A liberação do Auxílio Emergencial, que até agora fez a diferença na vida das pessoas, não foi por vontade do governo federal que, na primeira oportunidade que teve, negou o apoio para os agricultores/as seguirem produzindo alimentos (veto ao PL 735). Reafirmar o direito ao pleno emprego e a uma renda digna é materializar o direito de se alimentar bem, com segurança e soberania alimentar.

5 – Lutar para que todas as políticas públicas voltadas à construção da soberania alimentar tenham a capacidade de atender as demandas diferenciadas dos povos e comunidades tradicionais, da juventude e das mulheres, como forma de garantir um desenvolvimento econômico, social e ambiental baseado na agroecologia e na igualdade de condições para todos. É necessário retomar o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). Fortalecer o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). Ampliar o acesso à água para abastecimento humano e para a produção de alimentos com cisternas e expandir a rede de restaurantes populares.

Alimentar a esperança

Nós, Movimentos Populares, Entidades e Sindicatos do campo e da cidade vamos continuar lutando e alimentando a esperança. Defendemos um Programa de Renda Básica Permanente, Programa de Produção de Alimentos Saudáveis. A derrubada dos Vetos à Lei Assis Carvalho, Programas de Compra de Alimentos com doação a quem precisa. Programa de Geração de Empregos, Abastecimento de Água e Valorização do Salário Mínimo.

Por isso, neste DIA MUNDIAL EM DEFESA DA ALIMENTAÇÃO, temos a responsabilidade de nos dirigir à sociedade brasileira para manifestar nossa grande preocupação com a fome que se agrava em nosso país.

A produção de alimentos depende da preservação ambiental e da biodiversidade dos biomas. Para manter as florestas em pé, precisamos dos povos do campo, das águas e das florestas, VIVOS e em seus TERRITÓRIOS. Não é só fogo, é capitalismo e destruição. Tirem as mãos das nossas riquezas! Soberania nacional e popular já!! Fora Imperialismo!

Alimentar a esperança para alimentar as pessoas!

 

Fonte: Rede Brasil Atual

Sindicatos de bancários de todo o país realizaram, nesta última quinta-feira (15) um Dia Nacional de Luta contra as demissões que estão sendo promovidas pelos bancos Bradesco, Itaú, Mercantil e Santander, em desrespeito ao compromisso que estas instituições assumiram entre março e abril de que não promoveriam demissões durante a pandemia.

As demissões começaram pelo banco Santander, ainda no início de junho. Como justificativa para as demissões, o banco alega que o compromisso se encerrou em maio e que os bancários são demitidos pelo baixo desempenho. Mas, o Brasil é responsável por 32% do lucro mundial do Santander e mesmo após ter realizado uma provisão para créditos de liquidação duvidosa (PDD) de R$ 10,4 bilhões, o banco registrou um lucro de R$ 5,989 bilhões no primeiro semestre de 2020.

“O Santander vem sistematicamente demitindo trabalhadores e trabalhadoras neste momento de descontrole da pandemia do novo coronavírus no Brasil. Demissões que, inclusive, ferem estabilidades garantidas em legislação e convenção coletiva/ACT, como, por exemplo, a demissão de gestantes”, disse o secretário de Assuntos Socioeconômicos e representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) nas negociações com o Santander, Mario Raia. “O desrespeito é tamanho que, muitas destas demissões são feitas através de ligações telefônicas e outras atingem a totalidade de departamentos, com a clara finalidade de terceirização das atividades”, completou.

#NãoDemitaMeusPais

Outro banco que descumpriu o compromisso de não demitir durante a pandemia foi o Itaú. Em uma só tacada, o banco demitiu 130 funcionários na área de Veículos, além de outras que ocorram em agências bancárias.

“O banco teve lucro líquido de R$ 28 bilhões no ano o passado e nos seis primeiros meses de 2020, mesmo com a pandemia, lucrou R$ 8 bilhões. Mas, ao mesmo tempo que desenvolveu campanha publicitária para mostrar seu lado humano, demite funcionários durante a maior crise sanitária vivida pelo país nos últimos 100 anos. Tamanha incoerência não pode ficar oculta. Numa hora dessa, o banco precisa mostrar sua responsabilidade com as pessoas, com o país,” afirmou Jair Alves, coordenador da Comissão de Organização de Empresa (COE) do Itaú.

