Abril 27, 2025
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O lucro líquido da Caixa foi de R$ 9,8 bilhões em 2022, com redução de 43,4% em relação a 2021. O resultado de R$ 2,2 bilhões do 4º trimestre de 2022 também representou queda de 32,5% em relação ao 3º trimestre, quando foi de R$ 3,2 bilhões.

Ao longo do ano passado, o banco alcançou margem financeira de R$ 50,9 bilhões, 11,1% a mais que em 2021. Por outro lado, as despesas de provisão para devedores duvidosos subiram 41,5%, e as despesas administrativas, 7,1% – altas que contribuíram para a redução do resultado anual.

Além disso, o lucro de 2021 foi impulsionado por vários eventos não recorrentes, em especial com a venda de ativos relevantes, com ações de abertura de capital da Caixa Seguridade, alienação de ações do Banco Pan, conclusão de parcerias da Caixa Seguridade e Caixa Cartões e venda de imóveis. O mesmo não aconteceu em 2022.

A rentabilidade sobre o patrimônio líquido do banco (ROE) ficou em 8,35% com redução de 8,55 pontos percentuais (p.p.). A carteira de crédito ampliada da entidade teve alta de 16,7% e totalizou R$ 1 trilhão. O crédito com pessoas físicas cresceu 23,3% e somou R$ 142,1 bilhões. No segmento pessoas jurídicas, o crescimento foi de 10,3%, a um montante de R$ 89,0 bilhões.

Com saldo de R$ 637,9 bilhões e participação de 63% na composição do crédito total, o crédito imobiliário cresceu 13,6% em 2022. As operações de saneamento e infraestrutura aumentaram 5,7%, totalizando R$ 99,3 bilhões. O crédito rural cresceu 167,5% e encerrou o ano com saldo de R$ 44,1. A taxa de inadimplência para atrasos superiores a 90 dias foi de 2,09%, com incremento de 0,14 p.p. na comparação com o ano anterior.

Com o crescimento de serviços de governo (11,4%), fundos de investimento (11%) e seguros (64,7%), as receitas com serviços e tarifas aumentaram 5% e foram para o total de R$ 25,1 bilhões. Esse montante foi responsável pela cobertura de 91,08% das despesas com pessoal, incluída a PLR, que cresceram 9,9% em 2022, e foram para R$ 27,6 bilhões.

A Caixa encerrou o ano de 2022 com 86.959 empregados e empregadas, um aumento de 955 postos de trabalho em 12 meses, mas redução de 262 no trimestre. Ao longo do ano, a Caixa atraiu 4,9 milhões de novos clientes, e chegou a um total de 151,1 milhões. O número de agências se manteve estável em 3.372, enquanto foram fechados seis postos de atendimento, 47 lotéricas e abertas 38 unidades de correspondentes Caixa Aqui.

Veja os destaques completos dos resultados da Caixa preparados pelo Departamento Intersindical de Estudos Socioeconômicos (Dieese), subseção Contraf-CUT.

Fonte: Contraf-CUT

O Santander fará uma revisão na nomenclatura dos cargos. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (22), em duas reuniões. Uma foi realizada entre a Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander e o RH do banco, e outra entre funcionários e o presidente do banco, Mario Roberto Opice Leão.

Nova nomenclatura

  • Especialista – Cargo sem gestão de pessoas. Serão subdivididos nos segmentos 1, 2, 3 e 4. Exemplos de cargos atuais que serão inseridos nesta nova nomenclatura: analistas em geral, gerentes de contas e de relacionamento.
  • Líder – Faz gestão de equipes e as mobiliza. Exemplo: gerentes-gerais e gerentes administrativos.
  • Head – Define e direciona estratégias e forma novos líderes. Exemplo: superintendentes.
  • Sócio – Toma decisões. Exemplos: diretores, vice-presidentes e presidente.

Não haverá alteração salarial. Segundo o Santander, as alterações visam a dinamizar e agilizar as decisões, bem como alcançar mais horizontalidade. “Para o movimento sindical, as mudanças de nomenclatura só resultarão em mais dinamismo e agilidade se forem acompanhadas da revisão de processos internos e se houver de fato valorização das pessoas. Acompanharemos de perto essas mudanças para que possamos aferir se haverá outros impactos sobre os trabalhadores”, afirmou Lucimara Malaquias, coordenadora da COE Santander.

