Nesta quinta-feira, 14 de julho, o Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense fez uma caravana, percorrendo agências bancárias localizadas em Duque de Caxias e Nova Iguaçu, onde diretores e diretoras falaram com bancárias, bancários e população em geral, denunciando a onda de demissões que o Itaú vem promovendo.
Os atos foram em protesto contra a automação da Diretoria de Operações Centralizadas e da Diretoria de Negócios ItauCred Veículos, que tem gerado muitas demissões.
O banco deu o prazo de apenas 15 dias para a área de consignado e 60 dias para aérea de veículos para realocação dos funcionários, no qual o bancário terá de se candidatar a uma vaga e passar por processo seletivo interno, para só depois ter o retorno da aprovação. Isso se conseguir encontrar uma vaga.
Até que a situação seja resolvida, a Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú suspendeu todas as outras negociações com o banco.
O estarrecedor caso do médico anestesista preso em flagrante por violar uma paciente durante cesariana recoloca o debate sobre o combate à violência estrutural de gênero na sociedade. A avaliação é da secretária da Mulher da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Fernanda Lopes.
“Quando lemos as matérias sobre o caso, damos conta de que o médico criminoso atuou por pelo menos 10 anos em hospitais públicos e privados. E foi somente após a articulação das enfermeiras que ele foi descoberto e preso”, observou Lopes, referindo-se ao trabalho da equipe do hospital que escondeu uma câmera de celular que flagrou o crime, obtendo a prova que levou Giovanni Quintella à prisão.
“Essa história é muito semelhante à de Pedro Guimarães, se analisarmos os fatores que o levaram à queda”, ponderou a secretária, ao lembrar que denúncias contra assédios praticados pelo agora ex-presidente da Caixa foram acobertadas desde 2019. Mas, somente agora, em 2022, é que Guimarães foi exposto. “Foi necessário que as vítimas se unissem para levar às denúncias ao Ministério Público Federal”, lembrou Lopes, que também coordena o projeto Basta! Não irão nos calar.
Acobertar fortalece crimes
Em recente entrevista para Glauco Faria, do Jornal Brasil Atual, a consultora jurídica aposentada da Caixa, Isabel Gomes avaliou que o acobertamento das denúncias contra Guimarães foi o que permitiu que “o fato tomasse essas proporções aterradoras que atingiram dezenas, e talvez centenas, de colegas”. Conforme disse Isabel, o silêncio foi responsável por multiplicar o crime. “Até porque o comportamento de um dirigente máximo de uma instituição acaba inspirando e influenciando as esferas inferiores. Então hoje o que se diz é que há assédio inclusive nas instâncias inferiores, chegando nas agências”, completou.
Isabel Gomes foi quem criou, em 2002, a ouvidoria da Caixa e viu a mesma estrutura ser desmontada, a partir de 2016. Ela disse que, nos bastidores, todo mundo sabia que as denúncias não eram apuradas. “Pedro Guimarães tinha até intermediários para que as denúncias não fossem apuradas. Assim chegamos a esse fato que é aterrador, chocante e suja o nome de uma empresa que é centenária”, concluiu.
“Só vamos alcançar uma sociedade justa com esse processo terapêutico de exposição e combate aos casos de abuso”, explicou Fernanda Lopes. “Todas essas ações são importantes não apenas para conscientizar a sociedade que as mulheres, além de sofrerem discriminação salarial, nas promoções e na ocupação de altos cargos na empresa, ainda precisam enfrentar o assédio sexual, mas também para não perdermos de vista que não vamos avançar no combate à violência de gênero sem a ação organizada, sem a ação conjunta”, concluiu.
Projeto Basta!
Para Fernanda, o Projeto Basta! Não irão nos calar faz parte desse movimento de combate à violência contra a mulher na categoria bancária. O programa oferece assessoria técnica às federações e aos sindicatos, para implantação de canais de atendimento jurídico especializado para mulheres em situação de violência doméstica e familiar.
