Abril 26, 2025
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A situação no litoral norte de São Paulo segue muito difícil, por causa dos desastres provocados pelas chuvas durante o Carnaval. Até o fechamento desta matéria, na tarde desta sexta (24), a Defesa Civil Estadual havia confirmado 54 mortes (53 em São Sebastião e uma em Ubatuba), 30 pessoas desaparecidas e mais de 4 mil desalojados. Outras cidades, como Bertioga e Ubatuba, também foram atingidas.

As campanhas humanitárias estão concentradas na arrecadação e distribuição de alimento, água, roupa e material de higiene, como também em cuidados aos atingidos. Entidades em ação nos locais afetados pedem o máximo possível de doação de água potável no momento. Veja abaixo caminhos para se solidarizar e fazer doações.

O Sindicato Solidário está em ação junto a entidades sindicais, de governo e da sociedade civil, em mobilização de solidariedade e ajuda às vítimas. Como explica a secretária de Organização do Ramo Financeiro e Política Sindical da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Magaly Fagundes, “o trabalho está concentrado na organização de parcerias com ONGs, sindicatos e entidades que estão atuando no socorro de vítimas, em atenção a desalojados e todo o tipo de apoio para resolver essa situação muito triste”.

Os trabalhos da Defesa Civil continuam para resgate de pessoas e liberação de espaços para a circulação em segurança e devem seguir por muito tempo. A atenção também está voltada ao tempo, pois há previsão de mais chuvas nos próximos dias. “A situação de calamidade pode se estender por dias, então a solidariedade tem que se fortalecer a cada hora, por isso também estamos nos comunicando com a categoria e com entidades sindicais parceiras no sentido de fortalecer essa rede de ajuda humanitária”, conclui a secretária.

A Contraf-CUT também está em diálogo institucional com a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), para que os bancos participem das ações humanitárias. Também estão sendo encaminhadas ações junto a órgãos públicos, das esferas municipais, estadual e federal, tanto para iniciativas de solidariedade no momento atual, como para ações no sentido de se evitar que desastres parecidos se repitam.

Para o secretário de Políticas Sociais da Contraf-CUT, Elias Jordão, “quando acontece uma tragédia como essa, a sociedade toda tem que se mobilizar para prestar ajuda humanitária, reconstruir os estragos e se preparar para evitar que desastres semelhantes voltem a acontecer”. O secretário lembra que o litoral norte paulista ainda está no momento mais forte da crise, com muitos desabrigados com necessidade de assistência. “A solidariedade é o que mais conta agora, temos que ajudar as vítimas, que se encontram numa situação que mais parece um cenário de guerra”, completa.

O secretário de Combate ao Racismo da Contraf-CUT, Almir Aguiar, reafirma a importância do envolvimento de bancárias e bancários na campanha de solidariedade. “Somos uma categoria organizada, presente em quase todas as cidades do Brasil, consciente de sua força e sua importância na sociedade e capaz de se mobilizar por seus direitos e por uma sociedade mais humana”, diz. Para ele, no momento é importante atrair mais apoio ao movimento humanitário. “Vamos todos atuar junto aos sindicatos e como cidadãos, oferecendo a ajuda que cada um puder e também divulgando esta iniciativa em busca de mais solidariedade”, incentiva o secretário.

CUT de São José dos Campos

A subsede da Central Única dos Trabalhadores (CUT) de São José dos Campos está na campanha de solidariedade, inclusive como posto de doações, em especial alimento, água, roupa e produtos de higiene e limpeza. O que é arrecadado está sendo transportado para São Sebastião de helicóptero pelo Fundo de Solidariedade da cidade. A CUT fica na avenida São José, 488, no centro.

Seeb/Mogi das Cruzes

Os bancários e bancárias de Mogi das Cruzes estão promovendo uma campanha de ajuda solidária, com arrecadação de comida, produto de higiene e limpeza e roupas, até o dia 3 de março, que serão enviados aos atingidos. As doações devem ser entregues no ponto de arrecadação, à rua Dr. Deodato Wertheimer, 2.319, na Vila Mogi Moderno.

