Abril 27, 2025
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O Coletivo Nacional de Formação da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) se reuniu, na tarde de terça-feira (14), e debateu, entre outros temas, a necessidade da realização de um novo senso nacional sobre o tema, que diagnosticará a situação da formação bancária no ramo financeiro.

Elizabeth Paradela, Diretora do Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense, representou a entidade na reunião.

A proposta é que a pesquisa seja respondida pelos secretários de formação, com o intuito de balizar o planejamento e a execução das ações formativas conjuntas da Contraf-CUT, federações e sindicatos. “A formação sindical e política é fundamental na luta dos trabalhadores. Há uma constante disputa ideológica em nossa sociedade, na qual as grandes corporações utilizam todo o seu poder para propagar principalmente a visão neoliberal. O objetivo principal do coletivo nacional de formação é debater, planejar, executar e avaliar ações de formação que fortaleçam a visão classista e ajudem na unidade dos trabalhadores”, afirmou Rafael Zanon, secretário de Formação da Contraf-CUT.

Houve ainda o debate sobre a realização de cursos de formação política nas Federações, em parceria com a Confederação, voltados para os novos dirigentes. Na reunião também foram destacados temas como a necessidade de um programa de formação política permanente diante de uma conjuntura bastante complexa e a necessidade de formação focada na comunicação classista, voltada para dirigentes e lideranças.

Outros pontos enfatizados no encontro foram a importância de ações formativas voltadas para a nova realidade digital e a importância da área de formação e comunicação das entidades andarem juntas. Também foi iniciado um debate sobre a questão da formação profissional nos sindicatos e levantados temas e eixos prioritários para realização de atividades formativas, tais como a questão dos juros, a reforma tributária, a questão da dívida pública, os preços dos combustíveis e a soberania energética.

O encontro contou com um informe sobre o curso de transformação do sistema financeiro, promovido pela Faculdade 28 de agosto, com inscrições abertas.

A próxima reunião ordinária do Coletivo Nacional de Formação ficou prevista para o dia 19 de abril.

Fonte: Contraf-CUT

Entre os dias 15 de março e 30 de abril, todos os brasileiros e pessoas residentes no Brasil que receberam em 2022 mais de R$ 28.559,70 deverão declarar o Imposto de Renda.

Ou seja, independentemente da pessoa ser assalariada, aposentada ou pensionista do INSS, se o valor de rendimentos tributáveis alcançou este limite determinado pela Receita Federal, a pessoa deve acertar as contas com o leão.

Contudo, se o aposentado ou pensionista do INSS tiver mais do que 65 anos, o valor mensal de isenção é de R$ 3.807,96.

Além disso, é importante ressaltar que o valor recebido pelo INSS não entra na tributação do IR, mas se ele receber renda extra, essa deve ser declarada.

No caso da pessoa ter tido renda anual em 2022 abaixo do valor total mínimo, mas ao mesmo tempo possuir bens que somam mais de R$ 300 mil, ela também deve declarar o imposto. Aqueles que fizeram transações comerciais ou vendas acima de R$ 300 mil e quem lucrou com atividades rurais em valor acima de R$ 142 mil também devem declarar.

Quanto aos rendimentos não tributáveis, pessoas que ultrapassaram os R$ 40 mil também devem realizar a declaração. Vale ressaltar que isso também vale para investidores da bolsa de valores que obtiveram soma superior a R$ 40 mil.

Estrangeiros residentes no Brasil durante o ano de 2022 que alcançaram estes valores de rendimentos também são obrigados a declarar a renda.

Segundo informações divulgadas pela Receita Federal, a estimativa é que cerca de 39 milhões de declarações sejam entregues dentro do prazo estipulado.

Documentos

Pessoas que trabalham em empregos formais, por exemplo, precisam solicitar aos empregadores os informes de rendimentos, que trazem os dados sobre salários, pensões, aposentadorias, distribuições de lucros e outras fontes de renda.

Também é necessário buscar as informações sobre outros tipos de renda, como doações, pensões ou heranças, além de comprovantes de compra e venda de imóveis e de participação acionária em empresas, se for o caso.

Para conseguir o abatimento de gastos com saúde, educação, previdência privada e doações realizadas, os contribuintes precisarão dos comprovantes de pagamento destes serviços.

É obrigatório apresentar RG, CPF e Título de Eleitor do titular, assim como a cópia da última declaração enviada e os dados de conta bancária ou Pix por onde a restituição do IR deverá acontecer.

