Abril 30, 2025
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A partir de agora, o segurado que recebe o benefício e não se considera apto para retornar ao trabalho só poderá fazer três pedidos de prorrogação ao órgão.

O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) publicou no Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira, uma Instrução Normativa que muda algumas regras para a manutenção do auxílio-doença. A partir de agora, o segurado que recebe o benefício e não se considera apto para retornar ao trabalho só poderá fazer três pedidos de prorrogação ao órgão. Antes, não existia limite para a quantidade de pedidos de prorrogação.

Com isso, ao completar o terceiro pedido de prorrogação ao INSS, o segurado obrigatoriamente terá que passar por uma perícia médica conclusiva. Dessa forma, o perito poderá encerrar o benefício e, caso o segurado não se considere apto para voltar à ativa, pode pedir um novo auxílio ao órgão.

De acordo com as regras atuais do auxílio-doença, o segurado que recebe o benefício precisa, obrigatoriamente, fazer o pedido de prorrogação 15 dias antes do término do pagamento do auxílio.

Outra mudança feita pelo INSS é que, a partir de agora, o trabalhador que se considerar apto para o trabalho poderá voltar à função sem necessidade de realizar uma perícia médica no órgão. Na prática, se o segurado não estiver mais doente antes do fim do prazo do benefício, ele não precisará aguardar o agendamento de uma perícia e, assim, poderá retornar à empresa.

De acordo com o ministério do Desenvolvimento Social e Agrário (MDSA) a medida visa desafogar a agenda do órgão em relação às perícias médicas. No Rio, por exemplo, conforme o dado mais atualizado do INSS, o tempo médio de espera para conseguir um agendamento em um dos postos do ógão passa de 60 dias.

Entenda como funciona

Desde 2015, quando o Senado aprovou novas regras para a concessão do auxílio-doença, é comum beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) apresentarem dúvidas sobre o benefício. O texto atual, que regulamenta a concessão, é claro quanto às principais regras. As empresas pagam os primeiros 15 dias de afastamento do trabalhador, e o governo, a partir do 16º, pelo período restante.

Além disso, o cálculo do valor do auxílio-doença hoje é feito considerando-se a média aritmética simples das últimas 12 contribuições ao INSS. A ideia é evitar que a pessoa, já doente, comece a contribuir apenas para ter o benefício. Mas essa exigência mínima de um ano de recolhimento é dispensada se o segurado tiver sofrido um acidente de trabalho ou tiver desenvolvido uma doença causada por sua atividade.

Vale destacar ainda, que o auxílio tem duas categorias. O previdenciário (quando o motivo do afastamento não tem nada a ver com o trabalho) não garante estabilidade quando o trabalhador volta à ativa. O acidentário (problema sofrido na empresa ou no caminho) resulta em 12 meses sem demissão, quando o empregado retorna.

Fonte: Agência O Globo

A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú se reuniu, nesta terça-feira (21), com o banco para começar as discussões sobre o termo aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) 2016/2018, assinada pelo Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), no dia 25 de setembro, que regulamenta a criação de centros de realocação e requalificação profissional, conforme previsto na Cláusula 62 da CCT.

Ficou definido que os trabalhadores irão criar um grupo de monitoramento do andamento das realocações e reclassificação, como já aconteceu na compra do Unibanco. O grupo volta a existir, principalmente, pela compra do Citibank, fechada este ano.

“É importante manter esse canal de diálogo, na mesa de negociação, para qualquer ponto que o banco for implementar. Principalmente agora, com as mudanças que possam surgir depois da Reforma Trabalhista, “afirmou Jair Alves, coordenador do COE Itaú.

Outro tema debatido foi a cláusula 65, que trata do adiantamento emergencial de salários nos períodos transitórios de afastamento por doença. As partes entendem que este tema já começou a ser debatido na mesa permanente do GT de saúde e deve continuar assim.

Os representantes cobraram do banco mais informações sobre o nível de emprego. Antes de iniciar essa apresentação, o banco informou mudança na direção da área responsável pela negociação com os trabalhadores.

Em relação ao emprego, o banco disse que o número de turnover, que é a medição da rotatividade de pessoal, que mede o giro de entradas e saídas de colaboradores, caiu de dois dígitos para 9%. Para os trabalhadores, o número ainda é muito alto e o ideal é que fosse 0.