Futuro pra quem?

O Bradesco completa a lista dos três maiores bancos privados do país que descumpriram o compromisso de não demitir durante a pandemia. Em pleno período de pandemia o banco demitiu 427 funcionários.

Nesta terça-feira (13), os bancários promoveram um tuitaço contra as demissões com as hashtags #BradescoNãoDemita #BradescoPenseNoFuturo, em alusão à campanha publicitária na qual o banco convida quem a vê a “experimentar o futuro com o banco”.

“Eles fazem campanha falando que estão se preparando para o futuro, mas se esquecem de pensar no futuro das famílias que estão desabrigando neste momento”, finalizou a coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Bradesco.

Mercantil

Além dos três maiores privados, o Banco Mercantil do Brasil (BMB) também descumpre compromisso assumido em negociação de não demitir durante a pandemia. O banco anunciou o fechamento das plataformas de serviços em Salvador, Brasília e Recife e demitiu funcionários, gerando protestos da categoria, que usaram a hashtag #MercantilSemCompromisso.

Fonte: Contraf-CUT

Não bastassem as demissões que estão ocorrendo no Itaú, o banco está dobrando as metas exigidas dos trabalhadores pelo programa AGIR, ligado à remuneração variável dos funcionários, com uma série de itens de vendas e atendimento a serem cumpridos. Tudo isso em plena pandemia de coronavírus (Covid-19), momento em que a comercialização de produtos bancários está muito mais difícil.

O crédito consignado é um exemplo: em outubro a meta do produto pelo Agir veio 30% maior do que em setembro e, após o governo divulgar o aumento na margem de consignado INSS de 30% para 35%, a meta do consignado aumentou mais 30%. As exigências do Agir incluem também itens como tempo de atendimento ao cliente, contratação de crédito, abertura de contas, venda de plano de capitalização, entre outros. E vários desses pontos tiveram suas metas ampliadas sem levar em conta o momento atípico pelo qual o país está passando por conta da pandemia de coronavírus.

“O Itaú precisa levar em consideração que estamos enfrentando uma crise sanitária e econômica sem precedentes nas últimas décadas, que o desemprego no país está ainda maior, e que poucas pessoas estão dispostas a contratar produtos bancários”, ponderou Jair Alves, coordenador da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú.

“Além disso, as próprias condições de funcionamento das agências dificultam o alcance das metas: as unidades estão funcionando em horários reduzidos, muitos bancários estão afastados por serem do grupo de risco, e muitos clientes não estão indo às agências, nem dispostos a atender os bancários por telefone. Tudo isso, somado ao medo das demissões promovidas pelo Itaú em plena pandemia, tem deixado os trabalhadores sobrecarregados, estressados e adoecendo”, denunciou o dirigente.

A COE Itaú cobra do banco a revisão das metas do Agir, que estão ultrapassando os 1.200 pontos. “As metas abusivas sempre foram um problema no setor financeiro, e o Sindicato sempre atuou tentando combater o problema. Mas agora o Itaú está passando dos limites. Exigir o cumprimento de 150% das metas nessas condições totalmente adversas, e com o banco alegando baixa performance para demitir é desumano. Vamos continuar cobrando que isso seja revisto”, finalizou Jair Alves.

Campanha #QuemLucraNãoDemite

Hoje, quinta-feira (15), é o Dia Nacional de Luta Contra as Demissões nos Bancos. A ação faz parte da campanha que será feita por sindicatos de bancárixs de todo o Brasil. O tuitaço de hoje será às 16h e quem participar deve usar as imagens e as frases nas suas contas do Twitter com a hashtag #QuemLucraNãoDemite.

A campanha é contra as demissões que estão sendo promovidas pelos bancos Bradesco, Itaú, Mercantil e Santander, em desrespeito ao compromisso que estas instituições assumiram entre março e abril de que não promoveriam demissões durante a pandemia.