A ideia foi inspirada no exemplo do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, que desde dezembro de 2019 oferece este serviço já atendeu a mais de 200 mulheres.
“Esse programa de acolhimento e assistência às mulheres vítimas de violência se mostrou importante ferramenta durante a pandemia, pois as mulheres estavam em casa, e o canal se tornou um facilitador para que elas efetivassem a denúncia”, afirmou.
Pelo terceiro mês consecutivo, a categoria bancária apresentou fechamento de postos de trabalho. Em maio, foram eliminados 433 postos, resultante de 3.172 admissões e 3.605 desligamentos, maior nível desde outubro de 2021. Do total de vagas fechadas no mês, 322 vagas (74,4%) em Bancos Múltiplos com carteira comercial. Os números são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged).
Entre março e maio, foram fechados cerca de 800 postos de trabalho. No acumulado dos últimos 12 meses, no entanto, ocorreu a criação de 8,3 mil postos de trabalho, decorrente de forte impacto de contratações da Caixa Econômica Federal, a partir de decisão judicial favorável à contratação de trabalhadores aprovados no concurso de 2014. No ano, o setor acumula criação de 2,7 mil postos.
“É muito preocupante essa sequência negativa no emprego bancário entre março e maio deste ano. Principalmente, se levarmos em conta que o saldo positivo que vinha acontecendo desde o ano passado era baseado na contratação de trabalhadores que há muito tempo esperavam ser chamados pela aprovação dos concursos ou de trabalhadores voltados para a Tecnologia de Informação. É nítida a intenção dos bancos de cada vez mais diminuir as agências e consequentemente os trabalhadores que lá atuam”, afirmou Walcir Previtale, secretário de Assuntos Socioeconômicos da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT)
Rotatividade
Quase nenhuma contratação foi via primeiro emprego, apesar de os bancos mencionarem programas de inclusão de jovens. Nos desligamentos, a modalidade demissões a pedido do trabalhador representou 37,3% da totalidade, queda em relação aos meses anteriores. Em contrapartida, os desligamentos sem justa causa, motivados pelo empregador, somaram 56% do total, maior patamar dos últimos 12 meses.
O salário mensal médio de um bancário admitido em abril alcançou o valor de R$ 5.403,87 enquanto o do desligado foi de R$ 6.107,26, isto é, o salário médio do contratado correspondeu a 88,5% do que se desligou.
Para o secretário da Contraf-CUT, essa é a antiga estratégia de cortar custos reduzindo salários dos novos contratados, que pode se mostrar extremamente equivocada para a longevidade da empresa. “Isso porque, esses salários mais baixos não levam à melhoria da lucratividade da empresa, uma vez que a decisão de contratar novos trabalhadores com salários mais baixos faz com que ambos, trabalhadores novos e atuais, se esforcem menos”.
Faixa etária e sexo
Sobre a distribuição da movimentação do emprego com recorte de gênero, observa-se que o saldo negativo, em maio, se deu exclusivamente entre as mulheres (-546 postos), enquanto entre os homens foi positivo (+113 postos).
No ano, os desligamentos foram mais efetivos entre as mulheres (-7.946 postos) em relação aos homens (-7.182 postos). Já nas admissões, são 10.380 postos destinados a homens contra 7.523 a mulheres. Assim, o saldo entre janeiro e maio de 2022, é negativo para bancárias, com a eliminação de 424 postos, e positivo para bancários, com abertura de 3.198 postos. Esta situação, se prorrogada, afetará diretamente no estoque de trabalhadores do setor bancário, tornando-o ainda menos igualitário.
Para Fernanda Lopes, secretária da Mulher da Contraf-CUT, “os números mostram que a discriminação é estrutural no Brasil, e se manifesta mesmo contra uma categoria bem organizada, como a nossa. Por isso, a luta pela igualdade de gênero deve ser constante, não devemos baixar a guarda nunca”.