Para o próximo encontro, dirigentes sindicais reivindicaram um mapa geral do Citibank, com número de funcionários, cargos e áreas, para poder acompanhar com transparência a incorporação. Ainda será definida uma agenda sindical para o ano que vem, com reuniões mensais com a direção do banco.

Fonte: Contraf-CUT

A Caixa foi responsável pelo fechamento de 6.827 postos, sendo 3.039 em março e 2.302 em agosto, os dois piores saldos apresentados

Os bancos fecharam 17.801 postos de trabalho no Brasil, entre janeiro e outubro de 2017, de acordo com a análise do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho (Caged), feita pela subseção do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).

O mês de julho foi o único do ano no qual houve registrou de saldo positivo de postos de trabalho, 72. Isto, após dezessete meses consecutivos de saldos negativos no setor bancário. Nos três meses seguintes, o Caged registrou o fechamento de 7.121 postos impactado, principalmente, pelos PDVE’s lançados por Caixa e Bradesco em julho de 2017.

Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT, lamenta o fato de a categoria estar caminhando para mais um final de ano melancólico em relação ao emprego bancário. “Esta situação ruim ainda vai ser impactada pela reforma trabalhista, que entrou em vigor em novembro, e por PDV’s”, lembrou. “Seguramente fecharemos o ano com uma perda impressionante de postos de trabalho, principalmente atingindo bancários com idade entre 50 e 64 anos, que vai amplificar os malefícios da pretendida Reforma da Previdência. Trata-se de uma faixa de trabalhadores que dificilmente retorna ao mercado de trabalho e que não vai conseguir colocação no mercado e nem se aposentar”, lamentou.

Apenas a Paraíba apresentou saldo positivo no emprego bancário, com 49 postos abertos no período. Todos os demais estados apresentaram saldo negativo de emprego entre janeiro e outubro de 2017. São Paulo, Paraná e Rio de Janeiro foram os estados mais impactados pelos cortes, com fechamento de 5.233, 2.885 e 1.919 postos, respectivamente

A análise por Setor de Atividade Econômica revela que os “Bancos múltiplos com carteira comercial”, categoria que engloba bancos como, Itaú Unibanco, Bradesco, Santander e Banco do Brasil, foi responsável pelo fechamento de 10.682 postos no período analisado. Nesses, já podem estar incluídos postos fechados em decorrência do PDVE do Banco Bradesco, porém, os seus impactos podem se estender até o final do ano, tendo em vista o prazo dado de até 180 para a efetivação dos desligamentos.

A Caixa foi responsável pelo fechamento de 6.827 postos, sendo 3.039 em março e 2.302 em agosto, os dois piores saldos apresentados. Meses, estes, seguintes às divulgações dos PDV’s, também, abertos pela instituição em 2017. O mês de setembro apresentou o primeiro saldo positivo na Caixa, desde março de 2015 (56 postos abertos), voltando a ser negativo em outubro (-38).

“Na verdade, a nossa pesquisa anuncia a repetição de todas as dificuldades que os bancos vêm criando e que já foram apontadas em outras oportunidades.  O setor que mais ganha continua sendo um setor que desrespeita muito os seus trabalhadores”, finalizou o presidente da Contraf-CUT.

O fechamento dos postos bancários concentrou-se na faixa etária entre 50 a 64 anos, com fechamento de 14.643 postos de trabalho. Esse dado é indicativo do resultado dos PDV’s anunciados, por se destinarem a bancários aposentados ou em vias de se aposentar. Os saldos positivos concentram-se na faixa etária entre 18 e 25 anos (6.422 postos), sendo que o saldo positivo se estende apenas para bancários com até 29 anos de idade.

As 10.195 mulheres admitidas nos bancos entre janeiro e outubro de 2017 receberam, em média, R$ 3.468,53. Esse valor corresponde a 71,1% da remuneração média auferida pelos 10.369 homens contratados no mesmo período. Constata-se a diferença de remuneração entre homens e mulheres também nos desligamentos. As 19.817 mulheres desligadas dos bancos recebiam, em média, R$ 6.547,45, o que representou 77,3% da remuneração média dos 18.548 homens desligados dos bancos no período.

Fonte: Contraf-CUT

Além de precarizar a situação do trabalhador, a reforma trabalhista de Michel Temer (Lei 13.467) também aumentará o abismo da desigualdade social no Brasil. Essa é a análise de Guilherme Mello, economista e professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), em entrevista à Rádio Brasil Atual, nesta segunda-feira (20). Ouça aqui.

