Abril 29, 2025
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No ano de 2017, o Banrisul obteve um lucro líquido de R$1,053 bilhão, ou seja, 59,6% a mais em relação ao ano de 2016 e um aumento de 134,2% na comparação com o 3º trimestre. Com isso, o retorno sobre o Patrimônio Líquido do banco (ROE) aumentou nos últimos doze meses para 13,5%. Mesmo com o lucro, a instituição fechou 698 postos de trabalho, em função da implementação do Plano de Aposentadoria Voluntária - PAV, instituído em fevereiro de 2017. Ao final de 2017, a Instituição contava com um quadro de 10.516 empregados. Já a rede de agências se manteve em 536 unidades.

De acordo com o relatório do banco, o resultado nos lucros foi influenciado, principalmente, pela expansão da margem financeira, redução das despesas de PDD, aumento das receitas de prestação de serviços e tarifas e pelo reconhecimento de créditos tributários referentes a um processo judicial relativo ao Plano Verão, de 1989 (evento extraordinário nos resultados).

Os ativos totais cresceram 6,2% em doze meses, totalizando R$ 73,3 bilhões. O patrimônio líquido também expandiu em 9,2% frente a 2016, alcançando R$ 7,0 bilhões. A carteira de crédito teve crescimento de 3,4% no período, totalizando a R$ 31,4 bilhões.

Já a carteira comercial representou 71,7% do total, somando R$ 22,5 bilhões, com alta de 10,2% em doze meses. As operações com pessoa física cresceram 7,7%, atingindo R$ 15,9 bilhões, enquanto as voltadas para pessoa jurídica tiveram queda de 0,7%, totalizando R$ 6,6 bilhões.

 O índice de inadimplência para atrasos superiores a 90 dias foi de 3,56% (com redução de 1,44 p.p.). As despesas com crédito de liquidação duvidosa foram reduzidas em 13,4%, totalizando R$ 1,44 bilhão.

As despesas com pessoal, acrescidas da PLR aumentaram em 6,9% em doze meses, atingindo R$ 2,1 bilhões, enquanto as receitas de prestação de serviços e de tarifas bancárias cresceram 2,7% e totalizaram R$ 1,7 bilhão. Assim, a relação entre receita de prestação de serviços e tarifas e das despesas de pessoal foi de 84,55%, com queda de 4,19 p.p. em relação a 2016.

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Fonte: Contraf-CUT

“Um outro ponto de vista é simplesmente ver de um lugar onde você não está.” As palavras são parte do conjunto de ações publicitárias do banco HSBC. A série Na Rota do Dinheiro Sujo, produzida pela gigante do streaming audiovisual Netflix, parte deste slogan para escancarar as ações ilegais do banco em um dos melhores episódios da temporada: “O Banco dos Cartéis”.

A série trabalha com refinada linguagem documental e maestria na produção, o que a torna viciante, como muitas das produções da Netflix. As histórias reais mostram o sofrimento desencadeado por ações criminosas de grandes corporações. Para sustentar o argumento, uma grande quantidade de depoimentos, documentos e apurações jornalísticas. A série tem, até então, seis episódios que abordam, entre outros, a adulteração de motores pela Volkswagen, a indústria farmacêutica e chegam até o império financeiro do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

O ponto central das críticas ao HSBC é sua ligação com o cartel de drogas no México. É possível citar como um problema da série o fato de terem deixado de lado a questão da falência do modelo de combate ao tráfico de drogas, por meio de repressão e proibicionismo, apesar de apresentar o caráter fraudulento da “guerra às drogas”.

Por outro lado, o documentário centraliza sua investigação em como cartéis operacionalizam as transações dentro deste mundo. Em outras palavras, como é possível lavar o dinheiro do tráfico de drogas, como injetar esta enorme quantidade de riqueza obtida de maneira ilegal no sistema financeiro, que retorna para membros dos cartéis, incluindo autoridades, de forma legal e lícita.

