Abril 27, 2025
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O Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense, na figura dos diretores Renata Soeiro, Rosangela Gonçalves  e Marcelo de Oliveira, estiverem presentes na Fetraf-RJ/ES, que realizou ontem, dia 20, o debate A reforma da previdência e seus impactos para a classe trabalhadora. A palestrante convidada foi a Professora Doutora Denise Gentil Lobato, do Instituto de Economia da UFRJ, que é  pesquisadora na área de Economia do Setor Público e Macroeconomia, com concentração em Política Fiscal e Seguridade Social.

Contraf-CUT inicia negociações sobre adicional do Programa Próprio de Remuneração (PPR) do banco

O Citibank comunicou à Confederação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) que realizará o pagamento da primeira parcela da Participação nos Lucros e/ou Resultados aos seus funcionários no dia 28 de setembro. De acordo com a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria, o banco teria até o dia 30/9 para efetuar o pagamento.

A Contraf-CUT está iniciando negociações com o banco sobre o Programa Próprio de Remuneração (PPR). Os valores da PPR serão pagos juntamente com a segunda parcela da PLR, em data estabelecida na CCT.

Fonte: Contraf-CUT

Hoje (20 de setembro), o Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense realizou ato a favor dos bancos públicos na Caixa - Agência Passarela, no Centro de Nova Iguaçu.

Com a presença de diversos diretores do Sindicato, o ato repudiou a atitude do banco em querer fechar a agência, programada para o dia 6 de outubro, e citou a importância da manutenção de diversos programas sociais. A agência é a única localizada no setor mais valorizado do município.

Também foram recolhidas assinaturas para impedir o fechamento desta agência.

Após o ato, a superintendência do banco entrou em contato com a coordenação do Sindicato, e solicitou reunião na sexta-feira (22) para dialogar sobre o fechamento da referida agência.

Contraf/Cut acompanhou a reintegração do dirigente Rubinho


O movimento sindical bancário teve uma grande vitória nesta terça-feira (19/09). Após mais de um ano de queda de braço com o Bradesco, a Justiça do Trabalho cancelou a suspensão do contrato de trabalho de Rubens Branquinho (HSBS/Bradesco). Diretores do Sindicato dos Bancários de Niterói e região, da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro do Rio e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES) e da Contraf/Cut acompanharam a reintegração do dirigente Rubinho como é conhecido no movimento.

A volta ao trabalho aconteceu na agência do Bradesco Largo da Batalha, em Niterói, antiga unidade do HSBC onde Rubinho é lotado. A reintegração foi concedida liminarmente pela Justiça do Trabalho de Niterói. O processo continua sua tramitação normal.

O fato, importante para a categoria no momento em que os ataques aos direitos dos trabalhadores cresce a cada dia, foi acompanhado de perto por diversos dirigentes sindicais que comemoraram contra a perseguição realizada pelo banco. Rubinho é lotado na agência Bradesco Largo da Batalha desde 1987, ou seja, há 31 anos.

Para o dirigente reintegrado, a decisão judicial foi um ganho para todo o movimento sindical e para os bancários. “Mesmo com toda força que os bancos podem ter, com a categoria unida a gente consegue vencer, consegue dobrar essas intransigências. Foi mais de um ano sofrendo, sem salário, mas a Justiça foi feita”, declara Rubens Branquinho.

O presidente do Sindicato de Niterói, Luís Cláudio Caju, comemorou. “Hoje é uma vitória do Sindicato, dos trabalhadores e do movimento sindical. Um trabalhador de luta está de volta, uma liderança no nosso movimento. Foi feita justiça e a luta continua agora com mais força. O Rubinho é uma referência nacional no movimento sindical”, afirma Caju.

A entrega do mandado de cumprimento da decisão pelo oficial de justiça também foi acompanhada pelo Diretor da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contra/CUT), Sérgio Siqueira (HSBC/SP).