Novidades

Neste ano, a Receita Federal está disponibilizando a versão pré-preenchida da declaração, que importa automaticamente do sistema informações atualizadas sobre o contribuinte, visando facilitar o processo da declaração e minimizar erros. De acordo com a Receita, o uso da declaração pré-preenchida deve alcançar 25% dos contribuintes.

Para realizar a declaração pelo celular ou tablet com o modelo pré-preenchido, assim que iniciar a declaração pelo app Meu Imposto de Renda, o contribuinte deve escolher a opção "pré-preenchida". Se fizer a declaração pelo programa disponível para computadores, a pessoa deve selecionar a opção "iniciar declaração a partir da pré-preenchida".

A Receita afirmou que quem utilizar as informações disponibilizadas pela declaração pré-preenchida terá prioridade nos lotes de restituição do IR. Além disso, a prioridade também contemplará aqueles que, no momento da declaração, optarem por receber a restituição via Pix, desde que a chave seja o número do CPF.

Restituição

Este ano a restituição do IR acontecerá em cinco lotes distribuídos entre os meses de maio e setembro. Serão priorizados idosos acima de 80 anos, seguidos de contribuintes acima dos 60 anos. Na sequência vêm as pessoas com deficiência e portadoras de doenças graves, assim como os contribuintes que possuem principal fonte de renda oriunda do magistério.

Os lotes serão pagos nos dias 31 de maio, 30 de junho, 31 de julho, 31 de agosto e o último entrará em 29 de setembro.

Fonte: Brasil de Fato

Ao apresentar os resultados de 2022, a direção do BNDES alertou que o banco está “encolhendo” e anunciou a meta de dobrar os desembolsos nos quatro próximos anos. Isso não para crescer, mas só para voltar à média histórica, em torno de 2% do PIB. “Isso significa que queremos, até 2026, dobrar o tamanho do BNDES, para que ele possa cumprir sua função social”, afirmou o presidente da instituição, Aloizio Mercadante, durante entrevista coletiva na tarde desta terça-feira (14).

Pouco antes, o diretor financeiro e de crédito digital para MPMEs (micro, pequenas e médias empresas), Alexandre Abreu, havia dito que, em termos de crédito, o banco tem hoje “o mesmo tamanho” de 2008. “O BNDES vem encolhendo sua carteira de crédito de forma bastante expressiva nos últimos anos. Isso é preocupante não apenas para o país, mas também para o banco, porque o fator de geração de receita vem caindo”, afirmou.

A média de desembolsos equivale a 1% do PIB nos seis últimos anos. Em um período de 20 anos, a média fica em 2,3%, subindo para 3,3% de 2008 a 2015. Ficou acima dos 4% em 2009 e 2010.

Carteira de crédito

Assim, em valores corrigidos, a carteira de crédito (de aproximadamente R$ 480 bilhões) se iguala nessa comparação, mas equivale agora a 5% do PIB, ante 7% em 2008. “Caímos cerca de 30%. O principal gerador de receita vem caindo. Se essa curva continuar nessa proporção, vamos ter problemas de resultado”, disse Abreu. Em 2014 e 2015, o volume de crédito ficou acima de 11% do PIB.

No informe divulgado hoje, o BNDES relatou que em 2022 “seguiu a tendência de redução de ativos, um processo que vem ocorrendo desde 2015”. Foram de R$ 1,4 trilhão, no final de 2014, para R$ 684 bilhões, queda de 51% nesse período. Segundo o banco, isso aconteceu, basicamente, por três fatores: redução da carteira de crédito, devoluções ao Tesouro Nacional e venda de participações acionárias.

Mercadante ressaltou que é preciso “rever” a relação com o Tesouro Nacional, pelo volume de repasses do BNDES nos últimos anos. De 2015 a 2022, incluindo tributos, dividendos e outros itens, os repasses do banco ao Tesouro somaram R$ 873 bilhões, em valores não corrigidos.

‘O BNDES é um grande instrumento para financiar a reindustrialização do país, o aumento da produtividade’, afirma Mercadante (Foto: reprodução YouTube)

Negociação com a Fazenda

“Já devolvemos 257 bilhões a mais do que recebemos de subsídio”, disse Mercadante. “O próprio Banco do Brasil paga 40% de dividendos. Por que o BNDES vai pagar 60%? Isso é parte da negociação com a Fazenda. Conversamos com todas as instâncias da Fazenda, com a Casa Civil, em linhas gerais com o presidente Lula, o vice-presidente (Geraldo) Alckmin. Acreditamos que tem espaço para negociar, dado o volume de recursos que já repassamos”, acrescentou o presidente do banco.