Fonte: Contraf-CUT

O banco Santander não estava pagando aos demitidos em setembro o abono único de R$ 2 mil previsto na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) dos bancários recém aprovada. A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), por meio da Comissão de Organização dos Empregados (COE) cobrou do banco o cumprimento da CCT e o banco pagará aos trabalhadores o que lhes é devido. Com isso, os bancários demitidos entre 4 e 30 de setembro deste ano receberão o abono único, previsto na CCT da categoria. Os desligados não precisam acionar o banco – o pagamento será automático nos próximos dias.

“A CCT 2020-2022 é clara: determina o pagamento do abono único no valor de R$ 2 mil a todos os bancários que estavam ativos até 31 de agosto deste ano. E o prazo para que os bancos efetuassem esse crédito era até 30 de setembro. Portanto, os desligados do Santander em setembro devem receber esse valor imediatamente”, explicou a coordenadora da COE, Lucimara Malaquias.

Mais desrespeito

Lucimara lembra também que o Santander foi o primeiro dos grandes bancos a descumprir o compromisso assumido em março de não demitir durante a pandemia, deixando milhares de pais e mães de família sem emprego em plena crise sanitária, mesmo tendo apresentado lucro. “Seria mais absurdo ainda que, além de demitir, o banco ainda deixasse de pagar os direitos devidos a esses trabalhadores, prejudicando-os ainda mais”, criticou a dirigente.

Diante de denúncias de bancários, a COE enviou ofício ao banco, no início de outubro, cobrando o cumprimento do acordo. “A CCT é clara na definição do critério de pagamento do abono, e ao banco só cabe o cumprimento”, destacou Lucimara, acrescentando que a atuação do movimento sindical na defesa dos direitos da categoria só é possível com a parceria dos trabalhadores. “Os bancários devem continuar procurando seus sindicatos para denunciar qualquer irregularidade. É essa proximidade dos trabalhadores com a entidade que fortalece nossa categoria”, disse.

Lucimara lembrou, porém, que sobre o valor do abono há incidência do Imposto de Renda.

Relembre

A Campanha Nacional dos Bancários 2020 conquistou um acordo de dois anos (2020-2022) que, além de manter todos os direitos da CCT da categoria, determinou para este ano: reajuste de 1,5% sobre salários, mais abono único de R$ 2 mil a todos os bancários; e ainda reposição da inflação para demais verbas como VA, VR, auxílio-creche/babá e valores fixos e tetos da PLR. E para 2021: reposição da inflação mais aumento real de 0,5% sobre salários e demais verbas.

Fonte: Contraf-CUT

Na manhã desta quinta-feira (15), o Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense esteve em diversas agências bancárias de sua base, para protestar e denunciar a postura infeliz dos grandes bancos, em plena pandemia.
 
Foi parte das manifestações pelo Dia Nacional de Luta contra as demissões nos bancos, que ocorre em todo o Brasil.
 
Confira as fotos em nossas redes sociais.

O Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense inicia uma campanha de sindicalização e recadastramento de bancárias e bancários de sua base de atuação.

Quem se associar ou se recadastrar até o dia 10 de dezembro de 2020,  estará concorrendo a diversos prêmios. 

Porque o recadastramento é necessário? Primeiro, para a atualização dos dados cadastrais. Depois, porque muitas vezes o bancário passa por um período fora da base territorial do sindicato (seja por um afastamento temporário, seja por uma transferência de local), achando que ainda está sindicalizado, mas não está. 

Nos momentos mais difíceis que vemos a importância de ser sindicalizado. E, nesta pandemia, onde diversas categorias tiveram perdas, o movimento sindical bancário, mostrou sua força, mais uma vez: reintegrações, negociação com os bancos onde direitos históricos foram garantidos, apoio aos bancários, reversões de justa causa, convênios novos, atendimentos personalizados, entre outras coisas.

É preciso fortalecer o sindicato porque os bancos, que estão lucrando na crise, querem lucrar ainda mais com as demissões de trabalhadores e fechamento de agências. Esse momento também está levando os trabalhadores a perdas incalculáveis nos seus direitos. E quem luta por eles é o seu sindicato. Fortalecer o sindicato é um ato de legítima defesa, pois os Sindicatos são fundamentais na vida dos trabalhadores. 