No que toca a questão das faixas etárias, o saldo é positivo entre as faixas até 29 anos, com ampliação de 936 vagas. Já para as demais faixas etárias, o movimento foi contrário, com o fechamento de 1.369 vagas.
Confira aqui a análise mais detalhada no estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), subseção Contraf-CUT.
O Grupo de Trabalho (GT) bipartite Saúde Caixa será implementado novamente em reunião na tarde desta quarta-feira (13), por videoconferência. O objetivo do grupo é criar uma proposta de gestão, que passará pelo crivo da mesa permanente de negociação e, posteriormente, dos beneficiários.
A renovação do GT Saúde Caixa com mais acesso a relatórios, dados, acompanhamento de credenciamento e descredenciamento, com vistas a dar suporte para a mesa permanente, foi uma conquista dos empregados no aditivo no Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) do Saúde Caixa, aprovado no final de outubro de 2021, com duração até o final de agosto de 2023.
O primeiro GT Saúde Caixa foi criado em 2020 para discutir uma proposta de custeio e de gestão para o plano, que apresentou déficits entre 2016 e 2020, que seria aplicada à partir de janeiro de 2022, conforme o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2020/2022. Entretanto, a Caixa comunicou unilateralmente o fim dos trabalhos, em agosto de 2021.
“Nosso objetivo é a construção de consenso de proposta para sustentabilidade e viabilidade do plano de assistência à saúde dos empregados. E, para que possamos construir propostas, é imprescindível que tenhamos acesso a todas as informações do nosso plano. Por isso, contamos com total transparência do banco”, afirmou o coordenador da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa, Clotário Cardoso.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do Brasil, registrou alta de 0,67% em junho, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com esse resultado, a alta acumulada do IPCA no ano subiu para 5,49% e a dos últimos doze meses (de junho do ano passado a junho deste ano) para 11,89%. O país chega a dez meses com inflação acima de dois dígitos. Em setembro do ano passado, o índice atingiu 10,26%.
Em algumas capitais, a alta acumulada em 12 meses é ainda maior. Em Aracaju chega a 14,24% e em Salvador a 13,41%.
Maiores altas e baixas de junho
Em junho, as maiores altas em todo o país foram registradas nos preços do leite longa vida, que subiu 10,72% e o feijão-carioca (9,74%). Já as baixas do mês atingiram alguns dos produtos que registraram recordes de alta de quase 200% nos últimos doze meses. Este é o caso da cenoura, que caiu 23,36% em junho e que já havia caído em maio (-24,07%), mas chegou a registrar mais de 195% de aumento em 12 meses.
De acordo com o gerente da pesquisa, Pedro Kislanov, o resultado de junho “foi influenciado pelo aumento nos preços dos alimentos para consumo fora do domicílio (1,26%), com destaque para a refeição (0,95%) e o lanche (2,21%)”.
Ele explicou que, nos últimos meses, esses itens não acompanharam a alta de alimentos nos domicílios, como a cenoura e o tomate, e ficaram estáveis. “Assim como outros serviços que tiveram a demanda reprimida na pandemia, há também uma retomada na busca pela refeição fora de casa. Isso é refletido nos preços”, disse.
O pesquisador também destaca outro fator que influenciou o resultado do índice em junho: o aumento no plano de saúde (2,99%). Em maio, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) autorizou o reajuste de até 15,50% nos planos individuais, com vigência a partir de maio.
Apesar de terem mais escolaridade que os homens, as mulheres na categoria bancária recebem, em média, 78,1% do salário dos colegas do sexo masculino. A remuneração média das mulheres pretas bancárias é ainda menor: 59% da média dos homens brancos. Os termos usados para a identificação étnica seguem os mesmos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O quadro foi exposto pelo Comando Nacional dos Bancários na última rodada de negociação com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), como parte das negociações da Campanha Nacional de 2022.
