Maio 02, 2025
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Imprensa

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As tradicionais feijoadas mensais que acontecem em nossa Sede de Duque de Caxias e em nossa SubSede de Nova Iguaçu, já tem datas definidas no mês de Outubro.

Confira as datas:

Dia 25/10 - SubSede de Nova Iguaçu
Dia 31/10 - Sede de Duque de Caxias

Esperamos todas as bancárias e bancários para mais dois eventos imperdíveis e deliciosos.
Até lá!

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), em comum acordo entre as entidades (Anabb, AAFBB, FAABB) que compõem a mesa de negociação sobre a Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil (Cassi), encaminhou ao Banco do Brasil, nesta terça-feira (8), o “Manifesto – proposta” de solução para a Cassi, elaborado por um grupo de 26 pessoas, que participaram do Encontro Nacional de Saúde dos Funcionários do BB, no dia 28 de setembro.

A Contraf-CUT solicitou que o banco analise e apresente uma resposta sobre a proposta, que sugere a revisão provisória do custeio do Plano Associados da Cassi, a vigorar de janeiro de 2020 a dezembro de 2024.

A proposta do documento, tornado público pelos seus signatários, prevê o aumento das contribuições dos associados da ativa e aposentados para 5,6% dos salários ou benefícios de aposentadoria. Propõe também o aumento das contribuições do patrocinador Banco do Brasil, dos atuais 4,5% para 8,4% dos salários do pessoal da ativa, mantendo os 4,5% sobre os benefícios previdenciários, acrescido de 3,9% a título de taxa de administração.

“Considerando que tal proposta implica no aumento das contribuições do Banco do Brasil como patrocinador e terá de ser acatada por ele, e considerando que sem esta majoração não faz sentido consultar os associados a respeito do aumento de suas próprias contribuições, encaminhamos o documento para apreciação e solicitamos uma reposta do banco”, explicou o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga.

“Assim que o banco se manifestar a respeito, encaminharemos a resposta aos companheiros e, se for o caso, para apreciação dos associados. Enquanto isso, conclamamos a todos participarem das manifestações e atividades que vêm sendo organizadas pelas entidades sindicais em defesa da Cassi”, concluiu o coordenador da CEBB.

Fonte: Contraf-CUT

Sindicalistas de todo o Brasil se reúnem a partir desta segunda-feira (7) no 13º Congresso Nacional da CUT (Concut), na Praia Grande, no litoral de São Paulo. Em pauta, a precarização do trabalho, após dois anos da “reforma” trabalhista, e as restrições nas aposentadorias, com a iminente aprovação da “reforma” da Previdência. Há ainda a perseguição do governo Bolsonaro às entidades que representam os trabalhadores.

Com o tema Lula Livre – Sindicatos FortesDireitosSoberania e Democracia, a programação do Concut, que vai até quinta-feira (10), começa com análises da conjuntura nacional e internacional que vão contar com a presença da ex-presidenta Dilma Rousseff, do ex-presidenciável e ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, da presidenta do PT e deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), e do ex-chanceler Celso Amorim.

“É um processo difícil neste momento, e requer que a gente debata qual é a estrutura sindical necessária para enfrentar esse processo de desmonte da legislação trabalhista. Fala-se inclusive que já estaria em curso uma reforma sindical. Nós sabemos o projeto do governo federal. É um ataque, mais uma vez, às entidades sindicais”, afirmou o secretário de Comunicação da CUT, Roni Barbosa, aos jornalistas Marilu Cabañas e Glauco Faria, para o Jornal Brasil Atual, nesta segunda-feira (7).

Segundo ele, a crise do desemprego tem submetido as pessoas a trabalhos precários, como os de motoristas e entregadores de aplicativos, marcados por jornadas extensas e quase nenhum direito. “Queremos conhecer melhor essas categorias e ver como é que o movimento sindical pode se inserir para ajudá-las a não serem tão exploradas como estão sendo hoje”, disse Barbosa, sobre a chamada “uberização“.


