Maio 03, 2025
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Hoje (2) foi comemorado nos Estados Unidos o Dia do Trabalho (Labour Day). Neste ano, a mídia americana, deu destaque a pesquisa que revela o reconhecimento da importância dos sindicatos para os trabalhadores. As sondagens indicam que a aprovação da população às entidades de classe está próximo do topo dos últimos 50 anos: 64% da população defende o modelo de organização trabalhista.

O levantamento foi feito pelo reconhecido instituto de pesquisas norte-americano Gallup. A série histórica começa em 1936, sendo que, até meados da década de 1970, a aprovação dos sindicatos era constante em cerca de 70% da população. Após esse período, houve um declínio que culminou com o registro mais baixo da série, em 2008, após a grande crise, com 48%. Os anos de 1999 e 2003 foram os únicos com maior acolhimento sindical entre a população do que hoje: 66% e 65% respectivamente.

A aprovação está em ascensão entre diferentes setores políticos, aponta a pesquisa. Entre os democratas, mais ligados a pautas liberais sociais, foi registrado um aumento de 16% no número, saltando de 66% em 2009 para 82%. Já entre os republicanos, mais conservadores, a tendência foi mantida. Em 2009, 29% apoiavam sindicatos; hoje, 45%. Entre os independentes, a variação foi de 44% para 61%.

Entre as razões apontadas para o crescimento da importância sindical estão fatores que rondam o mundo do trabalho nos Estados Unidos, como o baixo índice de desemprego (3,7% em julho), salários achatados (com sucessivas perdas no poder de compra) e maior atenção para questões sociais dos mais jovens. “As pessoas se sentem melhores sobre sindicatos quando os mercados de trabalho estão mais firmes e existe menor medo de demissões”, afirma Rich Yeselson, ativista sindical norte-americano, para o portal Vox.

Movimentos trabalhistas recentes, com sucesso, também contribuem para a impressão. Professores promoveram greves por todo o país, muitas vezes espelhados pelo movimento que ficou conhecido, a partir dos anos 1990, como Justice for Janitors, que mobilizou a classe dos trabalhadores em serviços de limpeza dos Estados Unidos e Canadá contra más condições de trabalho, ausência de plano de saúde, entre outras precarizações.

Fonte: Rede Brasil Atual

Os empregados da Caixa de todo o Brasil participam, nesta quarta-feira (4), do Dia Nacional de Luta e Reflexão contra o desmonte da Caixa. Desde que assumiu, a atual gestão, comandada por Pedro Guimarães, tem deixado clara a política de sucateamento e fatiamento do banco público.

Nos últimos meses, os bancários de diversas áreas têm ouvido em reuniões que as atividades sob sua responsabilidade e as próprias áreas passarão por uma “remodelação organizacional”, podendo ser incorporadas ou transferidas a outros locais ou até mesmo extintas.

“Não podemos aceitar que essa desestruturação disfarçada acabe com o nosso banco. Está na hora dos trabalhadores mostrarmos que não iremos aceitar nenhum tipo de desmonte. A Caixa é e deverá continuar sempre sendo 100% Pública”, afirmou Dionísio Reis, coordenador da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa).

Para as manifestações, a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) preparou uma carta aberta aos empregados. O material, que será impresso pelas federações e pelos sindicatos, servirá de base para o diálogo entre os empregados e com a população, explicando os malefícios da reestruturação. Os materiais estão disponíveis para download na área de acesso restrito do site.

Fonte: Contraf-CUT

A Caixa Econômica Federal paga a antecipação do pagamento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) nesta terça-feira (3). O anúncio foi feito depois da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa) cobrar, em mesa de negociação permanente realizada no dia 27 de agosto, que a Caixa antecipasse a primeira parcela da PLR, assim como a PLR Social. De acordo com a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) dos bancários, os bancos têm até 20 de setembro para pagar a primeira parcela da PLR.