As mudanças serão efetivadas a partir de maio. Nos próximos dias, o banco vai enviar um comunicado institucional e individual para cada funcionário detalhando as alterações.

Fonte: Contraf-CUT

O Pix, sistema de transferência financeira lançado pelo Banco Central em 2020 permite que os cidadãos realizem suas transações bancárias de forma digital, ágil e em muitos casos, gratuitamente. Entretanto, é importante saber que existem algumas situações em que o Pix pode ser cobrado.

No geral, pessoas físicas, microempreendedores individuais (MEIs) e empresários individuais (EIs) podem realizar Pix, tanto para pagar ou receber, de forma gratuita. Porém, a depender do banco, pessoas jurídicas podem ser cobradas no momento de receber ou de realizar um Pix. Isso ocorre porque esse tipo de transação fica caracterizada como situação de compra envolvendo, por exemplo, uma empresa.

Quanto a este valor que é cobrado pela transação financeira, o Banco Central não define uma tarifa fixa ou um limite, seja ele mínimo ou máximo. Ou seja, cabe aos bancos a definição do quanto cobrar e se este valor deve ser cobrado.

A Caixa Econômica Federal, por exemplo, não realiza cobranças por transações de Pix em nenhum caso. Já o Banco do Brasil possui uma política que visa cobrar 0,99% do valor transferido ou recebido quando os clientes são pessoas jurídicas, com exceção de MEIs e EIs. Quando se diz respeito ao envio de Pix, o valor máximo cobrado pelo Banco do Brasil pode ser de R$10. Em relação ao Pix recebido, o valor máximo cobrado pode chegar a R$140.

Em caso de dúvidas ou cobranças indevidas é importante entrar em contato com o seu banco para entender a forma como é feita a cobrança. Vale ressaltar que alguns bancos oferecem pacotes de serviços voltados para empresas, que podem incluir a gratuidade do Pix.

Fonte: Brasil de Fato

O Coletivo Nacional de Saúde da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) se reuniu, nesta quarta-feira (22), na sede da entidade, em São Paulo, para definir as prioridades da pauta de reivindicações de saúde e condições de trabalho e a organização do coletivo para os debates da Comissão Bipartite de Saúde e Condições de Trabalho junto à Comissão de Negociações da Federação Nacional dos Bancos (CN Fenaban).

A principal bandeira do coletivo é a retomada da mesa permanente de saúde com a Fenaban. “É um espaço que conquistamos após muita luta para avançar numa temática tão importante para o dia a dia dos trabalhadores do ramo financeiro”, afirmou Mauro Salles, Secretário de Saúde, da Contraf-CUT.

O encontro começou com uma análise de conjuntura da secretária de Saúde do Trabalhador da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Madalena Margarida da Silva. Ela revelou como foi a reunião, realizada em fevereiro, entre representantes da CUT e outras centrais sindicais e o Secretário Executivo do Ministério, Swedenberger Barbosa, em Brasília.

De acordo com ela, a reunião colocou fim a um período sombrio em que não se podiam debater questões como saúde e os direitos dos trabalhadores – temas que negligenciados pelo governo federal, nas gestões de Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL). “É um momento histórico e valioso porque havia seis anos que nós, as centrais sindicais e o Fórum Nacional de Saúde do Trabalhador, não tínhamos um contato com o ministério para colocarmos nossas pautas”, diz a dirigente.

O resultado do encontro, segundo Madalena, foi positivo já que mesmo com todas as dificuldades enfrentadas pelo país, a proteção à saúde dos trabalhadores terá destaque no ministério. “Sabemos que na atual conjuntura, pautas como a econômica, da criação e empregos e outras são igualmente fundamentais e acabam se sobrepondo à gestão de políticas de saúde do trabalhador, mas a resposta foi positiva e saímos do encontro com resoluções importantes”, disse.

