Abril 26, 2025
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O Santander informou nesta quarta-feira (8) que irá pagar no dia 28 de fevereiro a segunda parcela da Participação nos Lucros e/ou Resultados (PLR), referente a 2022. Na data, o banco fará também o pagamento de regra básica da PLR (teto de 2,2 salários), adicional da PLR, PPR, PPE e PPG para os funcionários elegíveis.

A anúncio ocorre oito dias após solicitação da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) para antecipação do pagamento da segunda parcela da PLR. De acordo com a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), os bancos privados têm até o dia 1º de março de 2023 para realizar o depósito.

A Contraf-CUT baseou o pedido de adiantamento ao fato de, nos dois primeiros meses do ano, “concentrarem-se as maiores despesas por parte dos trabalhadores, em razão da cobrança de IPTU, IPVA, matrícula e material escolar”, disse a entidade em ofício.

O acordo firmado na CCT 2022 estabeleceu reajuste de 13% na parcela adicional da PLR e correção do INPC (8,83%) na regra básica. A primeira parcela da PLR foi paga no dia 30 de setembro do ano passado.

Conquista da categoria

A coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander, Lucimara Malaquias, destaca que a PLR dos bancários “é uma conquista, junto ao movimento sindical”. A categoria foi a primeira no país a obter o direito, em CCT Nacional de 1995.

A representante dos trabalhadores observa ainda que, com o rombo bilionário das Americanas S.A., o Santander sofreu redução de 21,1% do lucro de 2022 em relação ao ano anterior, o que poderia ter afetado o valor final da PLR e da PPRS. “Porém isso não ocorreu, graças ao acordo coletivo, que tem como objetivo, além de garantir direitos, minimizar os impactos da oscilação do mercado no rendimento dos trabalhadores”, completa.

Fonte: Contraf-CUT

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), da qual o Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense é filiado, realizará, nesta quinta-feira, dia 9 de fevereiro, a partir das 19h30, uma plenária nacional com as empregadas e empregados da Caixa Econômica Federal, para tratar dos principais aspectos funcionais e de carreira dos trabalhadores com deficiência.

“Queremos fazer o levantamento dos problemas enfrentados pelas pessoas com deficiência (PCDs) que trabalham na Caixa para negociarmos a solução para estes problemas”, explicou a coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt. “Já havíamos debatido esta pauta no último Congresso Nacional dos Empregados da Caixa Econômica Federal (Conecef) e encaminhado para o banco naquela ocasião. Agora, com uma nova gestão, queremos atualizar estes pontos para encaminhá-los novamente, com a expectativa de obtermos avanços na solução dos problemas”, completou, ao ressaltar que PCDs que trabalham na Caixa têm dificuldades para avançar na carreira e de acesso ao sistema.

A plenária será realizada por uma plataforma eletrônica de videoconferência, com limite de participação de 300 pessoas. Os interessados devem se inscrever antecipadamente para, após a inscrição, receber um link individual e intransferível de acesso. As inscrições estarão abertas até às 19h do dia 9 de fevereiro.

“Solicitamos às entidades, principalmente aos sindicatos, que encaminhem este convite aos empregados da Caixa, em especial àqueles com deficiência, que fazem parte de suas bases, e destaquem a importância da pauta a ser debatida”, ressaltou a coordenadora da CEE.

Plenária Nacional dos (as) Empregados (as) Caixa – PCDs
9 de fevereiro de 2023 – 19h30
Link para inscrição:
https://us06web.zoom.us/meeting/register/tZUqce-rrzIrE9dqZQu0zGCGock7TBiKFnWl

Fonte: Contraf-CUT

O processo eleitoral para a escolha da nova diretoria e do Conselho Fiscal da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae) está aberto. A votação começa às 9h do dia 8 e segue até às 18h do dia 9 de fevereiro. Todos os sócios efetivos das 27 associações filiadas à Fenae que se associaram até 31 de agosto de 2022 têm direto ao voto.

O Sindicato dos Bancários apoia a Chapa 1 – Movimento em Defesa da Caixa.

A votação será realizada em urnas físicas. A coleta dos votos está por conta das associações estaduais, que podem utilizar urnas fixas em suas sedes e itinerantes nas agências e departamentos da Caixa Econômica Federal. Apenas uma chapa foi inscrita.