O especialista destaca que, ao invés de se pensar em tirar de quem tem menos, a necessidade é de se discutir uma forma de distribuir mais renda, por meio de uma reforma tributária. "A reforma trabalhista dá mais benefícios aos quem têm mais, e tira de quem tem menos. A massa salarial não irá crescer, ou seja, não haverá crescimento econômico. Essas medidas só atacam quem tem menos e pioram a distribuição de renda", critica.

O economista também comentou a projeção do banco Credit Suisse, em que o número de milionários brasileiros podem aumentar em 81% até 2022. De acordo com Guilherme, o golpe de 2016 tem influência nos dados.

"Essa tendência de concentração aparece em todos os países, a questão é: o que o Estado fará para mitigar essa tendência? Como aqui, depois do golpe, se ajuda muito os ricos, a tendência é crescer o número de super-ricos e também o número de pobres. Não teria problema ter mais milionários se houvesse, ao mesmo tempo, mais renda para os pobres e a classe média", explica.

Ele lembra que a concentração de renda interfere no crescimento econômico, pois os ricos aplicam seus recursos no mercado financeiro, sem investir na criação de empregos. O professor também afirma que a distribuição de renda é provedora de bem estar social.

"As pessoas acham que a ideia é distribuir a pobreza, mas não é isso. Há condições de ter distribuição da riqueza e gerar crescimento econômico. A ideia de você ter uma sociedade mais igualitária é positiva também para o funcionamento do tecido social. Uma sociedade muito desigual é mais violenta, radicalizada", diz.

Fonte: Rede Brasil Atual

Grupos debateram sobre livre comércio, integração dos povos, resistências às transnacionais e democracia e soberania, plenária final será neste sábado

Nesta sexta-feira (17), segundo dia de atividades, a Jornada Continental pela Democracia e contra o Neoliberalismo, que acontece em Montevideo, no Uruguai, os participantes foram divididos em grupos para debater quatro temas: Livre comércio: os ataques do capital contra a vida Democracia e soberania; Integração dos povos; e Resistências populares frente ao poder das transnacionais. Veja a programação completa do dia.

O bancário brasileiro Márcio Monzane, que é secretário-geral regional da UNI Américas, coordenou a mesa sobre as resistências frente ao poder das empresas transnacionais. “O evento faz um chamado para a unidade dos movimentos sindical e sociais para enfrentar essa onda conservadora que vivemos em nossa região. É uma declaração de luta e resistência para fazer frente ao poder econômico mundial”, declarou.

Para ele, o debate passa por como construir a luta. “Mas também, para identificar de onde vem os ataques aos direitos dos trabalhadores e como a gente pode resistir a esses ataques, à reforma trabalhista, à ascensão dos governos de direita e como retomar o projeto progressista e de inclusão social na nossa região”, completou.

A jornada se encerra neste sábado (18), com a Plenária de Convergência que definirá as lutas e ações dos movimentos sociais e sindicais pela democracia e contra o Neoliberalismo.

Fonte: Contraf-CUT

O desemprego e a exclusão do mercado de trabalho atingem, principalmente, pretos e pardos (classificação usada pelo IBGE), mulheres e moradores da região Nordeste, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, com dados regionais divulgados hoje (17) pelo instituto. Dos 13 milhões de desempregados no país, 8,3 milhões (63,7%) eram pretos ou pardos. A taxa de desemprego entre eles foi de 14,6%, enquanto a dos brancos chegou a 9,9%.

Ainda entre os aproximadamente 13 milhões de desempregados, eram 52,6% de pardos, 35,6% de brancos e 11,1% de pretos. Cinco anos antes, essas proporções eram de 51,9%, 38,3% e 9,3%, respectivamente.

Pretos e partidos são maioria da população de 14 anos ou mais (55%) e entre os trabalhadores ocupados (53%). Mas a proporção de ocupados negros é inferior à de brancos. A diferença também se nota nos rendimentos: a édia entre pretos e pardos é de R$ 1.531 e a dos brancos, R$ 2.757.

O percentual de trabalhadores com carteira assinada é maior entre brancos. No serviço doméstico, caracterizado pela informalidade e pela menor remuneração, 66% dos trabalhadores são pretos ou pardos. Eles também compõem a maioria (67%) dos ambulantes no país – mais de 1 milhão. No terceiro trimestre, 2,5% dos trabalhadores pretos ou pardos estavam nessa função, ante 1,9% em 2014. Também estão mais presentes na agropecuária e na construção civil e são maioria entre os trabalhadores por conta própria (55,1%).