Os repasses reduzem também a capacidade de empréstimos, que já vêm caindo por motivos diversos. Mercadante citou o exemplo da indústria, que teve R$ 180 bilhões de desembolsos do banco em 2010, R$ 44 bilhões em 2016 e apenas R$ 19 bilhões no ano passado. “Não há pedido de exportação de serviço de engenharia no BNDES hoje. Queremos recuperar a exportação de bens e manufaturados. O BNDES é um grande instrumento para financiar a reindustrialização do país, o aumento da produtividade.” Para recuperar produção industrial e para de assistir ao “desmonte”, é preciso também investir em inovação, acrescentou.

Empresas precisam exportar

Em relação às exportações, ele observou que “98% do mercado existente está fora do Brasil”. Ou seja, o país representa apenas 2% da economia mundial. “Para nossas empresas terem competitividade, elas precisam exportar. Isso gera impostos, crescimento, progresso, inovação.”

O lucro líquido recorrente em 2022 foi de R$ 12,5 bilhões, com desembolsos totais de R$ 97,5 bilhões. O dado recorrente foi obtido a partir de um resultado contábil líquido de R$ 41,7 bilhões, “deduzido daqueles efeitos de caráter extraordinário que não se repetirão nos anos seguintes”. Por exemplo, a receita com dividendos da Petrobras (R$ 17,2 bilhões). O banco fechou o ano com 2.442 funcionários.

Fonte: Rede Brasil Atual

O programa Mulheres de Favela, da Caixa Econômica Federal, já está em funcionamento. Lançado na sexta-feira (10), na Vila Cruzeiro, no Complexo da Penha, no Rio de Janeiro, terá investimentos de R$ 16,6 milhões inicialmente. E pretender levar a 3 mil mulheres de comunidades ações de formação e aprimoramento profissional por meio de cursos e oficinas para, desse modo, proporcionar renda por meio do empreendedorismo. Aulas de educação financeira e marketing digital fazem parte do projeto.

Segundo a Caixa, a expectativa é oferecer a 300 mulheres treinamento em laboratório e depois de 45 dias de formação prática. Outras 1.500 devem participar das oficinas on-line e outras atividades. O projeto foi lançado também em Salvador e em Belo Horizonte.

A presidenta do banco, Maria Rita Serrano, diz que a emancipação das mulheres é uma ideia que perpassa o programa, porque “elas têm capacidade de mudar a realidade de sua comunidade e melhorar a vida de suas famílias”.

De acordo com o banco, as participantes são acolhidas e treinadas para começar ou melhorar seu negócio e, assim, obter independência financeira. A proposta foi desenvolvida pela empresa Impact Hub. “Quero destacar como o poder da justiça social, dos programas sociais de um governo comprometido com a população, é capaz de mudar vidas. A força da Caixa se une à potência da favela e das mulheres”, disse Rita Serrano.

Para a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, o programa vai trazer empregabilidade e proteção social para as mulheres. “É preciso pautar segurança, educação e empregabilidade nas favelas”, afirmou.

Na opinião da primeira-dama Janja da Silva, os moradores têm que ajudar a consolidar o programa. “As políticas públicas não são feitas por um governo. Elas são políticas de Estado e são para a população.”

Parceria com central de favelas

A Central Única das Favelas (Cufa) é parceira do banco no programa. A partir dessa cooperação, a Caixa vem aprofundando seu conhecimento sobre a realidade local e as reais necessidades da população, com o objetivo de elaborar e implantar estratégias de impacto social que atuem diretamente no território e com foco nas mulheres e crianças.

O presidente nacional da entidade, Preto Zezé, destacou que o programa é importante para produzir uma “narrativa” que tire a favela do noticiário policial. “Essa é a luta que a Cufa tem empreendido, de poder produzir a aproximação da favela com o poder público e realizar políticas que durem”, afirmou.

Com informações da Agência Brasil

Fonte: Rede Brasil Atual

A pedido do Comando Nacional dos Bancários, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) se comprometeu a acolher as pautas de reivindicação da categoria para o combate à violência de gênero e contra a desigualdade entre homens e mulheres no trabalho. A manifestação aconteceu nesta terça (14), ao final das discussões em torno da mesa de Igualdade de Oportunidades.

