Abril 30, 2025
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O Santander lucrou R$ 7,2 bilhões apenas nos nove primeiros meses de 2017, resultado 34,6% maior do que o registrado no mesmo período do ano passado. Em termos globais, o lucro do banco alcançou € 5,592 bilhões e o Brasil contribuiu com 26% desse lucro global.

Mesmo apresentando resultado expressivo, o banco continua reduzindo seu quadro de funcionários no país: em doze meses (setembro de 2016 a setembro de 2017) eliminou 1.392 postos de trabalho, totalizando 46.632 funcionários no terceiro trimestres de 2017.

“O Brasil continua sendo a maior fonte de lucro do grupo Santander em todo o mundo e se distancia do Reino Unido, que é o segundo colocado, mas um dos países mais ricos do mundo. Esse resultado é obtido à custa de demissões de trabalhadores, inclusive muitos que perderam a saúde trabalhando para alcançar esse lucro”, afirmou Maria Rosani, secretaria de Finanças do Sindicato dos Bancários de São Paulo.


Fonte: Contraf-CUT

A sociedade vem percebendo a importância de valorizar a diversidade e respeitar os LGBTs, mas os retrocessos e os enfrentamentos de grupos conservadores ainda são constantes


A união civil entre pessoas do mesmo sexo, a violência e as discriminações sofridas pela população LGBT são os principais enfoques da discussão que envolve a orientação sexual e a identidade de gênero. Seja nas rodas de amigos ou no Congresso Nacional, a falta de igualdade de direitos na sociedade é facilmente notada. O embate é travado em convicções religiosas, tabus e preconceitos, varrendo para baixo do tapete toda a laicidade e a igualdade de nosso Estado Democrático de Direito.

As Paradas do Orgulho de LGBT, que são realizadas no Brasil desde 1995, são grandes manifestações populares democráticas, festivas e de afirmações de direitos. Tendo como ponto de partida a cidade do Rio de Janeiro, as paradas acontecem atualmente de Norte a Sul, nas principais cidades do país e ampliam a visibilidade e o debate da temática para além dos grupos LGBTs. Cada vez mais, os grupos de defesa dos direitos LGBT têm se empoderado e utilizado a Parada como forma de pressão política junto ao Estado e à sociedade.

Nos últimos anos, a população LGBT obteve algumas conquistas, como o reconhecimento pelo Supremo Tribunal Federal (STF) da relação familiar entre casais do mesmo sexo. A decisão garantiu aos casais homoafetivos os mesmos direitos e deveres dos casais heterossexuais, conforme definido pelo Código Civil.

Outra conquista importante foi a proibição de os cartórios recusarem a celebração de casamento civil ou a conversão da união estável em casamento entre pessoas do mesmo sexo.

Mas, se por um lado, a sociedade vem percebendo a importância de valorizar a diversidade e respeitar os LGBTs, por outro, os retrocessos e os enfrentamentos de grupos conservadores ainda são barreiras constantes.

Um exemplo é o Projeto de Lei (PL) 1151/95, que regulamenta a união civil entre pessoas do mesmo sexo. Apesar de estar pronto para votação, não segue para apreciação no plenário da Câmara dos Deputados devido à pressão de grupos religiosos e fundamentalistas. Fenômeno similar ocorre com o PL de Criminalização da Homofobia (122/06), com o PL de Identidade de Gênero João Nery (PL 5002/13) e demais projetos de lei envolvendo direitos LGBT.

Soma-se à falta de vontade política do Legislativo e do Executivo e à falta de garantia dos direitos adquiridos por decisões judiciais, os problemas decorrentes do mercado de trabalho e da iniciativa privada. As consequências são drásticas para toda a sociedade, gerando prejuízos não apenas sociais, mas também econômicos, como a perda de força de trabalho e fuga de talentos.

As taxas de desemprego, pobreza, insegurança alimentar e depressão são todas mais altas na comunidade LGBT, segundo os dados da ONU.

