Abril 29, 2025
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A recessão econômica desde 2015 trouxe consigo a adoção do receituário neoliberal no Brasil. Com isso, a geração de uma enorme parcela da força de trabalho submetida à condição de supranumerários, ou seja, o excedente de mão de obra às necessidades econômicas do processo de acumulação de capital.

Como supranumerário, consideram-se os trabalhadores que constituem o desempregado típico e o disfarçado pela subocupação e inatividade forçada. O desempregado típico é aquele que não consegue nenhuma possibilidade de ocupação, por mais precária que seja, o que o leva a permanecer disponível e na situação de procura permanente por trabalho.

Já o desempregado disfarçado resulta, por um lado, daqueles trabalhadores que encontram alguma forma de subocupação, insuficiente em termos de jornada de trabalho ou de rendimento, o que o faz manter-se ativo na procura por trabalho e, por isso, pressionando constantemente a oferta de mão de obra no interior do mercado de trabalho. Por outro lado, o desemprego disfarçado pela inatividade deriva dos trabalhadores, em geral, na condição do desemprego de longa duração, cujo desestímulo pela procura por trabalho se apresenta diante da ausência de oportunidade de trabalho, dos custos da atividade de busca e inconformidade com os requisitos de contratação laboral.

Tomando-se como referência as informações geradas pelo IBGE, por meio da Pnad contínua para o último trimestre de 2017, o Brasil teria registrado o contingente de 26,4 milhões de trabalhadores supranumerários, o que equivaleria a 23,6% da População Economicamente Ativa (PEA) composta por pessoas com 14 anos de mais de idade. No mesmo período de tempo anterior a recessão (último trimestre de 2014), o conjunto de supranumerários era de 15,4 milhões (14,9% da PEA), o que equivaleu ao aumento de 58,4% na parcela de trabalhadores excedente às necessidades da economia brasileira nos últimos três anos.

A elevação mais expressiva no conjunto de supranumerários entre o ultimo trimestre de 2014 e o último trimestre de 2017 ocorreu nas grandes regiões geográficas mais ricas do país. Isto é, o crescimento acumulado no período em foco de 73,9% na região Sudeste (de 11,9% para 20,7%), seguido de 69,8% na região Sul (de 8,6% para 14,6%), de 63,2% no Centro Oeste (de 10,6% para 17,3%), de 53,1% no Norte (de 17,5% para 26,8%) e de 44,2% no Nordeste (de 24% para 34,6%).

Durante a recessão, que produziu a redução de 7,3% no nível de atividade da economia brasileira, o contingente de supranumerários no Brasil aumentou 49% entre o último trimestre de 2014 e o último trimestre de 2016. Em síntese, para a queda de 1% no PIB brasileiro, o aumento, em consequência, de 6,7% no total de trabalhadores excedentes.

Se considerado o comportamento positivo do Produto Interno Bruto (PIB) observado no ano de 2017, conforme estimação de 1% pelo IBGE, percebe-se a incapacidade de reversão do coletivo de supranumerários, pois passou de 22,2% da força de trabalho no ultimo trimestre de 2016 para 23,6% no último trimestre de 2017. Ou seja, o crescimento de 6,3% na parcela de trabalhadores excedente às necessidades da economia, apesar do indicador de 1% positivo na recuperação do PIB no ano passado.

Diante disso, percebe-se que a condução neoliberal da política econômica pelo governo Temer mostra-se nefasta à classe trabalhadora. As medidas de redução no custo de contratação da mão de obra, com a retirada de parcela dos direitos sociais e trabalhistas, não se mostra suficiente para reverter à tendência de produção do excedente de mão de obra às necessidades da economia nacional.

*Marcio Pochmann é professor do Instituto de Economia e pesquisador do Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho, ambos da Universidade Estadual de Campinas.

O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho, divulgado nesta sexta-feira (23), aponta saldo de 61.188 vagas formais no mês de fevereiro, na comparação entre admissões e dispensas. A variação sobre o mês anterior foi de 0,16%. 

O salário dos contratados continua caindo em relação ao de quem é demitido. O ordenado médio de R$ 1.502,68 apresentou repetiu a tendência de queda na renda, apresentada nos últimos meses. O dos demitidos foi de R$ 1.662,95. Os que entraram no mercado de trabalho, redução pouco acima de 10%.

A "reforma" trabalhista influenciou a realização a demissão de 11.118 trabalhadores de 8.476 empresas por meio de "acordos" com empregadores. O estado de São Paulo liderou o ranking dessa modalidade de dispensa (3.257 pessoas), seguido por Paraná (1.214), Minas Gerais (962), Rio de Janeiro (941) e Rio Grande do Sul (901).

