Maio 14, 2025
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Os protestos em agências do Banco Santander, que começaram na última terça-feira, 26 de julho, seguiram nesta quarta-feira (27).

Os atos são contra a extensão do horário de atendimento gerencial e, também, contra todo o processo de reestruturação promovido pelo banco, com a extinção dos cargos de gerentes de atendimento, demissões e terceirizações de diversos setores.

O Santander vem promovendo há anos uma reestruturação com demissões, falta de contratação de funcionários, terceirizações de setores inteiros, automatização de funções, extinção do cargo de gerente de atendimento (o que levou à sobrecarga dos gerentes de negócios e serviços), ampliação do horário de atendimento gerencial das 9h às 17h.

No boletim Sindical Santander, que foi distribuído aos funcionários e à população em geral durante as atividades, o movimento sindical ressalta que a ampliação do horário afetará mais as agências periféricas, onde há maior volume de atendimento de clientes, e que, como muitos problemas levam mais de uma hora para serem solucionados, o expediente pode ir até depois das 17h.

Publicamente o Santander alega buscar proximidade com os clientes. “Mas, na prática, o banco está empurrando as pessoas para o atendimento digital e cortando postos de trabalho que poderiam melhorar o atendimento, o que contradiz este discurso”, disse a coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander, Lucimara Malaquias.

Dados do balanço do Santander mostram que, em um ano, a carteira digital do banco cresceu 17%; no mesmo período houve crescimento de 8% de clientes tradicionais. Em cinco anos, do primeiro trimestre de 2016 ao primeiro trimestre de 2022, a média de clientes por funcionário cresceu de 656 para 1.116. No período houve aumento de 166% no número de clientes e redução de 2,1% no número de funcionários.

Foto: Sindicato dos Bancários de Macaé e Região

*Com informações da Contraf-CUT e da Fetraf RJ/ES

O ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP), “vestiu a carapuça” do golpismo do presidente Jair Bolsonaro (PL) contra a democracia e o processo eleitoral. Pelo Twitter, ele atacou nesta terça-feira (26) banqueiros que assinaram um manifesto em defesa da democracia. O documento que causou a ira do ministro é a nova edição da Carta aos Brasileiros, que tem a sua leitura pública prevista para o próximo dia 11 em evento na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo.

Assinam o manifesto expoentes das finanças nacionais, como Roberto Setubal e Pedro Moreira (co-presidentes do Itaú Unibanco). Além destes, Candido Bracher, ex-presidente do Itaú Unibanco, e Fábio Barbosa, CEO da Natura e ex-presidente do Santander, estão entre os signatários.

A nova edição da Carta aos Brasileiros não cita nomes, mas critica “ataques infundados e desacompanhados de provas” em relação ao processo eleitoral, à democracia e ao Estado de direito “tão duramente conquistado pela sociedade brasileira”. E considera “intoleráveis” as ameaças a outros poderes e a setores da sociedade, além da “incitação da violência e a ruptura da ordem constitucional”.

“Presidente Bolsonaro, sabe porque os banqueiros hoje podem assinar cartas inclusive contra o presidente da República, ao invés de se calarem com medo nos congelamentos de câmbio do passado?”, publicou o ministro, apresentando frágeis argumentos para a perda de apoio de integrantes da elite financeira do país. Mais importante, ele deixa transparecer que as ameaças à ruptura da ordem democrática atendem pelo nome de Jair Bolsonaro.

Bancos lucram como nunca

Para justificar o participação dos banqueiros em manifesto “contra o presidente”, Ciro usa o argumento de que as instituições bancárias perderam até R$ 40 bilhões em tarifas, por conta da criação do Pix. “Então, presidente, se o senhor faz alguém perder 40 bilhões por ano para beneficiar os brasileiros, não surpreende que o prejudicado assine manifesto contra o senhor”, escreveu, fazendo referência à modalidade de transferência bancária que não tem cobrança de tarifas.