Pelo menos metade dos jovens LGBTs são vítimas de “bullying” na infância e adolescência, o que faz com que um a cada três deles abandone os estudos. Outros e outras jovens ainda são rejeitados pelos pais, familiares e até expulsos de casa, o que tem levado muitos LGBTs à situação de rua.

Na comparação com jovens heterossexuais, os jovens LGBTs são quatro vezes mais propensos a cometer suicídio. Os e as jovens trans têm quase dez vezes mais chances de cometer suicídio do que a população em geral, alerta a ONU. Além disso, 90% das travestis brasileiras estão fora do mercado de trabalho formal de acordo com dados da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra). Trata-se de uma população cuja expectativa de vida média é de 35 anos no Brasil, um país que lidera o assassinato de travestis e pessoas trans, de acordo com dados do Transgender Europe (TGEU) e do Grupo Gay da Bahia (GGB).

Segundo levantamento do GGB, até o dia 20 de setembro, haviam sido registrados 277 homicídios de LGBTs em 2017. Em média, segundo o levantamento, ocorreu no período 1,05 assassinato de LGBT por dia. É a maior média desde 1980, quando os dados passaram a ser contabilizados pela entidade baiana. Os dados do GGB são usados como referência sobre crimes relacionados a preconceito à orientação sexual no país.

Não há leis que tutelem de forma assertiva os direitos LGBT a nível nacional e as decisões judiciais, apesar de constituírem vitórias do movimento social, não asseguram que os direitos sejam mantidos. É, portanto, uma população vulnerabilizada, que ainda é submetida a situações de precarização de direitos, subemprego e/ou desemprego e desamparo das instituições públicas e privadas.

No Brasil, estudos divulgados pela Organização das Nações Unidas (ONU) apontam que uma a cada cinco pessoas LGBT relatam experiências discriminatórias em seu ambiente de trabalho. De acordo com levantamento do Banco Mundial, a discriminação das pessoas LGBT pode custar, mundialmente, US$ 32 bilhões por ano, o que equivale a uma economia como a da Índia.

Essas perdas se convertem em menores receitas com arrecadação de impostos para os governos, o que significa menos dinheiro para saúde, educação e outros serviços essenciais. Representam também um enorme desperdício de potencial humano – em talento, criatividade e produtividade, que pesam gravemente sobre os trabalhadores e trabalhadoras LGBT, sobre a sociedade e a economia como um todo.

Em situações recentes que envolvem o sistema financeiro, um gerente de banco foi demitido depois de ter postado um vídeo com seu namorado em sua rede social privada. Em outro caso, teve grande repercussão a retira de cartaz de uma exposição fomentada pelo setor cultural de um banco devido a protestos de grupos religiosos e liberais-conservadores.

São exemplos como estes que demonstram a importância e a atualidade da luta pelos direitos LGBTs em contextos de ascensão conservadora. Trata-se de uma luta a ser encampada por todas e todos, LGBTs ou não, na medida em que se trata da defesa de uma sociedade mais democrática, plural e justa. Não é preciso ser LGBT para sentir a discriminação e o preconceito!

Fonte: Contraf-CUT

A abertura de capital da Caixa Econômica Federal, proposta que está sendo abertamente discutida pelo banco, tem impedimentos jurídicos e políticos, além de representar uma descaracterização das finalidades da instituição, observa a representante dos trabalhadores no Conselho de Administração, Maria Rita Serrano. "Do ponto de vista da governança, a Caixa já está adequada. Esse argumento é uma falácia", diz Rita, que também coordena o Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas.