Instituto Verdescola

A Contraf-CUT apoia o Instituto Verdescola, que atua com voluntários para ajudar desabrigados e feridos no litoral norte paulista. Doações podem ser feitas pelo PIX Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo., por depósito em conta (banco Itaú, agência 8499, conta 28366-4, CNPJ 07.707.869/0001-10) ou por cartão de crédito, por meio deste link no site da entidade. A organização Gerando Falcões está trabalhando em parceria com a Verdescola.

Pets

Muitas outras entidades também estão com ações, algumas em questões específicas, como proteção de animais de estimação. Esse é o caso das organizações Grupo de Resgate de Animais em Desastres (GRAD) e Amparanimal, por exemplo.

Sindicato Solidário

O Sindicato Solidário surgiu na pandemia de covid-19, com o objetivo de “preservar vidas”, como diz a mensagem inicial da página do movimento. A iniciativa da Contraf-CUT, com a parceria de entidades como CUT, Intersindical e CTB, busca mobilizar entidades sindicais do ramo financeiro, em especial da categoria bancária, por uma postura humanitária de todos.

Dezenas de federações e sindicatos do ramo, em diversos estados, fazem parte do Sindicato Solidário (veja lista). No site do Sindicato Solidário também há informações sobre como integrar a iniciativa e indicar entidades para receber doações, além de notícias sobre ações anteriores.

Fonte: Contraf-CUT

Empregados da Caixa Econômica Federal estão denunciando a dilapidação sofrida pelo banco nos últimos anos e apontam caminhos para que a empresa pública volte a ser forte e contribua com a reconstrução do país. “Em toda agência que visitamos tem trabalhador que chega até nós para falar dos problemas causados desde o governo Temer até o ano passado, quando Pedro Guimarães e Daniella Marques, indicados por Bolsonaro, ocuparam a presidência da Caixa”, disse o diretor da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e também empregado da Caixa, Rafael de Castro. “Estes mesmos empregados apresentam possíveis soluções e se colocam à disposição para contribuir. Ou seja, a Caixa tem um quadro de funcionários extremamente qualificado e comprometido, mas administrações anteriores quiseram usar o banco apenas para interesses particulares, o que levou à perda de mercado para a concorrência”, completou.

“Não vai ser fácil arrumar tanta coisa errada, mas, com essa nova gestão, esperamos ter abertura para que os empregados participem da reconstrução do banco e, consequentemente do país. Na prática, são eles que farão a mudança acontecer, são eles que ajudarão a reconstruir o Brasil que a gente quer”, avaliou o diretor da Contraf-CUT, ao acrescentar que a Caixa é fundamental para que o governo consiga realizar as mudanças que farão com que o país retome o desenvolvimento econômico e sustentável.

Irresponsabilidade

Rafael lembra que, antes do segundo turno da eleição para a Presidência da República, a Caixa passou a conceder crédito consignado para beneficiários do Auxílio Brasil. “Todos os especialistas do mercado e da imprensa disseram que era uma medida irresponsável e os demais bancos acharam a operação arriscada, pois não havia garantia e o beneficiário acabaria entrando em uma dívida que não teria como pagar. Assim, os empréstimos com as altas taxas de juros impostos pelo Banco Central acabam levando ao aumento do endividamento das famílias”, observou. “Era unânime a avaliação de que a concessão de crédito pela Caixa se tratava de uma medida eleitoreira, numa tentativa de melhorar a aceitação de Bolsonaro nos segmentos sociais, onde as pesquisas indicavam que ele tinha o pior desempenho”, recordou o dirigente da Contraf-CUT, ao acrescentar que, passada a eleição, o banco parou de oferecer o crédito e, mais do que isso, não tinha mais recursos para conceder financiamentos. Na época, a Caixa era presidida por Daniella Marques.

Para o diretor da Contraf-CUT, a Caixa deixou de fomentar o crédito ao desenvolvimento do país. “Com a política implementada pelas administrações passadas, sobretudo no segundo semestre de 2022, o que se via era refinanciamento, com as pessoas apenas ‘rolando’ a dívida”, criticou. “E as empresas que tomaram crédito no início da pandemia, a pouco mais de 3%, hoje estão pagando 20% de juros por causa da alta da Selic estabelecida pelo Banco Central para agradar o mercado financeiro. Esta política de juros altos incentiva a especulação financeira, restringe o investimento no setor produtivo e aumenta o risco de inadimplência”, completou ao observar que as empresas dão sinais de que precisam de mecanismos pra renegociar os contratos e conseguir quitar suas dívidas. “As mudanças precisam acontecer para que tudo isso seja consertado”, disse.