A maior parte do dinheiro obtido diretamente do tráfico é composta por notas de pequeno valor, usadas pelos usuários finais aos aos distribuidores locais pela droga que vão consumir. O episódio mostra que um pacote de US$ 1 milhão em notas de U$ 100 pesa aproximadamente 10 quilos. Já em notas de U$ 20, são 50 quilos; em notas de U$ 5, 200 quilos. São milhares de quilos de notas provenientes do tráfico. A circulação desta enorme quantia de dinheiro vivo se dá de forma relativamente tranquila pela fronteira, visto que norte-americanos entram sem maiores problemas no país latino.

O papel do sistema financeiro

Após este dinheiro físico chegar em solo mexicano, começa a atuação do sistema financeiro. Um dos métodos apontados pela série é a utilização deste dinheiro por integrantes dos cartéis como garantias de empréstimos junto a bancos menores, locais. Este era o caso do Banco Bital, forte especialmente na região mexicana de Sinaloa, onde a produção de narcotráficos é marcante. Essa instituição fora comprada em 2002 pelo HSBC, que desde então e por contrato,  não checa de perto as movimentações suspeitas do antigo banco.

A produção da Netflix chegou a entrevistar um ex-executivo do HSBC da área de investigação a fraudes. Everett Stern se apresenta como alguém com “o sonho de fazer o bem”. O que não aconteceu, de acordo com a própria avaliação de Stern. O executivo afirma ter percebido que o banco fraudava sistemas de investigações para favorecer transações de entidades criminosas internacionalmente conhecidas, incluindo dos cartéis mexicanos.

A Justiça dos Estados Unidos, em 2012, condenou o banco a pagar U$ 2 bilhões. Uma “pechincha” pela quantidade de dinheiro ilegal que passa pela instituição. Ainda foi feito um acordo para que não houvesse acusação criminal de nenhum dos envolvidos, sob uma promessa do banco de melhorar seu sistema de investigação. Em tal declaração, ao firmar o acordo com a Justiça, o banco confessa os crimes, mas segue sem punição. “Se o cartel de Sinaloa prometesse parar de traficar, ele seria inocentado?”, questionou um jornalista na coletiva da Procuradoria-Geral que anunciou a pena.

“Se você for pego com 30 gramas de cocaína, as chances de você ir para a cadeia são grandes. Se isso se repetir, você pode ir para a cadeia pelo resto de sua vida. Mas se você lavar bilhões de dólares para cartéis de drogas e violar sanções internacionais, sua empresa paga uma multa e você vai para casa dormir tranquilamente. Acho que está errado”, conclui sobre o caso a senadora democrata norte-americana Elizabeth Warren.

Saiba mais sobre o envolvimento do HSBC com operações criminosas no Brasil:

Fonte: Rede Brasil Atual

Para o ex-ministro de Direitos Humanos no governo FHC e professor aposentado de Ciência Política da Universidade de São Paulo (USP) Paulo Sérgio Pinheiro, a decisão do governo Temer de intervir na segurança do Rio de Janeiro é "desastrada", "inócua" e "não vai resolver absolutamente nada".

"Os grandes traficantes estão na Avenida Atlântica, na Barra da Tijuca, ou em Miami. Quem vai pagar por essa intervenção são os moradores das comunidades, das favelas. É totalmente inócuo. As Forças Armadas não têm nenhuma competência para lidar com a criminalidade, seja o crime comum ou organizado. A curto prazo, não vai resolver absolutamente nada, só vai agravar a situação", afirmou Pinheiro à Rádio Brasil Atual nesta segunda-feira (19). 

Ele também refutou o argumento oficial que tenta dar ares civis à intervenção. "É na verdade uma intervenção militar, já que o setor de segurança passa a ser controlado pelas Forças Armadas, como na ditadura." 

Pinheiro ainda classificou como "escândalo para a democracia" a possibilidade de eventuais crimes cometidos por agentes das forças armadas venham a ser julgados pela Justiça Militar, conforme determina lei sancionada por Temer em outubro passado, assim como a proposta de utilização de mandados coletivos de busca e apreensão a ser utilizado contra as comunidades. 