Ela recorda do movimento amplo no ano passado, no Congresso, contra o Projeto de Lei 555, o chamado "estatuto das estatais", que virou lei (13.303, sancionada em junho de 2016), mas com exclusão de alguns itens importantes, como aquele que previa transformação de todas as empresas em sociedades anônimas. A lei dava prazo de dois anos para que todas adequassem seus estatutos, e recentemente a presidenta do Conselho de Administração da Caixa, Ana Paula Vescovi, apresentou uma proposta "ressuscitando", como observa Rita, a questão sobre abertura de capital, não prevista na lei, que por outras "discrepâncias" é objeto de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI), a 5.624, a pedido da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae). O relator é o ministro Ricardo Lewandowski.

Além de a lei não exigir, observa a representante dos trabalhadores, uma mudança dessa natureza teria de passar pelo Congresso, por uma questão não só jurídica, mas política, já que o Parlamento decidiu pela exclusão desse tema que o Conselho de Administração quer discutir, provavelmente no mês que vem. "Logicamente, essa posição do Executivo contraria a do Legislativo", diz Rita, que também refuta a argumentação repetida pelo governo sobre governança. "Os bancos são extremamente controlados."

Ela ressalta o caráter estratégico do banco. "A Caixa só é a maior operadora de programas sociais do governo porque é pública. Obviamente, ela tem de ter lucro, mas esse resultado tem de ser revertido no desenvolvimento do país", pondera. "O compromisso do Temer é com o capital privado. O que ele e o (Henrique) Meirelles, o ministro-candidato, fazem, é favorecer o mercado."

A abertura de capital implicaria em mudança imediata do perfil do banco, observa Rita. "Você vai ter outros atores dentro da empresa disputando somente os resultados, o lucro. A partir do momento que você tiver uma visão pública e uma visão privada partilhadas, o contexto será outro. Já temos bancos privados suficientes. Temos de discutir também por que os bancos privados não investem no país", argumenta.

Tamanho menor
A direção da Caixa já tem feito ações para reduzir o tamanho do banco. A mão de obra vem diminuindo. Fechou 2015, por exemplo, com aproximadamente 97.500 empregados, e no segundo semestre deste ano, segundo relatório do banco, estava com 90.200.

Os trabalhadores têm feito diversas manifestações e atividades para chamar a atenção do processo de "desmonte" da Caixa e dos bancos públicos. No próximo dia 7, por exemplo, haverá audiência pública na Assembleia Legislativa de São Paulo.

Nesta segunda-feira (23), a partir das 10h, será realizado um ato no Jardim Camargo Novo, zona leste de São Paulo. Segundo o Sindicato dos Bancários, é a única agência naquele bairro, e com previsão de fechar ainda este ano. "Faremos um ato em frente a uma das 100 agências previstas para fechar ainda este ano somente no município de São Paulo. O desmonte dos bancos públicos já é uma realidade", diz a presidenta do sindicato, Ivone Silva.

"No país, em um ano, o Banco do Brasil fechou mais de 10 mil postos de trabalho, o que representa aumento de 269% em relação ao mesmo período do ano anterior. A Caixa reduziu em 5.486 o número de postos de trabalho no mesmo período, com aumento de 145% em relação ao ano passado. O governo quer tornar a Caixa uma empresa S/A e depois abrir o capital do banco, com a consequência imediata de perda do papel de gestor dos mais importantes programas sociais do País."

De acordo com Dionísio Reis, diretor do sindicato e funcionário da Caixa, apenas a agência do Jardim Camargo realizou neste mês R$ 30,6 milhões em operações de crédito. "No crédito habitacional foram investidos R$ 23,4 milhões e na poupança R$ 16,6 milhões, uma amostra da importância de um banco público para o desenvolvimento do país."

Em 2016, o saldo da carteira de crédito da Caixa somou R$ 709,3 bilhões, crescimento de 4,4%. Na execução dos programas governamentais, foram pagos R$ 28,3 bilhões em benefícios sociais e R$ 242,1 bilhões em benefícios aos trabalhadores. Os dados são do relatório de administração. O principal programa de transferência de renda, o Bolsa Família, pagou R$ 27,4 bilhões.

