Maio 01, 2025
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Imprensa

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Sindicatos de todo o Brasil realizam assembleias virtuais entre às 15h desta quarta-feira (21) e às 18h de quinta-feira (22) para decidir sobre a proposta renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) por dois anos negociada entre a Comissão de Organização dos Financiários e a Federação Interestadual das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Fenacrefi).

A Comissão de Organização dos Financiários orienta pela aprovação dos termos que preveem, para 2020, 1,13% de reajuste nos salários e nos salários de ingresso (que corresponde a 55% do INPC do período), abono de R$ 1.000,00 e reajuste de todos os benefícios com o índice integral do INPC, isto é, correção de 2,05%. Já para 2021, reajuste nos salários, inclusive os de ingresso, pelo INPC integral do período, acumulado no período de 1º de junho de 2020 a 31 de maio de 2021.

Sobre a Participação dos Lucros e Resultados (PLR), a proposta para 2020 é de manutenção, na íntegra, das regras já estabelecidas na PLR-CCT vencida. Aplicando sobre os valores fixos e teto o valor integral do INPC para 2020. Para 2021, será criado um grupo de trabalho para discutir eventuais alterações no modelo atual de PLR.

“Esta proposta deve ser considerado uma vitória, pois conquistamos nosso objetivo de manter a Convenção Coletiva intacta, sem qualquer perda de direitos. Por isso, é fundamental a participação dos financeiros nas assembleias do seu sindicato”, afirmou Jair Alves, coordenador da Comissão de Organização dos Financiários.

Fonte: Contraf-CUT

O secretário de Combate ao Racismo da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Almir Aguiar, participa nesta quarta-feira (21), às 16h, do “Diálogos Sobre o Trabalho Seguro II – Cenário pós-pandemia”, organizado pelo Tribunal Regional do Trabalho da Primeira Região do Rio de Janeiro.

A ideia é aprofundar o diálogo com a sociedade em temas que demandam necessário enfrentamento visando um mundo do trabalho mais saudável.

O debate será mediado pela doutora Barbara Ferrito, juíza do Trabalho 1ª Região, e contará com a participação de Wallace de Almeida Corbo, professor Fundação Getúlio Vargas.

Para assistir ao evento, entre no canal do TRT RJ no Youtube.

Fonte: Contraf-CUT

Durante todo este mês, inúmeras entidades e movimentos sociais chamaram a atenção da sociedade sobre o Outubro Rosa, uma campanha anual realizada mundialmente para alertar sobre a importância de se fazer o diagnóstico precoce do câncer de mama. O objetivo é divulgar ao máximo as informações e destacar a importância se de lutar pelo direito à saúde, por atendimento médico e o suporte emocional.

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) participa dessa campanha para encorajar mulheres a realizarem seus exames preventivos. A informação é fundamental para a prevenção. Também é importante que as mulheres façam o autoexame, para detectar possíveis alterações na mama. A secretária da Mulher da Contraf-CUT, Elaine Cutis, destaca a importância do autoexame. “A conscientização das pessoas e os cuidados para a prevenção podem salvar vidas”, ressalta Elaine. A recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) é a realização da mamografia de rastreamento (quando não há sinais nem sintomas) em mulheres de 50 a 69 anos, uma vez a cada dois anos.

Cura

A prevenção aumenta muito as chances de cura e 95% dos casos identificados em estágio inicial têm possibilidade de cura. Daí a importância da mamografia, o principal método para o rastreamento da doença. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer, o câncer de mama é o que mais causa morte entre mulheres no país. A OMS constsata que é o quinto câncer que mais mata no mundo, vitimando anualmente mais de 600 mil mulheres.

A Organização Pan americana de Saúde destaca que, nas Américas, o câncer de mama é o mais comum entre as mulheres, sendo a segunda principal causa de morte entre esse público. Dados do Instituto Nacional de Câncer estimam neste ano o registro de mais de 60 mil casos de câncer de mama no Brasil.

Como nasceu o Outubro Rosa

O Outubro Rosa nasceu nos Estados Unidos, na década de 1990, para estimular a participação da população no controle do câncer de mama. A data é celebrada anualmente com o objetivo de compartilhar informações sobre o câncer de mama e promover a conscientização sobre a importância da detecção precoce da doença. No Brasil, a primeira iniciativa marcante ocorreu em São Paulo, no dia 2 de outubro de 2002, quando o Obelisco do Ibirapuera foi iluminado com a cor rosa.

A partir de então, a campanha cresceu por todo o país. Dados do Ministério da Saúde mostram que o sucesso da campanha Outubro Rosa é tão grande que aumentou em 37% o número de mamografias realizadas no país.