Com base em um relatório apresentado pela técnica do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), Rosângela Vieira, o movimento sindical mostrou que no mercado de trabalho as mulheres ganham, em média, 21% menos que os homens. Na categoria bancária a desigualdade é um pouco mais aprofundada: a remuneração delas é 22,2% menor que a média dos colegas do sexo masculino. “Ao analisar o recorte racial, verificamos que a remuneração da mulher preta é, em média, 40,6% inferior à remuneração do homem bancário branco”, pontuou Rosângela.

Outro destaque foi que a diferença salarial entre homens e mulheres piora conforme aumenta o grau de escolaridade. No caso de trabalhadores com ensino médio completo, por exemplo, as mulheres recebem em média 80,6% do salário dos homens. Entre os trabalhadores com doutorado, elas recebem 78,5% do salário dos colegas.

Saldo negativo para mulheres

A categoria mostrou ainda que na movimentação do emprego bancário, em 2022, houve favorecimento do sexo masculino, com abertura de 3.933 vagas para eles e a eliminação de 1.106 postos de trabalho entre as mulheres. “As admissões de mulheres foram 19,1% menores que a dos homens. E os desligamentos 5,4% superiores entre as mulheres, resultando assim no saldo negativo”, explicou Rosângela.

O levantamento também revelou que apesar do aumento de 70,4% de profissionais da Tecnologia da Informação (TI) contratados pelos bancos, entre 2012 e 2021, a proporção de mulheres na área caiu de 31,9% para 24,9% no mesmo período.

“Desde a pandemia, principalmente, houve expansão da área de tecnologia dos bancos e isso impactou no crescimento de profissionais de TI no setor. Entretanto, o número de mulheres, em relação aos homens, diminuiu em tecnologia. Isso reflete uma questão estrutural, porque, historicamente, as mulheres sempre foram menos incentivadas a atuar nas áreas tecnológicas”, observou a coordenadora do Comando Nacional dos Bancários e presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira.

A dirigente lembrou que recentemente, no Dia Internacional da Mulher, o governo federal lançou uma série de medidas, incluindo recursos para capacitar mais de 40 mil mulheres em situação de vulnerabilidade, na educação profissional e tecnológica, além da criação da Política Nacional de Inclusão, Permanência e Ascensão de Meninas na Ciência, Tecnologia e Inovação, com a destinação de R$ 100 milhões para chamadas públicas do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Canais de combate à violência doméstica

A categoria bancária também cobrou dos bancos dados sobre a implementação dos programas de combate à violência doméstica. “Nós pedimos um balanço sobre os programas, os números de atendimento e também que os canais sejam melhor divulgados para as funcionárias. Queremos entender como os canais estão funcionando, como está sendo a recepção das vítimas e o encaminhamento, inclusive, jurídico que os bancos estão dando às mulheres que fazem denúncias”, disse a secretária da Mulher da Contraf-CUT, Fernanda Lopes.

Ela lembra que o combate à violência doméstica foi uma conquistado da categoria em negociações passadas e que, mais recentemente, em 2022, os bancários conseguiram ainda obter a inclusão de uma cláusula na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) para instalação de canais de combate ao assédio sexual no ambiente laboral. “Também foi acordado que, além de um programa de atendimento às mulheres vítimas de violência, os bancos se responsabilizariam por um programa de formação para combater o assédio”, pontuou.

Fernanda destacou que a categoria bancária, sozinha, desenvolveu o “Basta! Não Irão Nos Calar!”, programa de serviços e atendimento para mulheres vítimas de violência doméstica e familiar, com assessoria jurídica. “O ‘Basta!’ foi criado em dezembro de 2019 no Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, hoje existe em dez sindicatos e, neste mês, será lançado em outros dois, completando 12 canais. Atualmente, temos um saldo de 360 atendimentos, com 256 ações judiciais e 164 pedidos de medida protetiva de urgência obtidos com a assessoria dos sindicatos às vítimas”, completou.

Compromissos da Fenaban

Os bancos afirmaram que vão aprimorar os canais de acolhimento às vítimas de violência na família ou no ambiente de trabalho. “Vamos levar o resumo desta reunião à direção dos bancos, ainda neste mês de março. Em sequência, marcar uma reunião com as áreas de recursos humanos para discutir a questão da queda na contratação de mulheres, especialmente nas áreas de TI. E, nosso terceiro compromisso, é um encontro, no dia 30 de março, com representantes dos bancos, do movimento sindical e com as ONGs contratadas para implementar as propostas contra assédio”, completou Adauto Duarte, diretor de Relações Trabalhistas da Fenaban.

