Abril 30, 2025
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A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) participa da Campanha Nacional pela anulação da Reforma Trabalhista, ação estratégica da Central Única dos Trabalhadores (CUT), que tem o objetivo de combater à retirada de direitos pelo governo golpista. A iniciativa visa arrecadar 1,5 milhão de assinaturas contra a nova lei e fortalecer a grande manifestação, marcada para o dia 10 de novembro, em Brasília.

No dia 27 de outubro, será realizado o Dia Nacional da Coleta de Assinaturas. “É muito importante que todos assinem esse documento e participem da mobilização para que possamos barrar a reforma trabalhista, que só tira direitos do trabalhador. Nós, bancários, já aderimos à essa campanha”, afirmou Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT.
A CUT disponibilizou três documentos com orientações para todas as entidades. O primeiro é sobre as Estaduais e Ramos sobre a importância de envolver os sindicatos na campanha e os procedimentos para organizar o material que será levado à Brasília.  
O segundo documento é o Projeto de Lei de iniciativa Popular pela anulação da legislação, que retira direitos fundamentais dos/as trabalhadores/as. O terceiro, é sobre as Resoluções contra a reforma Trabalhista aprovadas no Congresso Extraordinário e Exclusivo.


Fonte: Contraf-CUT

"As pessoas sabem que banco privado empresta dinheiro para quem já tem dinheiro. Já os bancos públicos atuam nos grotões levando investimento", diz presidente da Contraf-CUT

Os bancários participaram, na noite desta quarta-feira (18), de uma audiência pública na Câmara dos Vereadores de São Paulo. O tema do debate foi a importância dos bancos públicos e suas relevâncias para a implantação de políticas sociais no país. O encontro foi realizado a partir de uma solicitação do vereador Antonio Donato (PT) e presidido pelo também petista Alfredinho. A iniciativa vem a pedido do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e é a quarta reunião com essa finalidade, depois encontros realizados em Embu das Artes, Carapicuíba e Barueri, na Grande São Paulo. Entidades da categoria têm orientado a realização de audiência como essas em várias regiões do país."

A presidenta do Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região, Ivone Silva, afirmou que "bancos privados se concentram onde está o grande capital. No centro, na Avenida Paulista. Agora, nas periferias, o que você vê são os bancos públicos que atendem dignamente à população. Precisamos sim de bancos públicos".

"Estamos levantando este debate pelo país todo. É importante conversar com toda a população para dizer o que a mídia não diz. Isso porque ninguém recebe essas informações pela mídia. O que você vê é que empresa pública não presta, então tem que privatizar. Dizem isso o tempo todo. Cortam funcionários, fecham agências, justamente para dizer que tem que privatizar. Mas sabemos o tipo de tratamento que os bancos privados dão para a população mais pobre: nem entram, nem passam pela porta giratória", completou Ivone.

Contra a retórica difundida na opinião pública de que o privado funciona melhor, o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Roberto von der Osten, disse que "são 180 países que têm bancos públicos. Então, tem que dizer que esses 180 países estão equivocados. Mas não dizem que, nas crises, nas dificuldades e no desenvolvimento, todos os polos utilizam de ferramentas públicas de distribuição de renda e oportunidades".

"O que está sendo dito para privatizar os bancos públicos são mentiras", acrescenta. "Nossa campanha diz que o público é para todos e o privado para poucos. Cada um dos bancos, privados e públicos, tem um espaço no sistema financeiro. Nossa defesa não é corporativista, mas também estamos defendendo os empregos. Os empregados de bancos públicos são metade dos trabalhadores do sistema."

O dirigente criticou a "opção do Brasil em não fomentar o desenvolvimento". Para o sindicalista, problema ainda maior é que tal decisão não passa pelo crivo popular. "Curiosamente, esses governos que dizem defender o capital e combater comunistas e 'petralhas' estão vendendo ativos brasileiros para bancos públicos da China, um Estado comunista."

"As pessoas têm que saber que o que move um banco privado é rentabilidade, liquidez, risco e consentimento de juros escabrosos. As pessoas sabem que banco privado empresta dinheiro para quem já tem dinheiro. Já os bancos públicos atuam nos grotões levando investimento, 70% dos alimentos na mesa do trabalhador são produzidos por meio de programas de bancos públicos. Habitação de baixa renda é feita por banco público. Querem acabar com isso", completou.