“A antecipação do pagamento da primeira parcela da PLR e da PLR Social é resultado direto da cobrança que a CEE/Caixa fez na mesa permanente de negociação. O pagamento é uma justa valorização dos trabalhadores que construíram dia a dia o lucro da Caixa, assim como seu importante papel social para o país enquanto banco público”, disse o coordenador da CEE/Caixa, Dionísio Reis.

PLR e PLR Social

A PLR na Caixa é composta, além da regra básica e da parcela adicional previstas na CCT da categoria (módulo Fenaban), pela PLR Social, conquista dos empregados na campanha de 2010. A PLR Social é a distribuição linear de 4% do lucro líquido a todos os empregados. Na Caixa, é antecipado 50% do valor da PLR na primeira parcela (levando a projeção de lucro em consideração).

Aumento real

A primeira parcela da PLR 2019 virá com correção da inflação (no período entre 1º de setembro de 2018 e 31 de agosto de 2019), mais 1% de aumento real. “O aumento real de 1% em 2019, para salários e demais verbas como a PLR, foi uma conquista da mobilização da categoria na nossa Campanha Nacional 2018 que, em cenário desfavorável com a aprovação da reforma trabalhista, garantiu também todos os direitos previstos na CCT”, concluiu Dionísio.

Fonte: Contraf-CUT

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai tentar pela sexta vez privatizar a Loteria Instantânea Exclusiva (Lotex). O pleito, previsto para 22 de outubro, foi remarcado após o governo flexibilizar, novamente, as regras para conseguir privatizar a chamada ´raspadinha´, administrada pela Caixa: uma resolução do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) foi publicada na última quinta-feira (29), modificando o pagamento da outorga e a experiência que será exigida do futuro operador.

Pela nova regra o pagamento pelo ônus da outorga fixa poderá ser realizado em até 8 parcelas, e não mais em até 4, como previa resolução de setembro do ano passado e que já tentava facilitar para atrair investidores. No original, o valor mínimo da outorga deveria ser pago em parcela única. A resolução do PPI estabeleceu ainda que os candidatos deverão demonstrar experiência na operação de empreendimento de loteria instantânea com arrecadação de pelo menos R$ 560 milhões em 12 meses, o que é menos da metade do exigido anteriormente – R$ 1,2 bilhão.

“É importante que até a data do leilão, intensifiquemos a mobilização dos empregados e da sociedade em defesa da Caixa para mostrar ao governo que não interessa a ninguém está privatização. A resistência dos trabalhadores e de toda a sociedade é fundamental para barrar as ameaças contra o patrimônio do povo brasileiro. Não tem sentido privatizar a Lotex”, afirmou Sérgio Takemoto, secretário de Finanças da Contraf-CUT.

Histórico

O leilão da Lotex já foi adiado pelo menos cinco vezes. A privatização representa uma perda gigantesca para os brasileiros, porque do total arrecadado quase metade é destinado a programas sociais nas áreas de Educação, Esporte, Cultura, Saúde, Segurança e Seguridade Social. Com a venda esse percentual que deve ser reduzido drasticamente.

No ano passado, até setembro, a arrecadação das loterias da Caixa somou R$ 8,3 bilhões, com R$ 2,8 milhões em prêmios ofertados. Outros R$ 4,1 bilhões foram repassados aos programas sociais. Entre as iniciativas que recebem recursos das Loterias Caixa destacam-se o Programa de Financiamento Estudantil (FIES), Fundo Nacional de Cultura (FNC), Fundo Penitenciário Nacional (FUNPEN) e Fundo Nacional de Saúde (FNS). Na área do esporte nacional, os repasses são feitos para o Ministério do Esporte, Comitê Olímpico Brasileiro, Comitê Paralímpico Brasileiro, clubes de futebol e Confederação Brasileira de Clubes.