Fonte: Contraf-CUT

Tanto na Baixada Fluminense, quanto nas demais regiões do país, o Banco Bradesco vem desrespeitando o compromisso de não-demissão, firmado com o movimento sindical, durante a pandemia. Os desligamentos vem ocorrendo desde o início do mês de outubro.

Nesta terça-feira (20), por exemplo, diversos bancários estão procurando e comparecendo em nossa sede (Duque de Caxias) e sub-sede (Nova Iguaçu), para informar sobre suas demissões, e receberem os devidos atendimentos.

IMPORTANTE: ao serem comunicados de suas demissões, PROCURE IMEDIATAMENTE o Sindicato.

É absurda e inadmissível a postura do banco que, ao contrário de outros setores da economia, obteve lucro mesmo na pandemia. Colocando bancárias e bancários entre os milhões de brasileiros sem trabalho durante a combinação de uma crise sanitária com uma econômica.

O Bradesco, que diz e faz propaganda que é o banco do futuro, demite seus funcionários quando eles mais precisam, ou seja, quando estão mais perto de suas aposentadorias.
Que funcionário ingressa no banco, sabendo que será demitido?

QUEM LUCRA NÃO DEMITE!

A empresa BRPec, ligada ao banco BTG Pactual, é a maior desmatadora do Pantanal. Em 2018, ela foi multada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em R$ 57.999.500. Foi a maior multa já registrada por devastação da vegetação do bioma pantaneiro.

O ranking das maiores autuações na região, que foi divulgado nesta terça-feira (20), faz parte de matéria de Leonardo Fuhrmann, na série de De Olho no Desmatamento, do site De Olho nos Ruralistas. Foram computadas infrações ambientais desde 1995.

As multas por devastação da flora são calculadas pelo Ibama com base na área desmatada. Com sede em Corumbá, no Mato Grosso do Sul, a BRPec foi a única a ser autuada em mais de 50 milhões por danos ambientais no Pantanal. Em segundo lugar, na mesma cidade, aparece a mineradora MMX, do empresário Eike Batista, multada em R$ 15,2 milhões.

A atividade principal da BRPec é a produção de gado para corte. Ela tem entre os sócios Marcelo Del Nero Fiorellini e Antonio Carlos Canto Porto Filho, que ocupam cargos no conselho de administração do BTG. Considerado o maior banco de investimentos do país, o BTG Pactual tem entre os seus fundadores o ministro da Economia, Paulo Guedes.

Atualmente, o banco é presidido por André Esteves, um dos dez maiores bilionários brasileiros, segundo a revista Forbes. Em 2014, ele doou R$ 300 mil para a campanha a deputada federal de Tereza Cristina (DEM-MS), atual ministra da Agricultura do governo Bolsonaro.

Em nota, o BTG afirmou, “que a BRPec é uma empresa controlada por um fundo gerido pelo banco e pratica as melhores e mais modernas técnicas de manejo sustentável de suas fazendas, com o objetivo de manter o equilíbrio e o manejo correto das pastagens, dos rebanhos e dos recursos naturais”.

Confira a íntegra da matéria

Fonte: Rede Brasil Atual

Seis em cada 10 trabalhadores brasileiros têm medo de perder o emprego nos próximos 12 meses, segundo pesquisa realizada pelo Instituto Ipsos a pedido do Fórum Econômico Mundial (FEM). O Brasil está entre os dez países que têm a maior proporção de empregados com este temor.

O levantamento mostra que a Rússia possui mais trabalhadores com medo do desemprego (75%), seguida pela Espanha (73%). Em nono, o Brasil possui 63%. Entretanto, os brasileiros possuem um nível alto de preocupação, e 32% se disseram muito preocupados com a ameaça de demissão.

Fausto Augusto Junior, diretor técnico do Dieese, afirma que o medo dos brasileiros de perder o emprego está vinculado à estruturação do mercado de trabalho. “Os países como Brasil e Rússia, que possuem um mercado desestruturado, levam um receio muito grande para seus trabalhadores em relação à perda do emprego”, explicou, em participação no Jornal Brasil Atual.

No Brasil, a elevada taxa de desocupação tem aumentado ainda mais desde o início da pandemia. Na penúltima semana de setembro, o Brasil atingiu a marca de 14 milhões de brasileiros sem emprego, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Automação do emprego

Segundo o especialista do Dieese, o baixo crescimento que já existia mesmo antes da pandemia é um fator importante para explicar o aumento do desemprego, mas os trabalhadores formais também começam a perder espaço com o avanço da tecnologia e automação da mão de obra, processo que pode ter se acelerado nos último meses.