“O Rubens sempre teve à frente das lutas do movimento sindical dos trabalhadores e sempre foi um dirigente fundamental pra gente. Tem sido inclusive, ultimamente. Agora ele faz parte da Associação Brasil. Quem ganha de fato são os trabalhadores de Niterói e da Federação por ter um dirigente de luta de volta”, relata Sérgio.

Para o advogado, Murilo Batista, vencer a primeira batalha foi um reconhecimento do trabalho do dirigente.” Conseguimos desconstituir essa farsa que o banco montou que na verdade se caracteriza como um ato antissindical, perseguição a um dirigente sindical atuante. E que a justiça, na primeira batalha, já reconheceu isso. Tenho a certeza que no mérito também a justiça vai confirma a sentença e vamos promover a reintegração definitiva”, disse.

O diretor jurídico da Fetraf RJ/ES, Paulo Garcez. Está sendo feita justiça. O companheiro está sendo punido pela sua atuação no movimento sindical em defesa dos trabalhadores bancários. Essa perseguição está chegando ao fim e o Rubinho voltará às suas atividades, que jamais abandonou, mesmo passando por esses problemas e isso é importantíssimo para a nossa Federação”, disse.

Estiveram presentes os dirigentes de Niterói: Luís Cláudio Caju (Bradesco), Jorge Antônio Porkinho (HSBC/Bradesco), Cláudio Roberto (HSBC/Bradesco), Heber Mathias (Bradesco), Waldemiro Baptista (Itaú), Pietro Cavallo (HSBC/Bradesco), Marcos Aurélio 'Pacheco'

(HSBC/Bradesco), Ivan Neves (Caixa), Rogério Azevedo (HSBC/Bradesco), Paulo Roberto Vieira (HSBC/Bradesco), além de Altair Ramos (Aposentado Itaú). Na audiência na Justiça do Trabalho, realizada no mesmo dia, ainda compareceram os diretores Fetraf RJ/ES, Fabiano Júnior (Bradesco) e Rosângela Floriano do Seeb-Niterói (Santander).

Fonte: Seeb Niterói

Decisão abre precedentes para ataques contra homossexuais e a direitos duramente conquistados após décadas de luta

Em decisão liminar, a Justiça Federal do Distrito Federal acatou parcialmente no dia 15 de setembro (sexta-feira) uma ação popular contra a Resolução 01/99 do Conselho Federal de Psicologia (CFP), que proíbe “terapias de reversão sexual”. Um grupo de psicólogos pede a suspensão da resolução.

O juiz deferiu, em parte, o pedido do grupo de psicólogos. Sem suspender os efeitos da resolução, determinou que o CFP não a interprete de modo a impedir estudos ou atendimentos, de forma reservada, às pessoas que procurarem orientação sexual, garantindo a plena liberdade científica aos profissionais, sem qualquer censura ou necessidade de licença prévia por parte do CFP.

O Conselho Federal de Psicologia já informou que vai recorrer da decisão e emitiu uma nota em que diz que o “Judiciário se equivoca, neste caso, ao desconsiderar a diretriz ética que embasa a resolução, que é reconhecer como legítimas as orientações sexuais não heteronormativas, sem as criminalizar ou patologizar. A decisão do juiz, valendo-se dos manuais psiquiátricos, reintroduz a perspectiva patologizante, ferindo o cerne da Resolução 01/99” (leia a íntegra da nota do CFP).

Para Adilson Barros, diretor da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e membro da Comissão de Gênero, Raça, Orientação Sexual e Trabalhadores e Trabalhadoras com Deficiência (CGROS), apesar de a decisão não suspender a resolução do CFP, ela abre a possibilidade para que terapias equivocadas de “cura gay”. “A OMS (Organização Mundial da Saúde) já definiu que o homossexualismo não é doença. Mas, uma decisão como essa, no momento em que estamos vendo o aumento do preconceito e da discriminação em todo o mundo, onde grupos estão assumindo seus pensamentos de supremacia sobre outros, abre-se precedentes perigosos, que podem descambar para ataques contra homossexuais e até mesmo levar a perdas de direitos duramente conquistados após décadas de luta”, disse o diretor da Contraf-CUT.