É importante ressaltar que os direitos que bancárias e bancários tem hoje, não vieram da noite para o dia e nem de graça. São frutos da mobilização e luta dos trabalhadores. 

O Sindicato sempre estará lutando para que haja mais direitos para a categoria, para os trabalhadores e para a sociedade. 

Como se sindicalizar e recadastrar

Procure o(a) diretor(a) que visita a sua agência ou compareça na sede do Sindicato em Duque de Caxias, ou na sub-sede, em Nova Iguaçu. 

Como concorrer aos prêmios

Uma vez sindicalizado, ou recadastrado, o funcionário ou funcionária receberá um número para concorrer ao sorteio.

Datas dos sorteios e prêmios

15 de dezembro e terá transmissão pela internet.

Nesta quinta-feira, dia 15 de outubro, bancárias e bancários de todo o Brasil realizarão o Dia Nacional de Luta contra as Demissões nos bancos. 

O Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense percorrerá agências para denunciar a postura infeliz dos bancos.   

Mesmo ferindo estabilidades garantidas em legislação e convenção coletiva/ACT como, por exemplo, a demissão de bancárias gestantes, os bancos Bradesco, Itaú e Santander vem, sistematicamente, demitindo trabalhadores e trabalhadoras neste momento de descontrole da pandemia do novo coronavírus no Brasil.

Muitas destas demissões são feitas através de ligações telefônicas e outras atingem a totalidade de departamentos, com a clara finalidade de terceirização das atividades.

Após o debate realizado pelas Comissões de Empresas destes bancos, foi instituído o Dia Nacional de Luta, que tem como mote a “Defesa do Emprego e Contra as Demissões”.

A participação de todos os sindicatos que compõem da base da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo, de todas suas diretoras e diretores, assim como de bancárias e bancários, é de fundamental importância para os bancos se sensibilizarem e se sentirem pressionados.

Além dos atos, manifestações e protestos presenciais, ocupar as redes sociais é outra maneira eficaz de atingirmos nosso objetivo neste dia de luta: pressão nos bancos e fazer com que clientes e funcionários saibam que postura os bancos estão tendo nestes tempos de pandemia.

Participem!

Fonte: Fetraf RJ/ES

Nota da coluna de Ancelmo Gois, veiculada na edição de 12 de outubro do jornal O Globo, repercutiu a desistência do consórcio formado pela americana International Game Technology (IGT) e pela inglesa Scientific Games International (SGI) em seguir com a operação da Loteria Instantânea Exclusiva (Lotex), depois de vencer, em outubro de 2019, a concessão do negócio.
O colunista apresentou como principal justificativa das multinacionais, para pular fora da Lotex, a inexistência de um acordo que obrigasse a Caixa Econômica Federal a ceder a rede lotérica espalhada pelo país, para que assim pudessem vender os bilhetes. Na época, aliás, o BNDES impediu que a Caixa participasse do leilão.

O edital de concessão da Lotex previa que o consórcio poderia fazer acordo de parcerias, até mesmo com a própria Caixa, embora o banco não tivesse qualquer obrigação de fechar uma negociação de caráter draconiano. “Se assim ocorresse, seria o fim das loterias”, alerta Sérgio Takemoto, secretário de Finanças da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae).

Ele define a situação como insana e completa: “A Caixa deveria estar no negócio e não ajudar o concorrente privado a vender os bilhetes na rede que opera. Seria acelerar a morte das próprias loterias. O acordo era vantajoso apenas para as empresas multinacionais. No lugar de gastar dinheiro para formar uma rede para comercializar os jogos, a alternativa proposta era o uso do balcão da Caixa para lucrar. Não bastasse tudo isso, a Caixa ainda cederia um espaço em que o próprio banco, o único 100% público do país, poderia arrecadar recursos a serem repassados aos programas sociais do Estado brasileiro”.