Para explorar a loteria instantânea a Caixa chegou a constituir, em 2015, a Caixa Instantânea S/A, sociedade por ações de capital fechado. Nesse cenário, mesmo que a privatização da Lotex ocorresse, o banco poderia permanecer como sócio minoritário. Mas a decisão de promover a privatização apenas da outorga teve como resultado a exclusão da instituição do processo.

Fonte: Contraf-CUT

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) realizará audiência pública, na próxima terça-feira (3), para discutir as suspeitas de que a Caixa Econômica Federal teria travado o volume de empréstimos para municípios do Nordeste por motivos políticos. A vice-presidente de governo da Caixa, Tatiana Thomé de Oliveira, comparecerá à comissão para esclarecer o assunto e explicar as diretrizes do banco para a concessão de empréstimos, informou a Agência Senado.

O assunto foi uma das bandeiras aprovadas pelos delegados e as delegadas do 35º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa Econômica Federal (Conecef), realizado nos dias 1 e 2 de agosto, em São Paulo. Eles votaram uma moção em repúdio à perseguição do Governo aos estados do Nordeste. 

No último dia do evento, reportagem do jornal O Estado de S.Paulo informou que os governos do Nordeste estão sendo boicotados pela Caixa desde a posse do presidente Jair Bolsonaro (PSL).

Segundo a matéria, assinada pelas repórteres Camila Turtelli e Adriana Fernandes, o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, teria baixado uma ordem para que não sejam contratados empréstimos junto a estados e municípios da região. A informação sobre o bloqueio prévio de recursos teria sido obtida com funcionários do banco e da equipe econômica do governo. “Sob condição de anonimato, elas confirmam que ouviram a orientação em mais de uma ocasião”, diz a reportagem.

Alegações do banco

Em nota oficial, a direção da Caixa negou o boicote. Mas levantamento feito pelo jornal, com base nos números do banco e do Tesouro Nacional, mostra que dos R$ 4 bilhões em empréstimos autorizados em 2019 para governos e prefeituras de todo país, apenas 2,2% (R$ 89 milhões) foram para o Nordeste.

Nos anos anteriores os índices foram bem maiores. Em 2018, o Nordeste recebeu 21,6% do total de empréstimos. Em 2017, 18,6%.

Na nota, o banco alega que as autorizações levam em conta critérios de “sazonalidade” e “o número de pleitos recebidos”, indicando que teriam diminuído os pedidos de empréstimos do Nordeste.

Orientação é para recusar pedidos

Segundo o jornal, no entanto, existe uma fila de pedidos da região aguardando decisão do banco. Entre eles estaria um financiamento de R$ 133 milhões para a prefeitura de São Luís (MA), para obras de infraestrutura. “O pedido do prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PDT) foi feito no dia 9 de maio e até hoje não houve uma resposta. A orientação para a área técnica, segundo apurou a reportagem, era de não aprová-lo mesmo estando tudo certo. A estratégia foi protelar até os documentos vencerem em 30 de junho”, diz a matéria.

Para Fabiana Uehara Proshcholdt, secretária da Cultura e representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) nas negociações com o banco, a Caixa precisa explicar esse claro boicote a uma das regiões mais importantes do Brasil. “É evidente que a decisão é ideológica e segue a linha dos ataques feitos pelo presidente. Isto é um absurdo. Não podemos aceitar que, por puro preconceito, milhões de brasileiros sejam prejudicados.”

Fonte: Contraf-CUT

O Banco do Brasil divulgou na manhã desta sexta-feira (30) a tabela com valores da Participação nos Lucros e/ou Resultados referente ao primeiro semestre de 2019, que serão pagos hoje aos funcionários. Os valores totais por cargo são de R$ 6.099,57 para escriturários e R$ R$ 6.699,15 para caixa executivo.

pagamento é realizado nesta sexta-feira (30) em atendimento ao pedido da Contraf-CUT.

Regras da PLR do BB

A PLR do banco é composta pelo módulo Fenaban e pelo módulo BB.