Sem participação ou fiscalização de sindicatos, esses "acordos" causam prejuízo ao empregado. O trabalhador que faz acordo de demissão, segundo a lei trabalhista de Temer, saca 80% de seu saldo no FGTS e a multa devida pelo patrão cai 40% para recebe 20%. O aviso prévio também é reduzido à metade e o não haverá direito ao seguro-desemprego.

O trabalho intermitente, modalidade em que se ganha por hora trabalhada e não há garantia de jornada ou remuneração mínima por mês, outra novidade da lei, também registrou aumento nas contratações. 

Foram registradas 2.660 admissões e 569 desligamentos nessa modalidade, o que gerou um saldo de 2.091 empregos. As admissões concentraram-se principalmente em São Paulo (816 postos), Rio de Janeiro (258 postos), Minas Gerais (257 postos), Distrito Federal (182 postos) e Espírito Santo (163 postos). As admissões foram majoritariamente registradas nos setores de Serviços (1.206 postos), Comércio (585), Construção Civil (410) e Indústria de Transformação (395).

No regime de trabalho parcial, foram registradas 6.490 admissões e 3.423 desligamentos, gerando saldo positivo de 3.067 empregos. As maiores quantidades de admissões foram observadas em São Paulo (1.314 postos), Ceará (876), Minas Gerais (634), Goiás (393), Paraná (373) e Rio de Janeiro (348). Do ponto de vista setorial, as admissões concentraram-se nos Serviços (4.551 postos), Comércio (1.169), Indústria de Transformação (508) e Agropecuária (150).

Na categoria de Teletrabalho, foram registradas 362 admissões e 243 desligamentos, gerando saldo positivo de 119 empregos. Os estados que mais admitiram nessa modalidade foram São Paulo (67 postos), Minas Gerais (50), Espírito Santo (40), Rio de Janeiro (40), Bahia (22) e Ceará (22). As  admissões concentraram-se nos Serviços (190 postos), Comércio (88), Indústria de Transformação (44) e Construção civil (20).

Com informações da CUT

No final de novembro do ano passado, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os resultados do “Módulo Rendimento” de todas as fontes da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) referente ao ano de 2016. A repercussão dos dados junto à opinião pública foi pontual, sem corresponder à gravidade do que eles revelaram: a persistência e o agravamento da desigualdade no Brasil. Em outras palavras, os números diagnosticaram a multiplicação da pobreza que vemos com tanta facilidade, tanto nas ruas dos grandes centros urbanos do país quanto nas pequenas comunidades rurais do seu interior.

Vejamos: se for considerada a massa do rendimento mensal real domiciliar per capita1, de R$ 255,1 bilhões, em 2016, verifica-se que os 10% da população com maiores rendimentos concentraram 43,4% desse total, ao passo que os 10% com menores rendimentos ficaram somente com 0,8%. Em um país onde o rendimento médio mensal do trabalho, em 2016, foi de R$ 2.149,00, esse grau de desigualdade fica mais nítido se for observado que o 1% de maior rendimento do trabalho recebeu em média, mensalmente, R$ 27.085,00, o que corresponde a 36,3 vezes daquilo que recebeu a metade de menor renda e, pior ainda, 371 vezes daquilo que receberam os 5% de menor rendimento.

Também na divisão regional, os resultados atestam o desequilíbrio na repartição do total dos rendimentos, que somaram R$ 255 bilhões, mesmo considerando os diferentes pesos populacionais das regiões. Considerando-se todas as fontes de renda (trabalho e outras), o valor médio no Brasil é de R$ 2.053. Regionalmente, revela-se o desequilíbrio, com o Sudeste apresentando uma média de R$ 2.461; R$ 2.249 no Sul; R$ 2.292 no Centro-Oeste; R$ 1.468 no Norte e R$ 1.352 no Nordeste.

Da renda domiciliar per capita, 25,2% são provenientes de fontes não relacionadas com o trabalho, sendo 18,7% delas relativas a aposentadoria e pensão; 2,2% a aluguel e arrendamento; 1,1% de doação e mesada de não morador e 3,2% de outras fontes. A pesquisa mostrou que 24% da população receberam rendimento de outra fonte. O Nordeste foi a região com menor diferença entre os dois índices, com 35,7% das pessoas recebendo rendimento de algum tipo de trabalho e 27,6% de outras fontes, o que denota menor percentual de pessoas trabalhando e, possivelmente, maior percentual daqueles que buscam o sustento por outras fontes, especialmente nos programas de transferência de renda.

A PNAD Contínua foi lançada pela primeira vez em 2012. Diferente da antiga PNAD, ela permite acompanhar as variações de curto prazo do emprego da força de trabalho, da renda e de outras variáveis essenciais para a compreensão do desenvolvimento socioeconômico do país. Além do “Módulo Rendimento”, o IBGE também divulga, anualmente, os módulos referentes a habitação, migração, fecundidade, características dos moradores, trabalho infantil, outras formas de trabalho, educação e acesso a internet, TV e celular.