Apenas a carteira de crédito imobiliário cresceu 5,6%, somando R$ 406,1 bilhões, sendo R$ 203,4 bilhões com recursos do FGTS. A Caixa lidera esse mercado com 67% de participação.

"A Caixa é um banco extremamente importante, centenário, e tem uma função nobre na sociedade", diz Rita Serrano, funcionária desde 1989. Uma mudança como a pretendida pelo governo, acrescenta, não pode ser limitada a sete pessoas – número de integrantes do Conselho de Administração.

 

Fonte: Rede Brasil Atual

O país perdeu 2,001 milhões de empregos formais em 2016, de acordo com a Relação Anual de Informações Sociais (Rais), divulgada nesta sexta-feira (20) pelo Ministério do Trabalho. O número de postos de trabalho – que inclui carteira assinada e estatutários – caiu para 46,060 milhões (-4,16%), com quedas maiores entre jovens e pessoas com menos escolaridade. Embora a remuneração média tenha crescido 0,8% em termos reais (descontada a inflação), a perda de vagas fez a massa salarial recuar para R$ 1,332 trilhão – menos R$ 290 bilhões no ano.

Entre os setores de atividade, a queda foi maior na construção civil, que caiu 18,05% – 437.260 empregos a menos em relação a 2015. O comércio varejista perdeu 249.238 (-3,15%) e a administração pública, 372.835 (-4,05%). Os diversos setores da indústria também perderam postos de trabalho. Percentualmente, a maior retração foi no segmento de material de transporte, que inclui as montadoras de veículos: -11,75%, com fechamento de 60.404 vagas.

De acordo com a Rais, o Brasil fechou 2016 com 8,206 milhões de estabelecimentos, 108 mil a menos (-1,3%) do que no ano anterior. As maiores quedas foram registradas em estabelecimentos de médio ou grande porte: o total com 250 a 499 empregados caiu 5,3%. Entre aqueles com 500 a 999, a retração foi de 6,5%, e nos estabelecimentos com mil ou mais, de 6,3% (menos 635 mil). Nesse último concentram-se quase 12 milhões de trabalhadores.

O setor de serviços concentra 36% dos empregos no país, seguido do comércio, com 20%. A administração pública representa 19% e a indústria de transformação, 16%.

No recorte por gênero, os homens são 56% do mercado de trabalho formal, com aproximadamente 25,8 milhões. As mulheres somam 20,3 milhões (44%). A queda foi maior entre os trabalhadores do sexo masculino: -4,16%, ante -3,51% do feminino. Em um período mais amplo, de 2010 a 2016, quando o emprego formal se expandiu 4,52%, a presença das mulheres aumentou 10,63%, enquanto os homens mantiveram estabilidade (0,17%).

A faixa mais presente é de 30 a 39 anos, que representou 30,9% do total do ano passado. Em seguida, vêm a faixa de 40 a 49 anos, com 22,2% e a de 50 a 64, com 16,5%. Trabalhadores de 18 a 24 anos eram 14%. Quem perdeu mais postos de trabalho em 2016 foram as faixas de pessoas mais jovens: -21,46% até 17 anos e 9,59% de 18 a 24 anos. Na mais numerosa (30 a 39), a retração foi de 3,07%.

Mais da metade dos ocupados (54,2%) eram trabalhadores com ensino médio completo ou incompleto. Aqueles com ensino superior (também completo ou incompleto) eram 25,3% do total. A maior perda de vagas em 2016 concentrou nos menos escolarizados: queda de 11,52% entre analfabetos ou com fundamental incompleto e de 8,6% entre aqueles com ensino fundamental completo. No ensino médio, a redução foi de 3,89%. A Rais mostrou ligeira alta entre aqueles com ensino superior (0,66%).