Para o dia 30 de março, ele destacou ainda que serão apresentadas as medidas para combater a diferença de oportunidade entre homens e mulheres. Na data, as três ONGs contratadas pelos bancos para atender a demanda de formação no combate à cultura de violência de gênero (Papo de Homem, Me Too Brasil e IMP Instituto Maria da Penha) também devem mostrar seus planos de trabalho.

Fonte: Contraf-CUT

O jornal Valor Econômico publicou, nesta segunda-feira (13), uma extensa reportagem sobre o novo presidente do fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil (BB), a Previ, João Fukunaga. A matéria parte de “uma defesa enfática da governança da fundação em um encontro (…) com entidades vinculadas ao banco”, feita por Fukunaga. Segundo o jornal, o administrador aproveitou o evento para apresentar sua capacidade de gerir o fundo, o maior plano previdenciário do BB, que tem mais de R$ 240 bilhões em ativos e é grande investidor no país.

Fukunaga ressaltou sua experiência na trajetória de luta no movimento sindical dos bancários. “Nesse período, desenvolvi e exerci minhas habilidades com gestão de pessoas e de projetos, em que usei a minha capacidade de negociação na interlocução com diretores e altos executivos do setor financeiro, tanto no Brasil quanto no exterior. Isso me deu uma ampla experiência em liderança de equipes, além de ter de desenvolver uma sólida capacidade para defender os anseios dos associados”, afirmou, em passagem destacada pelo diário.

Ele afirmou que para “garantir o pagamento de benefícios a todos nós, associados, de forma eficiente, segura e sustentável”, a Previ tem uma “robusta e reconhecida” governança, que, conforme o Valor, é uma “referência no segmento de fundos de pensão”. No evento, Fukunaga disse que a fundação tem “119 anos de experiência e de solidez, desenvolvidos em um sistema que respeita a tradição, mas com um olhar constante na inovação e no futuro. É uma construção fortalecida diariamente, com regras claras, processos e ‘compliance’(…)”. O gestor garantiu que trabalhará para que “a governança da Previ seja cada vez mais aprimorada, para garantir que o futuro de todos os associados seja preservado”.

Em 2022, a Previ apresentou superávit de R$ 5,6 bilhões no Plano 1 (benefício definido da instituição, com rentabilidade de 13,5% no ano), R$ 241 bilhões em ativos totais e um recorde no pagamento de benefícios de R$ 15,6 bilhões. No Previ Futuro (de contribuição variável e R$ 26 bilhões em ativos), todos os perfis de investimentos tiveram rentabilidade positiva, com destaque para o conservador, com 8,4%.

A publicação conta que Fukunaga afirmou que foi indicado ao cargo pelo patrocinador, o BB. O executivo também comentou o fato de o BB ter a primeira mulher presidenta, Tarciana Medeiros. “Tarciana é uma prova de que as mulheres podem e devem ocupar o espaço que desejarem. Que o topo é aonde elas quiserem chegar. E, para isso, está implementando uma política de diversidade e equidade efetiva, que terá eco na Previ. Aqui, assim como no Banco do Brasil, não teremos tolerância com assédio e preconceito de qualquer tipo”, garantiu.

Movimento sindical presente

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e a Comissão de Empressa dos Funcionários do Banco do Brasil marcaram presença no evento. “É muito salutar a nossa presença aqui, neste momento tão especial, no qual não só os eleitos da Previ estão defendendo o patrimônio dos funcionário do Banco do Brasil, mas também o novo presidente da caixa de assistência, que é egresso do movimento sindical. Uma pessoa que está acostumada a defender os interesses dos associados do plano. Por isso, tenho certeza de que este resultado positivo da previ, será a marca registrada da gestão do Fukunaga”, garante Gustavo Tabatinga Jr., secretário-geral da Contraf-CUT.

Fonte: Contraf-CUT

A Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) e a empresa realizaram na tarde desta segunda (13) a primeira mesa de negociação sob a nova gestão do BB. O tema da mesa foi o teletrabalho remoto institucional (TRI).

“Nesta reunião, o banco acolheu as nossas pautas, que é aumentar o público que pode acessar o teletrabalho e as áreas habilitadas, com estrutura para que o funcionário possa fazer realizar suas atividades de casa. O BB também se comprometeu a, nos próximos dias, marcar uma nova data para apresentar avanços nesse sentido”, explica Fernanda Lopes, representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) na CEBB.