Os dados fornecidos pelo módulo divulgado em novembro contribuem também para atualizar a verificação da situação das pessoas em condição de pobreza e extrema pobreza. A metodologia adotada classifica como extrema pobreza a situação daqueles que viviam com R$ 70,00 em junho de 2011, equivalente a US$ 1,25 (com paridade de poder de compra com os Estados Unidos) – mesmo parâmetro adotado pelo “Plano Brasil Sem Miséria”. Esse também era o parâmetro adotado pelo Banco Mundial para a linha internacional de extrema pobreza e correspondia a valores próximos da linha de indigência para o Nordeste Rural, apresentados por Sônia Rocha (1998) na publicação Desigualdade Regional e Pobreza no Brasil: a Evolução – 1981/95. Ainda que seja necessário algum esforço metodológico para compatibilizar metodologias diferentes aplicadas na antiga PNAD e na PNAD Contínua, os resultados recentes sobre a pobreza e extrema pobreza apontam na direção esperada (gráfico 1).

Reconhecemos que a pobreza e a extrema pobreza não são determinadas apenas pela renda que cada indivíduo dispõe para fazer frente ao atendimento de suas necessidades básicas, mas acreditamos que essas séries possibilitam uma identificação bastante real desse público.

Observa-se que, em 22 anos, o Brasil viveu dois períodos em que a pobreza e a extrema pobreza passaram por reduções mais significativas. O primeiro, em 1995, o que pode ser atribuído ao efeito da estabilização da moeda, mas cuja inflexão se restringiu a um único ano, já sendo registrada nos anos seguintes novamente uma tendência ascendente do número de pessoas naquela condição. Situação bem diferente é a que se identifica entre 2003 e 2014, nos dois mandatos do ex-presidente Lula e no primeiro mandato da presidenta Dilma. Nesse período, os números revelam que ocorreu uma contínua redução das duas variáveis, mesmo após a crise econômica internacional de 2008. Diferente também pela continuidade da queda, alcançando os bolsões mais distantes do Brasil profundo. A virtuosa combinação de uma política de desenvolvimento com inclusão por meio de programas e ações especificamente voltados para grupos sociais mais vulneráveis explica essa trajetória histórica de redução da pobreza e da extrema pobreza.

Em 2015 parece haver a sinalização de que esse ciclo se interrompe e, em 2016, com os dados recém-divulgados pela PNAD Contínua, assiste-se a um agudo empobrecimento de parte da população, retrocedendo a patamares que tinham sido superados. É muito preocupante que, no que diz respeito à extrema pobreza, o Brasil voltou, em apenas dois anos, ao número de pessoas registradas dez anos antes, em 2006. Entre 2014 e 2016 o aumento desse contingente foi de 93%, passando de 5,1 milhões para 10 milhões de pessoas. Em relação aos pobres, o patamar de 2016 – 21 milhões – é o equivalente ao de oito anos antes, em 2008, e cerca de 53% acima do menor nível alcançado no país, de 14 milhões, em 2014. Entre tantas consequências, o espectro da fome, que havia sido superado nesse período, como constatou a FAO, pode estar voltando com maior rapidez do que se possa imaginar.

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A avaliação desses resultados deve levar em conta o contexto bastante particular pelo qual passa o Brasil desde 2015 e mais marcadamente em 2016, quando vive aguda crise econômica e política, culminando com a queda da presidenta eleita e a reversão das prioridades que tinham sido confirmadas pelas urnas. Em nome do restabelecimento do equilíbrio fiscal, a partir de maio de 2016, radicalizam-se as medidas recessivas tomadas pelo novo governo. Um dos custos mais altos para o país, derivado dessa lógica de enfrentamento da crise, foi o acelerado aumento do desemprego. E quem pagou a conta mais cara foi a camada de menor renda das regiões com mercado de trabalho mais estruturado.

De fato, a reversão dos patamares de pobreza se verifica com maior intensidade nas regiões mais desenvolvidas, como consequência do aumento do desemprego, da perda de ocupações com carteira e da estagnação do rendimento do trabalho. O quantitativo de pessoas em extrema pobreza aumentou, entre 2014 e 2016, 204% na região Centro-Oeste, mais do que o dobro da média do país. No Sudeste e Sul, o quadro é igualmente desalentador, com ampliação de 140% e 189%, respectivamente. A evolução da extrema pobreza no Rio de Janeiro foi das mais intensas: de 209 mil pessoas em 2014 passou para 481 mil pessoas em extrema pobreza em 2016, ou seja, 2,3 vezes maior.