Os empregados que se declararam brancos eram 19,5 milhões, ou 42,3% do total. Os identificados como pardos somavam 12,3 milhões (26,6%). Os pretos eram 1,9 milhão (4,2%) e os indígenas, 274,4 mil (0,6%). Pouco mais de 12 milhões (26,2%) não tiveram identificação de raça/etnia.

A remuneração média foi calculada em R$ 2.852,62, variando de R$ 2.297,98 (região Nordeste) a R$ 3.418,35 (Centro-Oeste). Chegou a R$ 3.010,74 no Sudeste, R$ 2.763,67 no Sul e R$ 2.639,50 no Norte. A média masculina foi de R$ 3.063,33 e a feminina, de R$ 2.585,44.

 

Fonte: Rede Brasil Atual

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), assessorada pela Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa), retoma nesta quinta-feira (26) a mesa de negociação permanente com o banco público. Em pauta, estão reivindicações como a reversão dos descontos e reflexos na carreira dos empregados que aderiram à paralisação de 15 de março e as greves gerais dos dias 28 de abril e 30 de junho; e o não fechamento de agências, em especial as que atendem a população mais pobre, localizadas nas periferias, onde bancos privados não tem o interesse de atuar.

“Vamos para mesa permanente de negociação defender os empregados e a Caixa 100% pública. Sobre os descontos e reflexos na carreira dos bancários que aderiram à paralisação e as greves gerais, a direção do banco já disse mais de uma vez ter disposição para negociar. Mas que disposição é essa? Os empregados continuam com faltas injustificadas, descontos e reflexos na carreira”, enfatiza o diretor da Fenae e coordenador da CEE/Caixa, Dionísio Reis.

Contratação
A CEE/Caixa voltará a reivindicar a contratação de mais empregados e cobrar posicionamento da empresa sobre fechamento de agências. “Queremos condições dignas de trabalho, a fim de cumprirmos a missão que a Caixa vem se impondo ao longo de 146 anos de sua existência: de ser o principal banco social do governo federal”, diz Dionísio Reis.

Serão debatidos ainda outros pontos como dispensas de função efetuadas com o código 952 e o código 008 – RH 184, condições de trabalho supervisor de canais (gerentes de canais), regularização do contencioso FUNCEF, retirada de restrição de áreas para inscrição e concorrência em processos seletivos internos, promoção por mérito – exclusão das alterações efetuadas no normativo interno, especificamente, restrição de três ausências, restabelecimento do Vale Cultura, e atendimento do Saúde Caixa.

Reversão do retrocesso trabalhista
Também na mesa de negociação permanente de quinta 26, a CEE/Caixa entregará à direção do banco proposta de Termo de Compromisso para resguardar os direitos dos empregados, previstos na Convenção Coletiva de Trabalho e Acordo Aditivo da Caixa, diante da reforma trabalhista de Temer que começa a valer em 11 de novembro.

“Os empregados da Caixa, com o acordo de 2 anos, fruto da Campanha Nacional 2016, têm direitos resguardados até 31 de agosto de 2018. Não aceitaremos desrespeito e queremos deixar isso ainda mais acertado no termo de compromisso”, destaca Dionísio, ressaltando ameaças como o trabalho temporário, o intermitente, a contratação de autônomos (PJ) e terceirizados, a responsabilização dos empregados em caso de teletrabalho, o risco de perda de direitos diante do enfraquecimento da relação com os sindicatos.

Preparatória
A Comissão Executiva dos Empregados, que é formada por representantes de sindicatos e federações, realiza reunião preparatória nesta quarta-feira, a partir das 14h, na sede da Fenae, em Brasília.