Descapitalização

Além da concessão irresponsável de crédito, o governo Bolsonaro promoveu uma grande descapitalização dos bancos públicos.

Após a aprovação da lei das estatais, houve uma criação desenfreada de subsidiárias, que diferentemente das empresas mães, não precisam de aprovação do Congresso Nacional para serem privatizadas. “A intenção com essa lei é vender as operações mais rentáveis dos bancos. Na Caixa, as subsidiárias passaram de apenas três para 12”, observou Rafael.

Mas, além da venda das operações mais rentáveis, que tira capital dos bancos, o processo de enfraquecimento da capacidade de os bancos públicos financiarem o desenvolvimento do país também se deu pela exigência da antecipação da devolução dos recursos dos chamados Instrumentos Híbridos de Capital e Dívida (IHCDs), utilizados pelos governos petistas para reforçar o capital dessas instituições financeiras, para que elas pudessem financiar o desenvolvimento do país.

“O governo Bolsonaro agiu de forma contrária, enfraquecendo os bancos públicos e sua capacidade de financiamento”, ressaltou Eliana Brasil.

É pra já!

Rafael de Castro frisou que muitas das mudanças que precisam ser feitas na Caixa não são fáceis e levarão algum tempo para que as medidas para mudar o cenário façam efeito. “Mas, precisamos ser ágeis com algumas mudanças. Algumas delas são pra já”, completou.

Fonte: Contraf-CUT

A presidenta do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros, informou que a empresa terá um novo Código de Ética. A previsão é que o documento seja lançado em março, após passar pelas aprovações do Conselho Diretor (CD) e do Conselho de Administração.

“O que temos de informações, adiantadas pela assessoria do banco, é que o Código traz avanços para os conceitos de assédio moral e sexual, com exemplos de histórias reais. O documento também estaria com uma linguagem mais modernizada e humanizada, com foco na diversidade”, destaca a funcionária do BB e representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) na Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), Fernanda Lopes.

A porta-voz dos funcionários do BB lembra também que entre as conquistas obtidas pela categoria, durante a última Campanha Nacional dos Bancários, está a criação de uma cláusula na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) para o combate ao assédio sexual e moral. “O combate a essas violências foi um tema colocado pelos trabalhadores na mesa de negociação com os bancos, durante toda a campanha salarial”, completa Lopes.

Ao anunciar que está sendo desenhado um novo Código de Ética para o banco público, a presidenta do BB afirmou ainda que a sua gestão “não vai tolerar desrespeito, discriminação ou assédio de qualquer natureza” e que haverá a valorização de “diálogo e escuta ativa”.

Fernanda Lopes avalia que as palavras de Tarciana, sobre a atualização do Código de Ética, apontam que a nova administração do BB se mostra aberta às pautas dos trabalhadores. “Vamos aguardar a publicação do documento e esperamos que, realmente, esteja alinhado às demandas que diversas vezes foram colocadas em discussão com a empresa. O assédio, moral ou sexual, é uma prática que precisa ser coibida de todas as maneiras. Temos que destacar também que a cobrança de metas abusivas, nos últimos anos, contribuiu em muito para a escalada do assédio moral sobre os empregados do BB. Portanto, uma das formas de atacar esse tipo de violência é discutir a forma como as metas e as cobranças sobre elas são decididas pela empresa”, pontua Fernanda Lopes.

Fonte: Contraf-CUT

O Sindicato Solidário iniciou uma ação junto a entidades sindicais, de governo e da sociedade civil, em mobilização de solidariedade e ajuda às vítimas dos desastres das chuvas no litoral norte de São Paulo, durante o Carnaval. A tragédia, que atingiu especialmente São Sebastião, Caraguatatuba, Bertioga e Ubatuba, contabiliza 48 mortos, número que ainda pode subir, pois ainda há pelo menos 57 pessoas desaparecidas.