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Papel dos sindicatos

Em cenário de ataque à organização sindical, o Concut também deve discutir estratégias para mostrar à sociedade qual é o papel das entidades. A política de valorização do salário mínimo, por exemplo, derivou de um acordo perseguido pelas centrais sindicais. Implementada a partir de 2004, no início do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e sem sua continuidade definida pelo atual governo, essa política previa o reajuste anual calculado a partir da variação do Produto Interno Bruto (PIB) e pela inflação do ano anterior, e foi um dos mais importantes instrumentos de redução das desigualdades no país nos últimos anos.

Esta e outras medidas têm pouco impacto direto em boa parte dos trabalhadores filiados à CUT, que em geral têm remunerações acima do salário mínimo, mas influenciam diversas outras categorias e beneficiam a economia de uma forma geral. “Por isso estamos trabalhando fortemente para rejeitar a reforma da Previdência. Os trabalhadores de baixa renda serão os principais prejudicados. Talvez nem todos estejam representados nos nossos sindicatos, mas achamos isso muito importante. Esse é o papel de uma central sindical.”

Outro exemplo de conquistas sindicais, segundo Barbosa, são benefícios obtidos pelas categorias como plano de saúde e vale-refeição. “O trabalhador bancário, por exemplo, recebe vários benefícios e acha que é uma concessão do patrão, sendo que tudo isso é fruto de conquistas de décadas e décadas de luta dos sindicatos. Todos os direitos que estão acima da legislação são conquistas dos sindicatos, e às vezes os próprios trabalhadores não sabem”, afirmou o secretário de Comunicação da CUT.

Fonte: Rede Brasil Atual

O Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense expressa seu pesar pelo falecimento, na noite desta última segunda-feira (7), do companheiro Paulo Garcez.
 
Funcionário do Banco Santander, ex-diretor do SindBaixada, ex-diretor jurídico da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do RJ e ES, atualmente Garcez era Secretário Geral da Fetraf RJ/ES. Foi também um dos responsáveis pela construção da CUT no Rio de Janeiro e na Baixada Fluminense.
 
O vitorioso companheiro, que conquistou a militância com sua inigualável simplicidade e respeito, foi vítima de um infarto.
 
Garcez deixou um especial e honroso legado de vida vitoriosa no meio político e sindical.
 
As últimas homenagens serão hoje, dia 8, no Jardim de Mesquita, às 14:30h, Capela I. O cemitério fica na Rua Baronesa de Mesquita, número 520, em Mesquita.
 
GARCEZ PRESENTE!

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) lança hoje (7), a Campanha #FechaComAGente. Com o objetivo principal de mostrar a importância da valorização das entidades sindicais, a ação apresenta diversos materiais, dentre eles: vídeos, infopress e matérias, para informar os bancários sobre como a luta do movimento sindical é fundamental para garantir os direitos dos trabalhadores.

A Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) e Acordos Coletivos de Trabalho (ACT), por exemplo, são grandes conquistas, que só foram possíveis após muita luta dos trabalhadores ao lado dos sindicatos. Eles garantem diversos direitos à categoria bancária como o vale-alimentação, o vale-refeição, o auxílio-creche, convênio médico, Participação nos Lucros e/ou Resultados (PLR), jornada de seis horas, licença-maternidade, entre outros.

O primeiro vídeo divulgado pela campanha aborda os assuntos PLR e Aumento Real e está disponível na página #FechaComAGente, no site da Contraf-CUT.

Até o final de novembro, a Contraf-CUT irá divulgar conteúdos exclusivos sobre vários assuntos referente à luta do movimento sindical e conquistas da categoria bancária.

 
 
 

Quase um quarto das famílias brasileiras (23,9%) recebiam em 2018 até R$ 1.908,00, o equivalente a dois salários mínimos, enquanto na outra ponta 2,7% ganham mais de R$ 23.850,00, ou 25 mínimos, mostram dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), divulgada nesta sexta-feira (4) pelo IBGE. A média é de R$ 5.426,70.