O cenário só não foi pior porque o aumento da extrema pobreza nas duas áreas de forte concentração de pobres – Nordeste e Norte – não seguiu o mesmo ritmo, o que mostra a importância da ampliação do escopo e escala dos programas sociais desde 2003. Não fosse a criação do Programa Bolsa Família e a ampliação da cobertura do Benefício de Prestação Continuada e da Aposentadoria Rural, o quadro seria certamente diferente. Na realidade, o efeito protetor dessas políticas pode rapidamente se exaurir pela falta de correção do valor real dos benefícios assistenciais, pelo descredenciamento de beneficiários e pelas mudanças nos critérios de acesso a esses programas, como indicado na presente proposta de Reforma da Previdência.

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Tudo leva a crer que a piora nos indicadores relacionados à pobreza e à extrema pobreza não se alterou em 2017, haja vista o agravamento do desemprego que ocorreu nesse ano, o que poderá ser confirmado pelo próximo módulo de rendimento médio, previsto para ser tornado público em abril. A divulgação dos resultados da PNAD Contínua trimestral, no final do último mês de fevereiro, que trouxe informações acerca do emprego até o final de 2017, contribui para o entendimento desse contexto, ao mesmo tempo em que indica uma incipiente e precária recuperação do emprego, reafirmam-se elementos de desigualdade. Tendo fechado o ano com 12,3 milhões de desempregados, persistem as desigualdades entre homens e mulheres e entre brancos, pardos e negros. Para uma taxa de desemprego de 11,8%, ela se reduz para 10,5% para os homens, enquanto atinge 13,4% para as mulheres. Ao lado disso, o desemprego de brancos fica em 9,5%, chegando a 13,6% para pardos e 14,5% para negros. E pardos e negros representam 63,8% do total de desempregados.

As políticas de enfrentamento da crise, dentro do modelo que foi adotado, trouxeram um pesado fardo para o país, revertendo o período auspicioso de desenvolvimento com forte inclusão social. O ajuste fiscal que vem sendo realizado contrai o crescimento, restringe a receita, gera desemprego e acelerada ampliação da pobreza, como foi demonstrado. Reverte, também, o movimento que vinha sendo realizado de diminuição da desigualdade, o que tende a se acelerar com as restrições orçamentárias, através de cortes e contingenciamentos sobre programas e ações que poderiam atenuar as perdas sofridas pelos mais pobres.

 

FONTE: Rede Brasil Atual

Os bancos, setor mais lucrativo da economia, foram os maiores beneficiados com o Refis, programa de parcelamento de débitos tributários da União. Itaú, Santander, Safra e Rural tiveram abatimento de mais da metade das suas dívidas pelo governo federal. Juntos, os quatro bancos negociaram uma dívida total de R$ 657,3 milhões, mas terminaram se comprometendo a pagar apenas R$ 302 milhões.

“É um absurdo. Em 2017, o Itaú obteve o maior lucro da história de uma instituição financeira no país, R$ 24,8 bilhões, crescimento de 12,3% em relação a 2016. Por sua vez, o Santander tem no Brasil sua maior fonte de lucro em todo o mundo. No ano passado teve o seu melhor resultado no país, embolsando mais de R$ 9 bilhões, crescimento de 35,6% em 12 meses. Mesmo com estes resultados impressionantes, os bancos no Brasil seguem cortando postos de trabalho. Juntos, Itaú, Santander e Bradesco extinguiram quase 18 mil empregos. Qual a razão para que um setor que lucra bilhões e que não contribui com o nível de emprego no país seja beneficiado com o perdão de dívidas milionárias”, questiona a presidenta do Sindicato, Ivone Silva.

“Enquanto congela investimentos públicos por 20 anos, inclusive em saúde e educação, rasga a CLT com a reforma trabalhista, que teve a colaboração dos bancos, e tenta impor o fim da aposentadoria pública, o governo Temer abre mão de receitas milionárias com o perdão de dívidas do setor financeiro. Isso joga por terra o discurso de austeridade fiscal e escancara a quem serve hoje o governo federal”, acrescenta.

Refis
O perdão concedido pelo governo federal no parcelamento de débitos tributários, o Refis, deve chegar a R$ 62 bilhões, o dobro do calculado inicialmente pela Receita Federal. Isso porque, diferente da primeira versão do programa, o Refis aprovado tem regras mais generosas, que permitem descontos de até 70% em multas e 90% nos juros.

As regras mais generosas no Refis são fruto da pressão de parlamentares, muitos com débitos com a União. Temer cedeu à pressão, de olho na votação da reforma da Previdência, que acabou sendo engavetada devido à mobilização dos trabalhadores de diversas categorias, incluídos os bancários.

Fonte: SPBancários

Na quinta-feira (22), no Dia Mundial da Água, mais de sete mil pessoas marcharam em Brasília contra a mercantilização da água e em defesa da soberania popular.