Pelo módulo Fenaban, o funcionário recebe 45% do salário paradigma definido no acordo, acrescido de parcela fixa a ser definida pelo banco, para cada semestre.

O módulo BB constitui-se de uma parcela constituída pela divisão entre os funcionários de 4% do lucro líquido verificado no semestre, mais uma parcela que varia conforme cumprimento do Acordo de Trabalho (ATB) ou Conexão.

Veja abaixo a tabela

Fonte: Contraf-CUT / Paulo Flores

As pessoas negras são as mais afetadas na busca por uma recolocação no trabalho. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), dois em cada três dos 12,8 milhões de desempregados do país são pretos ou pardos. 

A pesquisa mostra que, do total de pessoas sem emprego no Brasil, 52,1% são pardos, 34,7% são brancos e 12,2% são pretos. Ou seja, 8,2 milhões de desempregados. 

Para o secretário de Combate ao Racismo da Contraf-CUT, Almir Aguiar, a linha política e econômica do governo Bolsonaro, que retira direitos e impõe privatizações, tem gerado um aumento desordenado no volume de desempregados em nosso país. “Os dados revelam a falta de oportunidades para essa população, que, quando estão empregados, são alocados nos setores mais precarizados. As desigualdades sociais são tão evidentes, que o salário de um trabalhador branco pobre é 46% maior de que um trabalhador negro pobre, esse fator mostra um dos fatores das desigualdades sociais no Brasil” afirmou. 

Ele lembrou ainda que no setor bancário os negros são mais vulneráveis ao assédio moral. “A cor da pele chega a ser um impeditivo para ascensão profissional e recebem 68% da remuneração de um trabalhador não negro, sendo que a situação da bancária negra, ainda é pior. Esse ano realizaremos o III Censo da Diversidade na categoria, precisamos comparar o atual quadro em relação ao Censo de 2014, e debater a contratação de mais negros e negras no sistema financeiro e por fim a essa política discriminatória “, disse Almir Aguiar.

Campanha de Valorização da Diversidade

A categoria bancária é uma das primeiras a conquistar a inclusão de uma cláusula de combate à discriminação nos bancos. A realização do Censo da Diversidade também contribui para a análise de políticas inclusivas e a criação de oportunidades igualitárias no setor. 

De acordo com os dados do 2º Censo, realizado em 2014, houve avanço no número de negros no setor bancário. Eram 19% de negros na primeira pesquisa. Os funcionários que se auto definiram foram 24,7% dos entrevistados. A grande falha, no entanto, é que não há um indicador voltado para a situação das mulheres negras nas instituições bancárias. 

Neste ano de 2019, será realizado o 3º Censo da Diversidade Bancária e a Campanha de Valorização da Diversidade, que visa a capacitação da categoria sobre o tema. O objetivo é levar os bancários a se tornarem agentes da diversidade, não apenas no ambiente de trabalho, mas também nos seus demais locais de convivência social.

Fonte: Contraf-CUT

Há 38 anos os trabalhadores e as trabalhadoras de todo país davam os primeiros passos para a criação da maior central sindical do país. Mais de cinco mil delegados e delegadas, representando 1.091 entidades sindicais de todo o Brasil, participaram da 1ª Conferência Nacional da Classe Trabalhadora (Conclat), que aconteceu na colônia de férias do Sindicato dos Têxteis na Praia Grande, em São Paulo, entre os dias 21 e 23 de agosto de 1981.

A Conferência, a primeira reunião ampla de categorias diversas desde o golpe de 1964, foi o primeiro passo para que, dois anos depois [28 de agosto de 1983], surgisse a maior entidade de representação das trabalhadoras e trabalhadores brasileiros, da cidade e do campo, a Central Única dos Trabalhadores (CUT). Data de fundação da CUT coincide com o Dia do Bancário.