“Esses dados refletem quão distorcida é a visão do mercado financeiro sobre as mulheres”, avalia secretária da Mulher da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Fernanda Lopes. “Em termos de valores salariais, enquanto um homem branco bancário ganha, em média, R$ 10 mil, a mulher branca recebe R$ 7,8 mil e a mulher negra apenas R$ 5,9”, completa.
Os dados que o Comando Nacional trouxe à mesa de negociação foram organizados pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), com base dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) de 2019. Ao observar a proporção de bancários por sexo e escolaridade, no grupo com ensino completo, as mulheres recebem em média 76% do salário dos homens.
Reivindicações
A “garantia de direitos e salários iguais para trabalho de igual função e valor” e o direito a “igual salário sem distinção de raça, cor, gênero, idade e orientação sexual (LGBTQIA+)” são pontos presentes nos artigos 67 e 68 da minuta da pauta de reivindicações da Campanha 2022.
“A discriminação salarial nas promoções, ocupação de altos cargos na empresa são uma grave realidade à mulher bancária que não podemos aceitar. O que exigimos dos bancos é a formulação de programas para eliminar essas distorções”, pontua Fernanda Lopes.
Campanha nacional
Igualdade de Oportunidades foi o tema da reunião que correu entre o Comando Nacional e a Fenaban, na última quarta-feira (6). Além da igualdade salarial, também foram tratados temas relacionados às pessoas com deficiência, diversidade e racismo, com foco principal no combate ao assédio moral e sexual.
Próximas reuniões
Sexta-feira, 22 de julho: Cláusulas Sociais e Teletrabalho Quinta-feira, 28 de julho: Cláusulas Sociais e Segurança Bancária Segunda-feira, 1º de agosto: Saúde e Condições de Trabalho Quarta-feira, 3 de agosto: Cláusulas Econômicas Segunda-feira, 8 de agosto: Cláusulas Econômicas Quinta-feira, 11 de agosto: Continuação das Cláusulas Econômicas
Desde 25 de junho, a contaminação por covid-19 supera os 50 mil casos diários, conforme informações do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). O quadro é certamente ainda mais grave por causa da subnotificação, pois até hoje o governo federal não definiu meios para contabilizar os casos identificados por autotestes, a cada dia mais comuns no país.
Apesar de quase 80% da população estar vacinada, o número de mortes vem subindo no país, e está em uma média de 243 por dia, conforme relatórios do Conass. Na semana que se encerrou no sábado (10), foram contabilizados 1.696 óbitos no Brasil.
Reinfecção
A Fiocruz, conforme seu mais recente Relatório da Rede Genômica, referente ao período de 17 a 30 de junho, há risco de nova onda de reinfecção no Brasil, em função da crescente circulação das linhagens da variante Ômicrom do coronavírus, a BA.4 e BA.5. Esse mesmo fenômeno da pandemia já foi observado na Europa e nos países da América do Norte, onde a BA.4 e a BA.5 já se tornaram dominantes.
Bancárias e bancários
Esse quadro acende o sinal de alerta e indica a manutenção do uso de máscara em ambientes fechados, como escolas, comércio e locais de trabalho. Para o secretário de Saúde do Trabalhador da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Mauro Salles, “bancárias e bancários trabalham na linha de frente, em contato com muitas pessoas, e por isso devem se cuidar e cumprir os protocolos de saúde, conforme a orientação de especialistas”. Mauro lembra que “esse é o único caminho para proteger a si mesmo, a família e a sociedade toda, que precisa se unir para dar um fim à pandemia”.
Cuidados
Siga as orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) para se defender do coronavírus:
Mantenha distância de outras pessoas de pelo menos 1 metro.
Evite aglomerações.
Use máscara, especialmente em locais fechados. Troque o equipamento sempre que ele ficar úmido.
Prefira locais abertos e ventilados. Abra uma janela se estiver em local fechado.