Porém, Ciro ou comete um erro histórico, ou apenas busca confundir a opinião pública. Ele atribui o Pix ao Banco Central (BC), que antes seria “obediente” aos governos da vez. Já o governo Bolsonaro tornou o BC “independente”. Mas o fato é que a modalidade foi gestada quando Ilan Goldfajn estava à frente do BC, durante o governo de Michel Temer. Os bancos só passaram a adotá-la em definitivo em novembro de 2020.

Além disso, os três maiores bancos privados do Brasil registraram R$ 69,4 bilhões de lucro no ano passado, durante o auge da pandemia no país. Mesmo com PIX sem tarifa, seus lucros cresceram 30% em relação a 2020. As receitas cresceram, inclusive, em função da elevação dos juros e das tarifas bancárias.

Por outro lado, com a “independência” do Banco Central, a autoridade monetária ficou ainda mais atrelada aos interesses do sistema financeiro privado. Desde maio de 2021, o BC aumentou a taxa básica de juros 11 vezes consecutivas, por exemplo.

Atualmente, a taxa Selic está em 13,25% ao ano, maior nível desde o final de 2016, garantindo lucros excepcionais ao sistema financeiro. A desculpa é o combate à inflação, mas como a alta dos preços não tem a ver com a demanda, esse suposto remédio acaba virando um veneno, pois deprime ainda mais a atividade econômica.

Só os juros cobrados das pessoas físicas nas operações com o cartão de crédito chegaram a 349,6% ao ano ao final de 2021, alta de 21,8 pontos percentuais em doze meses – o maior patamar desde agosto de 2017. Nesse sentido, os números contrariam o argumento do ministro, de que os banqueiros estariam agindo por ressentimento, em defesa dos seus próprios interesses.

Fonte: Rede Brasil Atual

A Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ) destacou, em comunicado divulgado nesta terça-feira (26), que a recente decisão do Superior Tribunal de Justiça (STF), proibindo as Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPCs) de cobrarem juros remuneratórios acima de 12% ao ano, não atinge a entidade.

“A Previ buscar manter os juros das operações com participantes (Empréstimo Simples e Financiamento Imobiliário) no menor patamar possível. Dessa forma, é garantida a oferta de crédito respeitando os limites legais”, destacou o fundo de pensão no comunicado. “A decisão do STJ também veda as EFPCs de realizarem capitalização mensal de juros. Essa prática equivale a cobrar juros acumulados em períodos inferiores a 12 meses. De acordo com a decisão, as EFPCs só podem capitalizar os juros de forma anual. Neste quesito, a Previ também está enquadrada, já que as prestações cobradas quitam, mensalmente, a parcela de juros relativa ao mês da cobrança, não havendo a acumulação para o período posterior na atualização do saldo devedor. Logo, não há cobrança de juros sobre juros”, completou a Previ.

Durante transmissão da live dos conselheiros e diretores eleitos, realizada em 14 de julho, o diretor de Seguridade da Previ, Wagner Nascimento, lembrou ainda que a entidade cumpre a Resolução nº 4.994 do Conselho Monetário Nacional (CMN), que afirma que “nenhuma entidade pode cobrar menos que a taxa atuarial”.

“De maneira equivocada, algumas pessoas estão somando a taxa de juros à inflação. Enquanto o limite de 12% estabelecido pelo STJ diz respeito unicamente à taxa de juros. A Previ, portanto, já cobra menos que o percentual máximo exigido pelo STJ que é a taxa mínima atuarial de 4,62% ao ano mais o INPC, no Previ Futuro, e 4,75% ao ano mais o INPC, no Plano 1″, completou.

Preocupação dos associados

A nova decisão do STJ suscitou entre os associados da Previ a preocupação de que a entidade estaria entre as EFPCs que cobram juros de forma abusiva. “Porém, essa alegação não se sustenta em relação à Previ”, tranquilizou o fundo de pensão.