 

Baseada em princípios de igualdade e solidariedade, seus objetivos são organizar, representar sindicalmente e dirigir a luta dos trabalhadores e trabalhadoras da cidade e do campo, do setor público e privado, ativos e inativos por melhores condições de vida e de trabalho e por uma sociedade justa e democrática.

Presente em todos os ramos de atividade econômica do país, a CUT se consolida como a maior central sindical do Brasil, da América Latina e a 5ª maior do mundo, com 3.806 entidades filiadas, 7.847.077 trabalhadoras e trabalhadores associados e 23.981.044 trabalhadoras e trabalhadores na base.

CUT de volta à Praia Grande

Numa conjuntura parecida com a de 1981, 38 anos depois, a CUT voltará a Praia Grande para o 13º Congresso Nacional da CUT “Lula Livre”, entre os dias 7 e 10 de outubro, com o mote “Sindicatos Fortes = direitos, soberania e democracia”.

Fonte: Contraf-CUT

A retomada da mesa de negociação permanente entre a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT) e a Caixa Econômica Federal, realizada na tarde desta terça-feira (27), em Brasília (DF), foi marcada pela reafirmação da necessidade da construção do papel público e social do banco, junto à defesa dos direitos dos trabalhadores. Esse princípio foi destacado em duas faixas que serviram de pano de fundo para a reunião: “A Caixa é do povo brasileiro” e “Mais empregados para a Caixa e mais Caixa para o Brasil”.

“É necessário constatar que a mesa permanente de negociação no âmbito da Caixa serve de referência global de negociação para os trabalhadores bancários de diversas partes do mundo. Preocupa, no entanto, o fato de algumas das medidas da direção do banco estarem voltadas para o enfraquecimento da empresa e para o não cumprimento de sua função pública”, observou Dionísio Reis, coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa).

Contratação imediata de mais empregados

As entidades representativas voltaram a cobrar a imediata contratação de mais empregados, até que, no mínimo, seja atingido o teto estabelecido pela Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Sest) de 87 mil trabalhadores, para acabar com a rotina de sobrecarga de trabalho no banco. Foi dito ainda que a contratação de duas mil pessoas com deficiência (PCD) não será suficiente para que o banco cumpra a cota mínima de 5% de PCDs prevista em lei.

A norma prevê que empresas com mais de 1.000 trabalhadores tenham 5% dos cargos ocupados por pessoas com deficiência ou reabilitados. Atualmente, segundo dados da própria empresa, o índice desse contingente em atuação no banco é de apenas 1,42%, menos de 1/3 do exigido pela legislação, o que significa um déficit de mais de 3.500 pessoas para o cumprimento da cota.

A Comissão de Negociação do banco disse que, para atender a essas solicitações, depende da autorização formal dos órgãos controladores do governo federal e de disponibilidade orçamentária, o que não ocorreu até o momento.

Integração de novos empregados

A participação das entidades representativas no processo de integração para os novos empregados também foi reivindicada. Atualmente, os que entram no banco são impedidos de usufruir dos benefícios ofertados aos empregados mais antigos.

A posição oficial manifestada pela Caixa foi a de que não há exatamente uma proibição, mas hoje essa participação do movimento nacional dos empregados não está prevista e tampouco será possível.

Durante a reunião, a Caixa colocou a necessidade de aprovação da fluidez das férias dos trabalhadores em três períodos distintos, mas, na ocasião, foi esclarecido que essa proposta foi rejeitada pelos delegados do 35º Conecef, evento realizado entre os dias 1º e 2 de agosto, em São Paulo (SP).

Defesa da Caixa 100% pública

A defesa do papel público, social e forte da Caixa é uma prioridade. Foi denunciado ainda, na ocasião, o projeto do governo de enfraquecer e diminuir a atuação do banco público, com o propósito de entregar à iniciativa privada setores como cartões, loterias, gestão de ativos de terceiros. Esse processo de desmonte passa também pelas ações de retirada de direitos dos empregados, com redução de trabalhadores nas unidades, o que gera sobrecarga de trabalho e adoecimento.