“A Chapa 1 – Movimento em Defesa da Caixa é composta por companheiros comprometidos, com histórico de defesa dos direitos das empregadas e empregados e com a luta por novas conquistas. A apoiamos com a certeza de que, na Fenae, continuarão fazendo o que é melhor para os associados”, disse a empregada da Caixa e diretora-executiva da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Eliana Brasil.

“Apesar de haver uma única chapa, existe um quórum mínimo para a eleição. Por isso, é muito importante que os associados exerçam seu direito de voto e elejam as candidatas e candidatos da Chapa 1”, ressaltou a coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt.

Um hotsite específico foi criado com todas as informações sobre a eleição da Fenae. Os associados também podem acessar o Instagram ou o Facebook da Chapa 1 – Movimento em Defesa da Caixa para conhecer os candidatos suas propostas.

Fonte: Contraf-CUT

O Banco Santander encaminhou um comunicado institucional aos seus funcionários, na última sexta-feira, 3 de fevereiro, informando que as agências funcionarão em horário estendido, das 9h às 18h, desta segunda (6) a sexta (10) para atender, exclusivamente os clientes que queiram negociar dívidas.

A ação faz parte do programa “Desendivida”, criado pelo Santander no início de 2022. Na ocasião, o banco tentou abrir as agências aos sábados e foi alvo de inúmeras ações judiciais, que obtiveram liminares impedindo a abertura das agências.

“As liminares que impediram a abertura das agências aos sábados serviram de lição para o banco, que desta vez vai realizar o programa durante a semana em horário estendido. Mas, o banco ainda não aprendeu que deve negociar as ações que envolvam os trabalhadores”, disse a coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander, Lucimara Malaquias.

A coordenadora da COE lembrou ainda que o banco tem um normativo interno sobre a compensação de horas. “Nós já cobramos do banco que sejam mantidas as condições de saúde e de segurança dos trabalhadores e que sejam devidamente registradas as horas de trabalho, inclusive as pausas para almoço, e que, já que o banco nos impôs esse normativo que prevê a compensação de horas e não o pagamento de horas-extras, que ele garanta que os gestores não vão apresentar qualquer tipo de empecilho para que as horas trabalhadas a mais sejam efetivamente compensadas em horas de descanso dos trabalhadores”, disse, ao ressaltar que o movimento sindical defende que as horas trabalhadas a mais devem ser pagas, e não compensadas, e que o normativo de compensação de horas foi criado pelo Santander, após a reforma trabalhista de 2017, sem qualquer tipo de negociação com as entidades de representação sindical dos trabalhadores.

Lucimara disse ainda que o movimento sindical vai acompanhar não apenas o expediente estendido durante a semana, mas os desdobramentos para a compensação das horas trabalhadas a mais ou outra forma de compensação que possa vir a ser definida, como o seu devido pagamento. “A orientação é para que os trabalhadores que se sentirem lesados, ou forem impedidos de compensar as horas, procurem seus sindicatos”, ressaltou.

Fonte: Contraf-CUT

O Ministério da Saúde divulgou, nesta terça-feira (31), o novo cronograma do Programa Nacional de Vacinação. A previsão é de que as campanhas de imunização tenham início em 27 de fevereiro. O programa passa a incluir a vacinação de reforço contra a Covid-19 com as novas vacinas bivalentes, em pessoas com maior risco de desenvolver formas graves da doença, como idosos acima de 60 anos e pessoas com deficiência.

O ministério também pretende realizar uma intensificação na campanha de vacinação contra o vírus Influenza, que causa gripe, em abril, antes da chegada do inverno, quando as baixas temperaturas levam ao aumento nos casos de doenças respiratórias.

Também será realizada uma ação de multivacinação de poliomielite e sarampo nas escolas. A ideia é mobilizar as comunidades escolares, desde a Educação Infantil até o Ensino Médio, com duas semanas de atividades de orientação, comunicando estudantes, pais e responsáveis sobre a necessidade de levar a Caderneta de Vacinação para avaliação.

Confira o cronograma de cinco etapas:

Etapa 1 - fevereiro 

Vacinação contra Covid-19 (reforço com a vacina bivalente) 

Público-alvo: 

Pessoas com maior risco de formas graves de Covid-19; 

Pessoas com mais de 60 anos; 

Gestantes e puérperas; 

Pacientes imunocomprometidos; 

Pessoas com deficiência; 

Pessoas vivendo em Instituições de Longa Permanência (ILP); 

Povos indígenas, ribeirinhos e quilombolas; 

Trabalhadores e trabalhadoras da saúde. 