Na mesa anterior sobre teletrabalho, que ocorreu em novembro passado, os porta-vozes do banco afirmaram que, até aquele momento, somente 9.849 funcionários estavam exercendo a modalidade do trabalho remoto.

No encontro desta segunda, o banco informou que, atualmente, cerca de 14 mil funcionários estão com acordos assinados para exercer o teletrabalho. “Nós ainda temos espaço para avançar significativamente na implementação do home office”, destaca Fernanda Lopes. “O BB tem muitas áreas onde é possível que o funcionário trabalhe de casa, estamos falando dos escritórios, da Centrais de Relacionamento do Banco do Brasil (CRBB), da área de serviço de atendimento ao cliente (SAC) e os cargos de gerência”, explica.

Pelas regras vigentes, o TRI pode ser exercido em apenas dois dias por semana, ou seja, menos de 50% dos dias úteis, o que impede o direito de receber a ajuda de custo conquistada no novo Acordo Coletivo de Trabalho. Além disso, cada departamento pode ter, ao dia, ausência de, no máximo, 30% dos seus trabalhadores em home office, considerando ausências físicas programadas, como férias e abonos.

O próximo passo indicado pelo banco será a apresentação de um plano para consolidar os pedidos do movimento sindical que, como regra, será encaminhado ao Conselho Diretor (CD) para aprovação das medidas.

Fonte: Contraf-CUT

O Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Sociais (Dieese) divulgou, agora no mês de março, um boletim que trata da situação das mulheres no mercado de trabalho. Os dados do boletim apontam que elas são maioria no mercado, mas enfrentam profundas desigualdades de rendimento e nos tipos de ocupações. 

Para comentar estes dados, o Central do Brasil entrevistou nesta segunda-feira (13) a economista Patrícia Costa. Ela falou sobre o número de mulheres ocupadas, hoje, no mercado de trabalho e os desafios enfrentados por elas em cada segmento. 

O rendimento médio mensal das mulheres é 21% menor do que o dos homens, segundo o Boletim. Quando o grau de instrução da função é mais elevado, a desigualdade de rendimento também aumenta. No setor de educação e saúde, elas ganham 32% a menos. 

"Quanto maior o cargo, maior também será a dificuldade da mulher crescer na carreira. O que está por trás disso é que as mulheres têm dificuldade de seguir a carreira porque, para ela, é sempre aquela escolha: a carreira ou os meus filhos. É necessário que se tenham oportunidades de crescimento de carreira e que pense que as mulheres possam sair para cuidar das crianças", analisou. 

"Não é justo a mulher ter que escolher entre ter família e ter trabalho. Por que ela não pode trabalhar e ter família?", questionou. 

Ela citou, por exemplo, que as famílias chefiadas por mulheres são as que têm a menor renda e que isso só traduz o nível de desigualdade de gênero no mercado de trabalho. 

"A partir do momento que a inserção da mulher no mercado de trabalho é desigual, a família acaba sentindo essa desigualdade, uma vez que a renda da família será a renda da mulher, que já é menor. Uma menor renda significa, por exemplo, que os filhos, que estão estudando, vão precisar parar os estudos e ir para o mercado de trabalho", explicou. 

A economista também lembrou, na entrevista, que estes indicadores são ainda mais difíceis para as mulheres negras. 

"Para mudar isso, a gente tem que agir em diversos lados. A política para a mulher tem que ser algo transversal e perpassar todas as políticas. As mulheres precisam estar presente nas pautas de Planejamento, Habitação, Crédito", apontou. 

E tem mais! 


O programa continuou falando sobre a baixa presença de mulheres no espaços de decisão. Embora representem 23% da diplomacia brasileira, as mulheres ainda chefiam apenas 19 embaixadas do Brasil em todo o mundo, especialmente em postos de menor relevância. Um problema histórico do Itamaraty, que a Associação de Mulheres Diplomatas do Brasil luta para corrigir durante o governo Lula, embaladas pelo discurso pela paridade de gênero. É o que mostra a reportagem de Alex Mirkhan.

Em Minas Gerais, o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação, o Sind- UTE - MG, passa por um momento difícil. Devido a uma multa aplicada pelo governo do estado, a instituição não tem como se manter nos próximos meses. Quem conta essa história é a repórter Amélia Gomes

O Central do Brasil é uma produção do jornal Brasil de Fato. Ele é exibido de segunda a sexta-feira, ao vivo, sempre às 12h30, pela Rede TVT e emissoras públicas parceiras espalhadas pelo país. 