Sérgio Takemoto diz que a desistência das empresas abre a possibilidade para a concessão da Lotex retornar ao portfólio da Caixa, que opera com loterias desde a década de 1960. “Os recursos arrecadados pelas loterias da Caixa são fonte importante para o desenvolvimento social do país. No caso da Lotex, por exemplo, cerca de 40% do arrecadado eram destinados a programas sociais nas áreas de seguridade social, esporte, cultura, segurança pública, educação e saúde”, analisa.

Essa situação mostra, com clareza, que a política de privatizações do atual governo não está baseada em justificativas plausíveis. A esse respeito, o presidente da Fenae faz um alerta: “Se a empresa privada precisa da rede lotérica e usa isso como alegação para quebrar o contrato, por que a própria Caixa não faz a operação? O banco é o único que possui expertise, capacidade técnica e a rede lotérica para operar”. Ele afirma que não dá para aceitar que um consórcio estrangeiro faça chantagem por desejar usar uma estrutura pronta sem fazer investimentos. “Taí, portanto, o exemplo do que significa para a sociedade e para a população a privatização de estatais e a entrega do patrimônio público”, denuncia Takemoto.

Fonte: Fenae

 

A presidenta da confederação Nacional dos Trabalhadores no Ramo financeiro, (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, vai fazer uma live nesta quinta-feira (15) no Madruga Bancário. O tema será o Dia Nacional de Luta Contra as Demissões nos Bancos, que acontecerá na mesma quinta. A participação será a partir das 20h (@madruga bancário).

Madruga Bancário é um perfil no Instagram com 55 mil seguidores, que chama a atenção por brincar com o cotidiano dos bancários no ambiente de trabalho. Entre os temas abordados estão as metas altíssimas, situações hilárias com clientes e até mesmo na virada do mês quando cai o VR. Agora, as demissões entram no foco do Madruga.

O Dia Nacional de Luta Contra as Demissões dos Bancos é uma denúncia sobre a quebra de compromisso das instituições bancárias de não demitir durante a pandemia do Covid 19. O compromisso foi firmado com o movimento sindical bancário no primeiro semestre deste ano, logo no início da pandemia.

A pandemia não acabou, mas o Santander demitiu mais de mil bancárixs em 2020. Outras 400 demissões foram feitas pelo Itaú e o Bradesco se nega a cancelar as 427 demissões realizadas até o momento. O Banco Mercantil do Brasil demitiu 18 bancárixs somente em setembro. Desde o início do mês estão sendo realizadas manifestações de protestos em frente a agências bancárias, tuitaços para denunciar à população a quebra de comisso dos bancos e outras ações nas redes sociais.

Fonte: Contraf-CUT

Os resultados das negociações salariais “vêm provando certo poder de resistência” dos trabalhadores em meio a uma situação econômica grave, analisa o Dieese. O instituto analisou dados divulgados pelo Ministério da Economia, que mostra a maioria das campanhas com reajustes iguais ou superiores à variação acumulada do INPC-IBGE.

Segundo as informações disponíveis, aproximadamente 43% das negociações resultaram em aumento real (acima da inflação) e 29% corresponderam à variação do INPC. As demais 28% tiveram perdas. A pesquisa inclui 4.938 reajustes salariais, com categorias que têm data-base de janeiro até agosto. Na média do ano, a variação é ligeiramente negativa: -0,07%.

O melhor resultado foi registrado em junho, com 53% dos reajustes acima da inflação e só 14% abaixo. O pior foi em janeiro: ganhos reais em 30% e perdas em 36% dos acordos.

Cresceu o número de categorias sem reajuste. Até agosto, foram 373 – 8,4% do total. Em igual período de 2019, eram 33 (0,4%). “Apesar das perdas causadas pelos reajustes de 0%, na média, as categorias que alcançaram reajustes em 2020 conseguiram repor a inflação, resultado importante, levando em conta o cenário complicado do ano”, diz o Dieese.

Incertezas

O instituto aponta ainda dificuldades adicionais na sequência das campanhas salariais. “O aumento da inflação nos últimos meses, captado pelo IBGE, e também pela Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos do Dieese, traz incertezas para as negociações de fim de ano. A situação fica mais imprevisível ainda por causa da situação econômica do país.”

Confira aqui na íntegra a análise do Dieese sobre negociações salariais.

Fonte: Rede Brasil Atual