Novembro 25, 2024
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Mobilização e fortalecimento de sindicatos são a única saída para impedir retirada de direitos

Trabalhadores protestam contra novas regras trabalhistas e lutam contra a Reforma da Previdência. Acordo de dois anos dos bancários foi estratégia vitoriosa para impedir efeitos nocivos e imediatos da Reforma Trabalhista

Com um Dia Nacional de Protestos e Paralisações, convocado pelas centrais sindicais, nesta sexta-feira (10/11), bancários e demais trabalhadores mostraram com greves e manifestações em todo o país que a luta contra a aplicação das novas regras trabalhistas, que entraram em vigor no sábado (11), vai continuar. Para o diretor da CUT/RJ, o metalúrgico Jadir Baptista, está em curso a intensificação de um processo de mobilizações contra estas mudanças, da qual fazem parte, ainda, medidas judiciais contestando a constitucionalidade das novas regras.
“Com a reforma trabalhista, o governo golpista de Temer e o Congresso Nacional revogaram a Lei Áurea, colocando a nós, trabalhadores, na condição de semiescravos. E isto vamos combater e reverter nas ruas”, defendeu durante a passeata que percorreu toda a Avenida Rio Branco, a partir da Candelária, encerrando o Dia de Protestos e Paralisações no Rio de Janeiro.
Reforma da Previdência
“Esta foi uma mobilização também contra a reforma da Previdência, que tramita no Congresso Nacional, contra a aplicação da lei da terceirização irrestrita e as privatizações das estatais, da saúde e educação públicas que este governo golpista vem tentando impor ao povo brasileiro”, disse Paulo Sérgio Farias, presidente da CTB no Rio de Janeiro. Parlamentares de partidos de oposição também participaram da passeata.
Antes de seguir para a Cinelândia, a manifestação parou em frente ao prédio da Caixa Econômica Federal na Avenida Almirante Barroso. A deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), lembrou que além da retirada de direitos, faz parte da agenda do golpe capitaneado por Temer, seu partido o PMDB, o PSDB, DEM e PRB, a retomada do processo de privatização das estatais como a Caixa, o Banco do Brasil, a Petrobras, Eletrobras e Furnas. “Na calada da noite Temer editou um decreto que acelera a privatização das empresas públicas para entregá-las aos grandes grupos econômicos nacionais e estrangeiros”, afirmou.
Interrupção de vias
Além das passeatas e atos públicos, várias categorias fizeram paralisações em diversos estados, como os bancários que, no Rio de Janeiro, pararam as agências da Avenida Rio Branco. Houve paralisação, ainda, dos petroleiros – na Refinaria Duque de Caxias e nos terminais Aquaviário da Bahia de Guanabara e da Baía de Ilha Grande – dos servidores da Fundação Oswaldo Cruz, das universidades federais (que começaram nesta sexta uma greve por tempo indeterminado), de hospitais federais e do Colégio Pedro II.
Desde a madrugada houve atos que interromperam importantes vias como a Ponte Rio Niterói e a Avenida Francisco Bicalho, com a queima de pneus. Uma passeata, às 10 horas, paralisou parcialmente a Avenida Brasil, na altura do Instituto de Traumatologia e Ortopedia (Into), com a participação de servidores da saúde federal, portuários, estivadores, metalúrgicos e estudantes. Por volta das 13 horas, servidores da educação e da saúde municipal e estadual fizeram um grande ato em frente à Prefeitura.