“Dada a relevância do tema, a Previ tem participado de discussões no grupo temático da Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp), que cuida dos assuntos relacionados às operações com participantes, incluindo as questões jurídicas”, prosseguiu a entidade em nota.

“É legítimo o direito dos associados de buscarem a defesa dos seus interesses em juízo, mas devem ser avaliados os riscos envolvidos. Antes de qualquer coisa, é mais cauteloso aos participantes buscarem junto à entidade os meios para esclarecimentos de suas dúvidas, evitando, assim, o risco de dispêndios financeiros e despesas com honorários advocatícios e judiciais, sem perspectivas de êxito. Deve-se ainda considerar que toda demanda judicial causa impactos nos fundos previdenciários, com prejuízos à coletividade de participantes dos planos de benefícios”, pontuou.

Fonte: Contraf-CUT

O Ministério Público do Trabalho (MPT) transformou, nesta terça-feira (26), a apuração das denúncias de assédio sexual, feitas por empregadas da Caixa contra o ex-presidente da instituição Pedro Guimarães, em inquérito civil. Em sua decisão, o procurador Paulo Neto, determinou: “Considerando que os fatos narrados autorizam a tutela de direitos a cargo do Ministério Público do Trabalho, CONVERTA-SE a notícia de fato em inquérito civil”.

A apuração no MPT tinha sido aberta logo após as denúncias terem se tornado públicas pelo portal Metrópoles, em 28 de junho. No despacho, o procurador também determinou que a Caixa, assim que notificada, junte ao inquérito, no prazo de 10 dias, todos os documentos de “procedimentos administrativos” relativos a 14 denúncias em canais internos do banco, contra abusos de Pedro Guimarães, entre 2019 e 2022.

Conforme a decisão, a Caixa também terá que apresentar cópias de “procedimentos administrativos decorrentes de 02 (duas) denúncias que teriam sido apresentadas no ‘Viva Voz’ por uma funcionária da Caixa, em 2020, relacionadas a possível assédio moral que teria sido praticado pelo ex-presidente da empresa pública durante uma live ocorrida no fim de maio daquele ano”.

Com a decisão do MPT, as investigações contra Pedro Guimarães serão aprofundadas. O caso também é investigado pelo Ministério Público Federal.

Fonte: Contraf-CUT

Em reunião realizada nesta terça-feira (26) com o Comando Nacional dos Bancários a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) sinalizou que aceita negociar as propostas dos bancários para definir a redação das cláusulas específicas sobre teletrabalho a serem inseridas na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria.

“É um avanço importante, mas existem pontos a serem melhor discutidos, como a questão da ajuda de custo para os gastos assumidos pelos trabalhadores e o respeito à jornada de trabalho, com direito à desconexão do trabalhador”, observou a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários, Juvandia Moreira lembrando que já houve avanços neste sentido nos acordos específicos com o Bradesco, Itaú e Banco do Brasil.

A representação dos bancos afirmou que é preciso analisar as redações propostas pelos trabalhadores para evitar que haja insegurança jurídica nos pontos que forem clausulados.

Estrutura e acompanhamento

A presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região (Seeb/SP) e também coordenadora do Comando Nacional, Ivone Silva, também destacou a importância da saúde do trabalhador. “As pesquisas que realizamos com a categoria apontam que, durante a pandemia, muitos não receberam equipamentos e tampouco móveis ergonômicos para se evitar adoecimentos”, observou. “Lutamos por muito tempo para reduzir as LER/Dort (lesões por esforços repetitivos e distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho) entre os bancários e não podemos permitir que elas retornem agora”, completou Ivone ao lembrar ainda da necessidade de manutenção dos equipamentos e mobiliário utilizados em home office.