"Moro na região de Interlagos e percebi, nos últimos meses, que duas agências da Caixa foram fechadas e mais uma outra do Banco do Brasil. Estão desmontando essas estruturas em todo o Brasil (...) Tenho uma sobrinha que trabalha em um banco público, no Piauí. Durante o governo Lula, ela saía para levar propostas de empréstimos para pequenos agricultores no meio da roça. Banco privado não faz isso", disse Alfredinho.

"O banco público é nosso, um patrimônio do povo brasileiro", afirmou a vereadora Juliana Cardoso (PT). "Muitas pessoas estão buscando entender a relação dos bancos públicos com a questão de alimentação, habitação, tudo que eles desenvolvem na sociedade", disse.

"Tem também a relação dos próprios funcionários. Temos um alto desemprego e eles querem privatizar para reduzir o quadro pessoal. Estão colocando em cima dos trabalhadores uma enorme sobrecarga e fazendo isso agora para mostrar que os bancos não funcionam, como se tivesse que privatizar para poder funcionar. Sabemos que isso é mentira", finalizou a petista.
 

Fonte: Contraf-CUT, com Rede Brasil Atual

O Grupo de Trabalho (GT) de Saúde e Condições de Trabalho do Itaú voltou a se reunir, nesta quarta-feira (18), para tratar sobre o Programa de Readaptação, instituído pelo banco sem a participação do movimento sindical.

A cláusula 45 da Convenção Coletiva de Trabalho assegura a instituição de programas de retorno ao trabalho, em conjunto com o movimento sindical, banco a banco.

Os representantes dos trabalhadores entregaram ao banco uma proposta de mudança para o Programa de Readaptação, com a inclusão de cláusulas que garantem a proteção do trabalhador.

“Nós queremos que o programa inclua a participação dos representantes dos trabalhadores para garantir saúde e condições de trabalho dos funcionários inseridos no programa”, explicou Adma Gomes, coordenadora do GT.

Dentre as propostas, o movimento sindical reivindica que a avaliação do trabalho desse funcionário deve ser diferenciada. “O trabalhador que teve sua capacidade laborativa reduzida necessita de um tempo para se readaptar a esta nova realidade”, afirmou Jô Araújo, dirigente do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro.

Foi debatido ainda a cláusula 29 da CCT. A proposta do movimento sindical é o parcelamento da dívida do funcionário quando estiver afastado. “Um dos problemas do endividamento dos trabalhadores é causado pelo sistema de entrega de documentação do banco na hora do afastamento. Reivindicamos que os funcionários não sejam penalizados por esses erros”, disse Carlos Damarindo, dirigente do Sindicato dos Bancários de São Paulo.

Os sindicalistas apresentaram também denúncias de suspensão do pagamento do auxílio cesta alimentação, garantido pela cláusula 15 da CCT, quando o INSS indefere o benefício.

O banco se comprometeu a analisar as questões e dar o retorno na próxima reunião, marcada para o dia 28 de novembro.

Fonte: Contraf-CUT

O Bradesco emitiu um comunicado aos seus funcionários nesta quarta-feira (18) informando sobre a possibilidade de transferência de valores do vale-alimentação (VA) para o vale-refeição (VR), sem a necessidade de autorização do gestor. A medida foi tomada em atendimento à solicitação da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) em mesa de negociação com o banco.

“Funcionários mais jovens nos procuraram e disseram que metade do mês acaba o valor de seus cartões de refeição. Eles utilizam mais o VR pois precisam almoçar e lanchar antes ou depois da faculdade. Já os mais velhos, acabam preferindo utilizar os valores como VA para despesas. Apresentamos a demanda para o banco, que ficou de analisar a possibilidade e, agora veio a resposta”, afirmou Sandra Regina, dirigente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.

Para o coordenador da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Bradesco, Gheorge Vitti, o atendimento a esta demanda vai além da conquista da possibilidade de transferência de valores entre os dois tipos de vales. “É uma indicação de que a direção do banco percebeu que nossas reivindicações contribuem com o cotidiano de trabalho dos funcionários”, explicou.

Como funciona
Os bancários que quiserem transferir recursos do VA para o VR precisam acessar o sistema SAP até o dia 10 de cada mês para fazer a solicitação. Os valores serão creditados no antepenúltimo dia do mês. Se a solicitação for feita após essa data, o crédito será efetuado no antepenúltimo dia do mês subsequente.