Militantes LGBTs já lançaram uma petição pública para que as pessoas se manifestem contra a decisão do juiz.

Campanha contra a discriminação
A Contraf-CUT lançará no início de outubro uma campanha nacional contra a discriminação nos bancos. Além da discriminação contra LGBTs, a campanha também alertará sobre a discriminação contra mulheres, negros e pessoas com deficiência. “As mulheres continuam recebendo menos do que os homens, mesmo exercendo as mesas tarefas. O acesso a cargos mais elevados é dificultado a elas. LGBTs, negros e pessoas com deficiência não são contratados e, quando são, mantidos fora do campo de visão dos clientes. Essa discriminação tem que acabar nos bancos”, afirmou Adilson.

Fonte: Contraf-CUT

A nova legislação trabalhista, sancionada em julho por Michel Temer, ainda não está consolidada. Diversas nuances da reforma Trabalhista dependerão de análises a partir da interpretação da lei. Esta é análise de juristas que participaram na última sexta (15) do “Seminário Reflexões Sobre a Reforma Trabalhista”, realizado no Tribunal Regional do Trabalho do Paraná, em Curitiba.

O presidente da Associação Nacional dos Magistrados do Trabalho (Anamatra), Guilherme Feliciano, por exemplo, apontou caminhos nos quais a legislação deverá ser interpretada nos tribunais. Segundo Feliciano, não há nada de “revolucionário” neste processo. “É algo absolutamente ordinário”, garantiu.

O primeiro destes caminhos é a interpretação sistemática. “Vamos começar a disputar sentido em todos os âmbitos, na academia, nos tribunais e na doutrina. Neste caso, basta perceber que pelo contexto determinadas interpretações simplesmente não cabem. O segundo lugar é a interpretação conforme a constituição. Não posso interpretar a Constituição Federal de acordo com as leis. Nada de novo ou revolucionário novamente”, explicou Feliciano.

A convencionalidade, segundo o magistrado, é um outro ponto que será analisado no decorrer dos próximos anos. Neste caso a interpretação passa pelas normas internacionais das quais o Brasil é signatário. “Especialmente, quando ratifica tratados e convenções internacionais, notadamente, da OIT”, relata. Neste caso, o entendimento recente do STF, por exemplo, trata que questões ligadas aos direitos humanos, são assimilados com supra-legalidade. Ou seja, podem ser absorvidos a partir de um procedimento próprio de Emenda Constitucional.

Exemplos de fora

O advogado e diretor do Instituto Declatra, Ricardo Mendonça, buscou contextualizar o cenário na qual as mudanças na legislação trabalhista estão envolvidas. “Com a crise de 2008 grandes economistas do mundo chegaram a falar que o neoliberalismo chegou ao fim. Não foi o que se viu. Acho grande erro falar em crise do capital. Se tem alguém que não sofre crise alguma é o capital”, provocou Mendonça.

Doutorando em Direito na Espanha, Mendonça citou dados de um relatório da OIT que analisou estatísticas relacionadas ao trabalho no mundo após 2008. Mais de 180 países, com diferentes nuances econômicas, foram analisados. A pesquisa mostrou que 27% dos trabalhadores, em 2015, estavam contratados pelo regime de contrato de trabalho por prazo indeterminado. Enquanto isso, outros 60% não tinham proteção contratual nenhuma. “Entre 2008 e 2014, segundo o estudo, 61 milhões de pessoas a mais do que os estimado engrossaram o exercito industrial de reserva. Ou seja, 61 milhões de famílias a mais com subemprego, queda de renda ou ainda desemprego”, completou.

O Brasil, que passa a figurar na lista de países com reforma trabalhista que retira direitos, deverá piorar seu cenário. No comparativo que fez com a Espanha, onde viveu nos últimos meses, Mendonça alerta. “As mudanças ocorreram como proposta de estimulo à redução do desemprego, a mesma mentira que ouvimos aqui. Qual foi o resultado? Segundo a OIT a redução da proteção é contraproducente para políticas de trabalho a curto e longo prazo”, completou.