Outros pontos da proposta

A proposta apresentada pelo Comando, que terá redação analisada pelos bancos, também destaca que a quantidade de trabalho deve ser compatível com a jornada; que o empregador é responsável pelas condições de saúde e segurança no ambiente de trabalho, independentemente do local onde o mesmo é realizado; e que tanto a remuneração, quanto os direitos da categoria não devem diferir por causa da modalidade de trabalho realizada, seja ela presencial, ou remota, assim como as metas estipuladas.

Com relação aos possíveis casos de violência doméstica, às trabalhadoras que forem vítimas será garantido o direito de escolher se prefere trabalhar presencial ou em home office.

Os bancos também acataram a proposta de criação de um grupo de trabalho (GT) bipartite específico para promover reajustes e revisão nas cláusulas visando a melhoria das mesmas.

Qualificação e requalificação profissional

Além do tema teletrabalho, um outro ponto tratado na reunião foi a qualificação e requalificação profissional. A secretária geral do Seeb/SP, Neiva Maria dos Santos, ressaltou a rapidez com que as mudanças estão acontecendo na parte tecnológica e de gestão e a necessidade dos trabalhadores se capacitarem. “É importante que os bancos arquem com os custos das qualificações que são exigidas para o trabalho. Mas, muitas vezes, essas formações precisam ser feitas fora da jornada, sem que eles tenham muito tempo para isso. É preciso que seja garantido tempo para que as formações sejam realizadas dentro da jornada e que esta possibilidade perdure durante toda a carreira no banco”, disse. “A qualificação e requalificação é importante, inclusive, para que as pessoas possam evoluir na carreira e possam ir para outras áreas”, completou.

Indenização adicional

Outra proposta apresentada pelo Comando Nacional dos Bancários que foi debatida na mesa de negociações desta terça-feira é com relação à indenização adicional para os casos de dispensa imotivada. Na categoria bancária, houve uma redução de 77 mil postos de trabalho entre 2013 e 2021. Nos últimos cinco anos entre (2016 a 2021), a redução de postos foi de 57.175 postos de trabalho.

“É preciso que as empresas que demitam sem justa causa sejam penalizadas”, disse Juvandia. Na proposta apresentada aos bancos, o Comando pede “garantias contra a dispensa imotivada”, com indenização adicional no valor equivalente a três vezes a maior remuneração do empregado a cada cinco anos trabalhados.

Homologações nos sindicatos

O Comando também pede o retorno das homologações das rescisões contratuais nos sindicatos. A presidenta da Contraf-CUT lembrou que, desde a reforma trabalhista houve muitas demissões e a classe trabalhadora perdeu muitos direitos, entre eles o direito de que as rescisões contratuais fossem realizadas nos sindicatos com acompanhamento de um profissional. “Quando as homologações eram realizadas nos sindicatos, muitos erros eram evitados. É preciso que volte a ser como era para que os trabalhadores não tenham mais esta perda”, defendeu.

Continuidade das negociações

A data-base da categoria bancária é 1º de setembro. As negociações entre o Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban continuam. A próxima reunião acontecerá na quinta-feira (28) e abordará o tema da segurança bancária. Em seguida, no dia 1º de agosto, será tratado o tema de saúde e condições de trabalho.

Fonte: Contraf-CUT

O Coletivo Nacional de Combate ao Racismo dos bancários realiza nesta terça-feira (26), às 18h, em reunião ampliada, um debate relacionado ao momento político atual brasileiro. Os temas em pauta serão “raça e gênero: mulheres negras”, “educação em tempos de desmonte”, “por uma política inclusiva e democrática” e “segurança pública”.

O evento é aberto a sindicatos, bases e ramos sindicais, confederações e demais entidades ligadas à Central Única dos Trabalhadores (CUT) e será realizado na modalidade remota, pela plataforma Zoom. Interessados podem acessar o encontro diretamente pelo aplicativo, ou clicando neste link, e usar o ID da Reunião 854 4223 3804 e a senha 653948.