“Existe a tecnologia chegando e substituindo a mão de obra dos trabalhadores formais e uma alta vulnerabilidade no setor informal. Tudo isso diante de uma desaceleração econômica com ampliação da taxa de desemprego, o que não permite às pessoas entrarem no mercado de trabalho. Elas passam a viver uma instabilidade grande”, explica o diretor técnico do Dieese.

A pesquisa mostra ainda que o temor pelo desemprego é em parte superado pela expectativa de requalificação profissional, promovida pelo próprio empregador, para atender às novas demandas. No Brasil, 79% dos trabalhadores disseram estar confiantes com a possível requalificação no trabalho.

Fausta acredita que a requalificação é importante, porém, é insuficiente diante do quadro atual. “A qualificação profissional sempre foi vendida como um mecanismo para o trabalhador se reintegrar ao mercado, mas não vemos isso. As pessoas que estão na base da pirâmide estão voltando em condições de maior vulnerabilidade e menos renda”, apontou.

Fonte: Rede Brasil Atual

O Tribunal Superior do Trabalho recebeu 313.837 processos de janeiro a setembro, 19,3% a mais do que em igual período de 2019. As ações julgadas somaram 251.845, crescimento de 8%. Os dados são da edição mais recente do Relatório de Movimentação Processual, divulgado pelo TST.

Do total recebido, 276.687 são casos novos. Há ainda 36.590 recursos internos e 560 retornos para nova decisão. Dos julgados, a maioria (152.571) foi em decisões monocráticas (individuais). Os demais 98.914, em sessões.

Estoque maior, tempo menor

Já o total de processos pendentes de julgamento aumentou 50,7% em relação ao ano passado. Assim o acervo de ações na principal Corte trabalhista cresceu 16,7%, para 495.252 em setembro.

Por sua vez, o tempo médio de julgamento caiu 1,3%, para 234 dias. Esse prazo fica abaixo de uma das metas previstas pelo planejamento estratégico do TST, que é de 320 dias.

Principais devedores

Os principais temas dos processos são horas extras (35.295), tomador de serviços/terceirização (29.936), negativa de prestação jurisdicional (29.773), valor da execução/cálculo/correção (25.173) e honorários advocatícios (24.991). Entre os “top 10 litigantes”, os que têm maior número de ações, estão Petrobras (8.064 ações), União (7.395), Banco do Brasil (6.249), Bradesco (5.868), Correios (5.715) e Caixa Econômica Federal (4.621).

A lista se completa com Estado do Rio de Janeiro (4.358), Itaú (4.103), Santander (3.276) e Telefônica (3.273). Em relação a dezembro do ano passado, o total de processos trabalhistas envolvendo esses 10 caiu 18,2%.

Em relação à origem dos casos novos, a maior parcela vem do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 2ª Região, que abrange a Grande São Paulo e a Baixada Santista: 45.678. Logo depois, está o TRT da 15ª Região, no interior paulista, com 44.582. Em seguida, vêm a 1ª (Rio de Janeiro), com 33.366, e a 3ª (Minas Gerais), com 32.139. O menor número de novas ações – 1.573 – tem como origem a 19ª Região, em Alagoas.

Fonte: Rede Brasil Atual

A forma como recursos públicos são investidos muda a vida de uma cidade. Assim como a qualidade de vida das pessoas que nela habitam. Desta forma, debater um Plano de Reconstrução e Transformação do Brasil tem de ter as cidades como tema central. Essa tarefa, em seminário realizado nesta segunda-feira (19), pela Fundação Perseu Abramo (FPA) e pelo PT, ficou a cargo da socióloga Inês da Silva Magalhães, ex-ministra das Cidades (2016) e do advogado, ex-prefeito de São Paulo (2013 a 2016), ex-ministro da Educação (2005 a 2012), Fernando Haddad.

Inês lembrou avanços importantes na gestão de Haddad à frente da maior cidade do Brasil. E destacou a importância de ações colaborativas entre estados, municípios e o governo federal. “Ações coordenadas e articuladas são o pano de fundo necessário para construir a agenda do século 21”, avalia, sendo essa uma das lições que podem ser tiradas em tempos de coronavírus. “Luz especial no tema da inovação, a conectividade. A pandemia colocou o acesso ao wi-fi na agenda do dia”, destacou. Para a ex-ministra, as cidades do século 21 precisam de programas e projetos não só para dar conta de temas tradicionais. “É necessário melhorar a qualidade do acesso aos serviços para os mais pobres.”