Para o coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra ( MST), Gilmar Mauro, que também falou à Rádio Brasil Atual, a intervenção no Rio de Janeiro serviu como "cortina de fumaça" para encobrir a derrota sofrida pelo governo na tentativa frustrada de mexer nas regras das aposentadorias. Ele também prevê que os maiores prejudicados serão "a classe trabalhadora e a população mais pobre."

Para Mauro, não se trata apenas de militarização da segurança pública, "é a militarização da política". Ele ainda prevê que o governo Temer possa fazer todo o possível para evitar a ocorrência normal das eleições em outubro, de modo a tentar salvar o projeto de desmonte do Estado, que poderia ser revertido com a escolha de um candidato popular. 

Finalizando o dia nacional de mobilização contra a "reforma" da Previdência, cerca de 20 mil pessoas protestaram na Avenida Paulista, em São Paulo, no fim da tarde desta segunda-feira (19). Se por um lado os trabalhadores comemoraram a retirada de pauta da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287, por outro garantiram que não vão vacilar e seguirão mobilizados. "Continuaremos em estado de greve, alertas e pressionando os deputados. Derrotamos a Globo, o presidente (Michel) Temer, o Moro e os bancos e isso é graças aos trabalhadores", afirmou o presidente da CUT, Vagner Freitas.

Para o sindicalista, Temer tentou uma cortina de fumaça ao decretar intervenção federal no Rio de Janeiro. "Foi mais uma manobra do golpista. Nós somos contra a intervenção, até porque não é função do Exército cuidar da segurança pública. Tem de ficar atento, porque pode estender isso para outros estados com o objetivo de fortalecer o golpe", afirmou.

 

Roberto Parizotti/CUT ato contra a reforma da prev19fev18-1.jpg
Vagner Freitas: 'Nós somos contra a intervenção, até porque não é função do Exército cuidar da segurança pública'

 

Hoje, o presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), declarou que não vai haver votação de qualquer PEC durante a vigência do decreto de intervenção federal. E garantiu que não vai haver suspensão temporária. Com a decisão de Oliveira, 190 PECs deixam de tramitar, entre as quais a do fim do foro privilegiado. A decisão vale até 31 de dezembro, mesma data do decreto de intervenção. Se o decreto for revogado, as PECs podem voltar a tramitar. 

Para a presidenta da União Nacional dos Estudantes (UNE), Marianna Dias, a intervenção é uma chantagem do governo Temer para usar como moeda de troca pela aprovação da reforma da Previdência. "Uma chantagem feita com a vida é o sangue do povo pobre das favelas cariocas", afirmou. 

Ela ressaltou que, com a efetivação da retirada de pauta da reforma, a pauta principal dos estudantes seria a garantia de eleições democráticas."Não está dado que vão ocorrer eleições livres para o povo escolher o próximo presidente. É preciso lutar para garantir isso. O povo sabe o que está acontecendo, usou do carnaval para se manifestar e isso preocupou os golpistas", completou.

O coordenador nacional da Frente Brasil Popular Raimundo Bonfim foi a liderança que demonstrou maior desconfiança da decisão de Temer. "Isso pode ser mais uma jogada do governo golpista. Precisamos manter a mobilização e ficar muito atentos. Os maiores interessados na reforma são os grupos de previdência privada e os bancos", afirmou.

Para a coordenadora estadual do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) Natália Szermeta, o governo Temer está de costas para a população. "Tudo que este governo faz é contra o povo pobre e trabalhador. O que o Rio de Janeiro precisa é de pagamento do salário dos servidores em dia, intervenção social. Não vamos aceitar que a juventude do Rio pague com a vida", afirmou.

Agência Brasil – A ministra dos Direitos Humanos, Luislinda Valois, entregou o cargo nesta segunda-feira (19) ao presidente Michel Temer. A informação foi confirmada pelo Palácio do Planalto, que ainda não informou o motivo da demissão.