Na Espanha, em 2013, o índice de desemprego chegou a 27% da população economicamente ativa. Até 25 anos esse índice saltou de 18% para 55%. “Uma juventude super qualificada que tinha a promessa social democrata que, ao termo de sua qualificação, teria pleno emprego. Isso derruba o mito da meritocracia, inclusive lá. Jovens extremamente qualificados trabalhando em caixas de redes de fast-food”, exemplificou Mendonça.

Negociação e legislação

Especialista em direito coletivo do trabalho, o advogado Jose Eymard Loguercio criticou os termos nos quais a “contrarreforma” foi apresentada. “É uma discussão cínica falar que há muita proteção, quando temos é um déficit de proteção. Precisamos encontrar novos mecanismos para proteção dos novos fenômenos de trabalho”, afirmou referindo-se às mudanças trazidas para o mundo do trabalho com o rápido avanços de novas tecnologias.

Loguercio também falou sobre o negociado sob o legislado, um dos pontos mais polêmicos da nova lei. Neste caso, o que for decidido pelos patrões e empregados passará a ter valor maior que a lei. “O Sindicato chega com duas fragilidades na mesa de negociação. Há uma pauta regressiva do trabalhador que antes não poderia acontecer. Há uma clara tendência de pauta invertida. O empregador apresenta o que ele quer, desconstruído do ponto de vista do direito. Esse é o risco concreto”, afirmou.

Por outro lado, o advogado faz um questionamento interessante do ponto de vista, inclusive, da organização do próprio capital. “Se há uma empresa muito forte no seu setor e consegue fazer um acordo pior para seus trabalhadores do que a convenção dos seus concorrentes. Isso se chama dumping, a chamada concorrência desleal. Há uma interface para discutir negociação coletiva, inclusive, sobre o ponto de vista do direito de concorrência, relatou.

Segundo ele, o Uruguai, por exemplo, já enviou recados para o Brasil dizendo que avaliará a nova legislação sob esse ponto de vista. “A pior norma é a que vale. Se isso vira princípio, na prática, você está incentivando o dumping”, analisou.

Reunião aborda diversidade sexual e identidade de genêro

A Comissão Bipartite de Igualdade de Oportunidade se reunirá, nesta terça-feira (19), com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), na sede da federação, em São Paulo, para dar continuidade à negociação sobre as reivindicações relacionadas a diversidade sexual e identidade de genêro.

O último encontro, realizado no dia 17 de julho de 2017, terminou sem avanços para a classe trabalhadora.  A Fenaban negou a proposta de criação de Grupo de Trabalho específico para discutir as questões relacionadas à diversidade sexual e identidade de gênero, entregue pela Contraf-CUT.

Após a reivindicação dos representantes dos trabalhadores, os bancos ficaram de analisar a possibilidade de uma campanha conjunta em combate ao preconceito sexual nos locais de trabalho. Eles devem apresentar as ações feitas pelo banco, nesta terça-feira (19), para que seja possível pensar em novas ações conjuntas.

Fonte: Contraf-CUT

Com o debate “O falso déficit da previdência social e a dívida pública”, a coordenadora da Auditoria Cidadã da Dívida, Maria Lucia Fattorelli, e o supervisor técnico do Dieese, Max Leno de Almeida, destrincharam os pilares das reformas neoliberais e do ajuste em andamento no país partindo do entendimento que a crise econômica foi construída pelo governo para implantar o crescimento neoliberal.

Fattorelli iniciou sua exposição afirmando que o motivo da conjuntura de reformas e do ajuste é aumentar o superávit utilizado no pagamento dos juros da dívida pública no cenário de crise instalado. Esse modelo econômico de política monetária, sistema tributário regressivo e sistema da dívida pública (ajuste fiscal, privatizações e contrarreformas) promove a escassez para a população num país abundante de recursos.