Reunião Nacional Ampliada do Coletivo de Combate ao Racismo

Agenda: 26 de julho, 18h

Aplicativo Zoom ou por este link.

ID da reunião: 854 4223 3804

Senha de acesso: 653948

Anfitriã: Ana Dindara

Fonte: Contraf-CUT

Em reunião de negociações com a Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa Econômica Federal, ocorrida nesta segunda-feira (25), o banco se comprometeu em dar continuidade das fases do processo de contratação, previsto em edital, dos candidatos já convocados e com exames médicos aptos.

“Nos últimos anos, a Caixa vem reduzindo drasticamente no número de trabalhadores no banco. Na contramão, houve um grande aumento do número de clientes e de contas. Isso causa superlotação, sobrecarga de trabalho e adoecimento, prejudicando o atendimento à população”, observou o coordenador da CEE, Clotário Cardoso ao destacar que a Caixa possui mais de 142 milhões de clientes e 220 milhões de contas bancárias e que cada empregado é responsável pelo atendimento de, em média, 1.700 clientes. Para Cardoso, a contratação prometida pela Caixa é bem-vinda, mas a demanda por mais contratações permanece. “Para acabar com a sobrecarga de trabalho, a superlotação, adoecimento dos trabalhos e atender bem seus clientes, seria preciso contratar de aproximadamente 30 mil empregados”, completou.

A Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Sest) autorizou a Caixa a contratar mais empregados até completar um quadro de 87.544 trabalhadores. Hoje o banco possui 86.907 empregados, segundo dados dos representantes da Caixa.

GDP

Outro avanço nas negociações desta segunda-feira foi a disponibilidade do banco em debater sobre o Programa de Gestão de Desempenho de Pessoas (GDP). “Para nós, a GDP deveria ser gestão de desenvolvimento de pessoas e não de desempenho. Do jeito que está ela pode ser utilizada como forma de assédio”, afirmou Cardoso. “Precisamos encontrar formas para construir uma ferramenta que ajude os trabalhadores a se desenvolver e ascender na carreira, não a sofrer assédio”, completou.

“Existem alguns princípios que precisam ser levados em conta na hora de tratar da ascensão de carreira. A nossa lógica de avaliação de desempenho de pessoas precisa valorizá-las e não levá-las ao adoecimento”, disse a diretora executiva da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Eliana Brasil.

Para o representante da Federação Empregados em Estabelecimentos Bancários dos Estados da Bahia e Sergipe (Feeb – BA/SE), Emanoel Souza a Caixa adoeceu e esta é a oportunidade de se construir uma vacina para se evitar episódios desagradáveis. “Precisamos construir outras ferramentas e instâncias de avaliação que estejam descontaminadas com o vírus do assédio”, disse. “Devemos sinalizar os pontos que devem ser levados em conta para esta construção”, completou.

“Precisamos construir uma ferramenta que funcione independentemente da mudança de governo, ou gestão”, observou Emanuel.

A Caixa aceitou discutir a GDP para que haja uma construção conjunta de uma ferramenta de avaliação do desempenho das empregadas e empregados.

Seleção interna

Outra demanda apresentada pela representação dos empregados foi com relação aos processos de seleção interna (PSI). “Existem inúmeros relatos de travas que impedem a ascensão profissional”, disse o coordenador da CEE.

A Caixa informou que desde novembro de 2020 não existem mais travas que impedem a ascensão.

“Pode não existir a trava formal, mas a Caixa impede a saída, porque não existe a contratação para a substituição da pessoa. Se ela sai o departamento, ou agência fica desguarnecido. Aí dizem que somente libera, se o próprio trabalhador arrumar alguém para substitui-lo”, explicou a representante da Federação dos Bancários da CUT do Estado de São Paulo (Fetec-CUT/SP), Vivian Carla de Sá.