A manifestação marcou o encerramento do Fórum Alternativo Mundial da Água (FAMA2018), que reuniu trabalhadores e trabalhadoras da cidade e do campo, das águas e das florestas, representantes de povos originários e comunidades tradicionais, articulados em 450 organizações nacionais e internacionais de todos os continentes.

Os manifestantes saíram do Parque da Cidade, atravessaram o eixo monumental, passaram pelo local do 8º Fórum Mundial das Águas - Fórum das Corporações - e foram até a porta da Rede Globo para denunciar que a água é um bem público e não pode ser tratada como mercadoria pelos golpistas.

“Percorremos quase quatro quilômetros denunciando a intenção das grandes corporações, do governo federal, do agronegócio, do mercado financeiro que querem nossa água para transformá-la em mercadoria sem se importar com vidas e com a natureza”, contou o secretário Nacional do Meio Ambiente da CUT, Daniel Gaio, que destacou: “também denunciamos a mídia que contribuiu fortemente para o golpe e agora defende a entrega das nossas águas”.

A pluralidade das discussões do FAMA 2018 resultou num documento final que contou resumidamente como foram as atividades e os debates na capital federal e apresentou propostas sobre o tema.

“Nosso projeto para as águas tem na democracia um pilar fundamental. É só por meio de processos verdadeiramente democráticos, que superem a manipulação da mídia e do dinheiro, que os povos podem construir o poder popular, o controle social e o cuidado sobre as águas, afirmando seus saberes, tradições e culturas em oposição ao projeto autoritário, egoísta e destrutivo do capital”, diz trecho do documento, que será entregue aos governantes locais e ao Congresso Nacional.

O documento também denuncia as consequências das privatizações para a população, como o aprofundamento das desigualdades, a contaminação e envenenamento das águas, a destruição das nascentes e rios e ataques violentos aos povos e seus territórios.

Para a vice-presidenta da CUT, Carmen Foro, que apresentou o documento no ato de encerramento, o FAMA 2018 foi um dos eventos mais importantes que aconteceu neste último período sobre o tema e destacou que a unidade dos diferentes povos enriqueceu o debate e a luta mundial a favor da água como direito.

“O resultado desse encontro apontou para a luta de enfrentamento nos países de todas as regiões do planeta para defender a água como um bem público, pertencente ao povo”, disse Carmen.

Para o secretário Nacional do Meio Ambiente, Daniel Gaio, “a luta contra a mercantilização da água não termina com encerramento do FAMA 2018, pelo contrário, a luta será ainda maior”.

“A CUT colocará a pauta em defesa da água como direito como uma das prioridades de luta. Defender a água é defender os direitos e a vida dos brasileiros e das brasileiras e a CUT está nas ruas para lutar pela classe trabalhadora”.

Fonte: CUT

Foi realizada na noite da terça-feira (20), a assembleia das mulheres do Fórum Alternativo Mundial das Águas (FAMA), no Pavilhão de Exposições no Parque da Cidade em Brasília (DF). Na atividade, as mulheres afirmaram a importância de seu protagonismo na luta contra a mercantilização da água e a necessidade de se pensar esse tema com um viés feminista.

Uma mística em memória de diversas mulheres lutadoras assassinadas deu o tom para o início da assembleia. Entre as homenageadas estavam Marielle Franco, Berta Cáceres, Margarida Maria Alves, entre tantas outras.

A água é essencial para a reprodução da vida, e um dos pontos presentes na maioria das falas foi justamente a relação que as mulheres têm com esse tema por conta do trabalho doméstico e de cuidados atribuído a elas.  Para Natália, da Articulação de Mulheres Brasileiras, “a questão da água recai sobre as mulheres de maneira visceral” porque “em uma sociedade machista o cuidado não é compartilhado, então pensar a saúde, a alimentação da família, tudo que necessita de água acaba sendo de responsabilidade das mulheres”.

Nalu Farias, da Marcha Mundial das Mulheres, lembrou que a ligação das mulheres com o tema da água não é natural, mas construída socialmente pelo patriarcado, através da divisão sexual do trabalho: “Nós realizamos o trabalho doméstico e de cuidados, que está na base de sustentação da vida, por isso a água é muito importante para nós”. Segundo ela, “o capitalismo está atacando as bases da vida” ao avançar sobre os bens naturais.

Com essa compreensão, as mulheres afirmaram que a privatização da água e sua transformação em mercadoria é uma grande ameaça. As mulheres serão as mais prejudicadas pois, sem o acesso à água em abundância como um direito, terão uma sobrecarga ainda maior de trabalho, além de sofrer com insegurança alimentar, avanço da violência sexista e pioras nas condições de vida em geral.