Limpe as mãos com frequência, com sabão e água ou álcool em gel.
Mantenha-se em dia com a vacina. Até o momento, todos adultos devem ter tomado a primeira dose de reforço. Dependendo da idade, a segunda dose de reforço já está disponível.
Cubra o nariz e a boca com o braço dobrado ou um lenço ao tossir ou espirrar.
Evite tocar superfícies de locais públicos. Limpe superfícies com frequência.
Fique em casa se você sentir indisposição.
Procure atendimento médico se tiver febre, tosse e dificuldade para respirar. Se possível, ligue para a unidade de saúde e peça orientações antecipadas.
Mantenha-se informado sobre a situação em sua localidade.
Clique aqui e veja o vídeo da OMS com a orientação básica para se proteger.
O combate à discriminação de pessoas com deficiência (PCD) no setor bancário foi defendido pelos representantes da categoria na mais recente rodada de negociação da Campanha 2022, em reunião com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), na quarta-feira (6).
A legislação determina que empresas com mais de mil empregados, como os bancos, tenham pelos menos 5% de PCDs em seus quadros. Porém, segundo os dados mais recentes da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), de 2019, apresentados na reunião em estudo do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), esse índice chegava a apenas 3,4% da categoria, ou 15.568 empregados.
Plena inclusão
“Além de mais contratação, a categoria bancária exige a plena inclusão e integração de trabalhadores e trabalhadoras com deficiência e o combate efetivo a qualquer forma de discriminação”, afirma o secretário de Políticas Sociais da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Elias Jordão. “Também é dever de todos, sociedade e empresa, garantir que haja garantia plena para que seu trabalho seja feito em condições dignas e com respeito a suas limitações ou recomendações médicas”, completa Elias.
Entre as ações necessárias para o cumprimento das cláusulas específicas relacionadas aos bancários com deficiência, estão cursos de formação, conhecimento de Libras por pelo menos um funcionário por setor, promoção de acessibilidade universal, subsídio a aquisição de equipamentos (cadeiras de roda, muletas, prótese, bengala, óculos, aparelho auditivo, órteses) e a concessão de transporte especial e de financiamento de veículo.
Continuidade das negociações
Após todas as reuniões, que seguem até 11 de agosto, a comissão da Fenaban levará aos bancos as propostas do Comando Nacional dos Bancários. Ao final, será apresentada uma proposta global, com todos os temas em negociação.
Calendário de reuniões
Sexta-feira, 22 de julho: Cláusulas Sociais e Teletrabalho Quinta-feira, 28 de julho: Cláusulas Sociais e Segurança Bancária Segunda-feira, 1º de agosto: Saúde e Condições de Trabalho Quarta-feira, 3 de agosto: Cláusulas Econômicas Segunda-feira, 8 de agosto: Cláusulas Econômicas Quinta-feira, 11 de agosto: Continuação das Cláusulas Econômicas
As bancárias e os bancários que ainda não usufruíram da folga assiduidade a que têm direito na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), devem ficar atentos.
O prazo termina no dia 31 de agosto de 2022 e a data deve ser definida pelo funcionário em conjunto com o gestor.
ENTENDA
Conquistada em 2013, a folga assiduidade está prevista na cláusula 24 da CCT 2020/2022 e é devida a todos com um ano de vínculo empregatício.
Para ter direito, o bancário não pode ter falta injustificada no período de 01/09/2020 a 31/08/2021.
A folga não pode ser convertida em pecúnia (dinheiro), não adquire caráter cumulativo e não poderá ser utilizada para compensar faltas ao serviço.
O banco que já concede folgas ao empregado, como “faltas abonadas”, “abono assiduidade” ou “folga de aniversário” fica desobrigado do cumprimento da cláusula. Na CAIXA, devido aos cinco dias de APIP (Ausência Permitida para tratar de Interesse Particular), também não há concessão da folga assiduidade.