Mas, não é permitido zerar o valor no cartão de VA. É preciso que reste ao menos alguns centavos no cartão.

A transferência de valores do VR para o VA já era permitida e vai continuar sendo, bastando o trabalhador fazer a solicitação pelo sistema SAP.

Fonte: Contraf-CUT

O Banco do Brasil tenta, mais uma vez, se eximir de incorporar aos salários de seus empregados comissões e gratificações recebidas por dez anos ou mais e suprimidas ilegalmente em decorrência da reestruturação da empresa iniciada em novembro de 2016.

A tentativa, desta vez, se deu junto ao Tribunal Superior do Trabalho, no qual ingressou com Correição Parcial para tentar cassar a decisão proferida em Mandado de Segurança junto ao TRT10, que manteve os efeitos da tutela de urgência antecipada deferida nos autos da Ação Civil Pública nº 0000695-06.2017.5.10.0017, movida pela Contraf-CUT e federações filiadas. Esta ação determinou que o banco mantivesse ou voltasse a proceder o pagamento da gratificação de função aos empregados que a recebem ou receberam por 10 anos ou mais de função gratificada, sob pena de multa diária de R$ 1.000,00 (mil reais) por empregado que sofrer a lesão em comento.

Para Carlos de Souza, secretário-geral da Contraf-CUT e funcionário do Banco do Brasil, este é mais um passo contra o desmonte do Banco do Brasil pela preservação da estabilidade financeira de seus empregados. “Essa decisão é de suma importância porque impõe ao Banco do Brasil forte resistência contra o desmonte dos direitos dos trabalhadores. Especialmente considerando a atual conjuntura, na qual os trabalhadores, em modo geral, vêm sofrendo fortíssimo ataque aos seus direitos. Por outro lado, demonstra de forma inquestionável a correção do caminho tomado pela Contraf-CUT e suas federações no sentido de promover todos os esforços políticos e jurídicos para defender os bancários do Banco do Brasil, especialmente os afetados pela política de reestruturação que o banco tenta implementar e que atinge os direitos de seus empregados”, disse. “Por fim, é importante nos mantermos alertas para impedir qualquer violação aos direitos dos bancários com mobilização e o uso de todos os instrumentos ao nosso alcance para a defesa intransigente dos direitos dos bancários do BB”, completou Carlos de Souza.

Para Wagner Nascimento, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), o indeferimento do recurso do banco é mais uma vitória das bancárias e bancários, ainda que não definitiva. O banco precisa reparar a grande perda que provocou com a reestruturação do seu único interesse. Nós que estamos acompanhando todo o processo sabemos dos traumas causados nos milhares de funcionários e suas famílias, que tiveram seu cargos cortados e salários reduzidos. Continuremos lutando para que essa reparação se dê da melhor forma e o mais brevemente possível.

A decisão foi publicada nesta quarta-feira (18) no Diário Oficial da União. O Corregedor da Justiça do Trabalho, ministro Renato de Lacerda Paiva, em decisão monocrática, julgou improcedentes os pedidos veiculados na Ação Correcional. Leia abaixo trechos da sentença:

“Note-se que o fundamento principal sustentado pelo requerente, ao excluir a gratificação de função, foi a reorganização institucional realizada no âmbito interno da instituição, a qual seria o "justo motivo" de que trata a Súmula nº 372 desta Corte para afastar aquele direito.  Contudo, referido fundamento já analisado e afastada pela SBDI-2 desta Corte em recente julgado de relatoria do Ministro Douglas de Alencar Rodrigues, justamente analisando Recurso Ordinário da ora requerente interposto em Mandado de Segurança. In verbis:  "RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA.  INDEFERIMENTO DA TUTELA ANTECIPADA PLEITEADA NA RECLAMAÇÃO TRABALHISTA. CONCESSÃO PARCIAL DA SEGURANÇA PARA RESTABELECIMENTO DO PAGAMENTO DA GRATIFICAÇÃO DE FUNÇÃO CONCEDIDA POR MAIS DE DEZ ANOS. PRINCÍPIO DA ESTABILIDADE FINANCEIRA. SÚMULA  372, I, DO TST. 1. Cuida-se de mandado de segurança em que o empregado pretende seja deferida a antecipação dos efeitos da tutela, negada pelo Juiz de primeira instância (autoridade apontada como coatora), para manutenção da estabilidade financeira, com a incorporação da gratificação de função exercida por mais de dez anos. A Corte Regional deferiu parcialmente a segurança, determinando a incorporação do valor equivalente a 100% (cem por cento) da média da remuneração do cargo comissionado nos últimos 10 anos. 2. No caso, o Impetrante fez, de fato, prova do exercício de função comissionada desde 21/3/2005, tendo sido dela dispensado em 14/2/2016, com reversão ao emprego de escriturário. Embora lícita, como decorrência do princípio diretivo, a destituição da função de confiança, ex vi do art. 468, parágrafo único, da CLT, esta Corte, à luz dos princípios da dignidade da pessoa humana, do valor social do trabalho e da estabilidade financeira, pacificou entendimento no sentido de que, no caso de reversão, deve ser mantido o pagamento da gratificação de função exercida por dez anos ou mais (Súmula 372, I, do TST). A reestruturação da empresa, invocada pelo Litisconsorte passivo na manifestação sobre o mandamus, já havia sido noticiada na petição inicial da reclamação trabalhista. Mas a diminuição de vagas decorrente dessa restruturação não tem sido admitida como justo motivo para a supressão do pagamento da gratificação, não se pondo como obstáculo, consequentemente, para o deferimento liminar da incorporação do valor correspondente, sem prejuízo, se for o caso, de eventual modificação em sede cognição exauriente da lide. Ademais, a necessidade de apuração da média remuneratória da gratificação percebida pelo empregado não torna ilíquido o direito vindicado na ação mandamental. Relembro que, segundo a melhor doutrina, "Direito líquido e certo é aquele que não desperta dúvidas, que está isento de obscuridades, que não precisa ser aclarado com o exame de provas em dilações; que é, de si mesmo, concludente e inconcusso" (Pontes de Miranda, Comentários à Constituição de 1946). Logo, por si só, a necessidade de realização de operações aritméticas elementares não torna ilíquido o direito afirmado na petição inicial. 3. Portanto, presente a liquidez e certeza do direito invocado, consubstanciadas no preenchimento dos requisitos legais para a concessão da tutela antecipada na ação originária, irrepreensível a concessão parcial da segurança. Recurso ordinário conhecido e não provido." (RO-201-43.2016.5.06.0000, Relator Ministro- Douglas Alencar Rodrigues, Data de Julgamento-  04/04/2017, Subseção II Especializada em Dissídios Individuais, Data de Publicação- DEJT 11/04/2017)

(...)

Por outro lado, a "lesão de difícil reparação" se mostra muito mais factível no impacto que pode resultar para os substituídos, a partir da exclusão da gratificação de função recebida há mais de 10 (dez) anos, do que na determinação para que a instituição financeira mantenha o pagamento das parcelas já que já vinham sendo pagas.”

Fonte: Contraf-CUT

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) lançou, nesta quarta-feira (18), a Campanha Nacional de Combate à Discriminação nos Bancos com o objetivo de valorizar os trabalhadores de todos os gêneros, raças e com deficiência.

Idealizada pelo Coletivo de Gênero, Raça, Orientação Sexual e Trabalhadores e Trabalhadoras com Deficiência (CGROS), em parceria com a Secretaria de Comunicação da Contraf-CUT, a campanha visa informar sobre a importância de levar o debate sobre os valores humanos à sociedade como um todo, não apenas ao movimento sindical. As artes da campanha estão disponíveis na seção de download do site da Contraf-CUT.

“Essa campanha não deixou de ser de luta e ficou muito mais corajosa. Trouxemos esse conceito numa forma bonita, compreensível e fácil de divulgar. A nossa campanha é absolutamente oportuna, já que estamos num momento que o ódio apareceu com muita força, principalmente o ódio entre classes, nesse cenário de golpe”, afirmou o presidente da Contraf-CUT, Roberto von der Osten.

De acordo com o secretário de Comunicação da Contraf-CUT, Gerson Carlos Pereira, a ideia da campanha foi criar uma marca que valorizasse, acima de tudo, a condição humana do indivíduo e do conjunto, dentro das tendências de comunicação mundial. “Queremos que essa campanha chegue à sociedade e se propague nos veículos digitais, redes sociais etc”, explicou.