“Nós somos as mais prejudicadas – somos nós que andamos quilômetros atrás de água, fazemos fila para o carro pipa…”, afirmou Mazé Morais, da Marcha das Margaridas, que demonstrou preocupação com o avanço da privatização da água. Segundo ela, essa é a causa do aumento da miséria e da pobreza para a população. Ela ainda lembrou como o avanço das grandes empresas sobre os territórios representa diversas formas de violência para as mulheres. “As empresas vem contaminando nossas águas, roubando nossos territórios e violentando nossos corpos de várias maneiras, inclusive sexual.”

Aparecida, da Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Quilombolas (Conaq), lembrou a importância da luta pela demarcação dos territórios dos povos tradicionais. “Quando não regulariza uma terra indígena ou quilombola, se está dando abertura para as grandes mineradoras, grandes empresas, violando as leis e expulsando nossas populações”.

As mulheres ressaltaram a importância de sua presença na luta em defesa da água, mas também pautaram a importância da construção de um novo projeto, que se contraponha às propostas do capital e considere a dimensão do trabalho reprodutivo, aliando a perspectiva anticapitalista à visão feminista. A quilombola Neinha, representando as mulheres da Via Campesina, destacou que as mulheres têm que se organizar para lutar contra esse processo e fazer valer o modo de vida almejado: “Nós temos nosso projeto de vida expresso em um plano camponês com soberania alimentar e hídrica”.

Julieta Paredes, indígena aymara da Bolívia, apresentou sua concepção de feminismo indígena comunitário, afirmando que, se queremos que o mundo avance, é preciso que homens e mulheres caminhem juntos. “A comunidade é como um corpo em que os homens são metade e as mulheres são a outra metade. Precisamos dos olhos, braços e pernas das mulheres para que a comunidade avance”, sentenciou.

As mulheres finalizaram a assembleia lembrando que a terça-feira foi um dia de luta protagonizado pelas mulheres do MST ao ocuparem a sede da Nestlé em São Lourenço (MG), contra a privatização da água no Brasil, entoando um forte grito que dizia “Mulheres, água e energia não são mercadoria!”

Fonte: CUT Nacional

A Previ, fundo de pensão dos empregados do Banco do Brasil, divulgou nesta semana o balanço anual de 2017. O fundo acumula, no Plano 1, déficit de R$ 4,2 bilhões. O valor está abaixo da chamada linha de solvência e por isso, de acordo com a legislação e com o tamanho das reservas do plano, não precisa de equacionamento. Com isso, os participantes da Previ não terão que pagar contribuições extraordinárias. Os dirigentes do fundo apostam na alta rentabilidade da renda variável para recuperar resultados e avaliam a possibilidade de destinar parte dos ganhos para cobrir uma possível redução na meta atuarial.

Com cautela, Previ pensa em reduzir meta
A Previ avalia a possibilidade de utilizar resultados aferidos no 1º bimestre de 2018 somados à valorização das ações da Vale para reduzir em 0,25% a meta atuarial, que hoje é de INPC + 5,5%. Com o novo acordo de acionistas da Vale, o fundo poderá contabilizar as ações do investimento pelo valor de mercado – em 2015 chegou a R$ 11 e hoje passa de R$ 40 –, o que pode gerar resultado suficiente para bancar os R$ 4 bilhões necessários ao ajuste na meta.

Com pressa, Funcef já reduziu
Já os empregados e aposentados da Caixa vivem outra realidade. Em janeiro, a Funcef reduziu a meta atuarial de uma vez só, em 1 p.p. para 4,5%. A diretoria da Funcef calcula serem necessários R$ 6 bilhões para bancar a redução e já implementou a medida, enquanto o fundo, considerados todos os planos, acumula R$12,2 bilhões em déficits até novembro de 2017.

Ao contrário do que acontece com os participantes da Previ, o pessoal da Caixa já está pagando do próprio bolso. No REB e no Novo Plano, quem tem acessado a área de Autoatendimento no site da Funcef para realizar simulações de benefícios, encontra projeções cerca de 10% menores em comparação com dezembro de 2017.

"A redução da meta traz mais conforto aos dirigentes da Funcef, que são avaliados por performance. Ao implementar essa medida sem os recursos necessários, eles mostram que querem tão somente uma meta para bater, mesmo que isso signifique perdas para os participantes", critica Fabiana Matheus.

Clique aqui para acessar a área de autoatendimento da Funcef e fazer a simulação de benefício futuro.

Renda variável eleva resultado da Previ
Embora tenha reduzido sua participação em renda variável, esse segmento foi considerado fator determinante para o resultado nos planos da Previ. No Plano 1, por exemplo, a rentabilidade da carteira de renda variável chegou a 21,34% ante a meta de 7,17% para o ano passado. Durante a apresentação dos resultados, o presidente da Previ, Gueitiro Guenso, afirmou que o foco agora é maximizar benefícios e olhar para frente. A Previ tem hoje mais de 200 mil participantes e cerca de R$ 180 bilhões em reservas.