Fonte: Fenae

Dados do primeiro semestre de 2017 mostram que passivo contingencial chega a R$ 2,5 bilhões, enquanto ações judiciais de perda possível já somam R$ 15,3 bilhões


Os dados do primeiro semestre de 2017 mostram que o contencioso continua crescendo perigosamente dentro da Funcef. O valor provisionado já chega a R$ 2,5 bilhões, uma diferença de 6,17% em comparação com o registrado no Balanço Anual de 2016. No entanto, o contencioso de perda possível - aquele cuja contabilização não é obrigatória e que tem probabilidade de perda avaliada em 50% - continua subindo avassaladoramente. De 2015 a junho de 2017, as cifras mais que dobraram. Somente no primeiro semestre deste ano, o aumento foi de 20,4% e o valor já está em R$ 15,3 bilhões.

Em dezembro, o contencioso de perda possível já tinha dado um susto nos participantes da Funcef, quando apresentou alta de 67% em relação a 2015. No ano anterior, os valores tinham crescido 1,5% e, de 2013 para 2014, 3,1%.

“O contencioso da Funcef é um verdadeiro iceberg. A parte contabilizada, que já é enorme, nem se compara à parte que não entra nos balancetes. Esta é seis vezes maior e, gradativamente, consumirá os recursos dos nossos planos”, alerta a diretora de Saúde e Previdência da Fenae, Fabiana Matheus.

Mobilização e abaixo-assinado
Para pressionar a Caixa a assumir sua responsabilidade e pagar o contencioso, a Fenae e outras entidades representativas lançaram, em junho, a campanha “Contencioso: essa dívida é da Caixa”. Uma das ações realizadas é o abaixo-assinado, que já conta com mais de 10 mil assinaturas. As assinaturas podem ser feitas em meio eletrônico ou em papel.

Acesse o abaixo-assinado no Avaaz.

Nas últimas semanas, a Fenae se reuniu com a Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc), com a diretoria da Caixa e a presidência da Funcef para tratar da questão. Nas ocasiões, foram entregues exemplares do Relatório do Contencioso, publicação que contém os principais números e argumentos sobre esse que é o maior fator de deficit nos planos da Funcef.

Diante do alerta, a Previc, enquanto órgão fiscalizador, manifestou preocupação com a dimensão do problema e afirmou que solicitará esclarecimentos à Fundação quanto ao tratamento dado ao assunto e quais providência serão adotadas. “O contencioso está tomando proporções insustentáveis e nós vamos levar esse alerta a todas as instâncias em busca de solução. É o patrimônio dos participantes que está em risco”, diz Fabiana Matheus.

Impacto no equacionamento
Para quem terá que pagar o equacionamento do deficit, o contencioso pesa bastante. No balanço de 2016, o REG/Replan Saldado apresenta R$ 5,4 bilhões a equacionar e um contencioso de R$ 1,8 bilhão, que representa 34%. No Não Saldado, são R$ 479,7 milhões provisionados para R$ 1,2 bilhão a equacionar. Nesse plano, o contencioso equivale a 39% do valor que deverá ser equacionado.

“Ou seja, no final do ano, quando a Funcef divulgar o próximo plano de equacionamento, os participantes saberão que mais de 1/3 da conta provém do passivo trabalhista que a Caixa terceiriza para nós”, afirma a diretora da Fenae.

Fonte: Fenae

Enquanto congela investimentos em saúde e educação, Temer gasta milhões para comprar sobrevida, diz o presidente da central, Vagner Freitas


O presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, afirmou que o Congresso Nacional – em especial a Câmara dos Deputados, que deve votar nesta quarta-feira (25) mais uma denúncia contra o presidente Michel Temer – vai perder ainda mais credibilidade perante a sociedade se impedir o prosseguimento das investigações.

"Temos que continuar alertas, invadir as redes sociais dos deputados, e dizer claramente que o parlamentar que votar a favor de Temer não vai ter o voto do trabalhador", afirmou Vagner.

O dirigente ressaltou a contradição entre o toma-lá-dá-cá realizado pelo "desgoverno" para salvar Temer – com cargos, emendas e perdão de dívidas – e as ditas medidas de austeridade do governo, como a Emenda 95, que que congelou os investimentos em áreas estratégicas, como Educação, por 20 anos.