Conforme a pesquisa, as famílias de menor rendimento contribuem com apenas 5,5% do valor médio. E o outro grupo fica com aproximadamente 20%.

Ainda entre as famílias mais pobres, perto de um quarto da renda (24,3%) vem de aposentadorias, pensões e programas sociais. Quando se considera a renda de todas as famílias, as transferências representam 19,5% do total e o rendimento do trabalho é a principal fonte: 57,5%.

O levantamento do IBGE mostra ainda diferenças regionais, com as famílias do meio rural, por exemplo, recebendo pouco mais da metade (52,3%) em relação às áreas urbanas. Entre as regiões, o rendimento varia de R$ 3.557,98 (Nordeste) a R$ 6.772,86 (Centro-Oeste). “A gente também vê diferenças de contribuição das regiões para a formação do rendimento médio mensal familiar. A região Sudeste representa mais da metade dessa média, com 51,4%. Já a região Norte, com 4,9%, é a que menos contribui”, diz o gerente da pesquisa, André Martins.

Ainda de acordo com o instituto, famílias com rendimento de até dois mínimos comprometem parte maior do orçamento com alimentação e habitação, em relação àquelas com rendimentos superiores a 25 mínimos. No primeiro grupo, essas despesas representam 61,2% do total – 39,2% com  habitação e 22% com alimentação. No segundo, corresponde a 30,2% – 22,6% e 7,6%, respectivamente.

Para as famílias com maior renda, a despesa com alimentação (R$ 2.061,34) é mais que o triplo da média (R$ 658,23) e seis vezes o valor do grupo de menor renda (R$ 328,74). Em relação à saúde, a participação é próxima, mas o tipo de gasto muda. “Nas famílias de maiores rendimentos, essas despesas vão para plano de saúde. Nas famílias com menores rendimentos, são despesas com remédios”, compara Martins.

Segundo a POF, alimentação, habitação e transporte, somados, comprometem 72,2% dos gastos das familiares em relação a despesas de consumo. A participação das despesas destinadas a aumentar o ativo – aquisição e reforma de imóveis, por exemplo – foi de 4,1% no ano passado, ante 5,8% em 2009. Já a diminuição dos passivos, como pagamento de dívidas, a participação subiu de 2,1%, em 2009, para 3,2%.

O IBGE calculou em R$ 4.649,03 o gasto médio familiar por mês, sendo de R$ 4.985,39 nas áreas urbanas e de R$ 2.543,15 nas rurais.

Fonte: Rede Brasil Atual

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) lança, nesta segunda-feira (7/10), a Campanha #FechaComAGente. A ação tem como objetivo mostrar a importância dos sindicatos na vida dos trabalhadores e trabalhadoras.

Afinal, o Acordo Coletivo da categoria bancária garante direitos como vale-alimentação, vale-refeição, auxílio-creche, convênio médico, Participação nos Lucros e/ou Resultados (PLR), jornada de seis horas, licença-maternidade, entre outros. Conquistas dos bancários e bancárias que só foram possíveis após muita luta do movimento sindical.

Por isso, é muito importante se sindicalizar e participar das atividades do seu sindicato para defender e garantir os seus direitos.

Faça parte desta luta. Sindicalize-se! #FechaComAGente

Fonte: Contraf-CUT

Estudantes, professores, movimentos sociais e sindicais voltaram às ruas nesta quinta-feira (3) para dizer que a luta em defesa da educação não para no país governado por Jair Bolsonaro. Hoje foi o segundo dia da greve geral da educação, realizada em diversas cidades brasileiras.

A mobilização em São Paulo, com ato na Avenida Paulista na tarde de hoje, contesta os cortes no orçamento da área e pede o fim do projeto Future-se, que submete a educação a um viés de mercado, em que só interessam demandas empresariais descoladas da produção de conhecimento.

Em São Paulo, o repórter Jô Miyagui, da TVT, esteve na Paulista e conversou com os manifestantes. Segundo o presidente da União Estadual dos Estudantes (UEE-SP), Caio Yuji Tanaka, a mobilização de hoje é uma continuação de um movimento que dialoga com o sentimento dos estudantes. “Na verdade, é um sentimento que começa desde quando o governo Bolsonaro é eleito, já posicionando que a universidade precisa ser só para uma elite intelectual”.

 

Ele diz que esse governo está “tornando cada vez mais difícil acesso e a permanência dentro da universidade”. Tanaka lembra que o ato de hoje é em defesa da educação e da ciência “para que seja devolvido o dinheiro do educação e a gente consiga manter a nossa universidade”.

O presidente da União Municipal dos Estudantes Secundaristas (Umes-SP), Lucas Chen, destaca que “o Brasil tem um dos menores investimentos por aluno na média da OCDE. É um dos dados que foi levantado e apresentado recentemente e que comprova que o Brasil investe pouco em educação”.

Lucas afirma que o governo Bolsonaro mente. “Não podemos aceitar uma coisa dessas, nossas escolas estão sendo completamente sucateadas. O que precisamos é de mais investimentos. Se eles puderem acabar com o modelo de escola pública, gratuita e de qualidade, eles vão acabar.”

Gibran Mendes / CUT Paraná

Ato na Praça Santos Andrade, em Curitiba: defesa do ensino público e das universidades federais também estava na pauta da manifestação desta quinta-feira (Foto: Gibran Mendes / CUT Paraná)

O professor universitário Carlos Vinícius Santos diz que até agora não foi possível reconhecer uma política do governo Bolsonaro “porque não fica muito claro o que exatamente quer”.

Beatriz Baravieira, do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Universidade federal do ABC (UFABC) crítica o programa ‘Future-se’. “É um programa que tem como objetivo final privatizar a universidade e o plano de ensino desse governo é sucatear as universidades para futuramente ou cobrar mensalidade ou privatizar”, afirma.

Ana Carolina Domingues, estudante do bairro de Perus, em São Paulo, diz que educação pública e de qualidade significa sim a emancipação do povo brasileiro. “Estar hoje aqui é principalmente lutar pelo futuro”, defende.

Fonte: Rede Brasil Atual

O texto saído da votação em primeiro turno da reforma da Previdência no Senado trouxe modificações importantes ao projeto oriundo da Câmara dos Deputados. Um dos principais foi o que suprimiu a mudança do abono salarial, que hoje é pago a quem recebe até dois salários mínimos (R$ 1.996 em 2019) e deverá continuar assim. O texto da Câmara restringia o direito ao valor de R$ 1.364,43.

Antes, a Comissão de Constituição e Justiça do Senado havia suprimido dispositivo que previa que a pensão por morte fosse inferior ao salário mínimo, assim como excluiu o artigo que colocava na Constituição o critério para receber o Benefício de Prestação Continuada (BPC).

“Já no plenário do Senado, depois de tantos destaques, a única coisa importante foi retirar a mudança do abono salarial, que beneficiou mais de 13 milhões de trabalhadores”, avalia a deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ). A parlamentar destaca que a desconstitucionalização do BPC pela CCJ daquela casa também é importante, já que, na prática, a inserção do benefício na Constituição “congelaria” o auxílio. Com a mudança, o auxílio foi retirado da Constituição Federal.

“O BPC nunca foi constitucional e continuou não sendo. Quando põe na Constituição, você o congela, até porque o salário mínimo está sendo depreciado”, explica.

Para Jandira, porém, a principal vitória da oposição veio da Câmara, com a derrubada do regime de capitalização, que o governo não conseguiu impor. “Impedimos o mal maior, que era a capitalização, que seria a destruição total da Seguridade Social. Foi a grande derrota do governo e a maior vitória da oposição.”

No Senado, a exclusão do dispositivo que reduzia o valor do abono salarial de dois salários mínimos para R$ 1.364,43, segundo cálculos da oposição, beneficiará, ou deixará de prejudicar, de 12 a 13 milhões de trabalhadores. Já o ministro da Economia, Paulo Guedes, ficou furioso com a alteração, que “desidrata” a reforma em R$ 76,4 bilhões, segundo o governo. Ele declarou que para cada bilhão perdido no Senado deverá haver uma compensação com mudanças do pacto federativo.

“Isso é um absurdo. Paulo Guedes é um chantagista. Tenta fazer ameaça com o segundo turno do Senado. Isso não é papel de um ministro que serve à República. É de um chantagista que fala pelos bancos”, rebate Jandira Feghali. “É o capital financeiro incrustado no cargo de ministro da Economia.” Para a deputada, ao ameaçar governadores e estados, o ministro está, de fato, ameaçando o povo. “Ele não pode fazer chantagem com o direito do povo. Tirar dinheiro dos estados é tirar de políticas públicas.”

Na tribuna, nesta quinta-feira (3), o senador Humberto Costa (PT-PE) afirmou que, ao aprovar o texto em primeiro turno, “o Senado acaba de referendar uma das medidas mais nocivas de todos os tempos para o trabalhador, sobretudo o de baixa renda”. A economia anunciada pelo governo e apoiadores da proposta de emenda à Constituição recairá em 80% sobre mais pobres, disse.

“A reforma será um duro golpe sobre mais de 70% dos municípios brasileiros, que vivem basicamente dos pagamentos do INSS. Legará um futuro de miséria para a população”, continuou o petista. “Felizmente, a união de senadores permitiu derrubar o fim do abono para 12 milhões de trabalhadores que recebem até dois mínimos, em cima dos quais o governo queria fazer uma economia desumana.”

Segundo turno

Senadores de oposição acusam o governo de ignorar o regimento, que prevê um “interstício” (intervalo) de cinco dias úteis ou quatro sessões de discussão entre o primeiro e o segundo turnos. O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), líder da oposição no Senado, considera inadmissível a tentativa do Planalto e aliados.

“O regimento é claro: não é possível a votação de PEC se não cumprir o interstício. Não existe razão alguma para que nós assistamos calados a retirada de direitos dos mais pobres, e ainda ao bel prazer do atropelo das normas do regimento interno e da Constituição”, diz. “O governo tem a maioria para aprovar a reforma que penaliza os mais pobres, mas não farão atropelando o regimento. Nossa exigência será que, na semana que vem, seja cumprido o interstício. Não terá votação de reforma.”

Segundo Randolfe, se a situação insistir na estratégia, a oposição fará obstrução regimental, além de já ter apresentado questão de ordem ao final da última discussão. “O presidente da casa (Davi Alcolumbre – DEM-AP) pode muito, mas não pode tudo. Ele tem que cumprir o regimento.”

Embora tenha se declarado a favor de “quebrar” o interstício, Alcolumbre admitiu na quarta-feira que a votação do segundo turno poderá ficar para a segunda quinzena de outubro.

Além da derrubada do regime de capitalização, Jandira Feghali destaca, como vitórias importantes na Câmara dos Deputados, a redução do tempo mínimo de contribuição para as mulheres e, na transição, a previsão de 15 anos para homens.

Além disso, a Câmara impediu que o BPC ficasse abaixo de um salário mínimo, que a pensão por morte, na ausência de outra renda, fosse abaixo do salário mínimo, flexibilizou a transição para professores e os policiais, “apesar de a transição ter sido cruel para o conjunto das categorias para quem já está no mercado de trabalho”, observa a deputada.

Ela aponta ainda como vitória importante a derrota do governo em tentar mudar as regras para a aposentadoria rural, que manterá a idade mínima de 55 anos (mulheres) e 60 anos (homens), e o tempo de contribuição em 15 anos para ambos os sexos.