De acordo com a assessoria de imprensa do Planalto, o cargo será ocupado interinamente pelo subchefe de assuntos jurídicos da Casa Civil, Gustavo do Vale Rocha, que passará a acumular as duas funções.

Luislinda Valois estava no posto desde fevereiro de 2017, quando Temer editou uma medida provisória dando status de ministério à  secretária especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial do Ministério da Justiça.

Ela era o penúltimo nome do PSDB no governo Temer desde que o então ministro das Cidades, Bruno Araújo, e o da Secretaria de Governo, Antônio Imbassahy, pediram exoneração no fim do ano passado. O ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, que também é tucano, continua no cargo.

O presidente do Congresso Nacional, Eunício Oliveira (MDB-CE), determinou nesta segunda-feira (19) a suspensão da tramitação de todas as propostas de emenda à Constituição (PEC) enquanto vigorar o decreto de intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro, previsto até dezembro. A suspensão atinge mais de 190 propostas em andamento na Casa, entre elas a reforma da Previdência, que só pode ser feita por meio de uma PEC. 

“Nenhuma PEC tramitará, não precisa a oposição entrar com pedido de liminar, absolutamente nada, porque nenhuma PEC tramitará. O mandamento constitucional no Artigo 60, item 1º, determina que, em estado de sítio, em estado de defesa ou em intervenção, nenhuma PEC poderá tramitar, portanto não haverá mudança na Constituição”, ressaltou Eunício.

Para o presidente da CUT, Vagner Freitas, a decisão do presidente do Congresso é resultado da luta, da garra de trabalhadores e trabalhadoras, que fizeram o enfrentamento, disputaram a narrativa deixando claro que a proposta de Temer não é reforma é desmonte da Previdência pública. 

"Temos de comemorar, mas é uma comemoração momentânea. Quem está em guerra como nós estamos, tem de estar o tempo todo mobilizado pra luta", disse Vagner, ressaltando a importância das greves, atos, caminhadas e manifestações realizados em todo o país nesta segunda (19) e em todas as jornadas convocadas pela CUT e demais centrais para lutar contra essa reforma, como a maior greve geral da história do país, realizada em 28 de abril do ano passado .

Segundo ele, a suspensão da tramitação de todas as propostas de emenda à Constituição (PEC), entre elas a da Previdência, é uma derrota para os golpistas e uma vitória da militância, da classe trabalhadora que teve garra e foi persistente no enfrentamento com atos, manifestações, greves, ações nas redes sociais e fez uma pressão nos parlamentares. "Tiramos da agenda a joia da coroa, que é a reforma que os financiadores do golpe exigiam".     

Sobre a afirmação feita pelo ilegitimo e golpista Michel Temer (MDB-SP) de que se conseguisse o numero de votos necessários para aprovar a PEC (308) suspenderia a internvenção só para aprovar a reforma da Previdência, Eunício descartou essa possibilidade. Segundo ele, o Congresso não vai sustar o decreto para que a Câmara e o Senado votem a reforma da Previdência. A decisão de Eunício joga por terra as pretensões do Palácio do Planalto de votar a reforma ainda em fevereiro.

Após participar da reunião dos Conselhos de Defesa Nacional e da República, no Palácio da Alvorada, o presidente do Congresso declarou que obedecerá a legislação que impede os parlamentares de aprovarem emendas constitucionais, inclusive a da reforma da Previdência.

O presidente do Senado disse que  Temer, por ser um constitucionalista, concordou com a suspensão de todas as PECs. Segundo ele, Temer não poderia se opor ao que determina a Constituição. 

“Não há previsão constitucional de suspensão de decreto. Ele pode a qualquer momento suspender o decreto, mas como? Extinguindo a intervenção no Rio de Janeiro. Se for pra fazer uma intervenção, chamar todos nós, fazer a intervenção e daqui a cinco dias dizer que foi um equívoco porque precisa votar matéria A ou matéria B, não teria sentido ter feito a intervenção”, argumentou Eunício.