No momento, além de apoio a resgates e busca por pessoas, as campanhas humanitárias estão concentradas principalmente na arrecadação e distribuição de alimento, água, roupa e material de higiene. Também há ações em defesa de animais de estimação. No momento, o Sindicato Solidário organiza parcerias com ONGs, sindicatos e entidades.

Contraf-CUT

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) está iniciando diálogo institucional com a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), para que os bancos também participem das ações de ajuda humanitária e de recuperação da região. Para a secretária de Relações Internacionais da Contraf-CUT, Rita Berlofa: “os bancos que atuam nas cidades atingidas, também devem se mobilizar nesse movimento de solidariedade, não apenas com contribuições materiais, mas também com o uso das agências como pontos logísticos para distribuição. A situação é de calamidade”.

Também estão sendo encaminhadas ações junto a órgãos públicos, das esferas municipais, estadual e federal, tanto para iniciativas de solidariedade no momento atual, como para ações no sentido de se evitar que desastres como o do litoral norte se repitam. “As autoridades devem se comprometer com protocolos de prevenção e segurança civil, para que tragédias como essas não voltem a castigar a sociedade brasileira”, completa Rita.

CUT de São José dos Campos

A subsede da CUT de São José dos Campos está engajada na campanha de solidariedade, inclusive como posto de doações, em especial alimento, água, roupa e material de higiene. Tudo o que é arrecadado está sendo transportado para São Sebastião de helicóptero pelo Fundo de Solidariedade da cidade. A CUT fica na avenida São José, nº 488, no centro da cidade, localização que facilita a operação.

Instituto Verdescola

A Contraf-CUT está apoiando o Instituto Verdescola, que está em intensa atividade, desenvolvida por voluntários, para ajudar desabrigados e feridos. As doações podem ser feitas pelo PIX Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo., por depósito em conta (CNPJ 07.707.869/0001-10, banco Itaú, agência 8499, conta 28366-4) ou por cartão de crédito, por meio deste link no site da organização. A organização Gerando Falcões está trabalhando em parceria com a Verdescola.

Sindicato Solidário

O Sindicato Solidário surgiu durante o isolamento social da pandemia de covid-19. “Na mais grave crise da humanidade, precisamos preservar vidas”, diz a mensagem inicial da página do movimento, uma iniciativa da Contraf-CUT – com a parceria de outras entidades, como CUT, Intersindical e CTB – que busca mobilizar sindicatos e federações ligadas ao ramo financeiro, em especial a categoria bancária, em favor de uma postura humanitária de todos.

Para o secretário de Combate ao Racismo da Contraf-CUT, Almir Aguiar, “buscamos ações de união, apoio e respeito à vida, para ajudar quem está em situação difícil, muitas vezes correndo risco de perder a própria vida. A categoria está presente em todos os lugares do Brasil, é organizada e tem tradição em ser solidária”.

Dezenas de federações e sindicatos do ramo, em diversos estados do país, fazem parte do Sindicato Solidário (veja lista aqui). O site também traz informações sobre como integrar a iniciativa, indicar entidades para receber doações e notícias sobre ações, como em Petrópolis e Teresópolis.

Fonte: Contraf-CUT

Até o momento, já no final do segundo mês do ano, ainda não houve definição dos critérios para a promoção por mérito referente ao ano-base 2022 na Caixa Econômica Federal. “Os debates iniciaram apenas em novembro passado, mas logo esbarraram na ausência de consenso entre a representação da Caixa e a dos empregados”, relembra a coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt.

A última proposta apresentada em mesa pelos representantes do banco, no final de 2022, previa a aplicação do programa de Gestão de Desempenho de Pessoas (GDP), inclusive para o primeiro delta, a ser distribuído aos empregados classificados nos quadrantes “bom desempenho” e “desempenho excelente”. Os representantes dos empregados, por seu lado, defenderam a distribuição de um delta a todos os empregados elegíveis, pois, uma vez mais os critérios não foram definidos a tempo para que houvesse condições de cumpri-los durante o ano de 2022.

Para o diretor-presidente da Associação de Pessoal da Caixa Econômica Federal de São Paulo APCEF/SP, Leonardo Quadros, “até o ano passado, a postura da direção era de querer impor a GDP como único critério, posição absurda, já que o acordo prevê que o critério deve ser definido em consenso, e a GDP é definida de forma unilateral pela Caixa”. A coordenadora da CEE da Caixa também afirma que “é necessário avançar na negociação da promoção por mérito, e este debate já está atrasado, pois temos outras pautas importantes para serem debatidas”.