Entre as decisões tomadas na reunião estão a realização de um diagnóstico sobre questões relacionadas à saúde do trabalho no âmbito do Ministério da Saúde para conhecimento do Fórum Nacional de Saúde do Trabalhador, coordenado por Madalena Silva.

Depois da abertura, os dirigentes sindicais definiram as estratégias de defesa dos principais pontos da pauta de reivindicação, apresentada à Fenaban, com o pedido de agendamento de uma mesa de negociação.

Foi definido também a realização de um Dia Nacional de Lutas contra o adoecimento no local de trabalho no dia 11 de abril.

Fonte: Contraf-CUT

O Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense esteve presente, nesta última terça-feira, 21 de março, no Centro do Rio de Janeiro, ao ato que exigia a redução da taxa básica de juros (Selic). Definido pelo Banco Central (BC), o índice está em 13,75% ao ano – o mais alto do mundo.

O protesto ocorreu da Candelária até a sede do BC, na Avenida Presidente Vargas, foi promovido pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) e demais centrais sindicais.

O tema dos juros no Brasil é central para o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que vem criticando duramente a manutenção do patamar elevado.

Pela manhã, também ocorreu um tuitaço, onde a hashtag #JurosBaixosJá ficou entre os assuntos mais comentados.

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A Central Única dos Trabalhadores (CUT) está chamando trabalhadores e trabalhadoras e toda a sociedade brasileira para ir às ruas, nesta terça-feira (21), exigir a redução da taxa básica de juros (Selic). Definido pelo Banco Central (BC), o índice está em 13,75% ao ano – o mais alto do mundo. Veja abaixo todos os locais dos atos.

Os juros altos favorecem apenas os mais ricos e parte da classe média alta que tem algum dinheiro aplicado no sistema financeiro, explica o presidente nacional da CUT, Sérgio Nobre. “Os protestos são fundamentais para pressionar a direção do BC, comandada por Roberto Campos Neto, indicado por Jair Bolsonaro (PL), a baixar os juros que estão travando o crescimento econômico, impedindo a geração de empregos”, completa.

O presidente nacional da CUT observa que “todo mundo tem um amigo, um parente desempregado, e essa penúria que o trabalhador vem passando tem tudo a ver com os juros altos que impedem as empresas de investir e o próprio governo de promover programas sociais e fazer obras como abrir novas estradas, consertar as que precisam de reparos, entre outras que geram milhares de empregos”.

Os atos, que ocorrem no primeiro dia da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), órgão ligado ao BC, para definir a Selic, são promovidos pela CUT e demais centrais sindicais – Força Sindical, CTB, UGT, CSB, NCST, CSP Conlutas, Intersindical e A Pública, além dos movimentos populares Povo Sem Medo (PSM) e Frente Brasil Popular (FBP).

Agenda dos atos

Os atos serão em frente aos prédios do BC. Nas cidades onde a entidade não tem sede, as concentrações serão em locais de grande movimento.

Belém – PA: Boulevard Castilhos França, 708 – Campina, 9 horas.

Belo Horizonte – MG: Praça Sete, 11 horas.

Brasília – DF: Setor Bancário Sul (SBS), Quadra 3, Bloco B, Edifício Sede do BC, 12h30.

Curitiba – PR: Av. Cândido de Abreu, 344 – Centro Cívico, 11 horas.

Fortaleza – CE : Av. Heráclito Graça, 273 – Centro, 9h30.

Porto Alegre – RS: Rua 7 de Setembro, 586 – Centro, 12 horas.

Rio de Janeiro – RJ: Concentração na Candelária, caminhada até av. Presidente Vargas, 730, 17 horas.

Recife – PE: Av. Conde da Boa Vista, 785 – Boa Vista, 9 horas.

Salvador – BA: 1ª avenida, 160 – Centro Administrativo da Bahia (CAB), 9 horas.

São Paulo – SP: Av. Paulista, 1.804 – Bela Vista, 10 horas.

Fonte: CUT

A Comissão de Organização dos Empregados (COE) se reuniu, na quinta-feira (16), com a direção do Itaú, no Centro Empresarial (Ceic), em São Paulo, para cobrar o fim das demissões, dos fechamentos das agências e mais contratações.

Depois do movimento sindical apresentar uma série de denúncias recebidas pelos sindicatos de todo o Brasil de que os bancários afetados nos fechamentos das agências não têm chance de nova oportunidade dentro do banco, o Itaú revelou os números do ano passado. Foram 239 agências fechadas, com 1971 trabalhadores envolvidos. Deste cenário, apenas 74% foram realocados, 8% pediram demissão ou aderiram ao PDV e 18% foram demitidos. Em 2023, já são 106 agências, com 1330 trabalhadores envolvidos.

Os dirigentes sindicais presentes questionaram os números e o processo de realocação, e solicitaram do banco a informação sobre para onde foram estes funcionários. O banco se comprometeu a fazer um levantamento e apresentar, na próxima reunião, os locais de realocação, para que o processo possa ser acompanhado.

“Nós queremos mais contratações, principalmente, no varejo, pois quem ficou no banco está sempre sobrecarregado. Queremos também o fim do assédio moral, que aumentou muito com este cenário de insegurança gerado pelos fechamentos e demissões”, afirmou Jair Alves, coordenador da COE Itaú.

No encontro, foi debatida ainda a questão do adoecimento causado nos bancários quando tomam conhecimento sobre a desativação de algum local de trabalho.

O banco solicitou à Contraf-CUT uma agenda para nos apresentar seu programa de diversidade e também debater sobre saúde e condições de trabalho.

Fonte: Contraf-CUT

A Caixa Econômica Federal começa a pagar nesta segunda-feira (20) a parcela de março do Bolsa Família. Essa será a primeira parcela com o adicional de R$ 150 a famílias com crianças de até 6 anos. Segundo o governo, 8,9 milhões de crianças nessa faixa etária se encaixam nos critérios para que as famílias recebam o valor extra. Recebem hoje os beneficiários com Número de Inscrição Social (NIS) de final 1.

Segundo o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, neste mês o programa de transferência de renda do governo federal alcançará 21,1 milhões de famílias, com gasto de R$ 14 bilhões. O pagamento do adicional de R$ 150 está começando neste mês, após um pente-fino no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), a fim de eliminar fraudes.

Com a revisão do cadastro, que eliminou principalmente famílias constituídas de uma única pessoa, 1,48 milhão de beneficiários foram excluídos do Bolsa Família e 694,2 mil famílias foram incluídas, das quais 335,7 mil com crianças de até 6 anos.

Pagamentos

As datas para o pagamento do Bolsa Família são determinadas pelo Número de Identificação Social (NIS).

Veja abaixo o calendário de pagamento:

  • 20 de março – NIS com final 1
  • 21 de março – NIS com final 2
  • 22 de março – NIS com final 3
  • 23 de março – NIS com final 4
  • 24 de março – NIS com final 5
  • 27 de março – NIS com final 6
  • 28 de março – NIS com final 7
  • 29 de março – NIS com final 8
  • 30 de março – NIS com final 9
  • 31 de março – NIS com final 0

NIS e PIS (Programa de Integração Social) são nomes de cadastros do INSS para identificar, respectivamente, quem necessita acesso a programas sociais, caso do Bolsa Família, quanto quem trabalha com carteira assinada.

Os números nos dois cadastros são compostos por uma sequência de 11 dígitos. A diferença está na origem deles: enquanto o NIS é criado no momento em que alguém passa a usar benefícios sociais, o PIS é registrado quando a carteira de trabalho é assinada pela primeira vez. Ambos são administrados pela Caixa.

Bolsa Família no Congresso

O valor mínimo de R$ 600 foi garantido após a aprovação da Emenda Constitucional da Transição, que permitiu o gasto de até R$ 145 bilhões fora do teto neste ano, dos quais R$ 70 bilhões estão destinados a custear o benefício.

Com o novo adicional o valor médio do benefício sobe para R$ 669,93. Em junho, começará o pagamento do adicional de R$ 50 por gestante, por criança de 7 a 12 anos e por adolescente de 12 a 18 anos.

Desde o início do ano, o programa social voltou a se chamar Bolsa Família. Ele entrou em vigor em 2 de março, a partir da publicação de uma medida provisória no Diário Oficial da União (DOU). A MP do novo Bolsa Família terá de ser aprovada em até 120 dias pelo Congresso Nacional. Caso não seja aprovada, o programa instituído pela MP deixa de existir.

O programa social atende famílias com renda per capita classificada como situação de pobreza ou de extrema pobreza. A nova legislação permite acesso ao Bolsa Família a famílias com renda de até R$ 218 por pessoa.

Com o novo Bolsa Família, o governo pretende proporcionar pelo menos R$ 142 por pessoa em cada casa. O impacto do novo programa em 2023 será de menos de R$ 175 bilhões no Orçamento da União.

Auxílio Gás

Neste mês não haverá o pagamento do Auxílio Gás, que beneficia famílias inscritas no CadÚnico. Como o benefício só é pago a cada dois meses, o pagamento voltará em abril.

Só pode receber o Auxílio Gás quem está incluído no CadÚnico e tenha pelo menos um membro da família que receba o Benefício de Prestação Continuada (BPC). A lei que criou o programa definiu que a mulher responsável pela família terá preferência, assim como mulheres vítimas de violência doméstica.

Com Agência Brasil e g1

De acordo com o economista Marcio Pochmann, professor do Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), a ameaça de uma crise bancária internacional reforça a necessidade de reduzir as taxas de juros no Brasil. Ele atribui a atual crise, que já arrastou dois bancos dos Estados Unidos, à falta de regulação do sistema bancário naquele país. Além disso, também é resultado do aumento da taxa de juros, que subiu o custo do dinheiro.

Para Pochmann, ainda há risco de “contaminação em cadeia” no sistema bancário internacional, e para a própria economia mundial. Para evitar esse cenário, ele disse que os Bancos Centrais devem atuar, de maneira “imediata” para garantir a liquidez do sistema financeiro. No Brasil, segundo ele, seria fundamental reduzir as taxas de juros para aliviar o que ele classificou como “asfixia” de crédito.

Além disso, ele também criticou a autonomia do Banco Central brasileiro. “A atual gestão do Banco Central não consegue, por exemplo, cumprir a meta de inflação. Tivemos alguns escândalos, inclusive contábeis no próprio banco. O BC se apresenta sempre com pouca transparência e tem um vínculo muito estreito com o capital financeiro”, em entrevista ao Jornal PT Brasil.

Assim, ele se alinha ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que vem pressionando pela redução da taxa básica de juros – a Selic – fixada em 13,75% ao ano, desde agosto de 2022. Pochmann também aponta para uma possível redução dos juros nos Estados Unidos, como forma de evitar o agravamento da crise bancária. Caso isso ocorra, as pressões sobre o presidente do BC, Roberto Campos Neto, devem se ampliar ainda mais.

Contradições do discurso liberal

Nesse sentido, o economista apontou as contradições do discurso liberal em momentos de crise. São contra políticas públicas que beneficiam a maioria da população, mas não se furtam a recorrer aos cofres públicos ao menor sinal de emergência. “É claro que o Estado tem que entrar para atuar, mas assim como ele entra para salvar banco ele, também precisa salvar a população”, disse Pochmann

Na última sexta-feira (10), o Silicon Valley Bank (SVB), dos Estados Unidos, que atuava financiando startups de tecnologia, entrou em colapso. O Federal Reserve (o banco central dos EUA) e o Tesouro tiveram que intervir para garantir os depósitos bancários. No mesmo dia, também faliu o Signature Bank, especializado no fornecimento de serviços bancários para escritórios de advocacia.

A crise também chegou à Europa. Ontem, as ações do Credit Suisse desabaram 24,24%, quando a instituição financeira informou ter identificado “fragilidades” em seus controles contábeis. Como resposta, o Banco Central da Suíça afirmou que vai oferecer suporte de liquidez ao banco. Hoje o Credit Suisse anunciou que vai tomar empréstimos de até US$ 54 bilhões do BC suíço, acalmando os mercados.

Fonte: Rede Brasil Atual

Os novos membros do Conselho de Usuários do Saúde Caixa (Cusc) tomaram posse nesta quarta-feira (15). Vencedora do pleito que aconteceu em janeiro com 71% dos votos, a Chapa 1 – “Movimento pela Saúde” terá mandato de 36 meses. Na reunião, os conselheiros eleitos, formados por representantes de todas as regiões do país, reiteraram o compromisso com o Saúde Caixa e a defesa do plano para todos os empregados do banco público, sempre com o foco na sustentabilidade, eficiência e transparência.

“Espero que tenhamos aqui as melhorias que a gente tanto precisa. Estaremos sempre vigilantes”, reforçou Francisco Pugliesi, do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e coordenador no Conselho. Ele disse que é preciso enfatizar a luta de cada empregado para manter o Saúde Caixa e ressaltou o desafio que os usuários têm pela frente para derrubar a Resolução 42 da Comissão Interministerial de Governança Corporativa e de Administração de Participações Societárias da União (CGPAR), uma herança do governo Bolsonaro.

CGPAR 42 retoma a discussão sobre custeio de planos de saúde – a participação da empresa estatal federal no custeio de planos de saúde não poderá exceder a 50% da despesa. O assunto, que também estava na Resolução 9 e é um dos temas da CGPAR 23, já debatido no Congresso Nacional por meio do projeto da deputada Erika Kokay (PDL 342) que derrubou a CGPAR 23.

Os conselheiros destacaram a grandeza do Saúde Caixa, mas reiteraram a reivindicação do olhar para o credenciamento de profissionais para o plano. Segundo os eleitos, cidades do interior são as que mais sentem dificuldade para encontrar profissionais que atendam ao Saúde Caixa. “Nossa proposta é que tenha um Comitê Regional de credenciamento e descredenciamento e, assim, acompanhar mais de perto os problemas do Saúde Caixa”, destacou Pugliese.

Outra reivindicação dos conselheiros foi uma reunião extraordinária para avaliação do Relatório Atuarial do plano. A reunião já havia sido solicitada pela gestão anterior, mas a Caixa respondeu que não haveria o encontro e enviou um e-mail aos conselheiros com respostas evasivas. Por esse motivo, os eleitos solicitaram novamente a reunião, além da necessidade de mais transparência nas informações para que os eleitos consigam atuar com informações consistentes. O Conselho de Usuários solicitou ainda que os membros anteriores possam participar da reunião como ouvintes.

A Caixa destacou também que manterá as reuniões com associações de aposentados para levar mais informações a esse segmento, assim como as regras principais dos planos. O objetivo é ouvir as dúvidas dos aposentados sobre o plano e poder sanar todas as dúvidas do público.

No encontro, membros do Cusc informaram à gestão do Saúde Caixa que as cobranças retroativas realizadas pelo plano estão gerando dúvidas entre os usuários. Neste caso, é fundamental que os usuários respondam à Caixa, quando forem contatados, e busquem as informações necessárias para negociar o valor, resolver ou mesmo contestar as cobranças.

Calendário

No encontro, também foi apresentado o cronograma de reuniões de 2023. O Cusc se reúne trimestralmente. Todas as reuniões acontecerão das 9h às 13h.

1ª reunião – 15 de março
2ª reunião – 28 de junho
3ª reunião – 20 de setembro
4ª reunião – 6 de dezembro

Os Conselheiros

Titulares
Francisco Carlos Pugliesi (ativo)
Rafael Mesquita Rodrigues da Cunha (ativo)
Humberto Passos Coelho (ativo)
José Zani Carrascosa (aposentado)
Marcia Boiczuck Lacerda Krambeck (aposentada)

Suplentes
Antonio Sancho De Carvalho Araújo Filho (aposentado)
Adeir José da Silva (aposentado)
Claudio José Teixeira Cerqueira (ativo)
Marcos Roberto Meneguello Pereira (ativo)
Leila Aparecida Costa (aposentada)

O que é o Cusc

O Cusc foi criado em 2003 e tornou-se importante instrumento de transparência e acompanhamento da gestão financeira e administrativa do Saúde Caixa. O fórum é composto por cinco membros eleitos pelos participantes e por outros cinco indicados pela Caixa, além de seus respectivos suplentes. O mandato é de 36 meses.

Fonte: Fenae