Diretora de Saúde e Previdência da Fenae, Fabiana Matheus comenta sobre o peso da renda variável na rentabilidade obtida pelo Plano 1 da Previ, o equivalente ao Reg/Replan da Funcef. “Esse plano tem mais de 40% de sua carteira em renda variável. Com a alta rentabilidade desse segmento, foi possível reduzir o déficit de R$ 13,9 bilhões para pouco mais de R$ 4 bilhões. Se estivessem apostando apenas na renda fixa, a situação seria bem pior”, alerta a diretora da Fenae.

Fonte: Fenae

Através da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa) A Contraf-CUT enviou nesta terça-feira (20) um ofício à Caixa Econômica Federal com a cobrança do cumprimento do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), na qual consta o Plano de Assistência à Saúde, conquista histórica no campo dos direitos fundamentais da pessoa humana.

O documento assegura a assistência médica, hospitalar, odontológica, psicológica, fonoaudiológica, fisioterápica, de serviços sociais e medicina alternativa reconhecidos pelo Ministério da Saúde, aos seus empregados e respectivos dependentes.

Contudo, a CEE/Caixa e os integrantes do conselho de usuários não têm acesso a informações, dados e documentos, cujo teor é comum às partes, e que são elementos indispensáveis para “consolidar a responsabilidade mútua sobre os recursos do Saúde CAIXA. 

“Nós formalizamos as nossas reivindicações nesse ofício e, caso elas não sejam atendidas em prazo razoável, será preciso adotar medidas judiciais, inclusive com penalidade por descumprimento do ACT”, explicou Dionísio Reis, coordenador da CEE/Caixa. 

Com isso, os representantes dos trabalhadores fizeram as seguintes solicitações: apresentação de relatório atuarial e balancetes mensais do exercício de 2017, para fins de acompanhamento do plano e verificação da necessidade de ajuste (ACT, Cláusula 32, § 8º); apresentação de relatório atuarial; Identificação do valor total do superávit e respectiva discussão da destinação do mesmo, nos termos do (ACT, § 9º); aplicação correta da regra de remuneração, pela taxa SELIC, sobre os valores do Fundo de Reserva de Contingência (§ 10º); apresentação dos relatórios financeiros mensais e anuais para possibilitar a efetiva atuação do Conselho de Usuários, garantida no ACT;  apresentação dos resultados da pesquisa anual de atendimento e satisfação dos usuários do Saúde Caixa (§ 13º); implementação de um canal oficial e centralizado de comunicação com os conselheiros representantes dos empregados;

Fonte: Contraf-CUT

Nós das federações e sindicatos que compõem o Comando Nacional dos Bancários, reunidos nesta terça-feira (20), em São Paulo, na sede da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), homenageamos a vereadora Marielle Franco, do PSOL do Rio de Janeiro, que foi brutalmente executada na noite do dia 14 de março.

A luta que ela desempenhava em defesa da população empobrecida das periferias e favelas do Rio de Janeiro é digna de orgulho por todos nós. Marielle lutava não apenas contra a violência praticada por militares contra a população destas localidades, sobretudo contra negros e negras. Lutava contra todo tipo de discriminação e auxiliava, inclusive as mulheres viúvas de policiais militares mortos, que são obstruídas em seu direito de receber indenizações e pensão do Estado em decorrência da morte de seus maridos durante trabalho para a Polícia Militar do Rio de Janeiro.

Por meio da atuação de Marielle, muitos policiais e seus familiares puderam perceber que a luta por direitos humanos, ao contrário do que o senso comum acredita e propaga, não é uma luta “em defesa de bandido”. A defesa dos direitos humanos, como sabemos e defendemos, é a defesa dos direitos mais básicos de toda a população, como a defesa de um sistema de saúde digno e de qualidade, da educação pública de qualidade, da moradia, do transporte público e do amparo do Estado aos trabalhadores que pagam seus sistemas de Previdência e merecem receber o retorno dos recursos que pagaram quando chegar o momento de sua aposentadoria, quando estiverem impossibilitados de trabalhar, ou quando forem mortos no desempenho de suas funções.

Sabemos que essa luta pelos direitos de todos é exercida por todos os ativistas de direitos humanos. Mas, precisou a vereadora Marielle ser executada para isso ficar patente.

Toda a população que luta por uma sociedade na qual haja justiça para todos perde muito com a morte de Marielle, uma incansável batalhadora pelos direitos de todos.

É por isso que não apenas homenageamos a vereadora Marielle pelo seu trabalho, mas também repudiamos o seu assassinato e a forma como o mesmo foi executado. Mais do que repudiar, não vamos sossegar se não houver uma rigorosa apuração para que se encontre os culpados. Para que todos, não apenas aqueles que puxaram o gatilho, sejam julgados e condenados.