A representação dos trabalhadores também cobrou maior divulgação do fim das travas no PSI. A Caixa se comprometeu a melhorar a comunicação e encontrar formas para que não se impeça a ascensão profissional. Mas, com relação aos optantes pelo REG/Replan não saldado disse que estes estavam cientes da impossibilidade quando fizeram a opção.

O representante da Feeb-BA/SE discorda. Ele disse que no momento da opção o documento dizia que não haveria empecilhos à ascensão na carreira, ou travas às seleções internas.

Jornada

A representação dos empregados também apresentou a demanda de jornada de quatro dias semanais. “Quando os bancários conquistaram as seis horas de trabalho, todo mundo achava que era utópico. Agora, estamos trazendo a reivindicação de uma jornada de quatro dias por semana”, disse Cardoso.

Eliana Brasil, diretora executiva da Contraf-CUT, ressaltou que existem estudos que mostram haver ganho de produtividade quando se há redução de jornada. “Os trabalhadores trabalham mais felizes. Além disso, também existe a possibilidade de se aumentar as contratações”, disse.

Outros assuntos

A reunião também tratou sobre descomissionamento arbitrário, a incorporação de função gratificada e o fim da designação por minuto para as funções de caixa, tesoureiro e avaliador de penhor.

“Os empregados lutam para conquistar uma função gratificada, mas quando conseguem obtê-la se estabelece uma grave dependência, já que em alguns casos ela representa 60% ou mais da remuneração do trabalhador. Por esse motivo regular com clareza o acesso às funções é um dos pontos cruciais da mesa especifica com a Caixa”, Carlos Augusto (Pipoca), representante da Federação Empregados em Estabelecimentos Bancários dos Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul (Feeb-SP/MS).

Sobre a designação por minuto o banco concorda em debater e quer agendar uma reunião específica para tratar do assunto. Mas, com relação aos outros dois temas o banco se nega a retomar a incorporação das gratificações de função e disse que os descomissionamentos ocorrem quando há motivação, classificando-os como desligamentos motivados.

A representação dos trabalhadores também pediu o retorno das áreas de logística e gestão de pessoas nos estados/regiões.

Fonte: Contraf-CUT

O Sindicato dos Bancários de Macaé e Região (SEEB-Macaé), filiado à Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf-RJ/ES), completou, nesta segunda-feira (25), 31 anos de existência.

“Reafirmamos o compromisso com toda a categoria de prosseguir com a luta pela manutenção e preservação de nossos direitos trabalhistas que conquistamos ao longo dessa jornada de existência”, disse o sindicato em nota comemorativa. “Esse ano temos um grande desafio pela frente, trata-se da renovação de nosso acordo coletivo de trabalho onde iremos buscar não só a sua renovação, mas também a ampliação de direitos e sobretudo reposição da inflação e aumento real para a categoria”, completou a entidade.

Também em reconhecimento à data, a Diretoria eleita para o mandato 2020/2024 reafirmou o compromisso de se manter ao lado dos trabalhadores bancários, “preservando o emprego a renda, direitos trabalhistas e principalmente o direito à vida”. O presidente da Fetraf RJ/ES, Nilton Damião Esperança, além de parabenizar todos e todas que já fizeram parte do SEEB-Macaé, falou do “orgulho” de integrar a Federação “um sindicato que representa, não só a categoria bancária, como, também, toda a classe trabalhadora”.

Fonte: Contraf-CUT

O Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense percorreu nesta terça-feira, 26 de julho, agências do Banco Santander, para protestar contra reestruturações em unidades de varejo da instituição financeira. 

As manifestações ocorreram nos municípios de Duque de Caxias e de São João de Meriti.

Em São João de Meriti, houve retardamento de uma hora na abertura da agência 3306, localizada no centro.

Em Duque de Caxias, foram realizados atos com intervenções no interior das agências, distribuição de informativos e exibição da faixa sobre a campanha salarial, nas agências Presidente Kennedy e Brigadeiro Lima e Silva. 