O presidente do Senado sinalizou ainda que, politicamente, não seria possível revogar o decreto e assinar outro em seguida a fim de beneficiar a aprovação de qualquer matéria no Congresso.

“Nem o presidente Temer nem ninguém fará com que o presidente do Senado e do Congresso Nacional mude a posição por conveniência. (…) Se ele revogasse [o decreto] , extingue-se a intervenção no estado do Rio de Janeiro automaticamente. Aí para fazer uma nova intervenção eu não sei se teria aí a condição política de se fazer, teria que fazer todo o trâmite novamente. Então, o que a sociedade ia dizer, o que iriamos dizer no Conselho? Que não havia a necessidade da intervenção. E ela é necessária”, completou.

Eunício afirmou que vai pautar o decreto de intervenção na segurança do Rio no dia seguinte ao da aprovação na Câmara. A previsão é que os deputados aprovem o texto entre hoje e amanhã. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que não aceitará que o texto relatado pela deputada Laura Carneiro (MDB-RJ) sofra alterações por meio de emendas.

 

Fonte: CUT BRASIL

Os bancários se uniram a milhões de trabalhadores de todo o Brasil, das mais diversas categorias, para protestar contra a reforma da Previdência e a retirada de direitos, nesta segunda-feira (19). A manifestação foi convocada pelas centrais sindicais.

Clique aqui e veja a galeria de fotos das manifestações por todo o Brasil.

“Os bancários em todo o Brasil atenderam ao chamado das centrais sindicais e amplificaram as manifestações contra a reforma da Previdência. Atos, atrasos de abertura de agências, paralisações, panfletagens, greve. Tudo somou para dizer aos parlamentares que a voz das ruas já decretou o fim da reforma da previdência. Se os deputados e senadores insistirem em votar, o povo vai lembrar deles em outubro. Não voltarão”, declarou Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT.

Sem apoio, o governo ilegítimo de Michel Temer segue com suas tramoias. A mais recente, a intervenção militar no Rio de Janeiro, que pode ser suspensa a qualquer momento, caso Temer veja condições de votar a reforma que acaba com a aposentadoria pública.

Para o presidente da Contraf-CUT, mais uma vez o governo golpista responde às duras contradições da sociedade brasileira com uma solução equivocada, teatral e oportunista. “O apelo geral por segurança e paz não pode ser atendido por uma intervenção militar paliativa e que só apresenta soluções de curto e médio prazo. Além, disso, usa novamente as Forças Armadas que, nas várias intervenções na segurança no Rio (ocupação do Complexo do Alemão e Maré em 2007 e 2010, segurança para visita do Papa Francisco em 2013, segurança das Olimpíadas e ocupação da Rocinha em 2016), teve papel importante conjuntural, mas imediatamente após o fim da intervenção a situação insegura retornou.”

Ele acredita que o governo mascara o que o Rio de Janeiro e o Brasil precisam, na verdade, de que é uma intervenção social com conteúdo de políticas públicas que gerem empregos e renda, que tragam educação e saúde para o povo. “Esta intervenção foi feita sob a evidente desconfiança quanto ao seu objetivo e eficácia, parecendo mais ser instrumento de afastamento da opinião pública do tema da reforma da previdência. Não traz nenhuma proposta de inteligência, de planejamento ou reequipamento necessários para o combate ao crime organizado. Não é uma medida transformativa nem propõem mudanças estruturais nas policias. É maquiagem, assusta a população trabalhadora e faz uma péssima sinalização para a livre expressão dos movimentos sociais. Tem caráter improvisado e, considerando as declarações de que pode ser suspenso para permitir a votação da PEC da reforma da Previdência, escancara suas reais intenções. Lamentamos que assunto de tão profunda importância seja usado para esconder ataques aos direitos dos trabalhadores”, completou Roberto von der Osten.