IMPORTANTE
A data para a realização do benefício deve ser estabelecida em comum acordo entre funcionário e gestor.
O Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense estará atento às denúncias de abuso relativo a este item.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,67% em junho, bem acima de maio e de igual mês do ano passado. Com isso, o indicador oficial da inflação sobe 5,49% no ano (ante 3,77% no primeiro semestre de 2021) e 11,89% em 12 meses. Alguns produtos têm alta bastante superior à média (confira abaixo). O IPCA aumenta em todas as regiões e em todos os grupos, segundo os resultados divulgados nesta sexta-feira (8) pelo IBGE.
Alimentação e Bebidas, por exemplo, o segundo grupo de maior peso na composição do índice, teve alta de 0,80%, ante 0,48% em maio. A refeição fora do domicílio mais que dobrou (de 0,41% para 0,95%), assim como o lanche (de 1,08% para 2,21%). O IBGE também apurou aumento do leite longa vida (10,72%) e do feijão carioca (9,74%), entre outros itens. Por outro lado, caíram os preços médios de cenoura (-23,36%), cebola (-7,06%), batata inglesa (-3,47%) e tomate (-2,70%).
Gás encanado e energia
No grupo Habitação, a alta de 0,41% tem impacto de reajustes da taxa de água e esgoto (aumento médio de 2,17% no mês) em algumas regiões (Belém, Campo Grande, Curitiba e São Paulo). O gás encanado subiu 0,81%, também com reajustes em Curitiba e no Rio de Janeiro. O custo de energia elétrica caiu 1,07%, com bandeira tarifária verde (sem cobrança adicional).
Em Transportes (0,57%), grupo de maior peso na inflação, a alta menos intensa no mês se deve aos preços dos combustíveis, que caíram 1,20%, em média. O da gasolina recuou 0,72% e o do etanol, 6,41%. Já o óleo diesel e o gás veicular tiveram altas de 3,82% e 0,30%, respectivamente. Mas a maior variação, com impacto de 0,06 ponto percentual na taxa geral, foi das passagens aéreas: aumento de 11,32% em junho e de 122,40% em 12 meses.
Confira alguns dos destaques no acumulado:
Ainda nesse grupo, o custo médio do ônibus urbano subiu 0,72%, com reajustes de tarifa em Salvador e Aracaju. Houve aumentos também nos intermunicipais.
ANS aumenta planos de saúde
Com alta mensal de 1,24%, o grupo Saúde e Cuidados Pessoais teve como destaque os planos de saúde, que subiram 2,99% e representaram impacto de 0,10% no IPCA. “O resultado é consequência do reajuste de até 15,50% para os planos individuais autorizado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) em 26 de maio, com vigência a partir de maio de 2022 e cujo ciclo se encerra em abril de 2023”, lembra o IBGE. Também aumentaram preços de produtos farmacêuticos (0,61%) e itens de higiene pessoal (0,55%).
Por fim, o grupo Vestuário teve alta de 1,67% no mês. Segundo o instituto, os destaques foram roupas masculinas (2,19%) e femininas (2%). As infantis subiram 1,49%, enquanto os calçados e acessórias registraram aumento de 1,21%.
Todas as áreas pesquisadas tiveram alta em junho, variando de 0,26% (Belém) a 1,24% (região metropolitana de Salvador). Em 12 meses, o IPCA vai de 9,55% (Belém) a 14,24% (Grande Curitiba). Soma 11,67% na região metropolitana de São Paulo e 11,77% no Grande Rio, além de 11,57% em Brasília.
INPC soma 11,92%
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) teve alta de 0,62% no mês passado, segundo o IBGE. Agora, soma 5,61% no ano e 11,92% em 12 meses.
Os produtos alimentícios foram de 0,63%, em maio, para 0,78%. Já os não alimentícios passaram de 0,39% para 0,57%. Todas as regiões tiveram alta.