As diretoras e diretores do Sindicato puderam falar com bancárias, bancários e população em geral, e debater sobre o recente anúncio de reestruturações em agências e seus potenciais impactos contra os direitos dos trabalhadores. Além de tentar impedir os ataques aos trabalhadores e de estabelecer processo negocial entre as partes, para construção de alternativas que não passem por estas, impostas pelo banco. Os dirigentes sindicais também falaram sobre a renovação do aditivo, previsto na Convenção Coletiva de Trabalho Nacional (CCT), que contempla funcionárias e funcionários do banco.

Parte das medidas apresentadas pelo banco, como a extensão do horário de atendimento gerencial das 9h às 17h, desde o dia 18 de julho, a terceirização de serviços, a extinção da função de Gerente de Atendimento, além das demissões continuadas, podem atingir um expressivo contingente de funcionários.

Após os protestos, o banco entrou em contato com a Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander e se comprometeu a fazer uma conversa presencial para tentar chegar a uma solução para o caso.

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O movimento sindical conquistou um acordo que garantirá prazo mais amplo de compensação de horas para os bancários do Santander que ficaram em casa durante a pandemia, mas não puderam trabalhar porque o banco não ofereceu equipamento ou acesso ao sistema.

O acordo se estende até agosto de 2023 e obedecerá os seguintes critérios:

  • 10% para o empregado que compensar de 30 (trinta) a 59 (cinquenta e nove) horas por semestre (julho de 2022 a dezembro de 22, e janeiro de 2023 a junho de 2023); b) 20% para o empregado que compensar de 60 (sessenta) a 100 (cem) horas por semestre (julho de 2022 a dezembro de 2022, e janeiro de 2023 a junho de 2023);
  • 30% para o empregado que compensar de 101 (cento e uma) a 150 (cento e cinquenta) horas por semestre (julho de 2022 a dezembro 2022, e janeiro de 2023 a junho de 2023);
  • 40% para o empregado que compensar de 151 (cento e cinquenta e uma) a 180 (cento e oitenta) horas por semestre (julho de 2022 a dezembro de 2022, e janeiro de 2023 a junho de 2023;
  • Fica compromissado, também, que haverá o abatimento de 40% no saldo de horas negativas acumuladas, especificamente, para empregados com deficiência e empregadas que durante a gestação estiveram afastados de suas atividades em decorrência da pandemia da Covid-19, desde que compensem 60 (sessenta) horas por semestre (julho de 2022 a dezembro de 2022, e janeiro de 2023 a junho de 2023);
  • Não poderá ocorrer desconto em folha de pagamento até setembro de 2023;
  • Em caso de demissão sem justa causa, as horas não serão descontadas da rescisão;
  • Não é permitido compensar horas aos finais de semana e feriados;
  • Só será permitido compensar 4 dias por semana, de segunda a sexta, e até 1 hora e 50 minutos por dia.

Os trabalhadores que não conseguirem realizar a compensação por qualquer motivo devem procurar o Sindicato para orientações (veja contatos da entidade ao final do texto).

“O acordo representa um avanço ao tranquilizar os trabalhadores que agora têm regras claras para a compensação, e não podem ter descontos no salário. Faremos acompanhamento desses casos e, se necessário, novas negociações”, disse a coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander, Lucimara Malaquias.

Importância do acordo negociado

O movimento sindical acompanha desde 2020 a condição dos bancários de maior risco para a Covid-19, tendo feito inclusive acordo para garantir que esses trabalhadores ficassem em casa durante o período mais difícil da pandemia, a fim de proteger a saúde destes empregados.

Muitos destes trabalhadores acumularam horas negativas porque o banco não ofereceu função em home office. Mas, mesmo este grupo já tendo retornado ao trabalho presencial, tem causado grande preocupação o acúmulo de horas a serem compensadas por conta da pandemia.

Fonte: Contraf-CUT