Fonte: Contraf-CUT

O Movimento Sindical, através da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) encaminhou, na última sexta-feira (17), ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, um ofício onde questiona quais as medidas adotadas pela autarquia para garantir o pleno emprego e o crescimento econômico no país. O documento lembra que essas são também obrigações que estão presentes na Lei Complementar 179/2021, em parágrafo que descreve as atribuições do Banco Central.

“Os dados sobre o impacto da política monetária sobre o emprego, que são fundamentais para toda a sociedade, nunca estão presentes nas atas publicadas pelo Copom, o Comitê de Política Monetária do BC”, explica a presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira. “Comprovando novamente que, ao longo dos anos, o Banco Central vem servindo apenas aos interesses dos rentistas do mercado financeiro, dos ricos que usam seus recursos para comprar títulos e viver de especulação. Os interesses da população estão sendo ignorados”, completa.

A política monetária escolhida pelo Banco Central, de manter a taxa básica de juros (Selic) em níveis elevados, resulta em menos investimentos nos setores produtivos do país e, consequentemente, na diminuição da oferta de empregos.

No ofício, a Contraf-CUT destaca ainda que, além de colaborar para a recessão e desemprego, a manutenção dos juros elevados não foi capaz de conter os níveis de inflação dentro das metas estipuladas, nos últimos dois anos, “haja vista, que o índice de inflação registrado tem sua origem em preços administrados e, também, em externalidades, tais como o conflito bélico entre Rússia e Ucrânia e nas mudanças climáticas globais”. Leia a seguir o ofício na íntegra:

São Paulo, 17 de fevereiro de 2023.

Ao
Banco Central do Brasil
Sr. Roberto de Oliveira Campos Neto
Presidente
Prezado senhor,

            A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro – CONTRAF, entidade sindical de terceiro grau, representante dos trabalhadores do setor financeiro do país, vem à Vossa Senhoria expor e requerer o que segue:

Considerando o disposto na Lei Complementar 179, de 24 de fevereiro de 2021, em seu § 1º do Art. 1º, no qual se descrevem os objetivos do Banco Central do Brasil;

Considerando que a expectativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para o ano de 2022 é de cerca de 3% e para 2023 há uma previsão de redução intensa para apenas 0,9%, de acordo com a Pesquisa Focus;        

Considerando que, no segundo semestre do ano passado, inúmeros indicadores apontavam para a redução do ritmo da atividade econômica. Por exemplo, as vendas no varejo tiveram queda de 2,6% em dezembro e a indústria teve variação nula no mesmo mês, após registrar queda em novembro, de acordo com o IBGE;

Considerando a Pesquisa Especial de Crédito da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) que apresenta a expetativa de que o crescimento do crédito no país caia de 13,8% em 2022 para 8,2% em 2023. O caso Americanas ocorrido após a pesquisa da Febraban deve piorar ainda mais essa perspectiva;

Considerando que o Brasil tem hoje 8,7 milhões de pessoas desocupadas, 39 milhões de pessoas atuando na informalidade (trabalhadores sem carteira assinada ou conta própria sem CNPJ);

Considerando que o número de pessoas subutilizadas no mercado de trabalho chega a 22 milhões. Além das pessoas desocupadas, temos 6 milhões de pessoas subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas e 4 milhões de pessoas desalentadas, ou seja, que desistiram de procurar emprego;

Considerando que a recente melhora na taxa de desemprego não se deve a uma dinamização da economia e consequente incorporação de trabalhadores no mercado de trabalho formal com emprego decente. Pelo contrário, se deve à estratégia de sobrevivência da população brasileira que se vê obrigada a formas precárias de inserção no mercado de trabalho, sem nenhum tipo de proteção social, trabalhista e previdenciária;

Diante dos dados expostos acima e na ausência de informações sobre os temas nas atas do Comitê de Política Monetária (COPOM) e nas manifestações públicas de V.Sa., os trabalhadores do ramo financeiro e suas entidades representativas verificam o explícito movimento contraditório em relação ao resto do mundo, com a manutenção da taxa básica (SELIC) nesses elevados patamares, hoje definida em 13,75% ao ano, haja vista, que o índice de inflação registrado tem sua origem em preços administrados e, também, em externalidades, tais como o conflito bélico entre Rússia e Ucrânia e nas mudanças climáticas globais.