Em todo o mercado de trabalho, a chamada taxa de subutilização da força de trabalho ficou em 23,9% no terceiro trimestre, o correspondente a 26,8 milhões de pessoas, sendo dois terços (17,6 milhões) pretas ou pardas. Esse grupo inclui desempregados, os subocupados e os que gostariam de estar trabalhando, mas não procuraram emprego. Para pretos e pardos, o índice sobe para 28,3%, caindo para 18,5% entre brancos.

Os maiores índices foram registrados na Bahia (40,1%), Piauí (38,5%) e Maranhão (37%). As menores, em Santa Catarina (10,9%), Mato Grosso (14,8%) e Rondônia (15,5%). 

Apenas a taxa de desemprego, divulgada anteriormente, foi de 12,4% no terceiro trimestre, variando de 7,9% (região Sul) a 14,8% (Nordeste). O rendimento médio foi estimado em R$ 2.115, estável.

Em São Paulo, a taxa de desemprego era de 13,2% no terceiro trimestre. Cai para 11,4% entre brancos e sobe para 16,3% entre pretos e pardos.

A Pnad mostra ainda que, entre os ocupados, 57,3% tinham concluído pelo menos o ensino médio. Outros 27,4% não chegaram a concluir o ensino fundamental e 18,9% completaram o ensino superior. As regiões Nordeste (35,7%) e Norte (34,7%) tinham maior percentual de pessoas com menor nível de instrução (sem concluir o ensino fundamental).

As pessoas que o IBGE classifica como fora da força de trabalho, nem ocupadas e nem desempregadas, eram 38,2% daquelas em idade de trabalhar, ou 64,5 milhões. No Nordeste, eram 45,3% e no Sudeste, 35,1%. "Importante destacar que esta configuração não se alterou significativamente ao longo da série histórica disponível", diz o instituto. A maioria da população fora da força de trabalho era formada por mulheres (65,1%), também mantendo tendência histórica. Pardos (48%) e pretos (8%) eram mais da metade.

Fonte: Rede Brasil Atual

Até sábado (18), a Contraf-CUT e diversos entidades sindicais filiados à CUT participam do encontro

Uma grande marcha pelas ruas de Montevidéu, organizada pela centrais sindicais do Uruguai (PIT-CNT), marcou a abertura da Jornada Continental pela Democracia e contra o Neoliberalismo. A atividade foi construída pelo movimento sindical e organizações sociais da região, com objetivo de mobilizar os povos para a defesa da democracia, atualmente ameaçada em vários países da América do Sul por forças conservadoras, que pressionam por novos tratados de livre-comércio, retomando a agenda neoliberal e atacando direitos sociais e trabalhistas.

Até sábado (18), a Contraf-CUT e diversos entidades sindicais filiados à CUT participam do encontro, que tem na sua pauta a luta pela democracia, a soberania, a integração dos povos e a resistência ao livre comércio e às transnacionais.

“Trabalhadores de 23 países reafirmaram o desejo de combater as reformas laborais que estão sendo feito unilateralmente, sem a participação da classe trabalhadora, e o avanço neoliberal no continente”, afirmou Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT. “Estamos aqui trocando experiências, acumulando para que brevemente a gente tome o poder definitivo. Porque um governo que concentre renda e exclua os trabalhadores é inadequado para os nossos países e somos contra. Queremos construir um novo mundo, um mundo que seja fraterno, igualitário e que distribua oportunidades”, completou.

A jornada acontece uma década depois de os movimentos sociais terem derrotado a Área de Livre Comércio das Américas Alca).  De fato, a ALCA foi uma proposta feita pelos Estados Unidos, em 1994, com o objetivo de eliminar barreiras alfandegárias entre os 34 países americanos, formando assim uma área de livre comércio, com uma evidente vantagem para a indústria norte-americana, que ofereceria produtos a preços mais baixos no continente latino-americano, levando, supostamente, ao fechamento de indústrias e ao aumento do desemprego na América Latina.

Com muita luta dos movimentos, o projeto da ALCA foi recusado pela maioria dos governos latino-americanos durante a 4ª Cúpula das Américas.