A defesa de auditoria cidadã da dívida pública aparece nessa conjuntura como ferramenta para provar o que ela chama de fraude, que é esse direcionamento do superávit primário para repassar aos bancos os valores que correspondem somente aos juros e amortização da dívida pública, nunca efetivamente o pagamento da dívida.

“O Banco Central poderia, ao invés de emitir título da dívida, emitir moeda para pagar essa dívida e não haveria mais a rolagem dos juros. E o que os bancos fariam com toda essa moeda?”, questionou Fattorelli, explicando que no mundo o juro é zero, o juro é negativo, teriam que emprestar para a população reduzindo aqui também o valor dos juros.

Nesse cenário, a Reforma da Previdência, que tramita pela PEC 287, é o foco porque “é de onde tem mais dinheiro para tirar”, explica. E o enfraquecimento da previdência social, da seguridade social terá como consequência o aumento de privilégios do sistema financeiro com o fundo privado.

Max Leno, do Dieese, complementou que uma das formas de gerar receita na previdência tem a ver com o mercado de trabalho, relacionando com o cenário atual de 14 milhões de desempregados e aumento do desemprego a partir de 2015. “A reforma trabalhista, que entrará em vigor a partir de novembro, e a lei da terceirização refletem na receita da previdência”, expos, no contexto de já observada retração em segmentos do ramo industrial de maior renda do trabalhador, refletindo na retração da renda da população como um todo.

Ele lembrou que a tática do governo para sensibilizar a população a ser favorável à reforma da previdência foi chama-la de “deficitária”, que teve reflexos no entendimento relacionado com o orçamento doméstico, mas que o movimento sindical soube se articular para reverter esses argumentos e, até o momento, barrar a tramitação da PEC.

Se aprovada, a reforma da previdência vai agravar a desigualdade de renda e a desigualdade social: muitos não vão conseguir se aposentar. Os mais atingidos serão os trabalhadores rurais, os informais, os de baixa renda, as mulheres e os de setores com alta rotatividade, pois trata essas situações desiguais como iguais.

Fattorelli denunciou a dimensão das novas leis, reformas e emendas à constituição sob o ponto de vista do sistema financeiro:

- Emenda 95: alterou a constituição para congelar por 20 anos recursos públicos que são direcionados para saúde e educação (tramitou como PEC do Teto dos Gastos);

- Emenda 93: aumentou a DRU em 30% (o conceito de desvinculação das receitas da união refere-se a um percentual de recursos que obrigatoriamente deveriam ser utilizados pelos governos para saúde e educação e a emenda significa que 30% desses recursos podem ser utilizados para qualquer fim, desobrigando o direcionamento para saúde e educação);

- Lei 159/2017: estabelece a moratória da dívida dos estados por três anos, estabelecendo como contrapartida o congelamento de salários dos servidores, alterações nas previdências próprias e venda (privatização) dos patrimônios estaduais;

- Lei 13.416/2017: essa lei foi aprovada na surdina e autoriza a produção de moeda nacional fora do país. Fattorelli explicou a gravidade dessa lei, pois não haverá controle sobre a quantidade de dinheiro em circulação e não se sabe onde vai ser impressa, atacando a soberania nacional. Nesse contexto, ela faz um comparativo, que no Brasil a quantidade de moeda em circulação é de 5%. Em outros países esse volume é de 40%. O Brasil não emite moeda, mas emite títulos da dívida pública, que são entregues aos bancos pelo Banco Central numa operação denominada “operações compromissadas”, que são remuneradas diariamente.

- Lei 13.341/2016 – reforma administrativa

- Lei 13.334/2016 – privatizações

- PLP 181/2015: prevê um esquema da utilização de estatais criadas para garantir securitização de operações financeiras

O debate é parte do 5º Seminário Unificado de Imprensa Sindical, realizado em Brasília.

Fonte: Seeb/Curitiba

Durante reunião de negociação permanente entre a Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) com o banco, ocorrida na quinta-feira (14), a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) entregou aos representantes do BB um termo de compromisso de manutenção dos direitos dos trabalhadores, mesmo depois que a nova legislação trabalhista (Lei 13.467/2017) entre em vigor.