“A defesa da empresa 100% pública soma-se à luta por mais contratações e contra a precariedade das condições de trabalho. Nacionalmente, existe a mobilização contra a reforma da Previdência e a defesa da democracia, sem a qual nenhuma reivindicação será possível. Um dos nossos maiores desafios é defender os trabalhadores e os seus direitos históricos, a democracia e a soberania nacional”, declarou Fabiana Uehara, secretária de Cultura e representante da Contraf/CUT nas negociações com o banco.

Saúde Caixa para todos

Outro debate relevante foi a defesa do Saúde Caixa para Todos. O banco tem discriminado os PCDs contratados, ao não garantir o plano de saúde. A CEE/Caixa lembrou que, na campanha dos bancários de 2018, o Saúde Caixa foi assegurado para os trabalhadores da ativa e aposentados. Foi dito ainda que a redação do ACT 2018/2020 garante uma assistência à saúde para os novos contratados, o que não vem sendo cumprido pela direção do banco.

Sob protesto dos representantes dos empregados, a Caixa anunciou que os novos contratados terão assistência à saúde por reembolso, com possibilidade de benefícios retroativos. O Saúde Caixa propriamente dito não será oferecido a esse grupo de trabalhadores. Nesse caso, o modelo a ser adotado será baseado no que prevê a CGPAR 23. Essa resolução estabelece diretrizes e parâmetros para o custeio das empresas estatais federais sobre benefícios de assistência à saúde aos empregados. Uma constatação: o propósito de medidas como a CGPAR 23 é acabar com os planos de saúde, incluindo o Saúde Caixa, deixando milhões de trabalhadores e suas famílias desassistidos.

Durante a reunião, o coordenador da CEE/Caixa lembrou que “o Saúde Caixa é um direito conquistado após muita luta, garantido no Acordo Coletivo de Trabalho dos empregados da Caixa. Contudo, está sob grave ameaça devido à CGPAR 23, que inviabiliza planos de autogestão, e pelo estatuto vigente da Caixa, que impõe limites de custeio”. Ele disse que a defesa do Saúde Caixa, bem como a universalização do benefício para todos os empregados, é uma das prioridades do movimento nacional dos empregados, a ponto de ter sido lançado, durante o 35º Conecef, a campanha “Saúde Caixa para Todos”.

Outros itens da pauta

A mesa de negociação permanente foi pautada ainda por debates sobre o combate à reestruturação e ao desmonte dos direitos trabalhistas, melhores condições de trabalho para os tesoureiros, fim do assédio moral e da Gestão de Desempenho de Pessoas (GDP), combate ao descomissionamento arbitrário e luta contra a terceirização e a verticalização.

Em relação ao GDP, as entidades representativas cobraram sua retirada do MO 21182, que indica o descomissionamento arbitrário institucionalizado e prevê a ameaça frequente de mais descomissionamento compulsório, gerando como consequência o adoecimento dos trabalhadores. Foi solicitada ainda a retirada do Revalida, com a Caixa confirmando que esse mecanismo não acontecerá mais. Para a CEE/Caixa, o Revalida caracteriza-se como uma espécie de descomissionamento 100% subjetivo.

Outro ponto importante foi a questão da cobrança feita pela representação dos empregados de não utilização do GDP como ponto de desempate nas bolsas de incentivo à graduação (escolaridade).

A representação dos empregados contestou ainda a inserção do GDP no processo de promoção por mérito. Essa utilização como a Caixa pretende fazer exclui, de imediato, 30% dos empregados. O movimento nacional dos trabalhadores é contrário a essa exclusão, pois os empregados devem concorrer sempre em condições de igualdade. Se permanecer essa exclusão, o debate continuará em mesa de negociação permanente. A Caixa ficou de avaliar o atendimento dessa reivindicação.