  

Etapa 2 - março 

Intensificação da vacinação contra Covid-19 

Público alvo: 

Toda a população com mais de 12 anos. 

  

Etapa 3 – março 

Intensificação da vacinação de Covid-19 entre crianças e adolescentes 

Público alvo: 

Crianças de 6 meses a 17 anos. 

 

Etapa 4 – abril 

Vacinação de Influenza 

Público-alvo: 

Pessoas com mais de 60 anos; 

Adolescentes em medidas socioeducativas; 

Caminhoneiros e caminhoneiras; 

Crianças de 6 meses a 4 anos; 

Gestantes e puérperas; 

Pessoas com deficiência; 

Pessoas com comorbidades; 

População privada de liberdade; 

Povos indígenas, ribeirinhos e quilombolas; 

Forças Armadas, de Segurança e Salvamento; 

Profissionais da saúde, educação e transportes. 

  

Etapa 5 - maio 

Multivacinação de poliomielite e sarampo nas escolas

Fonte: Brasil de Fato

O Santander divulgou nesta quinta (2) seus resultados financeiros do quarto trimestre. O banco espanhol apresentou Lucro Líquido gerencial de R$ 12,9 bilhões, queda de 21,1%, em relação a 2021. Também houve queda do Lucro Líquido gerencial de 45,9% no 4º trimestre, em relação ao 3º trimestre anterior (R$1.689, frente aos R$ 3.122 bilhões registrados no período subsequente). O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE, na sigla em inglês) também apresentou queda de 4,9 pontos percentuais (p.p) em doze meses e ficou em 16,3%. 

Segundo explicação do próprio Santander, entre os fatores para esses resultados está o crescimento dos créditos de liquidação duvidosa (PDD), “por conta do aumento no segmento pessoa física e provisionamento decorrente de um evento subsequente no segmento do Atacado”. E isso, devido ao caso das Lojas Americanas, que impactou o custo de crédito de 12 meses, o qual atingiu 4,4%, com alta de 1,7 p.p. no ano, e de 0,6 p.p. no trimestre. 

Em análise divulgada sobre o Santander, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) pontua que “a Americanas S.A. divulgou ao mercado, no dia 11 de janeiro de 2023, fato relevante para informar a detecção de inconsistências contábeis em demonstrações financeiras de exercícios anteriores, estimadas em cerca de R$ 20 bilhões, sendo o Banco Santander uma das principais instituições afetadas”.

Empregos e Agências

Em relação aos empregos, a holding espanhola encerrou 2022 com 52.603 vagas, com abertura de apenas 56 postos de trabalho em doze meses, considerando que foram abertos 1.389 postos de trabalho no quarto trimestre do ano. Vale lembrar que, no terceiro trimestre de 2022, o Santander havia fechado 385 postos de trabalho.

Em 2022, o banco também fechou 286 agências e 118 postos de autoatendimento (PABs). 

Importância do acordo coletivo

A coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander, Lucimara Malaquias, avalia que o aumento de créditos de liquidação duvidosa, “poderá causar impactos na PLR” (Participação nos Lucros e Resultados). “Análises estão sendo feitas para avaliar o tamanho real dos resultados que o banco apresentou hoje”, completa.

A representante dos funcionários nas negociações com o banco, aponta ainda que a queda de 4,9 p.p da ROE, em relação à 2021, poderia impactar em reduções no pagamento no Programa da Participação nos Resultados Santander (PPRS). “Porém, isso não vai ocorrer, graças à negociação do aditivo Santander, que impede a alteração das faixas, como pretendia o banco”, ressalta. 

Desta forma, Lucimara destaca a importância do acordo coletivo, “que visa minimizar os impactos da oscilação do mercado no rendimento dos trabalhadores”, e conclui que a retração do banco “traz alertas e preocupações não só para o Santander, mas para todo o sistema financeiro”. 

Clique aqui para acessar os Destaques de Demonstrações Financeiras do Banco Santander – exercício de 2022

Fonte: Contraf-CUT

O Movimento Sindical, através da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), da qual o Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense é filiada, enviou ofício aos principais bancos do país, nesta quarta-feira (1º/2), solicitando a antecipação do pagamento da 2ª parcela da Participação nos Lucros e/ou Resultados (PLR), referente ao exercício de 2022.

De acordo com o definido na cláusula primeira da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) – PLR 2022, os bancos privados têm até o dia 1º de março de 2023 para efetuar o pagamento, mas, “sabe-se que nos meses de janeiro e fevereiro concentram-se as maiores despesas por parte dos trabalhadores, em razão da cobrança de IPTU, IPVA, matrícula e material escolar”, afirma a Contraf-CUT no ofício ao justificar a solicitação.