Marielle lutava por justiça para todos. Nós, exigimos justiça para Marielle. Assim como ela lutava pelo amparo das vítimas da violência no Rio de Janeiro, também exigimos que a família de Marielle seja amparada. Não apenas financeiramente, mas também receba o aparo de ver os culpados julgados e punidos.

Marielle. Presente! Sempre.

Comando Nacional dos Bancários

Fonte: Contraf-CUT

Almir Aguiar*

Era dia 21 de março de 1960. Mais de 20 mil ativistas protestavam pacificamente na cidade de Johanesburgo, África do Sul, contra a “Lei do Passe”, uma das arbitrariedades do regime de apartheid. A lei obrigava a população negra a usar um cartão que determinava os lugares onde poderiam circular na cidade.

Mesmo vendo que era uma manifestação pacífica, a polícia racista disparou contra a multidão, matando 69 pessoas e ferindo outras 186. A barbaridade ficou conhecida como o Massacre de Sharpeville. O apartheid foi um regime de segregação racial adotado na África do Sul até 1994. Os direitos da maioria dos habitantes, negros, eram praticamente inexistentes e controlados pela minoria branca.

Em 1976, após muita pressão dos movimentos de luta contra o racismo em todo mundo, a ONU instituiu o dia 21 de março como Dia Internacional de Luta pela eliminação da discriminação racial ao condenar o regime racista da África do Sul. Que só teve fim com a chegada de Nelson Mandela ao poder.

No Brasil, a Constituição Federal de 1988 determinou que a prática de atos de racismo seja considerada crime imprescritível e inafiançável, sujeitando o criminoso à pena de reclusão.

Mas, a realidade da população negra ainda é alarmante. Entre 100 vítimas de homicídio, 71 são negras. Os cidadãos negros têm 23,5% mais de chance de serem assassinados em relação a outras raças, isso independente de sua situação econômica (Atlas da Violência 2017, Ipea).

O assassinato da vereadora carioca Marielle Franco, na noite de quarta-feira (14/03) é um exemplo claro dessa violência. A vereadora expressava a luta de todos nós, mulheres e homens que necessitam todos os dias afirmar seus direitos e reivindicar sua ampliação.

Por isso, é preciso todos os esforços para manter e fazer avançar as políticas afirmativas no Brasil para que possamos dar fim às desigualdades sofridas pela população negra, que representa 54% da população brasileira. As cotas no ensino superior e na administração pública, a inclusão de conteúdos ligados às tradições culturais africanas nas escolas e o combate à perpetuação do racismo, políticas que foram iniciadas no governo petista com o presidente Lula e continuadas pela presidenta Dilma são avanços que ajudaram em parte na reparação histórica devida à população negra.

Há 15 anos, o presidente Lula, neste Dia Internacional contra a Discriminação Racial, instalou a Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR) com o objetivo de promover as políticas públicas para a população negra e combater a desigualdade racial.

Segundo dados do Instituto Lula, o número de estudantes negros no ensino superior triplicou de 2003 a 2012. Em 2001, apenas 10,2% deles estavam na universidade. Em 2012 o percentual chegou a 37,4%. Graças a ações como o ProUni, à expansão da rede federal de ensino superior e à ampliação do número de vagas nas universidades já existentes.

Entre outras conquistas desse período, temos a sanção da Lei nº 10.639/03, que tornou obrigatório o ensino de história e cultura afro-brasileiras na grade curricular das escolas de todo o país. Em seguida, sancionada por Dilma, em 2011, outro importante avanço na valorização da população negra: a Lei nº 12.519/11, que instituiu o dia 20 de novembro como o Dia Nacional da Consciência Negra. Ainda no governo Dilma, foram sancionadas mais duas leis que devem ser comemoradas: as que estabeleceram cotas para negros no ensino superior e nos concursos públicos federais.

Outro dado importantíssimo que reforça a urgente e necessária volta de Lula à presidência é que, entre 2003 e 2013, a renda da população negra cresceu 51,4% (IBGE). Mesmo assim, a renda dos negros ainda corresponde a apenas 57,4% da dos brancos.

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) tem buscado negociar com os bancos para avançar nas políticas contra o preconceito e a discriminação no sistema financeiro. São mais 500 mil bancários em todo país, mas infelizmente, só 24,7% destes trabalhadores são negros. Em cargos de direção, praticamente inexistem negros, o que mostra que a cor da pele ainda é um impeditivo para ascensão profissional. Precisamos avançar no empoderamento do povo negro, sem discriminação salarial e com igualdade de oportunidades.

Vamos à luta e viva zumbi dos palmares!

Fonte: *Secretário de Combate ao Racismo da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT)