Abril 27, 2025
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A Contraf-CUT se reúne, na quinta-feira (14), com o Banco do Brasil para debater as mudanças que estão acontecendo nas Plataforma de Suporte Operacional (PSO) e nas atribuições dos caixas executivos.

O BB iniciou um piloto com mais de 200 salas de autoatendimento e algumas mudanças têm gerado reclamações e dúvidas de bancárias e bancários que atuam nas PSO.

A reunião faz parte do processo de negociação permanente e foi solicitada ela Comissão de Empresa. O BB fará uma apresentação do projeto em implantação e os representantes dos bancários levarão os questionamentos sobre os problemas quem vem ocorrendo.

Para Wagner Nascimento, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, todas as mudanças devem ser bastante debatidas para se evitar desvios nas funções ou atribuições dos funcionários da PSO, bem como manter todas as tarefas dentro das instruções normativas e legais. “É necessária a disposição do banco em debater os efeitos das mudanças na ponta, onde as coisas acontecem na prática. É comum um projeto ser alterado nas esferas inferiores devido ‘mentes criativas’, gerando reclamações de funcionários e clientes.”

Fonte: Contraf-CUT

Muita gente já encontrou no extrato bancário o débito relativo a um serviço que não contratou. Ou a cobrança por um novo pacote de produtos pelo qual jamais procurou, ou um cartão plus que sequer pensou em pedir. Além do desconto indevido em conta corrente, há a chateação de ficar um tempão pendurado no serviço de atendimento telefônico, ou mesmo no chat, sem que haja garantia da solução do problema. Em muitos casos, acaba sendo necessário ir pessoalmente à agência, onde se vai perder mais um tempo e passar raiva na fila.

Os que conferem seus extratos e reclamam têm o ressarcimento. Já os que não têm esse hábito saudável do ponto de vista financeiro acabam por pagar taxas que vão engordar os lucros dos banqueiros. Pouca gente sabe, mas todo esse aborrecimento significa que o cliente – assim como o bancário – está pagando o 'pato' pelas pressões impostas pelos banqueiros e seus executivos para aumentar ainda mais sua lucratividade.

Essas pressões, além do aumento do controle sobre o trabalhador, são algumas das ferramentas inseridas em um modelo de gestão baseado na redução de custos, inclusive de recursos humanos, no qual a terceirização tem fundamental importância.

Se os clientes pagam com toda essa chateação ou prejuízo ao bolso, os trabalhadores das instituições bancárias muitas vezes são obrigados a comprar eles próprios produtos de que não necessitam. Ou recorrem à solidariedade de familiares e amigos, que colaboram comprando também para que a meta seja atingida.

Sob tanto controle, pressão e metas, o bancário paga com a saúde, fragilizada por um ambiente nocivo, altamente competitivo e que leva ao adoecimento, especialmente psíquico. De acordo com o Ministério da Saúde, em 2015 os casos de depressão superaram os de lesões por esforço repetitivo (LER). Isso quando não com a demissão por não ter chegado perto de atingir as metas cada vez mais abusivas.

“Funcionários de todos os setores, em todos os bancos, são submetidos a esse modelo de gestão dos bancos que os levam a cometer esses desvios indesejáveis – ou desonestidade, como se diz entre os bancários suíços e alemães. São transgressões cometidas em função da sobrevivência na corporação, ou seja, de continuar empregado”, explica a professora e pesquisadora da Faculdade 28 de Agosto Ana Tercia Sanches.

Na segunda-feira (4), ela lançou o livro Trabalho Bancário – Inovações Tecnológicas, Intensificação e Gestão por Resultados (Editora Anna Blume), fruto da sua pesquisa para doutorado, defendido em agosto do ano passado, na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP.
Perdas

Ana Tercia analisou as mudanças na gestão dos bancos a partir de 1990, feitas para elevar os lucros, e chegou à conclusão de que, para aumentar a já alta lucratividade, os bancos passaram a intensificar a pressão por resultados. Os patrões, que passaram a ter lucros astronômicos e os altos executivos, com seus bônus milionários, criaram programas de metas de curto prazo, e deixaram de lado a valorização da carreira.

Os bancários passaram a trabalhar mais, fazendo muito mais atividades simultâneas, mas não foram os únicos prejudicados. Dados do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região mostram que mais de 60% da categoria trabalha em média 8 horas por dia, bem além das 6 horas diárias estabelecidas em convenção. As inovações tecnológicas, que deveriam contribuir para a redução da jornada de trabalho e para mais contratações, melhorando a qualidade de vida de todos, afetaram os clientes.

Ao ter de atender mais gente, ao mesmo tempo, por meio das diversas ferramentas de comunicação via internet, além do telefone e do celular, que ainda são muito usados, caiu a qualidade do atendimento.

"O desenvolvimento tecnológico, que por um lado beneficia clientes que podem pagar contas e fazer operações pelo próprio celular, prejudica pessoas que não dominam essas ferramentas ou mesmo que preferem o atendimento presencial, na agência", destaca Ana Tercia.

Ela lembra ainda do aumento no número de agências virtuais. "A tendência é que o fim do trabalho presencial seja seguido de um atendimento remoto com o desaparecimento progressivo da participação humana. Ou seja, cada vez mais, por meio da inteligência artificial, as relações entre o cliente e o banco serão intermediadas por robôs."  

Para a professora, outra perversidade da lógica é incorporar a pressão como elemento banal da rotina do bancário, a ponto de incluir no perfil desejado de seus candidatos a uma vaga a "resistência a pressões".

"Por conta dessa engrenagem, o processo de trabalho conforme estruturado é altamente controlado, embrutece as relações entre os colegas e com o público e enfraquece o trabalho em equipe, tendo impacto negativo na saúde e na qualidade de vida", destaca.

Fonte: Rede Brasil Atual

As manifestações do Grito dos Excluídos, nesta quinta-feira (7) em todo o país, foram o espaço de lançamento nacional da Campanha Pela Anulação da Reforma Trabalhista, que vai coletar 1,3 milhão de assinaturas para um Projeto de Lei de Iniciativa Popular que propõe a revogação da Reforma Trabalhista de Temer, prevista para entrar em vigor no próximo dia 11 de novembro.

Após o recolhimento das assinaturas, o projeto será entregue à Câmara dos Deputados, com o lançamento de uma nova etapa da campanha, para exigir a votação da proposta. O objetivo do Projeto de Lei de Iniciativa Popular é fazer com que essa medida se some a outras 11 leis revogadas por meio desse instrumento.

A campanha pela anulação da Reforma Trabalhista foi aprovada pelas confederações, federações e sindicatos da CUT, durante o recente Congresso Extraordinário e prevê também a criação de comitês por essas entidades, para coleta de assinatura.

Os materiais de campanha estão disponíveis no site da CUT e no site da campanha, onde também é possível obter mais informações:

www.cut.org.br

anulareforma.cut.org.br

Apesar de atender uma demanda histórica da categoria, reconhecendo o trabalho doméstico como atividade profissional com os devidos direitos trabalhistas, a Lei Complementar nº 150, de junho de 2015, está longe de ser cumprida. A Justiça do Trabalho não tem fiscais e, mesmo que tivesse, não poderia entrar nas residências para fiscalizar o cumprimento da norma. O resultado é uma lei que custa a sair do papel, ainda mais em tempos de crise, como a atual, e o crescente número de queixas de trabalhadores domésticos na Justiça.

“Há total falta de fiscalização do trabalho. Os auditores não podem entrar em residência particular para verificar o que está sendo feito. Existe a lei, mas não tem ninguém do governo para correr atrás, para fiscalizar”, disse a doutoranda em estudos de gênero da Escola de Economia de Londres, Louisa Acciari, que participou do seminário Lutas e Desafios das Trabalhadoras Domésticas no Mundo do Trabalho. O evento, realizado nesta segunda-feira (4), em São Paulo, promovido pelas secretarias da Mulher Trabalhadora e da Igualdade Racial da CUT-SP e CUT nacional.

Por isso, segundo ela, o único recurso que a trabalhadora tem é a Justiça. Tanto que o número de queixas tem aumentado nos dois últimos anos, passando de 7.953 para 9.928 apenas em São Paulo.

“A lei permite acordos, mas em muitos lugares não há representação patronal, o que impede negociações. A garantia desses direitos, que não são efetivados de maneira nacional, acaba sendo uma questão individual. Cada uma tem de ir ao tribunal, cada uma tem de buscar um advogado para defender seus direitos”, afirmou.

Na avaliação de Louise, isso tem um impacto negativo porque torna-se uma questão técnico-jurídica e esvazia o debate político sobre o valor do trabalho e a igualdade de direitos. “Um juiz do trabalho tem de decidir onde está o direito ou não. É óbvio que isso tem de ser feito, mas há a dificuldades para entrar na Justiça, principalmente quando há valores afetivos envolvidos. É o caso de profissional que cuida de uma pessoa idosa, de criança. Há o temor de prejudicar a família, por exemplo.”

Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), o Brasil tem o maior número de trabalhadoras domésticas no mundo: São mais de 7 milhões, sendo que mais de 90% são mulheres, e mais de 60%, negras.
Desigualdade

A estatística é ainda mais preocupante pela relação com o aprofundamento da desigualdade social, uma vez que a categoria é a que mais cresce em tempos de crise, inversamente proporcional aos salários.

A doutoranda em Economia pela Unicamp e educadora da Escola Sindical São Paulo, Juliane Furno, destacou que a crise econômica interfere na vida dessas trabalhadoras. "Sempre que a economia vai bem, o número de trabalhadoras domésticas cai no país, e o contrário também é verdadeiro, dando a esse trabalho uma característica de precarização", disse.

“O salário da trabalhadora doméstica cresceu mais do que a média do salário mínimo entre 2003 e 2014. Isso porque o país vivia um crescimento econômico e o número de empregadas estava caindo. Já no segundo semestre de 2015, com a crise se agravando e o desemprego aumentando, as mulheres tiveram que retornar para esse mercado."

O trabalho doméstico, que foi reconhecido pela Lei Complementar 150/2015, é uma conquista de lutas que se intensificaram a partir da década de 1920. E o fato de o Brasil ter o maior contingente de trabalhadores domésticos de todo o mundo remonta aos 300 anos de escravidão.

Juliane lembrou que abolição da escravatura não foi acompanhada por políticas públicas para inserir os negros e negras no mercado formal de trabalho. "A grande maioria deles continuou trabalhando nas mesmas casas, para as mesmas famílias, com as mesmas tarefas domésticas."

Participaram também do seminário a doutoranda em História Glaucia Fraccaro, a professora da USP Helena Hirata, a presidenta da Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas (Fenatrad), Luiza Batista Pereira, o secretário nacional de Organização Política Sindical da Contracs, Alexandre da Conceição, a diretora de projetos da Fundação Friedrich Ebert, Waldeli Melleiro, a secretária nacional da Mulher Trabalhadora da CUT, Juneia Batista, a secretária de Combate ao Racismo da CUT-SP, Rosana Aparecida da Silva, e a secretária de formação da CUT SP e coordenadora da Escola Sindical São Paulo, Telma Aparecida Andrade Victor.

INPC de setembro de 2016 a agosto de 2017, ficou em 1,73%, segundo dados divulgados pelo IBGE; categoria é uma das poucas que obteve aumento real

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quarta-feira (6) o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de agosto. A variação no mês foi negativa de - 0,03%. Com isso, o acumulado nos últimos 12 meses ficou em 1,73%. O reajuste da categoria bancária será de 2,75%.

“No ano passado conseguimos prever esta conjuntura de ataques aos trabalhadores e seus direitos que estamos enfrentando e fizemos um acordo de dois anos. Somente por isso conseguimos aumento real de 1%. Esta não é a realidade da maioria das categorias e, entre as empresas públicas, os bancários serão, possivelmente, a única categoria que obterá aumento real neste ano”, disse Roberto von der Osten, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).

Segundo levantamento realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) entre 300 categorias 30 tiveram reajustes abaixo da inflação, para 91 foi igual ao INPC, 107 categorias conseguiram apenas 0,5% acima da inflação e 38 categorias entre 0,51% e 1% acima da inflação.

Aumento real

Os bancários conquistaram o aumento real de 1% depois de uma longa greve de 31 dias, em um acordo de dois anos. Para 2017, o reajuste vai repor integralmente a inflação (INPC/IBGE) e garantir mais 1% de aumento real nos salários e em todas as verbas.

Em maio, o secretário de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Sest), do Ministério do Planejamento, Fernando Antonio Soares, anunciou que o Governo Federal tem a meta de demitir 20 mil funcionários públicos federais em 2017 e disse que os bancários, possivelmente serão a única categoria entre os trabalhadores de empresas públicas que terão reajuste salarial acima da inflação em decorrência do acordo de dois anos.

Desde 2004, os bancários conquistam aumento real de salários. Neste ano, o reajuste de 1% acima da inflação deve ser ressaltado não apenas pelo momento histórico do país, mas também por vir em um tempo de deflação, enquanto em anos anteriores o reajuste acabava sendo corroído pela inflação.

Defesa do emprego

Outro avanço obtido com o acordo de 2016 foi a criação dos Centros de Realocação e Requalificação Profissional, previstos na cláusula 62 da Convenção Coletiva de Trabalho da Categoria. Os bancos deverão criar estes centros para, ao invés de demitir funcionários, requalificá-los e realocá-los em outros postos de trabalho. O direito foi acrescentado na CCT da categoria nas negociações de 2016 e a redação da cláusula foi aprovada na última reunião entre o Comando Nacional dos Bancários e Federação Nacional dos Bancos (Fenaban).

Uma das prioridades dos bancários deste ano é a defesa do emprego. O Comando Nacional dos Bancários entregou à Fenaban uma proposta de Termo de Compromisso com 21 pontos para proteção de empregos, de direitos históricos e de delimitação dos atos nocivos que podem advir da nova Lei Trabalhista (Lei 13.467/2017) e da Lei de Terceirização (Lei 13.429/2017) e de outras que ainda tramitam no Congresso Nacional. A Fenaban vai discutir o termo com os bancos para dar a resposta à Contraf-CUT.

PLR e vales

O reajuste de 2,75% também será válido para a PLR dos bancos privados e vales refeição e alimentação, além do auxílio creche/babá.

Os novos valores já são válidos para os salários referente ao mês de setembro, a serem pagos em outubro. Já a PLR deve ser paga até o dia 30 de setembro. A Contraf-CUT já solicitou aos bancos a antecipação do pagamento. Atendendo à solicitação, o Banco do Brasil, que tem um programa próprio de PLR, que independe do índice, já efetuou o pagamento da PLR aos funcionários no dia 31/08.

O acordo de dois anos também garantiu o abono dos 31 dias de paralisação, sem a necessidade de compensação.


Fonte: Contraf-CUT

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) se reuniu, pela segunda vez, com o Banco Votorantim e a BV Financeira, nesta quarta-feira (6), para a discussão do Programa Próprio de Remuneração (PPR) e do Programa Complementar de Resultados (PCR) das empresas.

Conforme solicitado pelos trabalhadores na última reunião, realizada em 24 de agosto, o banco apresentou a nova proposta do PPR para 2017/ 2018. “A proposta tem diversas mudanças em relação aos anos anteriores, que são prejudiciais aos trabalhadores. Não houve redução do teto, aumentaram os pesos de desempenho e competência, além de excluírem os pisos dos programas”, avaliou Jair Alves, coordenador de negociação das Financeiras da Contraf-CUT.

Outros pontos negativos da proposta apresentada são a condição mínima para os funcionários participarem do programa, que deve ser de no mínimo 90 dias trabalhados na empresa, e o diferimento de pagamento para quem for receber valores acima de R$ 200 mil, em até quatro parcelas anuais. “Avisamos ainda na mesa que não aceitaremos essas propostas, incluída para este ano”, alertou Katlin Salles, diretora do Sindicato dos Bancários e Financiários de Curitiba.

Quanto ao PCR, o banco apresentou uma proposta com base na rentabilidade das empresas. “A comissão negociadora questiona o indicador de rentabilidade apresentado pois considera muito elevado ao que realmente acontece na Holding”, explicou Jair Alves.

Os representantes dos trabalhadores enviarão uma contraproposta ao banco até a próxima terça-feira (12). Após analisá-la, o banco retornará para marcar uma nova rodada de negociação.

Fonte: Contraf-CUT

Ato é realizado em todo o Brasil em defesa da democracia e dos direitos trabalhistas

A 23ª edição do Grito dos Excluídos será realizada nesta quinta-feira (7) em todo o país. Com o lema “Por direitos e democracia” a atividade abordará a realidade de um Brasil em crise, com desemprego, retirada de direitos trabalhistas e que em breve enfrentará a votação da reforma da Previdência, proposta que ameaça a aposentadoria de milhões de brasileiros.

Em São Paulo, haverá o tradicional ato organizado pela Central de Movimentos Populares (CMP) com apoio de entidades como a CUT São Paulo. A concentração terá início às 9h, na Praça Oswaldo Cruz, ponto inicial da Avenida Paulista. A manifestação seguirá pela Avenida Brigadeiro Luiz Antônio em direção ao Monumento às Bandeiras, ao lado do Parque do Ibirapuera.

O coordenador da CMP em São Paulo, Raimundo Bonfim explicou que neste ano a atividade evidenciará o desmonte dos direitos, bem como alertará a população sobre os parlamentares que traíram o povo brasileiro, ao apoiarem a reforma trabalhista e o arquivamento das denúncias contra Michel Temer (PMDB). “Nos últimos anos dos governos de Lula e de Dilma, superamos o desemprego, a exclusão social e a miséria. Mas, o Brasil de hoje não é mais o mesmo. Tínhamos saído do Mapa da Fome da ONU e voltamos neste triste cenário, num país de desemprego onde se agravam as desigualdades sociais”, afirmou.

O secretário de Mobilização da CUT São Paulo, João Batista Gomes, reforçou que, com a permanência de Michel Temer no poder e diante do anúncio da privatização de várias estatais, é preciso intensificar as manifestações de rua em defesa das empresas púbicas. “Nossas riquezas estão em jogo no Brasil e para completar esse desastre, Alckmin e Doria, ambos do PSBD, aplicam a mesma política no estado e na cidade de São Paulo, anunciando as privatizações dos espaços públicos. Estamos nas ruas para dizer que exigimos o respeito à nossa soberania”, afirmou o dirigente.

Fonte: Contraf-CUT

A sessão foi marcada pelo vereador Marcos Henriques, ex-presidente do Sindicato dos Bancários da Paraíba

A Contraf-CUT participou, nesta terça-feira (6), do lançamento da Frente Parlamentar em Defesa dos Bancos Públicos, na Câmara Municipal de João Pessoa. A sessão foi marcada pelo vereador Marcos Henriques, ex-presidente do Sindicato dos Bancários da Paraíba, motivado pelo sucateamento que o Governo Federal promove aos bancos públicos, fechando agências e criando programas de demissões.

Marcos Henriques afirmou que a atuação de instituições bancárias, a exemplo do Banco do Brasil, da Caixa Econômica Federal e do Banco do Nordeste, foi capaz de contribuir para a redução dos desequilíbrios regionais que gerenciam importantes programas sociais para população e assim como vêm atuando também com o propósito de reduzir as desigualdades sociais.

O objetivo da Frente Parlamentar em Defesa dos Bancos Públicos é ampliar os debates e articulações para barrar projetos de reestruturação que miram o sucateamento e privatização das instituições financeiras públicas, como Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Banco do Nordeste e BNDES. Outro propósito é fomentar ações para informar e sensibilizar os parlamentares a respeito da importância dos bancos públicos para o desenvolvimento econômico e social do país.

“Na eleição de 2014, antecipamos em dois jornais, que entregamos aos bancários, que havia dois projetos em disputa. Um claramente neoliberal, excludente, concentrador, privatizatizante e outro que era diferente, que já tinha mostrado características de inclusão, democrático popular e, principalmente, distributivista. Vivemos a eleição, um projeto ganhou e, em seguida, ele foi golpeado. Porque o outro projeto jamais ganharia uma eleição democrática. E é esse projeto que estamos vivendo neste momento”, lembrou Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT. “Os bancos públicos são fundamentais para um país. Dificilmente um Estado consegue resolver as suas assimetrias, se ele não tiver uma ferramenta pública para alocar recursos e arrumar desiquilíbrios. Os bancos públicos são a ferramenta que o Estado tem para reduzir desigualdades”, completou o presidente da Contraf-CUT.

O presidente do Sindicato dos Bancários da Paraíba, Marcelo Alves, disse que com as demissões e a redução do quadro de pessoal, por meio do incentivo às demissões e aposentadorias voluntárias, o que temos visto são bancários sobrecarregados e sem conduções de atender a todos os clientes. “Isso gera ainda mais problemas, pois leva os trabalhadores ao adoecimento e afastamento por questões de saúde, reduzindo ainda mais o número de pessoas para atender a população. Este governo está acabando com o caráter público da Caixa, Banco do Brasil e demais bancos estatais, que estão perdendo a capacidade de realização de políticas que beneficiam a sociedade, como o programa Minha Casa Minha Vida, Bolsa Família, Fies e outros. É de fundamental importância que os bancos públicos se mantenham forte para investir em programas sociais e não tenham atuação semelhante aos bancos privados. Não é possível que os bancos públicos tenham uma atuação que apenas busque o lucro pelo lucro.”

Para Dionísio Reis, coordenador da Comissão de Empresa dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa), a causa não era apenas uma questão corporativa, mas a luta em defesa do patrimônio público.

Wagner Nascimento, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB (CEE/BB), acrescentou que outra bandeira de luta é mostrar a sociedade a diferença entre a gestão pública e a privada e as consequências da privatização para sociedade.

Já Tomaz de Aquino, coordenador da Comissão Executiva dos Funcionários do BNB (CEF/BNB), disse que a população tem que ser forte para resistir em defesa das empresas públicas.

Fonte: Contraf-CUT

Proposta apresentada pelos trabalhadores é de abrangência nacional para o período de 2017/2018

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), federações e sindicatos se reuniram, nesta terça-feira (5), com os representantes do Banco Pan para dar continuidade à negociação sobre a renovação do Programa de Participação nos Resultados (PPR).

A proposta que o banco apresentou era manter o mesmo modelo do ano passado, com o mesmo teto salarial, as metas e competências. A única diferença, em atendimento à solicitação da Contraf-CUT era agregar os funcionários da antiga Panserv, que foram bancarizados no final do ano passado.

A contraproposta apresentada pela Contraf-CUT foi a de que o acordo tivesse abrangência nacional para os trabalhadores da empresa no período de 2017/2018, com a redução do teto do programa próprio, das metas e das competências. "O Banco apresentou uma proposta de acordo para dois anos. Vamos avaliá-la para ver se ela traz benefícios para o trabalhador", afirma Jair Alves, coordenador das Financeiras da Contraf-CUT.

O dirigente disse ainda que ao discutir um programa próprio, os representantes dos empregados procuram promover uma melhor distribuição entre todos os funcionários.

O banco se comprometeu a avaliar as reivindicações dos trabalhadores e apresentar uma resposta até o dia 11 de setembro.

Fonte: Contraf-CUT

​Debates, audiências e protestos somam forças para que em 3 de outubro seja realizado um grande ato contra as privatizações no Rio de Janeiro

As ações em defesa do patrimônio público se espalham pelo País, em debates e iniciativas para promover a divulgação da importância de empresas, bens e serviços públicos para a sociedade brasileira. No Nordeste, dois estados iniciam a semana com atividades criativas que envolvem eventos políticos e publicitários.

Em Pernambuco, a campanha já chegou aos ônibus que circulam pela cidade do Recife, lembrando que sem bancos públicos como a Caixa, por exemplo, o sonho da casa própria vira pesadelo. Também na capital pernambucana centenas de cruzes foram espalhadas no Parque Dona Lindu, no bairro de Boa Viagem, no domingo (3) para simbolizar a situação de pesar que os empregados dos bancos públicos vivenciam hoje com os desmontes e ameaças de privatização do governo ilegítimo de Michel Temer.

Já em João Pessoa, na Paraíba, será lançada na tarde desta terça-feira (5), a Frente Parlamentar em Defesa dos Bancos Públicos, na Câmara Municipal. O objetivo é ampliar os debates e articulações para barrar projetos de reestruturação que miram o sucateamento e privatização das instituições financeiras públicas, como Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Banco do Nordeste e BNDES.

Outro propósito é fomentar ações para informar e sensibilizar os parlamentares sobre a importância dos bancos públicos para o desenvolvimento econômico e social do País. Nas duas capitais as iniciativas são de sindicatos de bancários e ramo financeiro locais e ampliam a mobilização para um grande ato em defesa do patrimônio público que acontece em 3 de outubro na cidade do Rio de Janeiro, cuja divulgação já está sendo feita pelo Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas.

“Estamos em ritmo crescente de mobilização. Nossa campanha ´Se é público, é para todos´, lançada no ano passado, já se espalhou pelo Brasil e agora ganha ainda mais força com a realização de atividades, debates, audiências, representando um grande esforço conjunto para que possamos fazer uma imensa manifestação no Rio de Janeiro em 3 de outubro”, destaca a coordenadora do comitê, Rita Serrano.

TVT
Na quinta-feira (7), a TV dos Trabalhadores (TVT) apresentará um debate que aborda o sistema financeiro nacional, tendo entre seus convidados o presidente da Fenae, Jair Ferreira. O programa, Melhor e Mais Justo, é transmitido às 22h e também pelas redes sociais no mesmo dia, a partir das 15h30. A TVT vai ao ar pelo canal 12 da Net, Canal 44.1 (HD, na região metropolitana de São Paulo) e também pode ser assistida ao vivo pelo site (tvt.org.br) ou facebook (/redetvt).


Fonte: Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas