Abril 26, 2025
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Aconteceu na tarde desta segunda-feira (6) a primeira aproximação entre os representantes da coordenação do Comando Nacional dos Bancários e da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) com a direção da empresa. “A reunião de hoje foi muito importante. Nela reafirmamos a necessidade de retomada da mesa de negociação permanente e o banco se comprometeu a retomar os encontros. Outro destaque foi o fato de estarmos no mês de março. Então ressaltamos a importância do combate à violência contra a mulher, de reforçar os canais de denúncia do banco”, explicou a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira. “Pela primeira vez, em 214 anos de história, temos na direção do BB uma mulher. Isso é um avanço muito grande. Fazia parte da pauta dos trabalhadores e trabalhadoras bancárias de todo o Brasil ter mulheres nas direções. Nas vice-presidências, hoje, temos três mulheres indicadas”, destacou.

A direção do BB também se comprometeu a conhecer e dar visibilidade ao programa Basta! Não Irão Nos Calar!, criado pelo movimento sindical e que estabelece canais de atendimento para orientação às vítimas de violência doméstica e familiar.

A funcionária do BB e representante da Contraf-CUT na Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), Fernanda Lopes, ficou responsável de, nos próximos dias, apresentar à direção do BB os temas das mesas permanentes. “Entre as discussões que vamos retomar estão o teletrabalho e o programa de metas”, adiantou a dirigente. “Também reforçamos, neste encontro, a necessidade de voltar à mesa sobre igualdade de oportunidades de ascensão e, claro, a implementação do combate ao assédio sexual, uma conquista que tivemos na última Convenção Coletiva de Trabalho (CCT)”, prosseguiu.

A secretária geral do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Neiva Ribeiro, também presente no encontro, destacou que a mesa de igualdade de oportunidades completou 23 anos. “Esse é um tema de luta da categoria bancária, por competição justa de ascensão das mulheres dentro do banco. Sabemos que não é fácil, na sociedade que temos, com todos os seus problemas culturais, superar as desigualdades salariais”, avaliou.

A atual presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Ivone Silva, destacou que o compromisso da nova direção do BB, assumido na reunião desta segunda, de chamar para a negociação o movimento bancário “em todas as pautas do banco que envolver os trabalhadores é um passo importante, de respeito ao movimento sindical e também aos trabalhadores”, concluiu.

Fonte: Contraf-CUT

Representantes dos empregados e empregadas da Caixa participaram, nesta sexta (3), da primeira reunião do ano do Grupo de Trabalho (GT) sobre condições de trabalho. O encontro tratou de questões reivindicadas pelos trabalhadores, como mais contratações, e demandas das pessoas com deficiência (PCD), que correspondem a 4,97% do quadro do banco público.

Mais contratações

A urgente necessidade de recomposição do quadro da Caixa foi o primeiro tema do encontro, que teve presença de gestores de diversas áreas, como de tecnologia, de infraestrutura e de gestão de pessoas, dirigentes e empregados. “É urgente a contratação de mais empregados, pois todos os colegas estão sobrecarregados de demandas, especialmente quem trabalha nas agências, atendendo a população. E ainda temos concursados de 2014 que esperam até hoje pela convocação. A partir de mais contratações, é possível melhorar não só as condições de trabalho para os empregados, bem como proporcionar um melhor atendimento”, aponta Fabiana Uehara, coordenadora da Comissão Executiva de Empregados (CEE) da Caixa.

PCDs

A Caixa apresentou dados e informações pendentes desde negociação ocorrida no ano passado sobre a questão das PCDs. Segundo a Caixa, hoje são 4.314 empregados PCDs, dos quais 43,7% em função gratificada. Os representantes dos empregados, porém, solicitaram detalhes a respeito dessas funções.

A necessidade de melhorias em acessibilidade, tanto nos sistemas da Caixa quanto nos ambientes físicos, foi reforçada aos dirigentes da instituição. Hoje, conforme levantamento, 60 sistemas institucionais e departamentais não são acessíveis, para empregados e clientes PCDs, e demandam adequação.

Outro item importante demandado é a ação para sensibilização de gestores e empregados quanto à receptividade de PCDs, pois “além da certificação em ‘Inclusão PCD’, disponível na plataforma da UCC, essa atitude deve se tornar uma cultura de respeito dentro do banco”, pontua Fabiana. Também foi solicitada a criação de um comitê multidisciplinar para acompanhar o aprimoramento da cultura inclusiva.

Retomada do Comitê de Realocação

Alinhado a pauta de movimentação de empregados, foi cobrado a retomada do Comitê de Realocação. A ideia é que essa instância possa atender colegas que precisam, por algum motivo, ser realocado de unidade.

Saúde e qualidade de vida

A Caixa retomou o Programa Fique Bem, que volta com inovações. O programa tem como função aglutinar ações e soluções para a saúde de forma ampliada e saúde no trabalho.

Confira o conjunto de ações do programa:

  • Nutrição e hábitos saudáveis: sensibilizar para a prática alimentar saudável. O gestor da unidade manifesta interesse de participação para a CEREP.
  • Programa de Readaptação Profissional (PRP): o antigo PRO busca promover a readaptação do empregado ao ambiente de trabalho e reabilitação ocupacional para os empregados participantes do Reabilita INSS. A CEREP identifica o empregado público alvo.
  • Programa da Saúde da Mulher e do Homem: incentiva o rastreamento precoce de câncer de colo do útero e mama para as empregadas e próstata para os empregados. Disponível no portal Integra Mais.
  • Fique Bem Saúde Emocional: até três atendimentos com psicóloga e um com psiquiatra são custeados pela Caixa. Cadastramento no app Conexa Caixa.
  • Fique Bem Atividade Física (convênio com Gympass): conecta empregados, aposentados e seus dependentes a atividades esportivas.
  • Atividades Laborais: promove a saúde e bem estar no ambiente de trabalho (solicitação da unidade para a CEREP).
  • Vacinação antigripal: oferece vacinas contra as cepas da gripe do ano.

Lançado em 1º de março, o Plano Gympass Digital possibilita a utilização sem custo dos 5 principais aplicativos de bem estar até dezembro. Em 3 de abril será lançado o Desafio 21 Dias, com tarefas diárias a serem realizadas em três aplicativos do Plano Gympass Digital.

“É importante que os empregados conheçam os programas até para poderem fazer uso deles. E nós, do movimento, faremos a devida divulgação. Mas quando debatemos melhores condições de trabalho vai além disso, tem muitas outras coisas envolvidas. E precisamos avançar pra que, de fato, o empregado não só não adoeça trabalhando mas volte a ter orgulho da empresa em que trabalha”, reforçou Fabiana.

Fonte: Contraf-CUT

Apesar de representar 44% do total da força de trabalho do país, as mulheres são maioria entre os desempregados (55,5%). Elas ainda recebem, em média, 21% menos que os homens (o equivalente a R$ 2.305 para elas e a R$ 2.909 para eles). Esses são alguns destaques do Boletim Especial “8 de março, Dia da Mulher”, divulgado nesta segunda (6) pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PnadC), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), para o 3º trimestre de 2022.

Força de trabalho é um termo que representa todas as pessoas com 14 anos ou mais, ocupadas ou em busca de trabalho no país. O relatório do Dieese aponta também que, do total de mulheres ocupadas, a proporção de subocupadas, ou seja, que trabalham menos de 40 horas, mas gostariam de trabalhar mais, foi superior à dos homens: 7,8% delas estavam nessas condições, enquanto entre os homens, o percentual ficou em 5,1%. “Quando se analisa essa informação por cor/raça, nota-se que entre as negras, a situação é pior: o percentual de trabalhadoras negras subocupadas foi 9,3% maior do que o registrado entre as não negras”, continua a entidade.

Para acessar o boletim do Dieese na íntegra, clique aqui.

“A desigualdade de gênero no mercado de trabalho é uma das consequências da injustiça social”, destaca a secretária da Mulher da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Fernanda Lopes. “Então, assim como o relatório do Dieese coloca, o mercado de trabalho reafirma um desequilíbrio presente em todas as esferas sociais, sob a forma do machismo e do racismo”, completa.

O Dieese afirma ainda que, mesmo sendo ampla maioria em determinado setor, as mulheres recebem muito menos que os homens. Nos serviços domésticos por exemplo, enquanto elas representam 91% dos ocupados o salário é 20% menor que a média recebida pelos homens. Assim como no agrupamento educação, saúde e serviços sociais: enquanto elas totalizam 75% da força de trabalho, recebem em média 32% menos que os homens.

Arranjos familiares

Dos 75 milhões de lares no país, 50,8% são liderados por mulheres, o que corresponde a 38,1 milhões de famílias. As mulheres negras lideram 21,5 milhões de lares (56,5%) e as não negras, 16,6 milhões (43,5%).

No 3º trimestre de 2022, em termos de renda média do trabalho da família, na média, os domicílios de casais com e sem filho receberam os maiores valores (R$ 4.987 e R$ 4.898, respectivamente). Os menores valores foram registrados entre os domicílios monoparentais com chefia feminina (R$ 2.833) e unipessoais femininos (R$2.913). Famílias monoparentais são estruturas em que o pai ou a mãe, que não vive com companheiro ou cônjuge, é responsável pelo cuidado dos filhos menores de 18 anos, enquanto que domicílio unipessoal é quando um indivíduo vive sozinho.

Quando se olha por cor, a renda das famílias negras foi sempre menor que a das não negras, independentemente do arranjo familiar. No caso das famílias chefiadas por mulheres negras com filhos, a renda média foi de R$ 2.362.

“A desigualdade de gênero e raça/cor no mercado de trabalho afeta intensamente a qualidade de vida de todos os membros das famílias e impõe, muitas vezes, a necessidade da inserção precária de filhos e outros parentes, para compor a renda familiar”, alerta o Dieese. “Esse quadro faz com que seja perpetuada a situação de vulnerabilidade não só da mulher chefe de família, mas de todos os familiares, com a transferência de milhares de crianças e jovens da escola para o mercado de trabalho, para que contribuam com a renda da família”, completa.

Desafio estrutural

A entidade observa no relatório que não houve avanços nos últimos anos para serem comemorados em 8 de março, Dia Internacional da Mulher. “As desigualdades apresentadas no mercado de trabalho refletem o machismo estrutural de uma sociedade em que as mulheres, que são a maioria da população, estão sub-representadas em todos os espaços, incluindo os espaços políticos e de poder”, destaca Fernanda Lopes. “Na apresentação do documento, o Dieese lembra que, nas eleições de 2022, apesar do aumento de candidaturas femininas ter sido de 33,3%, em relação às eleições anteriores, apenas 302 mulheres foram eleitas, contra 1.394 homens, nas esferas federal, estadual e distrital”, completa.

O Dieese observa ainda que os dados de sub-representação na política e os problemas vivenciados no mercado de trabalho somam-se à violência. Todos esses fatores “refletem a condição de desigualdade de gênero”. Segundo dados da Fórum Nacional de Segurança Pública, no primeiro semestre de 2022, 699 mulheres foram mortas em situações de violência doméstica ou devido a questões que envolvem desdém ou discriminação à condição de mulher, crime denominado de feminicídio.

Fonte: Contraf-CUT

Nesta semana, centrais e movimentos sociais começaram a divulgar os locais do país onde acontecerão atividades, ao longo do mês e também no 8 de março, em celebração ao Dia Internacional da Mulher. “O tema deste ano é ‘Mulheres por democracia, autonomia econômica e trabalho digno’ com o lema ‘Sem Mulher Não tem Democracia’”, informa a secretária da Mulher da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Fernanda Lopes, ao avaliar que os movimentos de mulheres estão otimistas com o novo governo pelas movimentações recentes que apontam para o avanço de políticas públicas contra a desigualdade de gênero.

O país vive, atualmente, um recorde feminino na Esplanada dos Ministérios: das 37 pastas, 11 são ocupadas por mulheres. “Além de mulheres que passaram a ocupar quase 30% dos ministérios, o atual presidente da República fez questão de colocar duas mulheres no comando das principais instituições financeiras do país, Caixa e Banco do Brasil, reconhecendo a atuação das mulheres na sociedade e a necessidade de igualdade de oportunidades”, destaca a presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira.

No último dia 28, Lula anunciou que, em 8 de março, apresentará ao Congresso uma lei para igualdade salarial entre homens e mulheres que exercem a mesma função. “A questão da igualdade de oportunidade é uma das bandeiras de luta do movimento sindical bancário. Um levantamento mais recente, feito com base em dados do Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) e divulgado por nós, mostra que enquanto um homem branco bancário ganha, em média, R$ 10 mil, a mulher branca recebe R$ 7,8 mil. A situação das mulheres negras é ainda mais delicada: elas recebem apenas R$ 5,9 mil, em média”, explica Juvandia.

Fernanda Lopes observa que a pauta deste ano, para o 8 de março, “promovido pela CUT, centrais sindicais e movimentos sociais, faz a ligação entre democracia, autonomia econômica e trabalho digno, porque a desigualdade de gênero é uma das consequências da injustiça social”.

Juvandia Moreira destaca também que, “ao longo dos últimos quatro anos, houve um desmonte das políticas públicas”. Um levantamento do Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc), uma organização não governamental sem fins lucrativos, mostra que o governo Bolsonaro cortou 94% da verba destinada ao Ministério da Mulher para a proteção de gênero, nos orçamentos elaborados e enviado ao Congresso, referentes aos anos 2020 a 2023.

Veja o que já está programado para o dia 8 de março:

Bahia

Salvador: caminha da Lapinha ao Pelourinho (trajeto 2 de Julho). Tema será “Mulheres insubmissas protagonistas da democracia”

Ceará

Fortaleza: ato na Praça do Ferreira a partir das 14h. O tema é “Em defesa da vida, pelo fim da fome, contra o racismo e a violência de gênero”. A partir das 16h, haverá caminhada e panfletagem pelo centro da cidade.

Distrito Federal

Brasília: Marcha com concentração no Eixo Cultural Ibero-americano (antiga Funarte), às 26h. De lá, as mulheres seguem até o Palácio do Buriti, para exigir do GDF políticas de enfrentamento à violência de gênero.

Mato Grosso do Sul

Campo Grande – Ato às 8h na Praça Ari Coelho. O tema é “Mulheres em Resistência, Sempre Vivas e contra todas as Formas de Violência”.

Paraná

Curitiba: Marcha das Mulheres, com concentração a partir das 16h na Praça Santos Andrade. Às 18h, acontecerá um ato da Frente Feminista de Curitiba, Região Metropolitana e Litoral. Às 19h, ocorrerá a Marcha das Mulheres e seguirá em caminhada até a Boca Maldita para o ato de encerramento

São Paulo

Capital: ato às 17h no Vão Livre do Masp, na Avenida Paulista. “Mulheres em defesa da Democracia” será a bandeira levada às ruas. Antes, às 15h, haverá atividade no Espaço Cultural Lélia Abramo, na Rua Carlos Sampaio, 305 (próximo à Paulista).

Limeira, São Paulo

Atos a partir das 10h, na praça Toledo Barros.

Fonte: Contraf-CUT

Os funcionários do Banco do Brasil receberam, nesta sexta-feira (3), o pagamento da Participação nos Lucros e/ou Resultados (PLR) referente a 2022. Os valores pagos são proporcionais ao aumento do lucro do banco, que bateu recorde de R$ 31,8 bilhões no ano passado.

A PLR do banco é composta pelo módulo Fenaban e pelo módulo BB. Pelo módulo Fenaban, o funcionário recebe 45% do salário paradigma definido no acordo, acrescido de parcela fixa. No módulo BB existe ainda a distribuição linear de 4% do lucro do banco entre os funcionários, além da parcela variável. 

“Conforme a regra, o BB efetua o pagamento da PLR dez dias após a distribuição dos dividendos para os acionistas”, explica a funcionária do BB e representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) na Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), Fernanda Lopes. Ela lembra que a primeira parcela da PLR foi paga no dia 5 de setembro passado. 

Fonte: Contraf-CUT

Entre as pautas entregues pelo movimento feminista ao governo Lula, ainda durante o período de transição, está a ratificação da Convenção 190 (C190) da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que trata do combate à violência e ao assédio no mundo laboral. “Adotada em 2019, essa convenção é a primeira que fornece uma definição internacional de violência e assédio no trabalho, incluindo a questão de gênero”, observa a secretária da Mulher da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Fernanda Lopes.

Na última terça-feira (28), ao anunciar medidas para a segurança alimentar, no Palácio do Planalto, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, adiantou que, em 8 de março, Dia Internacional da Mulher, irá apresentar ao Congresso uma lei de igualdade salarial para homens e mulheres que exercem a mesma função.

“Sem dúvida esta proposta do governo é muito importante, assim como é importante para o país a ratificação da C190. Por isso que, entre as atividades que vamos promover durante todo o mês de março, em celebração ao Dia Internacional da Mulher, está o reforço a essa reivindicação”, pontua Fernanda. “Vale lembrar que entre as conquistas obtidas pela categoria, estão, na Campanha Nacional dos Bancários de 2010, a criação de uma cláusula na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) para a instalação de canais de combate ao assédio moral e, na última campanha, a do ano passado, a inclusão de mais uma cláusula na CCT para o combate ao assédio sexual. Então, esses sempre foram temas colocados pelos trabalhadores nas mesas de negociação com os bancos”, observa.

Avaliação da Uni Américas

Até o momento, apenas 22 dos 187 Estados membros da OIT ratificaram a C190. “Esperamos que o Brasil, com este novo governo Lula, assim como outros países da América Latina, com o avanço do progressismo na região, confirme a Convenção 190, para garantir espaços seguros aos trabalhadores e obter, consequentemente, empresas mais produtivas, com benefícios para toda a sociedade”, avalia Andrea García, coordenadora de Igualdade e de Oportunidades da Uni Américas, braço da UNI Global Union, sindicato global que reúne entidades de 140 países.

Ela ressalta que “os sindicatos são atores chaves” para se alcançar espaços seguros de trabalho. “Lutar para mudar uma cultura laboral onde há descriminação, onde há assédio, onde existe violência é o único meio para criar espaços de trabalho que são mais igualitários e diversificados. E, o respeito à diversidade, cria democracias fortes e com justiça social”, completa.

Inovações da C190

A advogada e assessora jurídica da Contraf-CUT, Phamela Godoy, explica que “diferente das leis comuns”, para que uma convenção da OIT comece a tramitar no Congresso, “é preciso que o presidente da República entregue o documento ao Legislativo”. Depois deste rito, “é que a convenção passa a tramitar igual a uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição)”, completa.

Phamela frisa que, tecnicamente, quando um país ratifica uma convenção, a mesma torna-se parte da legislação nacional, tendo força Constitucional. Ela complementa que a C190 apresenta “um novo e contemporâneo conceito, quando reconhece que o assédio, seja moral ou sexual, pode causar danos físicos, psicológicos, sexuais e econômicos e que é uma forma de violência baseada em gênero”.

A Convenção 190 não inclui apenas assédio sexual e moral, mas também abusos físicos, maus-tratos verbais, bullying, coação, ameaças, falta de recursos, negação de acesso aos serviços e privação de liberdade.

A C190 aborda ainda a violência doméstica não como um assunto privado, mas de responsabilidade de toda a sociedade, porque pode afetar a saúde, a segurança e a produtividade de uma pessoa no seu emprego.

Outra abordagem considerada inovadora da C190 é que a violência e o assédio podem ser provocados não apenas por pessoas que ocupam cargos acima do trabalhador atingido. Colegas de trabalho e terceiros, como clientes, consumidores ou familiares de empregadores podem vir a praticar violência e assédio no ambiente de trabalho e, portanto, devem ser coibidos e responsabilizados.

“Na Justiça do Trabalho já se compreende que qualquer pessoa no ambiente de trabalho pode praticar assédio sexual. No Direito Penal é que temos a necessidade de enquadrar no crime não apenas aquelas pessoas que estão em cargo superior em termos hierárquicos no ambiente de trabalho. Com a ratificação, pela C190 isso muda automaticamente”, conclui Phamela.

Fonte: Contraf-CUT

Ainda são milhares as pessoas desalojadas e desabrigadas pelos desastres ambientais, por causa das fortes chuvas, no litoral norte de São Paulo. Assim, as ações humanitárias e doações devem seguir, como forma de amenizar seu sofrimento. Entre as cidades mais atingidas estão São Sebastião, Ubatuba, Bertioga, Ilhabela, Guarujá e Caraguatatuba.

Depois da localização de dezenas de mortos e a redução do número de desaparecidos, a mídia reduz a atenção, mas a situação ainda é de crise. Por isso, o Sindicato Solidário está intensificando suas ações. Nesta quarta (1º), a coordenação da campanha realizou uma reunião, por acesso remoto, com representantes de federações de bancários de várias localidades do Brasil (imagem em destaque na ilustração acima). O objetivo é ramificar a divulgação da campanha solidária para as entidades sindicais e ampliar o volume de doações.

Atuação permanente

Durante o encontro, várias propostas de ação do Sindicato Solidário foram apresentadas, em especial, para que as ações continuem mesmo após este momento mais crítico que as comunidades afetadas estão vivendo. Entre as medidas que serão debatidas com mais detalhes e devem ser implantadas em breve, está a de promover uma campanha junto às próprias entidades sindicais, para incrementar as doações que já estão sendo feitas pela categoria.

Outra proposta é a de criar uma comissão de representantes das instituições sindicais de bancários para monitorar as ações após a fase do socorro de emergência às vítimas. O órgão acompanharia todo o trabalho de recuperação urbana e social das regiões afetadas e passaria a atuar no debate e na formulação de políticas de prevenção e de soluções mais duradoras para casos de catástrofes naturais, sempre com grande foco na preservação ambiental, uma necessidade para que se alcancem resultados no longo prazo.

Outras ações

Além da campanha por ajuda e doações, o Sindicato Solidário está atuando junto a entidades sindicais, de governo e da sociedade civil, em busca de apoio às vítimas do litoral norte paulista por outros caminhos. A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) está em diálogo institucional com a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), para que os bancos participem das ações humanitárias. Também estão sendo encaminhadas ações junto a órgãos públicos, das esferas municipais, estadual e federal, tanto para iniciativas de solidariedade no momento atual, como para ações no sentido de se evitar que desastres parecidos se repitam.

Bebês e crianças

No momento, as campanhas humanitárias pedem mais doações de roupas de bebês e crianças, fraldas, leite em pó para alimentação infantil e mamadeiras. Os pedidos por alimento, água potável e produtos de higiene e limpeza também continuam. Veja a seguir como ajudar.

Fundo Social de Solidariedade

Fundo Social de São Paulo precisa de voluntários para a triagem das doações, que devem ser organizadas em caixas separas de sapatos, roupas femininas, masculinas, infantis e íntimas. Mais de 175 toneladas de doações já foram enviadas desde domingo (26) para as vítimas. Podem voluntariar apenas maiores de 18 anos, pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

 

CUT de São José dos Campos

A subsede da Central Única dos Trabalhadores (CUT) de São José dos Campos está na campanha de solidariedade, inclusive como posto de doações, em especial, alimento, água, roupa e produtos de higiene e limpeza. O que é arrecadado está sendo transportado para São Sebastião de helicóptero pelo Fundo de Solidariedade da cidade. A CUT fica na avenida São José, 488, no Centro de São José.

Seeb/Mogi das Cruzes

Os bancários e bancárias de Mogi das Cruzes estão promovendo uma campanha solidária até esta sexta-feira (3), com arrecadação de comida, produto de higiene e limpeza e roupas, que serão enviados aos atingidos. As doações devem ser entregues no ponto de arrecadação, à rua Dr. Deodato Wertheimer, 2.319, na Vila Mogi Moderno.

Instituto Verdescola

A Contraf-CUT apoia o Instituto Verdescola, que está atuando com voluntários para ajudar desabrigados e feridos. Doações podem ser feitas pelo PIX Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo., por depósito em conta (banco Itaú, agência 8499, conta 28366-4, CNPJ 07.707.869/0001-10) ou por cartão de crédito, por meio deste link no site da entidade. A organização Gerando Falcões está trabalhando em parceria com a Verdescola.

Pets

Muitas outras entidades também estão com ações, algumas em questões específicas, como proteção de animais de estimação. Esse é o caso das organizações Grupo de Resgate de Animais em Desastres (GRAD) e Amparanimal, por exemplo.

Sindicato Solidário

Sindicato Solidário surgiu na pandemia de covid-19, com o objetivo de preservar vidas. A iniciativa da Contraf-CUT, com a parceria de CUT, Intersindical e CTB, busca mobilizar entidades sindicais do ramo financeiro por uma postura humanitária de todos.

Dezenas de federações e sindicatos do ramo, em diversos estados, fazem parte do Sindicato Solidário (veja lista). No site do Sindicato Solidário há informações sobre como integrar a iniciativa e indicar entidades para receber doações, além de notícias sobre ações anteriores.

Fonte: Contraf-CUT

Nota de pesar

Março 02, 2023

O Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense se solidariza com o companheiro Turíbio Félix de Almeida, ex-diretor da entidade, em virtude do falecimento de seu filho.

Toda solidariedade à família.

Nesta quinta-feira, 2 de março, a diretoria do Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense se reuniu na sede da entidade, em Duque de Caxias, para discutir e debater sobre o alto número de demissões que vem ocorrendo nos bancos Itaú e Bradesco.

Somente de ontem, quarta-feira (1), para hoje, foram 5 funcionários do Itaú e 2 do Bradesco, demitidos.

Além disso, há informações de que 4 agências do Bradesco e 3 do Itaú, terão suas atividades encerradas, neste mês de março, só na Baixada Fluminense.

O Sindicato está traçando estratégias para frear as demissões, já que entende que os bancos têm lucros exorbitantes e tem condições de manter, tanto os funcionários em seus quadros, quanto agências abertas e funcionando.

A Coordenação Geral do Sindicato entende que, com menos bancárias e bancários, maiores são as filas e mais casos de adoecimento na categoria irão aparecer, já que a demanda existente, irá aumentar.

IMPORTANTE

É fundamental que bancárias e bancários, logo que sejam informados de suas demissões, procurem imediatamente atendimento no Sindicato.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) anunciou a criação de um grupo de trabalho (GT) com plataformas digitais para combater a desinformação na internet. O GT vai atuar em duas frentes: vai elaborar propostas e sugestões ao Projeto de Lei 2.630/2020, conhecido como PL das Fake News. Por outro lado, aprimorar os mecanismos de autorregulamentação das próprias plataformas. O ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE, anunciou a decisão em reunião nesta quarta-feira (1º), em Brasília.

Participaram do encontro representantes do Tik Tok, Twitter, Meta (WhatsApp, Facebook e Instagram), Telegram, YouTube, Google e Kwai. O ministro agradeceu o empenho das empresas para conter a disseminação das fake news, mas disse que é preciso avançar mais.

Nesse sentido, destacou que as plataformas digitais foram utilizadas na preparação dos atos golpistas de 8 de janeiro. Ele classificou o episódio como o “ápice” dos ataques ao Estado democrático de direitos.

“Obviamente, a culpa não foi das redes. Senão, as redes estariam na Colmeia e na Papuda também. Mas as redes foram instrumentalizadas. Então, essa instrumentalização, com a experiência que tivemos todos nas eleições e até no 8 de janeiro, acho que a gente pode aproveitar para construir alguma coisa para tentar evitar isso”, disse Moraes.

Desse modo, o presidente do TSE defendeu a colaboração entre o Poder Público e as plataformas, numa “via de mão dupla”. “Não tenho dúvidas de que, se não for algo construído em conjunto e, principalmente, com base na autorregulação das próprias plataformas, a chance de ser eficiente é muito pequena”, ressaltou.

Além disso, Moraes sugeriu a expansão para os discursos de ódio de mecanismos de controle já existentes para o combate a temas como pedofilia. Ele ainda indicou a necessidade de algum grau de responsabilização das plataformas, no caso de conteúdos promovidos e monetizados pelos algoritmos.

Aproximação

Com a intermediação do TSE, espera-se agora uma atitude mais colaborativa das plataformas digitais em relação ao PL das Fake News. O Senado aprovou o texto base ainda em 2020. Na Câmara, o tema é relatado pelo deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), que defende pontos como a responsabilização das plataformas de rede social pela disseminação de discursos de ódio contra o Estado Democrático de Direito.

No ano passado, entretanto, as big techs se insurgiram contra o projeto. Google e Meta chegaram a lançar peças publicitárias para detratar a proposta. Não se furtaram, até mesmo, a propagar fake news contra a iniciativa de regulação, estimulando o medo injustificado de censura. Na época, a jornalista Renata Mielli, coordenadora do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, chegou a classificar como “terrorismo midiático” a reação das plataformas.

Mas tal postura não é novidade. Foi assim em todos os países que avançaram na regulamentação das redes sociais. Ainda assim, União Europeia, Austrália e Nova Zelândia aprovaram legislações que punem as redes sociais pela disseminação de notícias falsas e discurso de ódio.

No mês passado, o ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), em participação no programa Entre Vistas, da TVT, disse que a regulação das redes sociais é um tema que interessa às democracias de todo o mundo. E afirmou que o Brasil “não pode se omitir” nesse debate.

Fonte: Rede Brasil Atual