A recorrência dessa prática nos encaminhará à uma recessão da economia, ao aumento do desemprego e da desigualdade.

Por conta disso, legitimamente nos cabe perguntar quais as medidas adotadas pelo Banco Central do Brasil para a garantia do pleno emprego e do crescimento econômico?

Sendo o que tínhamos a apresentar, solicito relatar o devido cumprimento do papel desta instituição de Estado no que tange o rigor da legislação vigente.

Certa da atenção.
Atenciosamente,
Juvandia Moreira

Presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro – CONTRAF

Fonte: Contraf-CUT

A Caixa Econômica Federal anunciou medidas para ajudar a reduzir os danos da tragédia ocorrida durante o Carnaval no litoral norte de São Paulo. Ainda durante o feriado, a presidenta da Caixa, Rita Serrano, anunciou pelas redes sociais que a “equipe do FGTS da Caixa está mobilizada para auxiliar na habilitação dos municípios de SP atingidos pelas chuvas”. Ela também informou que as “equipes da Caixa já estão em contato com as prefeituras para agilizar a liberação do saque calamidade do FGTS para os trabalhadores.”

As fortes chuvas causaram muitos deslizamentos, que soterram casa, interromperam estradas e causaram a morte de pelo menos 48 pessoas. Pelo menos outras 57 continuam desaparecidas. Para a coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt, “a pronta ação da direção da Caixa é fundamental numa situação de calamidade como essa, pois mostra que, na nova gestão, a instituição está retomando seu papel de banco público, capaz de agir pelo bem-estar, especialmente numa tragédia como a que estamos vendo no litoral norte de São Paulo”.

Auxílio emergencial ao empregado afetado

Aos empregados que sofreram com ameaças de desmoronamento, desmoronamento total ou parcial, alagamento, inundação ou destelhamento de suas residências, decorrentes de desastre natural que tenha provocado estado de calamidade pública, está prevista a concessão do “Adiantamento Emergencial em Caso de Calamidade”, conforme a cláusula 53 do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT). A cláusula prevê a antecipação de até dez salários-padrão, a serem devolvidos pelo empregado em até 60 parcelas iguais e sem acréscimo de juros. Esse direito está detalhado no manual normativo RH001 e atende a empregados com residência atingida por desastres naturais como o ocorrido no litoral paulista.

Fonte: Contraf-CUT

Até a tarde desta quarta-feira (22), a Defesa Civil de São Paulo registrou ao menos 48 mortos e 57 desaparecidos no litoral Norte do estado, por causa das inundações e deslizamentos provocados pelas fortes chuvas. Para ajudar os voluntários e as vítimas que estão desabrigadas (cerca de 2.500 pessoas), o Santander lançou uma campanha para arrecadar recursos.

“Diversas entidades, públicas e privadas, estão realizando uma verdadeira força-tarefa, para reunir, no menor tempo possível, artigos que serão encaminhados aos desabrigados”, explica Lucimara Malaquias, coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander.

Para ajudar com recursos financeiros, o Santander criou o PIX: AG 3832 / Conta 130.005.355. A campanha também recebe doações de alimentos não perecíveis, água potável e artigos de primeira necessidade, que podem ser entregues nas agências do banco em Caraguatatuba Centro, Ubatuba, São Sebastião e Guarujá Centro, que estão funcionando como pontos de coletas.

Todos os recursos serão encaminhados ao Instituto Verde Escola. A entidade fechou parceria com o banco e está atuando diretamente nas comunidades mais afetadas.

“O Santander informou ainda que os funcionários e suas famílias, das regiões atingidas pela tragédia ambiental, estão sendo acompanhados por meio do PAPE, o Programa de Apoio Pessoal Especializado (PAPE), que pode ser contatado por meio da intranet da empresa”, completa Lucimara.