Bancos públicos

A data de pagamento é diferente para os trabalhadores de bancos públicos. Por exemplo, na Caixa, o pagamento pode ser efetuado até o dia 31 de março, conforme definido no parágrafo oitavo da cláusula sexta do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) dos empregados. Já no Banco do Brasil, o pagamento pode ser efetuado em até dez dias úteis após a data de distribuição dos dividendos ou JCP-Juros aos acionistas.

A Contraf-CUT também enviou ofício aos bancos públicos solicitando a antecipação da PLR.

Fonte: Contraf-CUT

O nome do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) voltou às manchetes dos jornais e a repercutir em comentários nas redes sociais, depois de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmar que o Brasil voltará a financiar projetos de engenharia e desenvolvimento no exterior por meio da entidade de fomento, ao anunciar o interesse do país em apoiar a construção de gasoduto na Argentina que, futuramente, poderá abastecer o Brasil com gás de xisto.

Segundo o presidente, há interesses “no gasoduto, nos fertilizantes, no conhecimento científico e tecnológico que a Argentina tem”. Lula destacou ainda que “países maiores têm que auxiliar os países que têm menos condições”. O BNDES é atualmente o terceiro maior banco de estímulo do mundo, atrás apenas de instituições da China e da Alemanha.

Como funcionam os empréstimos fora do país

“A primeira grande fake news que temos que combater é de que o BNDES empresta dinheiro diretamente aos países”, pontua o vice-presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Vinícius Assumpção. “Quem recebe os aportes financeiros são empresas brasileiras que prestam serviços para as obras que serão desempenhadas no exterior”, destaca.

Na página Agência BNDES de Notícias, o banco esclarece que “apoia a exportação de bens e serviços brasileiros para o exterior” e não envia dinheiro para outros países. “São coisas bem diferentes. No apoio à exportação, os recursos são desembolsados aqui mesmo, no Brasil, em R$ [reais], para a empresa brasileira exportadora”, explica. 

Por outro lado, os países estrangeiros que recebem as obras ficam responsáveis pelo pagamento dos débitos, de forma parcelada, com taxa de juros definida no acordo com o governo brasileiro. 

Em 1997, ainda no governo Fernando Henrique, foi criado o Fundo de Garantia à Exportação (FGE), vinculado ao Ministério da Fazenda, que, em caso de inadimplência do devedor, indeniza o banco.

Ampliação do mercado às empresas brasileiras

O Brasil chegou a ter 2,3% de presença no mercado global nos serviços de engenharia, nos anos em que o BNDES atuou ativamente para financiar obras de engenharia no exterior. Segundo levantamento feito pela LCA Consultores, na década passada, mais de 2 mil empresas brasileiras, sendo 76% médias e pequenas, faziam parte da rede de fornecedores nesses empreendimentos. Hoje, a presença da engenharia brasileira está em menos de 1%.  

“Estamos falando de um modelo de investimento que prioriza o fortalecimento de empresas nacionais, gera mais empregos e, consequentemente, mais renda. No exterior, as empresas brasileiras podem atuar em tudo que envolve a obra, desde os processos de engenharia, até os insumos e os equipamentos necessários para levantar do papel o empreendimento, tanto cimento, caminhões, e produtos básicos, como os uniformes e a alimentação dos trabalhadores”, observa o dirigente da Contraf-CUT. 

BNDES só lucrou

De 1998 até 2022, o BNDES desembolsou US$ 10,5 bilhões em obras realizadas no exterior. Nesse período, recebeu de volta US$ 12,7 bilhões. Portanto, o banco brasileiro teve lucro de US$ 2,2 bilhões ou pouco mais de R$ 11 bilhões. “O banco não perdeu, mas ganhou dinheiro, com o financiamento para países da América Latina e da África. Não são dados da Fundação Perseu Abramo ou do Dieese. Estão no site do BNDES”, observou o colunista do jornal Valor Econômico, Daniel Rittner, em matéria especial, publicada em novembro de 2022.

Ainda segundo informes divulgados pelo BNDES, em todo o período de 2003 a 2015, nos governos Lula e Dilma, o banco seguiu apresentando lucro líquido. 