Apesar das vitórias pontuais, o texto final “foi uma grande derrota para a sociedade”, diz Jandira. “Imprimiu para a grande massa de trabalhadores a redução de benefícios e maior dificuldade para a aposentadoria. Um massacre aos trabalhadores pobres e servidores da ponta do sistema. Não atingiu grandes privilegiados e sonegadores, colocou sobre a Seguridade, patrimônio da sociedade, uma solução da economia que não está na Previdência, mas na própria economia.”

Para Jandira, prova de que o capital financeiro foi o grande beneficiado é o fato de que, logo após o segundo turno da Câmara, os bancos tenham lançado planos de seguro populares.  “Essa agenda é dos bancos, das seguradoras, dos grandes grupos de investimento. Não tem nada a ver com geração de empregos e investimento público. Essa vitória não é da sociedade, não é nem do governo, mas do capital financeiro. Mas o que eles mais queriam era o regime de capitalização, e nisso não tiveram a vitória, até aqui.”

Para ela, essa vitória foi da oposição e da mobilização possível. “Mas a mobilização ficou muito pequena na fase do Senado. Mesmo assim, algumas mexidas os senadores conquistaram.”

Fonte: Rede Brasil Atual

Pesquisa publicada pelo Centro de Estudos da Metrópole (CEM-Cepid/Fapesp) mostra que as diferenças de renda aumentaram entre os que estão na base e no topo da pirâmide dos ganhos advindos do trabalho. De acordo com o pesquisador da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) Rogério Jerônimo Barbosa, a partir do fim de 2014, a crise econômica afetou o mercado de trabalho, o que não só piorou o número de desempregados, como também o contingente de desalentados – situação em que a pessoa desiste de procurar emprego – que atualmente são 4,8 milhões de pessoas.

A trajetória da desigualdade, de acordo com a pesquisa, que reúne dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua de 2012 ao primeiro trimestre deste ano, é identificada em quatro fases. A primeira está na virada da década de 1990 para 2000, com a renda de trabalho melhor distribuída. Já segunda fase começa em 2014, com a crise e o aumento do desemprego.

“A terceira fase, iniciada em 2016, mostra que os trabalhadores que permaneceram empregados ficaram desigualmente distribuídos. Quem ‘sobreviveu’ está melhor posicionado, acumula direitos, mas quem está ingressando é pior remunerado e tem menos direitos. É aí que a informalidade passa a contabilizar. Já na última e atual fase, o desemprego estagnou, diminuiu em taxas muito pequenas e a desigualdade cresce entre trabalhadores. Há postos cada vez mais precários sendo gerados de maneira informal”, aponta Rogério, em entrevista aos jornalistas Marilu Cabañas e Glauco Faria, da Rádio Brasil Atual.

O estudo mostra que quem ganha mais aumentou a renda, e quem ganha menos viu sua renda ser reduzida ainda mais. Entretanto, os dados são ainda piores. “A gente trabalhou só com a renda do trabalho. Quem recebe essa renda não é rico e são exceções que recebem acima dos R$ 20 mil como salário, pois o grosso dos mais ricos tem outros meios como fonte e essas pessoas não estão na pesquisa”, explicou. “A gente vê que os ‘sobreviventes’ do mercado de trabalho, mesmo não sendo ricos, já passam a se distanciar dos demais. Pessoas com empregos protegidos são privilegiadas, mesmo sem ser. O que há é uma distância entre pessoas mais protegidas e as desprotegidas”, acrescentou.

Por meio de cálculos feitos com base na evolução dos dados da Pnad e Pnad Contínua, Barbosa mostra que, em meados de 2014, os 50% mais pobres se apropriavam de cerca de 5,7% de toda a renda do trabalho. No primeiro trimestre de 2019, o percentual cai para 3,5%. Para este grupo, essa redução de 2,2 pontos percentuais representa, em termos relativos, uma queda de quase 40%.

Fonte: Rede Brasil Atual