Outra questão urgente tratada na reunião foi a operação para os saques do FGTS. Foram feitos questionamentos a respeito da estrutura a ser disponibilizada, o pagamento aos trabalhadores, incluindo horas extras, além de abertura das agências aos sábados e extensão de horários.

Face a esses questionamentos, a Caixa apresentou alguns números sobre a operação para os saques do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço das contas ativas e inativas. Caberá ao trabalhador dispor de até R$ 500 de cada conta. Serão atingidos aproximadamente 96 milhões de pessoas, com essas operações ocorrendo no período de setembro deste ano a março de 2020.

A representação dos empregados cobrou mais contratação de trabalhadores para suprir a carência de pessoal e estrutura mais adequada das unidades para o devido cumprimento dessa operação.

Foram dadas também algumas garantias. A Caixa se comprometeu com o pagamento da totalidade das horas extras realizadas. Assumiu também o compromisso de pagar o vale transporte pelo trabalho aos sábados, quando assim ocorrer, devendo essa adesão ser voluntária.

A representação dos empregados cobrou que os gerentes gerais recebam as horas extras, mas o banco admitiu que essa negociação é difícil e feita no âmbito das Superintendências Regionais. Também foi cobrada estrutura de segurança de condições físicas adequadas para as unidades. Outra reivindicação: no lugar da Caixa pagar adicional de 50% de horas extras, como pretende fazer, a CEE/Caixa cobrou o pagamento de adicional de 100%, que é o correto para essas situações.

Reunião da Comissão Executiva dos Empregados

Nesta quarta-feira (28), a Comissão Executiva dos Empregados se reúne em Brasília para definir as orientações que serão passadas aos empregados do banco e às entidades representativas, com proposta de calendário de lutas para os próximos dias.

No dia 28 de agosto de 1951, os bancários decidiram cruzar os braços para reivindicar um reajuste salarial de 40%. Os bancos queriam dar apenas 20%.

Os índices oficiais do governo na época apontavam um aumento de 15,4% no custo de vida. Os bancários refizeram os cálculos e o próprio governo teve que rever seus índices, que saltou para impressionantes 30,7%. Depois de 69 dias de paralisação, os bancários conquistaram 31% de reajuste. Foi a maior greve da história da categoria. O dia 28 de agosto passou a ser considerado como o Dia do Bancário.

“Hoje, mais do que nunca, temos que lembrar dessa história. Mais uma vez precisamos manter a categoria unida e nos fortalecer para lutarmos contra os ataques que estão sendo desferidos não apenas contra nossa categoria, mas contra toda a classe trabalhadora”, afirmou a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira. “O maior motivo de nossa comemoração deve ser a manutenção de nossa aposentadoria e de todos os demais direitos expressos em nossa CCT”, completou.

Muito além do reajuste

Mas, além do reajuste, a greve de 1951 também fez surgir sindicatos de bancários em vários pontos do país. Assim, também é indiscutível a importância da greve para a organização da luta da categoria, que de lá para cá obteve muitas outras conquistas. “Nossa categoria é a única do país com uma Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) nacional. Nossas negociações são realizadas em mesa única, com bancos públicos e privados e nossas conquistas são válidas para bancários de todo território nacional”, ressaltou a presidenta da Contraf-CUT.

Outro mérito da greve de 1951, foi a contestação dos dados oficiais do governo. A partir daí, surgiram as bases para a criação do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O Dieese nasceu com o objetivo de municiar os trabalhadores com dados estatísticos confiáveis.

Fundação da CUT

O dia 28 de agosto também deve ser comemorado como dia de luta por ser o dia de fundação da Central Única dos Trabalhadores (CUT), durante o 1º Congresso Nacional da Classe Trabalhadora (Conclat), em 1983. Ainda durante a ditadura militar.

Fonte: Contraf-CUT