“Vários pontos de nosso acordo coletivo poderão ser alterados com a entrada em vigor da nova lei trabalhista. O termo que entregamos visa garantir a manutenção do processo negocial, bem como a relação entre banco e seus empregados”, explicou Wagner Nascimento, coordenador da CEBB, que representou a Contraf-CUT na ocasião.

O presidente da Contraf-CUT, Roberto von der Osten, observou que nova legislação trabalhista pode levar a relação entre funcionários e o banco à uma situação existente antes da nacionalização da Convenção Coletiva da Categoria.

“Naquela época as regras de relações de trabalho eram pulverizadas entre sindicatos regionais e bancos, dificultando tanto a igualdade de direitos e oportunidades entre os trabalhadores quanto inviabilizando a movimentação de bancários entre locais de diferentes contratos”, disse o presidente da Contraf-CUT.

O documento não foi analisado pelo banco durante a reunião. A CEBB manterá contato com o os representantes do BB para agendar uma negociação sobre os termos do documento.

Fonte: Contraf-CUT

A Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) se reuniu com o banco na quinta-feira (14) para debater as mudanças anunciadas nas Plataformas de Suporte Operacional (PSO), que incluem alterações nas atribuições dos caixas executivos. A reunião foi solicitada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) dentro do processo de negociação permanente previsto no Acordo Coletivo de Trabalho (ACT).

Na reunião, o banco apresentou a chamada Mobilização envolvendo as PSO, com foco em novas tarefas para os caixas, incluindo presenças nas salas de autoatendimento e venda de produtos de capitalização, crédito direto ao consumidor (CDC), dentre outras.

Também foi apresentado um programa de reconhecimento tendo como prêmio o acúmulo de ponto no Programa Livelo. Na visão do BB, as novas atribuições podem gerar mais oportunidades na carreira e os caixas poderiam ser aproveitados nos momentos de menor volume de atendimento nas unidades.

Após a apresentação, os representantes dos funcionários apontaram aos executivos da Diretoria Gestão de Pessoas (Dipes) e Unidade Operações (UOP) os diversos problemas e considerações colhidas nas unidades do PSO em todo o Brasil.

Teoria é diferente da prática
Os representantes dos funcionários apontaram ao BB que tem havido uma grande diferença entre o que se planeja na diretoria e a prática nos locais de trabalho, começando pela mobilização de venda de produtos.

Segundo Wagner Nascimento, coordenador da CEBB, embora o banco tenha falado que individualmente o caixa não será obrigado a vender produtos, a partir do estabelecimento de uma meta para os prefixos, tem sido constatado pelos funcionários diversas cobranças individualizadas, por e-mail e mensagens por aplicativos como o WhatsApp.

“Os funcionários apresentaram os problemas com a segurança nas tarefas dos caixas a partir do momento em que precisa atuar na oferta de produtos. Muitos reclamam do deslocamento do posto de trabalho na bateria de caixas sem segurança, uma vez que boa parte do mobiliário não tem chave para trancar o numerário”, disse o coordenador da CEBB.

Outra questão apontada é que há uma grande resistência dos funcionários em atuar na área negocial, uma vez que o perfil de trabalho operacional já foi escolhido quando migraram para as PSO. Os funcionaram dizem também que, além da mudança na natureza do serviço, estão sendo cobradas vendas de produtos onde não há nenhum treinamento para conhecimento do produto.

Quando ao programa de recompensa com ponto Livelo, a Contraf-CUT considera que é uma forma de remuneração variável e deixou claro ao banco que, conforme as minutas de reivindicação da categoria bancária e específica dos funcionários do BB, a representação dos funcionários defende a contratação total da remuneração. “Reivindicamos que toda remuneração variável seja debatida e negociada com a representação dos trabalhadores”, explicou Wagner.

Falta de treinamento
Os caixas das PSO de todas as regiões do país têm reclamado que desde a apresentação das novas funções, muitos estão sendo cobrados por venda de produtos que não conhecem profundamente e não há nenhum tipo de treinamento.

Segundo o coordenador da CEBB, a falta de treinamento adequado traz insegurança para funcionários e clientes, uma vez que a oferta pode ser feita de forma equivocada, gerando prejuízos financeiros para os funcionários, inclusive passíveis de inquéritos administrativos, além de maior risco de ocorrências de diferenças de caixa.

Melhora das estatísticas
Os representantes dos funcionários observaram que existem problemas nas estatísticas que apontam a diminuição no número dos atendimentos nos caixas. Segundo eles, em muitas plataformas, os caixas são orientados a encerrar a sessão antes da conclusão do atendimento ao cliente, apenas para mascarar o tempo total da operação. O Banco se comprometeu a orientar as PSO para coibir esse tipo de prática.

Outra reclamação apontada é quanto ao trabalho de entrega de cartões aos clientes que, em diversas regiões, não tem seguido com segurança os normativos internos, com relatos de entrega e armazenamento de cartões de clientes nas salas de autoatendimento.

O banco informou que suspendera temporariamente o processo de entrega de cartões pelos caixas, até que o modelo seja devidamente ajustado.

Sobrecarga de trabalho
Sindicatos dos bancários de diversas localidades do país também denunciaram a sobrecarga de trabalho dos Gerentes de Serviço (Gemods), que precisam gerenciar tanto os serviços das PSO quanto serviços ligados às agências. A sobrecarga impede um melhor gerenciamento do quadro de funcionários, o planejamento de férias e treinamentos dos funcionários e dos próprios Gemods.

Os sindicatos também constataram e relataram problemas com o novo modelo do Gerenciador de Atendimento (GAT) – sistemas de gerenciamento de senhas e atendimento –, onde existe a prioridade de atendimento por tipo de cliente. A segmentação de renda dá privilégio de atendimento e tem gerado muita confusão nas agências, em muitos casos, trazendo insegurança física para trabalhadoras e trabalhadores que fazem o atendimento aos clientes, além de aumento nas denúncias aos órgãos de defesa do consumidor.

Participação de funcionários das PSO
A Comissão de Empresa visitou dezenas de locais de trabalho em todo o país para colher as informações necessárias ao subsídio para debate com o banco. Fruto dessas visitas, a Contraf-CUT enviou orientação para cada Federação que convidasse dirigentes, delegados sindicais e bancários de base que trabalham nas PSO para contribuir com as discussões que foram bastante produtivas.

Análise da reunião
Para o coordenador da CEBB a reunião foi positiva, uma vez que o banco se comprometeu a efetuar melhorias físicas nos guichês, melhorar o sistema de atendimento e, principalmente fez o compromisso de melhorar o treinamento dos funcionários.

“Houve o compromisso do banco de trazer as devolutivas das anotações geradas na reunião e, posteriormente será analisada a realização de uma próxima reunião”, disse.

Wagner ressaltou, porém, que os relatos colhidos pelos sindicatos e apresentados na reunião, reforçam os motivos pelo qual o movimento sindical é contra a venda de produtos pelos caixas. “Falta segurança nos guichês, falta melhorar o sistema de atendimento aos clientes e, sobretudo, falta treinamento dos funcionários. Não é possível que neste momento o caixa, que muitas vezes não dá conta do atendimento de tantos clientes, ainda tenha que ofertar produtos para os quais não foi treinado”, criticou.

A CEBB e os sindicatos continuarão fazendo os debates nos locais de trabalho e verificando tanto as medidas anunciadas de inclusão de outras atribuições aos caixas, como também se houve melhoria e condições para que as tarefas sejam realizadas com segurança para bancárias e bancários.

Durante a reunião sobre PSO, o Comando Nacional, representado pela Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, entregou ao banco uma proposta de Termo de Compromisso para garantia de direitos dos funcionários do BB.

Fonte: Contraf-CUT