A jornada se propõe a debater a escalada de retirada de direitos que vem se dando no Brasil e outros países na América Latina, com eliminação de importantes programas sociais, por governos ilegítimos ou sustentados pelo capital, que retoma fortemente a agenda neoliberal de aprofundamento da desigualdade e concentração de riqueza, o que exige a organização e a mobilização continental para enfrentar a complexidade da conjuntura atual. Assim, a jornada se constitui num importante movimento para fortalecer o processo de unidade da luta e ação sindical.

Para o segundo dia estão previstos encontros setorizados entre os países.

O final da jornada será com uma grande plenária de convergência, que definirá uma agenda comum de luta para o próximo período no continente.

Fonte: Contraf-CUT

Os cartões de crédito associados às lojas são hoje a forma de financiamento que mais leva o consumidor para a inadimplência. Entre os devedores que têm esse tipo de cartão, 80% estão com o nome sujo justamente por causa dele. No ano passado, o índice era de 73%. A conclusão é de um levantamento feito pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) em todas as capitais. Na segunda colocação aparecem os empréstimos em bancos e financeiras, que lideravam o ranking em 2016 com 75% e agora estão dez pontos percentuais abaixo.

Na sequência, aparecem os cartões de crédito (65%), os cheques especiais (64%), o crediário (60%), os cheques pré-datados (51%), o financiamento de automóveis e motos (50%), o crédito consignado (38%), o financiamento da casa própria (27%) e as mensalidades escolares (24%).

Na avaliação da economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, por mais que a economia brasileira comece a dar sinais de melhora, a vida financeira do brasileiro ainda não está em situação confortável. "O desemprego está estável, mas elevado, e a renda segue menor do que nos anos anteriores à crise. Com orçamento curto, o brasileiro se depara com dificuldades para pagar as dívidas", explica. "Por isso é preocupante que as dívidas bancárias se posicionem entres os primeiros colocados, porque a incidência de elevados juros por atraso faz com que essas dívidas cresçam de maneira acelerada, dificultando cada vez mais o pagamento."

Inadimplentes

O estudo revela também que os devedores brasileiros continuam assumindo novos compromissos financeiros, mesmo não estando em dia com os que já tinha. Nesse cenário, o maior crescimento é o das compras feitas em carnês e crediários. A incidência em um ano foi de 11% para 21%. O cartão de crédito também teve expansão expressiva, de 40% para 48%.

Nas dívidas em razão da contratação de serviços, as maiores altas foram com telefonia (53%), com expansão de 11 pontos percentuais entre 2016 e 2017, e das contas de TV por assinatura e internet, de 33% para 44%. Isso indica que o consumidor está priorizando manter em dias as contas mais importantes, como água e luz.

Manifestações repudiaram medida chamada de “Cavalo de Troia das mulheres”

Milhares de mulheres saíram às ruas de quase 30 cidades nesta segunda-feira (13) para protestar contra a PEC 181, votada na última quarta-feira (8) na Câmara dos Deputados, que pretende criminalizar o aborto em todos os casos no país, inclusive após estupros e .

A PEC 181, chamada de “Cavalo de Tróia das Mulheres”, passou pela Comissão Especial no dia 8/11, com 18 votos a favor e um contra. Originalmente, a PEC tinha como escopo ampliar a licença maternidade para mães de prematuros, mas o projeto foi modificado para, caso aprovado, definir que a vida começa desde a concepção, por isso o apelido.

O texto ainda está sendo analisado pela comissão especial. Após a conclusão do parecer no colegiado, ele vai seguir para o plenário e onde precisará de 308 votos, em dois turnos, para ser aprovado.

Na cidade de São Paulo, o ato começou perto das 18h, com uma concentração no vão livre do Masp, na avenida Paulista. Por volta das 19h, a manifestação já tinha tomado a frente do Museu quando saiu em passeata no sentido da rua da Consolação, reunindo mais de 10 mil pessoas, segundo as organizadoras. Passava de 21h30 quando a caminhada chegou ao seu final, na praça Roosevelt. Antes disso, na descida da rua da Consolação, uma projeção na parede de um prédio chamou a atenção.

A Secretária da Mulher Trabalhadora da CUT-SP, Márcia Viana, lembrou que no Brasil já são altos os índices de estupro e defendeu que as mulheres devem ter o direito à escolha, como já ocorre em outros países. “Não podemos permitir que 18 homens machistas tenham o controle sobre os nossos corpos. Sabemos que o índice de mortes aumentará porque abortos não deixarão de acontecer, principalmente nos casos de violência contra as mulheres. Não vamos permitir que essa criminalização avance”, defendeu a dirigente que participou do ato na capital.