Investimentos são maiores no Brasil 

De 1998 até 2022, o banco emprestou US$ 274 bilhões à infraestrutura nacional, valor 26 vezes maior do que os empréstimos para financiar bens e serviços em obras de empresas brasileiras no exterior (US$ 10,5 bilhões).   

Estados Unidos, campeão de recursos

Nada de “ditadura socialista” no BNDES, nem durante os governos Lula e Dilma. Um informe divulgado pelo BNDES, em 2019, mostra que, desde 1998, o BNDES destinou recursos para obras em mais de 40 países. O campeão dos recursos destinados pelo banco de fomento brasileiro foram os Estados Unidos, com mais US$ 17 bilhões, atrás de Argentina (US$ 3,5 bilhões) e Angola (US$ 3,4 bilhões).

Os países que estão em atraso com o BNDES, atualmente, são Venezuela (US$ 681 milhões), Moçambique (US$ 122 milhões) e Cuba (US$ 226 milhões). Os débitos totalizam US$ 1,03 bilhão, até setembro de 2022. Mas outros US$ 573 milhões estão por vencer. Os valores relativos a esses empréstimos foram pagos pelo FGE.

Fake news da “caixa-preta”

A pedido do então presidente Bolsonaro, que ainda propagava a fake news da “caixa preta do BNDES”, o banco encomendou uma auditoria aos escritórios de advocacia Levy & Salomão e Cleary, Gottlieb Steen & Hamilton, com sedes no Rio e em Nova York, para analisar os contratos com o grupo J&F, dos irmãos Joesley e Wesley Batista.

O relatório, de oito páginas e que custou R$ 48 milhões ao BNDES, nada constatou. “As decisões do banco parecem ter sido adotadas após considerações de diversos fatores negociais relevantes e ponderações dos riscos e potenciais benefícios para o banco”, concluíram os escritórios. 

Gás mais barato 

Vinícius Assumpção, ressalta que, na guerra de informações sobre o tema, pouco se comentou nas redes sociais sobre o que o Brasil pode ganhar com o gasoduto argentino. “A agência de notícias Reuters, por exemplo, avalia que a obra é interessante para o Brasil, que hoje compõe grande parte da sua demanda pelo gás boliviano”, destaca o dirigente da Contraf-CUT. 

Os argentinos já concluíram a primeira fase do gasoduto Néstor Kirchner, para transportar gás de xisto produzido na região de Vaca Muerta, no oeste do território do país. “Temos a decisão, nos próximos 90 dias, de colocar em licitação a segunda parcela [do gasoduto] para garantir, por um lado, o abastecimento de Uruguaiana, mas, por outro, explorar o desenvolvimento da infraestrutura para abastecer o Rio Grande do Sul”, disse o ministro da Economia da Argentina, Sergio Massa, no dia 23 de janeiro, em reunião ao lado do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. “O desafio que temos que enfrentar juntos é que Vaca Muerta chegue ao Brasil para que os brasileiros tenham acesso ao volume de gás que precisam para o processo de desenvolvimento industrial e para que os argentinos tenham a oportunidade de exportar parte do que é nosso recurso”, completou.

Para se conectar ao Rio Grande do Sul, o gasoduto precisará de uma terceira fase, que não está incluída na licitação a ser anunciada. Mas a fala de Massa já indica que os argentinos querem que o plano saia do papel. 

Os Estados Unidos são, atualmente, o país que mais explora o xisto, por deter a maior reserva mundial do tipo de rocha de onde é possível extrair petróleo e gás. Por ser uma fonte de energia barata, contribuiu para que o país do Norte mantivesse vantagens no crescimento econômico. A grande questão em torno da fonte de energia são os danos ambientais, pela forma como ocorre a extração e pela emissão de dióxido de carbono na atmosfera. 

Fonte: Contraf-CUT

Nos dias 9 e 15 de fevereiro, o Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense irá realizar o Grito de Carnaval dos Bancários.

Em Duque de Caxias, o evento ocorre no dia 9/2, na Sede da nossa entidade.

E na nossa Sub-Sede, em Nova Iguaçu, ocorre no dia 15/2.

A folia começa a partir das 17 horas e vai contar com muita música, marchinhas de carnaval e descontração. 

A música fica por conta da Bandinha do Mestre Delyy

IMPORTANTE

O evento é exclusivo para bancários/bancárias e seus dependentes. 

Churrasco liberado e as bebidas à parte.

EVITE O DESPERDÍCIO! 