"Isso é um absurdo. Estou sabendo até que a base do desgoverno está tendo dificuldades para conseguir os votos. Já deram tanto que não tem mais o que dar", disse o sindicalista.

Trabalho escravo

Ele considerou "louvável" a decisão liminar concedida pela ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendendo os efeitos de uma portaria editada pelo governo Temer, que flexibiliza os critérios e dificulta o combate ao trabalho escravo.

Vagner atribuiu a decisão às reações contrárias de especialistas e da população. Segundo o dirigente, a portaria, se aplicada, representaria uma volta a um tempo anterior a Lei Áurea (1888). "Temer e seus asseclas não vão conseguir dar mais esse golpe, dentre tantos que foram dados, na classe trabalhadora brasileira."

O ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, deixou a pasta temporariamente para assumir o posto de deputado (PTB-RS) e votar a favor de Temer. Ontem, deu declarações em que lamenta a decisão do STF, alegando que sua portaria foi redigida com amparo jurídico – embora ignorando a Secretaria de Inspeção de Trabalho, responsável pela fiscalização e autuação de condições de trabalho análogas à escravidão.

Fonte: Rede Brasil Atual

Na manhã de terça-feira (24), o Coletivo Nacional de Saúde do Trabalhador da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) se reuniu no Espaço Cultural e Esportivo dos Bancários para debater os impactos da reforma trabalhista na saúde do trabalhador. Entre os muitos pontos tratados destacam-se a análise dos adoecimentos, prevenção nos conflitos de trabalho e a cobrança de metas abusivas.

“A Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) e os bancos não estão preocupados com a saúde do trabalhador, nem com políticas de prevenção, se preocupam apenas com a gestão dos afastamentos, ferindo os direitos humanos e a dignidade da pessoa humana. Em tempos de volta do trabalho escravo, a discussão sobre saúde e direitos humanos é urgente” alerta Walcir Previtale, secretário de Saúde do Trabalhador da Contraf-CUT.

As negociações coletivas sobre as cláusulas de saúde, neste ano, já começaram em agosto e também já findaram. O cenário, diante da reforma trabalhista, dificultou o diálogo com os representantes da Fenaban. Do ano passado, ficou pendente a ratificação da cláusula 65 da CCT, que trata sobre o pagamento do adiantamento emergencial, porém os bancos insistem em divulgar ranking e o movimento sindical não aceita por considerar um instrumento de assédio moral.

“Pedimos transparências com os dados dos bancos sobre os afastamentos para tratamentos de saúde e isso os bancos negam. É direito de todo trabalhador e do sindicato saber como anda a saúde da categoria, para podermos agir na prevenção. Divulgar ranking de vendas é retrocesso, a cobrança de metas abusivas é que gera o adoecimento! Não podemos e não vamos permitir ” afirma Ademir Vidolin, secretário de saúde da Fetec-PR.

Durante o encontro, os representantes dos trabalhadores refutaram a atitude dos bancos em descumprir muitas cláusulas deste tema e em tratar a questão da saúde como individualizada, e apontam que a questão do adoecimento mental e de LER/Dort é comprovadamente doença laboral e, portanto, deve ser discutida coletivamente.

"O direito à saúde é assegurado pela Constituição Federal, e apesar da retirada de direitos promovida por um governo ilegítimo, o Movimento Sindical resiste aos constantes ataques e busca a proteção desse direito previsto na Carta Magna" conclui Previtale.

Fonte: Seeb/Curitiba

O Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense esteve hoje, dia 25/10, no Centro de São João de Meriti, Baixada Fluminense, na campanha “vermelho de raiva” em mais um protesto contra a decisão do governo de abrir o capital da Caixa para o setor privado, primeiro passo, junto ao processo de desmonte, para a privatização do banco. A manifestação é mais uma atividade em defesa da Caixa 100% pública.