Fonte: Brasil de Fato

Dois bancos dos Estados Unidos não abriram suas portas nesta segunda-feira (13). O Silicon Valley Bank (SVB), da Califórnia, e o Signature Bank, de Nova Iorque, foram fechados por autoridades americanas após elas constatarem que as instituições não tinham recursos para garantir os depósitos feitos por seus correntistas. Os bancos estavam quebrados.

O fato despertou um alerta no mercado financeiro global. Investidores passaram a temer um efeito sistêmico similar àquele que deu origem à crise de 2008, iniciada com a falência do Lehman Brothers, também dos EUA.

Segundo economistas ouvidos pelo Brasil de Fato, não há indícios de que algo parecido possa ocorrer agora, até porque o governo americano agiu rápido para conter a crise. É possível, inclusive, que as quebras nos EUA tenham efeitos positivos sobre a economia brasileira, acelerando um ciclo de redução da taxa básica de juros, a Selic.

Hoje, a Selic está em 13,75% ao ano – a maior taxa de juros real do mundo. Ela chegou a tal patamar pois o Banco Central brasileiro resolveu elevá-la para tentar conter a inflação, que subiu por conta dos efeitos da pandemia sobre a economia, entre outras coisas.

:: Entenda a disputa entre Lula e o Banco Central ::

Também por conta da pandemia, a inflação subiu em outros países do mundo, como os EUA. Lá, o Banco Central local, o Federal Reserve (conhecido como Fed), também aumentou os juros. E essa elevação foi uma das causas da falência do SVB, até então o 16º maior banco americano.

Investimento frustrado

O SVB havia investido em títulos do governo americano antes da elevação dos juros. Esses títulos eram pré-fixados e tinham juros compatíveis com a realidade antes da pandemia e do surto inflacionário.

Quando o Fed elevou os juros, aqueles títulos comprados pelo SVB perderam valor, pois previam remuneração abaixo daquela que passou a ser praticada. O banco começou a perder dinheiro, seus correntistas passaram a temer pelos recursos que tinham depositado lá e, por fim, ele acabou quebrando.

"Houve uma procura maciça de retirada de recursos e as ações do banco se valorizaram. As pessoas ficaram preocupadas, começaram a retirar recursos do banco. Essa corrida de retirar depósito fez com que o banco perdesse parte do patrimônio e não tivesse mais a garantia de que teria recursos para salvar o dinheiro de correntistas", explicou economista Miguel de Oliveira, diretor-executivo da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac).

Para André Roncaglia, economista e professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), as falências vão forçar o Fed a repensar sua política de juros. Antes da quebra dos bancos, agentes do mercado financeiro previam novas elevações da taxa básica americana. Agora, apostam que ele deva se manter estável – entre 4% e 4,75% ao ano.

Se os juros nos EUA não sobem, disse Roncaglia, cria-se uma espaço para que a taxa de juros no Brasil não suba ou até caia. Na semana que vem, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central brasileiro vai se reunir para discutir a Selic. Levando em conta o baixo crescimento no Brasil e novo o cenário nos EUA, cresce a chance de corte.

"Ter um Banco Central americano subindo menos os juros implica para o Brasil um espaço maior para que o Banco Central brasileiro possa iniciar ou acelerar o processo de corte de juros por aqui", resumiu Roncaglia.

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou nesta segunda-feira, ao comentar sobre eventuais consequências da quebra dos bancos americanos sobre o país, que o Brasil tem espaço para reduzir juros para estimular sua economia.

Efeito sistêmico

Roncaglia ressaltou que seu prognóstico sobre a Selic pode mudar se a crise nos EUA tornar-se sistêmica. Disse também que não se pode ver como essencialmente positiva a quebra de um banco importante na maior e mais influente economia do mundo.

Ainda assim, Roncaglia afirmou que a queda de juros no Brasil poderia trazer benefícios em série para o país. Com a Selic mais baixa, a economia tende a crescer mais, estimulando investimentos, gerando mais empregos e mais renda.

O economista lembrou também que, mesmo que o Copom reduza a Selic nos próximos meses, ela ainda estará muito acima da média mundial. Assim, permanecerá atrativo para o investidor estrangeiro aplicar seus recursos no Brasil. Com a chegada desses recursos, a cotação do dólar tende a cair – e a inflação também tende a baixar.

"A gente pode ter a taxa de câmbio ajudando bastante a desinflacionar a economia", afirmou. "O câmbio está bastante elevado. A redução do câmbio pode ajudar a diminuir os preços dos produtos importados aqui dentro, dando suporte a uma queda de juros ainda maior."

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Oliveira, da Anefac, acrescentou que empresas brasileiras já se manifestaram informando que não estão expostas a problemas ligados ao SVB, o qual tradicionalmente detinha recursos de startups. Isso, disse ele, também minimiza eventuais problemas que a quebra da instituição poderia causar no país.

Ainda segundo Oliveira, o sistema bancário brasileiro é extremamente concentrado e conservador. Ele não crê que bancos nacionais sejam prejudicados pelas falências.

Procurado, o Banco Central não comentou a quebra do SVB e do Signature. A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) não respondeu aos questionamentos do Brasil de Fato.

Fonte: Brasil de Fato

A nova presidenta da Caixa Econômica Federal, Maria Rita Serrano, reuniu-se com o Comando Nacional dos Bancários, para tratar das demandas dos empregados da entidade. O encontro foi realizado por meio de plataforma digital, nesta segunda-feira (13). Ao todo, participaram cerca de 40 representantes da categoria.

No encontro, Rita Serrano recebeu informações e uma série de reivindicações, consideradas históricas pelos empregados da instituição. Para a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, “esse é um claro sinal de mudança na direção do banco público, que agora ouve os trabalhadores e se compromete a valorizar a mesa permanente de negociação. Assim podemos retomar a negociação das pautas que foram abandonadas nos últimos anos pela gestão anterior”.

Rita lembrou de sua origem no movimento sindical, garantiu que todo o governo está empenhado na reconstrução da Caixa, mas disse que esse processo não será algo tão rápido. “A Caixa foi destruída na sua estrutura de tecnologia, na gestão de pessoal, enfim, em todos os setores”, lamentou.

Ações da Caixa

Por outro lado, uma série de ações realizadas nos dois primeiros meses do novo governo também foi apresentada pela presidente da Caixa, como a abertura de 15 agências físicas, apoio para suavizar os danos da catástrofe provocada pelas chuvas no litoral norte paulista, investimento em projetos de sustentabilidade, um programa de apoio a moradoras de favelas que deve alcançar 50 mil mulheres, outro para povos indígenas que vai beneficiar cerca de 10 mil famílias e reestruturação dos programas Bolsa Família e Minha Casa Minha Vida. Rita Serrano também garantiu que a Caixa não mais venderá ativos – prática do último governo usada para privatização de setores lucrativos do banco.

Demandas específicas

Os representantes dos trabalhadores também apresentaram demandas específicas para a garantia de direitos e conquistas trabalhistas. Nesse primeiro contato, a presidenta da instituição afirmou que a retomada do diálogo entre banco e empregados marca o fim da gestão por medo. Ela informou que a Vice-Presidência de Pessoas (Vipes) foi reinstituída, e que o processo seletivo para o cargo está aberto. Serrano também informou que haverá a exclusão da Gestão de Desempenho de Pessoas (GDP), e que os critérios serão revistos.

A executiva também informou que a nova gestão está promovendo a democratização do sistema de comunicação da empresa, que, entre outras medidas, inclui o retorno do espaço de comentários dos funcionários no Jornal da Caixa, que havia sido suspenso pelo ex-presidente Pedro Guimarães. Outro programa lançado foi Diversidade e Inclusão, por equidade no ambiente de trabalho e contra discriminação por raça, cor, gênero, orientação sexual, idade ou deficiência. O movimento sindical também cobrou a retomada das contratações necessárias, e a presidente do banco garantiu que o tema será negociado na mesa permanente.

PLR

Outro ponto cobrado foi a definição da Participação nos Lucros e Resultados (PLR). A dirigente lembrou que o assunto está relacionado ao resultado referente ao exercício de 2022, quando a Caixa ainda era administrada pela equipe do governo anterior, que será divulgado no próximo dia 23 de março. Rita Serrano garantiu que nessa mesma data ocorrerá mesa de negociação com a Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa. Para a coordenadora da CEE da Caixa, Fabiana Proscholdt, o resultado do primeiro encontro foi muito bom, “pois os empregados da Caixa estão sendo ouvidos, e é isso mesmo que esperamos: uma gestão que recoloque a Caixa em seu rumo de banco público, com respeito a todos, clientes e empregados, e que atue com toda a sua força pelo crescimento econômico, que é o que gera emprego e renda. O movimento sindical continuará fazendo o seu papel de cobrar, criticar e exigir os direitos dos trabalhadores”.

Fonte: Contraf-CUT