O Banco Central (BC) anunciou na quinta-feira (26) que suas estatísticas sobre o fluxo cambial da economia brasileira foram divulgadas mensalmente contendo erros desde outubro de 2021. O fluxo cambial mede os dólares que entram e saem do país em operações de comércio exterior, investimentos ou mesmo para compra e venda de reservas.

::Autonomia do Banco Central pode ser problema para governo Lula arrumar a economia::

Após a constatação do erro, o BC precisou revisar sua série histórica sobre o indicador. Nessa revisão, ele detectou que o que era apontado como uma entrada líquida de dólares na economia nacional em 2022 (mais recursos entrando que saindo), na verdade, não existia. No ano passado, houve saída líquida de recursos do país.

O erro registrado pelo BC é de mais de US$ 12 bilhões – cerca de R$ 60 bilhões na cotação atual da moeda dos EUA.

Antes da correção, o órgão informava um saldo de entrada de US$ 9,5 bilhões no país, em 2022. Isso dava a impressão que mais estrangeiros estavam trazendo dinheiro para cá, em pleno ano eleitoral.

Após a revisão dos dados, o BC verificou um saldo negativo de fluxo de capital de US$ 3,2 bilhões. Ou seja, um cenário oposto, com mais pessoas e empresas tirando recursos do país que colocando.

::Pix: novas regras entram em vigor::

Segundo o BC, por uma falha na apuração dos dados, acabaram sendo desconsideradas algumas operações de importação, na qual uma empresa ou pessoa brasileira envia dólares para fora para comprar um produto.

Em 2022, US$ 250 bilhões foram enviados ao exterior em importações, segundo dados já revisados. Até a detecção da falha, o BC informava US$ 238 bilhões em importações.

O mesmo erro de apuração de dados também ocorreu em 2021, mas só a partir de outubro. Por conta disso, o impacto nas contas de fluxo foi menor –US$ 1,7 bilhão.

Sucateamento

Após a constatação da falha, o chefe de estatística do BC, Fernando Rocha –servidor de carreira do órgão– desculpou-se com analistas que utilizam dados da instituição.

O erro chegou a ser comparado às "inconsistências contábeis” do caso Americanas em redes sociais. Assim como a falha contábil da gigante do varejo, o erro do BC também apresentava um panorama mais favorável do que o real, só que sobre a economia brasileira.

O presidente do Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal), Fabio Faiad, afirmou que não crê em nenhuma manipulação de dados no BC para favorecimento de algum político ou partido –nas Americanas, há suspeita de fraude.

Em entrevista ao Brasil de Fato, Faiad afirmou que o que houve no BC foi resultado de um sucateamento da instituição e falta de pessoal para executar um determinado trabalho. “Essa coisa de fazer mais e mais com cada vez menos pessoas pode ser bonitinho, mas na prática leva a erros como esse”, afirmou.

Faiad explicou que estatísticas do BC são produzidas por planilhas, sistema de informação, de forma quase automatizada. Isso tudo, porém, precisa ser checado periodicamente por um funcionário. Com menos servidores, menos checagem, mais erros.

“Estamos com déficit de pelo menos mil servidores e tocando cada vez mais projetos: pix, open finance, real digital…” reclamou Faiad. “Pela lei, o BC deveria ter 6,5 mil funcionários. Estamos com cerca de 3,5 mil.”

“Já são mais de dez anos sem qualquer concurso público e com remunerações defasadas e assimetrias injustificáveis, o que implica a piora significativa do clima organizacional, impactando diretamente na rotina laboral do órgão”, complementou o Sinal, em nota sobre o erro do BC encaminhada à imprensa.

Credibilidade

O economista Mauricio Weiss, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), disse que o erro do BC não chega a ter impacto real nos rumos da economia brasileira e na decisão de investidores que aplicam recursos aqui. Segundo ele, afeta, sim, a credibilidade da instituição.

A mesma impressão tem o economista Andrew Storfer, diretor do Núcleo de Economia da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac). “Não acho tão impactante [para a economia]. Claro que erros não são saudáveis, mas neste caso o erro representa no ano menos de 5% das operações”, disse. “O efeito prático não é relevante.”

Márcio Pochmann, economista e professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), disse que o BC tem falhado no cumprimento de suas obrigações. Esse erro é mais uma dessas falhas.

O órgão, que se tornou autônomo em 2021, durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), é legalmente responsável pelo controle da inflação no país. Em 2021 e em 2022, as metas de inflação estipuladas pelo Conselho Monetário Nacional (CNM) não foram cumpridas.

Fonte: Brasil de Fato