Para Almir Aguiar, secretário de Combate ao Racismo, é importante levar o debate para as mesas de negociação da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). “Nós sabemos que a cor da pele tem sido uma dificuldade para que os bancários consigam a ascensão profissional. Os bancos sempre justificam a dificuldade de colocar bancários negros em grandes cargos com à baixa qualificação. Mas, nós sabemos que o governo Lula proporcionou ao povo negro que muitos se formassem ao longo desses anos, então, tem pessoas qualificadas que podem entrar nesse sistema. Infelizmente, o que acontece é realmente um preconceito”, disse.

De acordo com Elaine Cutis, secretaria da Mulher, as dificuldades sentidas nas negociações, nos últimos meses, motivaram o lançamento da campanha. “Esses acontecimentos e denúncias de preconceito têm sido recorrentes e é importante informar a população. Trouxemos essa campanha para levar esse debate a sociedade e acabar com a cultura de ódio”, disse.

A CGROS sentiu a necessidade de tratar esses temas de forma mais abrangente para a categoria. “A discriminação dentro dos bancos existe, tratam de forma desigual e segregam. Até mesmo entre os nossos colegas também existe a discriminação”, disse Mauros Salles, secretário de Relações de Trabalho da Contraf-CUT.

As pessoas com deficiência representam um quarto da população brasileira. Cerca de 24 milhões de pessoas ainda passam por situações de constrangimento e discriminação no país. “A pessoa com deficiência (PCD) pode ser mulher, negra e LGBT, o que significa que essa pessoa é triplamente discriminada. Temos que mudar essa ideia, mudar esse contexto para que pessoas com deficiência sejam mais valorizadas e, também, que não acabe com a lei de cotas. Com a terceirização, o mercado formal para PCD vai ficar defasado. A campanha visa valorizar a PCD”, explicou José Roberto, coordenador do Coletivo Nacional dos Trabalhadores com deficiência da CUT.

A campanha também enfatiza o aumento das discriminações com as reformas, propostas pelo governo golpista. “A sociedade em geral precisa entender o momento único que nós estamos vivendo para a gente continuar na luta contra os ataques aos nossos direitos, que estão sendo ameaçados. Essas reformas não representam o conjunto dos trabalhadores. É preciso continuar nessa luta por uma sociedade plural, justa e igualitária”, afirmou o diretor executivo da Contraf-CUT, Adilson Barros.


Fonte: Contraf-CUT

A Sexta Turma do Tribunal Superior do Trabalho desproveu agravo do Banco Santander (Brasil) S.A. contra decisão que o condenou a indenizar uma bancária com deficiência auditiva que, em reuniões, não contava com intérprete na Linguagem Brasileira de Sinais (Libras). A Turma também rejeitou recurso da trabalhadora, que pretendia aumentar o valor da indenização, fixada em R$ 5 mil.

Na reclamação trabalhista, a bancária, que se comunicava apenas por Libras, disse que foi difícil se adaptar ao ambiente de trabalho e que em raras oportunidades havia intérprete para ajudá-la. Segundo ela, a dificuldade era tanta que tentava fazer leitura labial e tinha de contar com a ajuda de colegas para traduzir e entender o trabalho e ler documentos como o Manual de Procedimentos. Alegando ausência de acesso à comunicação ideal para deficiente físico e violação do Estatuto da Pessoa com Deficiência, pediu indenização por dano moral.

Na contestação, o Santander sustentou que os empregados com necessidades especiais não tinham metas, e podiam realizar suas atividades dentro dos seus limites. Também alegou que não houve qualquer dano extrapatrimonial à bancária para justificar eventual indenização.  

O juízo de primeiro grau arbitrou o valor da indenização em R$ 50 mil, mas o Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (SP) reduziu-o para R$ 5 mil. A decisão levou em conta que, de acordo com a única testemunha apresentada pela bancária, somente em algumas reuniões mensais não havia intérprete. Embora considerando que o banco descumpriu, por vezes, a promoção de acessibilidade da bancária, em afronta à Lei 10.098/2000, que estabelece normas e critérios para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência, o Regional entendeu que não havia provas robustas de outras práticas nesse sentido.