Os debates conduzidos em torno do tema cidades reforçam, ainda, a necessidade de medidas emergenciais. “O tema da retomada das obras de PAC e a contratação das obras de habitação para baixa renda, a retomada do programa de urbanização de favelas”, exemplificou a socióloga. “É inconcebível que um país como o Brasil abandone essa agenda. O Minha Casa Minha Vida inaugurou um programa de habitação para uma parcela da população que não é bancarizada. Em um país com 14 milhões de desempregados, não é razoável que toda ação seja feita via tomada de crédito bancário.”

Maior e mais complexo

Haddad fez coro à complexidade do tema. “Manchas urbanas são cada vez maiores. Temos 22 milhões de habitantes na Região Metropolitana de São Paulo que responde por quase 20% do PIB nacional”, afirmou o ex-prefeito. “A cada R$ 5 produzidos no Brasil inteiro, R$ 1 é produzido na Região Metropolitana de São Paulo”, disse, ressaltando a importância de seus moradores viverem de maneira a poderem aumentar sua produtividade e a qualidade de vida. “E temos de pensar em escala nacional. A Região Metropolitana de São Paulo não fica muito na frente do Rio, Salvador, Recife, Fortaleza. São manchas urbanas com milhões de habitantes.”

Quanto maior a cidade, mais difícil estabelecer políticas públicas que promovam qualidade de vida no curto prazo. Haddad usou como exemplo a chegada das universidades em cidades médias de todo o Brasil durante os governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. As oportunidades aumentam, livrarias, vida cultural, bares, restaurantes, novos moradores, explicou. “Foram centenas de cidades médias que receberam recursos do governo federal na saúde, educação, no combate à fome com o Bolsa Família. Um conjunto de realizações que explica o sucesso do PT. Essas cidades responderam (na eleição de 2018) ao apelo de manter o projeto petista em função dessas transformações.”

Crise e recuperação

Assim, para Haddad, um plano de reconstrução e transformação do Brasil precisa levar em conta como acelerar o tempo de impacto das políticas públicas nacionais nas grandes cidades. “Encontramos uma equação depois de 2013 que começou a viabilizar a produção de moradia barata na cidade de São Paulo”, lembrou. “Mas poucas coisas tiveram a escala necessária para impactar a qualidade de vida no curto prazo. Difícil mudar uma metrópole no curto prazo.”

As formas de aceleração, avalia, são complexas. “Podemos aproveitar a crise para fazer uma engenharia com investimentos públicos que tenham impacto de curto prazo na ida das pessoas. Um plano de recuperação para os 40 milhões que moram em regiões metropolitanas e a necessidade de geração de oportunidades no pós pandemia.”

Melhores quadros

Haddad destacou que o PT tem os melhores quadros pra pensar o urbanismo brasileiro. “A esquerda sempre pensou muito as cidades. A literatura progressista sobre cidades é adotada inclusive por prefeitos conservadores. O que significa dizer que tem a qualidade reconhecida por quem é inteligente, mas está do outro lado do ponto de vista da macroeconomia.”

Inês manifestou sua preocupação diante do que vem por aí, com a aprovação de leis, como a que permite a privatização da água. Para ela, uma política que estimula a privatização não permitirá avanços nas áreas de saneamento. “A paralisação das obras vai trazer um passivo que prejudicará e tornará mais cara a retomada das obras.”

Para ela, do ponto de vista mais estrutural, é importante adotar ações que viabilizem um novo padrão de produção das cidades. “Um modelo mais justo, mais sustentável, com áreas de criação de novos centros. Alterar a matriz do transporte público, aumentar o financiamento em transporte de alta capacidade. Também retomar e fazer parcerias com os municípios responsáveis pela política urbana, de forma que pratiquem justiça tributaria, com IPTU progressivo para imóveis vazios, política de Zonas Especiais de Interesse Social. Um padrão de reprodução das cidades que não seja aumentar o perímetro urbano”, elencou.

“As cidades do século 21 têm de ser pensadas de forma que o desenvolvimento urbano esteja conectado com a agricultura urbana, para fornecer o alimento da merenda, por exemplo, via agricultura familiar e agroecológica. Nossa plataforma de cidades sustentáveis engloba coisas que já foram implementadas e incentivadas pelos governos petistas.”

Fonte: Rede Brasil Atual

O início da Campanha Nacional Contra as Demissões nos Bancos Privados começou nesta quinta-feira (15) com protestos e repercussões na mídia e nas redes sociais. Reportagens, protestos digitais e entrevistas marcaram a ação do movimento sindical bancário. Às 16h, houve o tuitaço com a hashtag #QuemLucraNãoDemite, que movimentou tanto a categoria bancária como a população em todo o país.