Responsabilidade social

“Para além desta ajuda, recebida nas agências ou por meio de pix, temos que cobrar a contrapartida social dos bancos, para que ajudem todas as regiões atingidas. Neste momento, de tamanha tragédia, a comunidade precisa do apoio da iniciativa privada, do setor financeiro, para reconstruir essa região e, principalmente, ajudar as pessoas que perderam absolutamente tudo”, pontua a bancária do Santander e secretária de Relações Internacionais da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Rita Berlofa.

“É sabido que muitos diretores e executivos de bancos têm residência tanto na Praia da Baleia, quanto no Canto do Moreira, em Maresias, onde estão condomínios de alto padrão. Então, é a hora de exercer a contrapartida social às comunidades afetadas, onde existem pessoas que prestam serviços para esses condomínios e que perderam familiares e bens. Os bancos precisam ter em mente essa responsabilidade social com a comunidade”, completa.

Fonte: Contraf-CUT

Em vídeo institucional, divulgado na última semana para falar dos resultados em 2022, a presidenta do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros, confirmou que a empresa fará o pagamento da segunda parcela da Participação nos Lucros e/ou Resultados (PLR), referente a 2022, no dia 3 de março.

“Conforme a regra, o BB efetua o pagamento da PLR dez dias após a distribuição dos dividendos para os acionistas. A primeira parcela da PLR, paga no dia 5 de setembro do ano passado, aconteceu dez dias após a assinatura do Acordo Coletivo do Trabalha (ACT), atendendo pedido da categoria”, destacou a funcionária do BB e representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) na Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), Fernanda Lopes.

A PLR do banco é composta pelo módulo Fenaban e pelo módulo BB. Pelo módulo Fenaban, o funcionário recebe 45% do salário paradigma definido no acordo, acrescido de parcela fixa. No módulo BB existe ainda a distribuição linear de 4% do lucro do semestre entre os funcionários, além da parcela variável. Os valores totais da PLR, por cargo, serão divulgados próximos à data de pagamento.

Imposto de Renda

Valores de PLR acima do teto anual de R$ 6.677,55 implicam a obrigação do recolhimento de Imposto de Renda (IR). A isenção existe graças a uma lei, sancionada no primeiro mandato da ex-presidenta Dilma Rousseff, que criou uma tabela exclusiva para a PLR para quem recebe até esse teto, com descontos conforme faixa de valores recebidos pelos trabalhadores.

O movimento sindical bancário tem feito manifestações pela correção da tabela do IR. Vale lembrar que a revisão é um compromisso do atual presidente Lula. E nós esperamos que isso saia do papel o mais rápido possível, porque a falta de correção do IR corrói os valores da PLR dos trabalhadores”, explica Fernanda Lopes.

Fonte: Contraf-CUT

Atendendo a pedidos do Ministério Público do Trabalho (MPT), a 4ª Vara do Trabalho de Campinas determinou multa diária de R$ 150 mil para o Santander, caso continue negando informações ao Grupo Especial de Atuação Finalística, instituído em junho de 2020 para investigar as razões da baixa execução de recursos repassados pelo Governo Federal no Programa Emergencial de Suporte a Empregos. A decisão aconteceu no dia 24 de janeiro.

A investigação foi motivada por uma matéria especial do Intercept Brasil, publicada em maio de 2020, mostrando que, dos R$ 40 bilhões injetados pelo programa criado para ajudar empresas a sustentarem contratos de trabalho, apenas 3,6% (R$ 1,44 bi) foram efetivamente distribuídos para pequenos empresários. As investigações envolveram quatro bancos denunciados pela reportagem: Itaú, Santander, Banco do Brasil e Caixa.

“Até o momento apenas o Santander se recusou a passar informações e documentos exigidos pelos investigadores do MPT, para comprovar a implementação do Programa Emergencial”, explica a bancária do Santander e secretária de Relações Internacionais da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Rita Berlofa. Ela lembra que a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) e o Santander chegaram a entrar com dois mandados de segurança para tentar barra a investigação, mas os pedidos foram derrubados pelo Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região (TRT-15).

“É preocupante essa tentativa institucional de inviabilizar uma investigação que é importante. Como escreveu o grupo de investigação do MPT, na ação civil pública proposta para responsabilizar o Santander, ‘quem não deve, não teme'”, completou a secretária.

Fonte: Contraf-CUT