O artigo 2º, inciso II, da lei define como “barreira” qualquer entrave, obstáculo, atitude ou comportamento que limite ou impeça a participação social da pessoa e o gozo, a fruição e o exercício de seus direitos à acessibilidade, à liberdade de movimento e de expressão, à comunicação, ao acesso à informação, à compreensão, à circulação com segurança, entre outros. A alínea “d”, que serviu de fundamento para a condenação, trata das barreiras na comunicação e na informação, classificando-as como “qualquer entrave, obstáculo, atitude ou comportamento que dificulte ou impossibilite a expressão ou o recebimento de mensagens e de informações por intermédio de sistemas de comunicação e de tecnologia da informação”.    

Tanto a bancária quanto o banco tentaram reformar a decisão no TST – ela, visando aumentar o valor da indenização, e o Santander alegando ausência de prova do dano moral. Em relação ao agravo de trabalhadora, a relatora, ministra Kátia Arruda, assinalou que a jurisprudência do TST só admite a revisão do valor arbitrado a título de dano moral quando a condenação não é proporcional aos fatos discutidos, o que não ocorreu no caso, de acordo com os fatos descritos pelo TRT.

Em relação à pretensão do banco, Kátia Arruda destacou que, de acordo com o registro do Regional, verifica-se o descumprimento, por vezes, da acessibilidade, como exige a lei. A adoção de entendimento contrário exigiria o reexame de fatos e provas, procedimento vedado pela Súmula 126 do TST.

A decisão foi unânime.

Processo: AIRR-2463-55.2014.02.0029

 

Fonte: TST

O Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense abraça essa luta!

O mês de outubro se consolidou como o mês de conscientização sobre o câncer de mama mundialmente. Tudo começou nos Estados Unidos, durante os anos 1990, quando o Congresso Norte-Americano aprovou que Outubro se tornasse o mês nacional (norte-americano) de prevenção do câncer de mama. Então, a Fundação Susan G. Komen for the Cure realizou a sua primeira Corrida pela Cura e distribuiu laços rosas, que se tornaram o símbolo da causa.

Por se tratar de um câncer que atinge mulheres,  o mundo todo se envolveu diretamente com a divulgação da importância da prevenção e do diagnóstico precoce. 

O Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense esteve no Centro de Caxias, na campanha “vermelho de raiva” em protesto contra a decisão do governo de abrir o capital da Caixa para o setor privado, primeiro passo, junto ao processo de desmonte, para a privatização do banco. A manifestação é mais uma atividade em defesa da Caixa 100% pública.

As metas abusivas impostas pelos bancos, característica marcante do trabalho bancário nos dias atuais, transformou-se em um fator de risco inerente da profissão do bancário.

Além dos riscos já estudados e conhecidos do trabalho bancário, como os riscos ergonômicos, os movimentos repetitivos, o ritmo de trabalho acelerado, o risco iminente de assaltos e sequestros, a imposição e a cobrança de metas revela outro grave fator de risco à saúde de bancários e bancárias, colocando os profissionais entre os que mais se afastam do trabalho com problemas psíquicos como a Síndrome de Burnout. A Síndrome de Burnout é uma das consequências deste ritmo atual: um estado de tensão emocional e estresse crônico provocado por condições de trabalho desgastantes. O próprio termo “burnout” demonstra que esse desgaste danifica aspectos físicos e psicológicos da pessoa. Afinal, traduzindo do inglês, “burn” quer dizer “queima” e “out” significa “exterior”.

“Verificamos que esse mal tem crescido muito na nossa categoria, decorrente da pressão por metas. Nos últimos meses, registramos quatro trabalhadores do Itaú Unibanco diagnosticados e afastados pelo INSS com a Síndrome de Burnout. Se não nos mobilizarmos isso vai virar uma Epidemia”, afirma Luiz Rocha, Diretor de Saúde do SindBancários Petrópolis.

Tratamento

Terapia e medicamentos, como antidepressivos, se fazem necessário além de uma mudança no estilo de vida. A atividade física regular e os exercícios de relaxamento devem entrar na rotina, pois ajudam a controlar os sintomas. É importante que o médico observe se é o ambiente profissional a causa do estresse ou se são as atitudes da própria pessoa que geram a crise.

A qualidade de vida é uma das armas para prevenir a Síndrome de Burnout. E isso inclui cuidar da saúde, dormir e alimentar-se bem, praticar exercícios e manter uma vida social bem ativa. Não deixe também de procurar o Sindicato, para saber melhor dos seus direitos.