No Rio de Janeiro, a concentração foi na Cinelândia, no centro, às 17h. Cerca de uma hora depois, as mulheres saíram em passeata até a Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro). Quando já estavam concentradas em frente à sede do Legislativo do Rio, as mulheres foram alvo de bombas de gás lacrimogêneo arremessadas pela Polícia Militar, que nesse momento pareceu ter a intenção de acabar com o protesto. As mulheres, entretanto, se organizaram e resistiram, cantando: "não adianta reprimir, esse governo vai cair". O ato só acabou depois das 21h, quando as manifestantes já tinham retornado à Cinelândia.

Por que é tão importante lutar contra esses retrocessos?

Ameaçar ou acabar com os direitos das mulheres de abortarem caso a gravidez seja de risco, fruto de estupro ou de feto anencéfalo é dizer que mulheres são meros receptáculos e ignorar completamente os efeitos de uma gestação nessas condições na vida, saúde e dignidade das mulheres que desejam interrupção. Somos mais que parideiras, somos pessoas.

Impedir uma mulher que engravidou fruto de uma violência sexual de abortar expõe muito sobre a cultura do estupro. Impor que a vítima de um estupro siga com uma gravidez fruto dessa violência é institucionalizar seu sofrimento e ignorar a gravidade do crime que foi cometido contra ela.  Ao colocar a função reprodutiva da mulher acima de sua própria dignidade, isso relativiza o estupro e a visão de que mulheres são gente.

Além disso, lutar contra o avanço de propostas tão absurdas como essa é essencial para quem busca a legalização do aborto por ver a criminalização como algo que coloca a vida, a dignidade e a autonomia das mulheres em risco.

Atos contra a PEC 181/15 no Brasil nesta segunda-feira (13/11):

São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belém, Recife, Belo Horizonte, Brasília, Maceió, Florianópolis,  Macapá, João Pessoa, Goiânia, Curitiba, Fortaleza, Salvador, Manaus, Vitória, Taubaté, Campinas, São Carlos, Uberlândia, Poços de Caldas, Santa Maria, Londrina, Campos dos Goytacazes, Bauru, Nova Friburgo .

Atos que acontecem a partir desta terça-feira (14)

14/11: Campo Grande.

15/11: Araraquara.

16/11: Juiz de Fora.

18/11: Ribeirão Preto – SP e Maringá.

Fonte: CUT

A Contraf-CUT participa, nesta terça-feira (14) e quarta-feira (15), da IV Reunião da Aliança Latino-americana em Defesa dos Bancos Públicos, promovida pela Uni Américas Finanças, em Montevideo, no Uruguai. O evento será seguido da Jornada Latino-americana pela Democracia e contra o Neoliberalismo, entre os dias 16 e 18.

No primeiro dia de debates, já ficou claro a importância do encontro. “Ouvindo os relatos dos países, impressiona constatar que ainda precisamos avançar muito. Os banqueiros vêm implementando uma agenda continental de maximização dos seus lucros, de redução de empregos, de transformação digital e de pressão aos parlamentos para alterar as leis que protegem o trabalho. Fica claro a luta de classes e a ação organizada das elites financeiras nesta ofensiva neoliberal e fica mais claro ainda de que a saída não é local e tem que ser continental e global”, afirmou Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT. “Fundamental neste momento é o papel da Uni Global Union, sindicato mundial ao qual somos filiados. Através desta Aliança estamos debatendo como agir com unidade e organizadamente. Só a luta nos garante!”, completou.

No ano passado, a jornada latino-americana encampou a campanha “Se é público, é para todos”, lançada pelo Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas em junho de 2016, no Rio de Janeiro. Pela manhã, a coordenadora do Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas, Rita Serrano, que também representa os empregados da Caixa no Conselho de Administração da empresa e a Contraf-CUT, apresentou o painel sobre a Caixa e discorreu sobre as iniciativas privatistas do governo Temer, em especial no caso dos bancos públicos.

Já a Jornada Latino-americana pela Democracia e contra o Neoliberalismo, entre os dias 16 e 18, pretende ser um espaço de confluência de diferentes expressões organizadas de todo o continente, reunindo mulheres, jovens, indígenas, camponeses, intelectuais, ativistas para a diversidade sexual e sindicalistas em uma agenda comum que priorize a defesa da democracia, soberania e integração dos povos.

Fonte: Contraf-CUT