No início da noite, a TVT fez reportagem sobre a campanha. O repórter Jô Miyagui, autor da reportagem, informou que os três maiores bancos privados, Itaú, Bradesco e Santander tiveram juntos um lucro de R$ 21,7 bilhões no primeiro semestre deste ano. As demissões, de acordo com a reportagem, atingiram 2.600 trabalhadores.

“Não adianta os bancos privados fazerem marketing para a população, para dizer que eles têm um comportamento bom, que têm linha de crédito social. O marketing mais importante é garantir os empregos. É o gesto que a sociedade precisa nesse momento. É o melhor marketing nesse momento. Empresa que lucra não pode demitir”, disse a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira.

Além dos três grandes bancos, outras instituições financeiras também descumpriram o acordo do começo do ano. “Também têm bancos pequenos como o Carrefour, o Banco Original, o C6 e outros bancos pequenos que começaram também. A gente resolveu fazer uma campanha unificada, contra todos os bancos do sistema financeiro, expondo para a sociedade que é uma covardia demitir na pandemia”, afirmou a secretária geral do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Neiva Ribeiro.

Para ver a reportagem da TVT, clique aqui.

Madruga Bancário

Após a reportagem da TVT, a campanha contra as demissões também foi pauta da live no Madruga Bancário, perfil do Instagram (@madrugabancário) bastante popular entre a categoria bancária. Em um bate papo com o Madruga, Juvandia explicou como surgiu o acordo para não demitir durante a pandemia, firmado com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), no primeiro semestre de 2020. “Cobramos equipamento e também a suspensão das demissões porque mais importante era garantir o emprego. O desemprego já estava alto. Cobramos e os grandes bancos se comprometeram. Eles falaram que era um compromisso de mesa e que não queriam se comprometer com data. Mas, o acordo era de não demitir na pandemia. A pandemia não acabou e o compromisso está colocado”, relatou a presidenta da Contraf-CUT.

Além do rompimento do acordo, Juvandia também destacou na conversa com o Madruga Bancário os danos para a economia que representam as demissões. “É uma irresponsabilidade social. Quanto mais gente empregada, mais elas vão ter recursos para fazer a economia girar. Isso é importante para o país. Você vê que o auxílio emergencial foi fundamental nesse momento de crise. Se não fosse isso, estaríamos em uma situação muito pior. Quando as pessoas têm menos renda, o governo arrecada menos também. Se todas as empresas começarem a demitir, a economia vai encolher cada vez mais”, alertou a presidenta da Contraf-CUT.

Leia mais:

Bancários protestam contra demissões

Fonte: Contraf-CUT

O Brasil chegou, na última semana de setembro, a 14,013 milhões de desempregados, de acordo com o acompanhamento semanal, pela Pnad Covid19, feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgado nesta sexta-feira (16). No início da pandemia, na primeira semana de maio, esse número era de 9,817 milhões. Em setembro, a taxa média de desemprego saltou praticamente quatro pontos percentuais, de 10,5% para 14,4%.

É nessa conjuntura que os bancos privados iniciaram demissões, em total desrespeito ao acordo firmado na mesa de negociações com o movimento sindical bancário, de não demitir durante a pandemia. Nesse período, foram 2.600 demissões na categoria. Os três maiores bancos, Itaú, Bradesco e Santander, demitiram 2.130. Ao contrário de outros setores da economia, esses mesmos bancos tiveram, no primeiro semestre, lucro de R$ 21,7 bilhões, mas, mesmo assim, recorreu às demissões para aumentar ainda mais suas rentabilidades.

Os bancos não vacilam em colocar bancários entre os milhões de brasileiros sem trabalho durante a combinação de uma crise sanitária com uma econômica. Além dos 14 milhões de desempregados identificados no final de setembro pelo IBGE, a população fora da força de trabalho é bem maior e soma 73,390 milhões. São pessoas que não estavam trabalhando nem procurando serviço. Em maio, eram 76,176 milhões.

Responsabilidade social é um princípio que os bancos ignoram, apesar de gastarem este ano mais de R$ 1,2 bilhão em publicidade, para melhorar a imagem frente à população. São empresas que lucram durante a pandemia e demitem milhares de trabalhadores. Por causa disso é que nesta quinta-feira (15) foi feito um protesto digital contra as demissões nos bancos. Milhares tuitaram a hashtag #QuemLucraNãoDemite. O protesto faz parte da campanha nacional contra as demissões que a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramos Financeiro (Contraf-CUT) e o movimento sindical bancário estão realizando.

Fonte: Contraf-CUT