Fonte: Contraf-CUT

A rotina de trabalho dos gerentes do Bradesco está cada dia pior. O Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região tem recebido diversas denúncias de trabalhadores, principalmente de agências de todas as regiões de São Paulo e Grande São Paulo, de que não aguentam mais tanta pressão e assédio moral, o que é agravado ainda mais por uma política de gestão e cobrança de metas focada na intensa pressão imposta pelas diretorias regionais.

Além da pressão para o cumprimento semanal de metas de vendas de produtos (Evoluir); da exigência de, em média, duas visitas diárias; da cobrança por uma quantidade enorme de ligações aos clientes; do encarteiramento e abertura de contas; os gerentes do Bradesco estão sendo pressionados a extrapolar suas metas por conta do incentivo a concorrência dentro do banco.

“Todas as diretorias regionais querem ficar bem com a diretoria executiva. Então, pressionam além das metas para que estejam bem colocadas no ranking. Essa pressão se reflete nas áreas abaixo como gerências regionais e agências. É uma pressão que vem de cima e se transfere para todas as áreas subordinadas. Sabemos de diretorias que estão exigindo 130% em todos os indicadores. Não é algo pontual. É uma situação generalizada no Bradesco”, relata o diretor do Sindicato e bancário do Bradesco, Alexandre Bertazzo.

Smart

Outra questão que tem tirado o sono dos gerentes do Bradesco é o programa Smart, no qual o cliente avalia o contato do banco por meio de um SMS.

“Os gerentes precisam entregar um número elevadíssimo de contatos com clientes, que muitas vezes chega a 200 ligações. Isso, somado a todas as suas outras atribuições e metas, leva a uma sobrecarga enorme de trabalho. Com o Smart, o cliente responde um SMS com a nota para o contato, ou então responde com um N quando entende que não houve qualquer contato. Se o gerente tiver a partir de dois N´s ele é penalizado, assim como toda a agência, que perde pontos no Programa de Objetivos, inviabilizando a premiação dos funcionários. Isso sem falar que o emprego do gerente fica em cheque, com ameaças diretas e indiretas de demissão”, explica Bertazzo.

“O problema com a ferramenta é que muitas vezes o contato foi realizado para um número desatualizado ou mesmo uma terceira pessoa responde a mensagem sem saber do contato anterior do banco. O gerente e sua agência são penalizados mesmo quando procederam de forma totalmente correta no contato”, critica o diretor do Sindicato.

Para Bertazzo, a pressão absurda a qual os gerentes do Bradesco são submetidos induz ao erro. “É injusto que sejam pressionados dessa forma, muitas vezes além da meta, trabalhando sobre estresse constante, com a ameaça de demissão sempre presente, e quando cometem erros, induzidos por essa gestão do medo, sejam penalizados”.

Assédio e adoecimento

A gestão do Bradesco focada em pressão e concorrência leva também ao aumento do assédio moral, inclusive com cobrança de metas no WhatsApp.  Além disso, são feitas pesadas cobranças por meio de áudios enviados a todos os gerentes em seus locais de trabalho.

“A concorrência e a pressão absurda estimulam o assédio moral, que leva ao adoecimento físico e psíquico dos trabalhadores. Todo dia os gerentes são pressionados como se fosse o último dia do mês. Cobranças por WhatsApp, por exemplo, se tornaram frequentes. Um instrumento de assédio moral totalmente irregular. O Bradesco tem se tornado uma enorme panela de pressão. Não existe bancário que aguente trabalhar nessas condições sem colocar em grave risco a sua saúde”, enfatiza Bertazzo.

Fonte: Seeb SP

A Central Única dos Trabalhadores (CUT), afirma que a pressão para que o Congresso Nacional desista definitivamente da proposta de reforma da Previdência pelo governo Temer, que ataca a aposentadoria de milhões de brasileiros, será intensificada, após o governo ter dado sinais de que considera a batalha parlamentar praticamente vencida e ter decretado intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro, como forma de desviar a atenção da derrota e ainda tentar colocar a reforma em votação.

Para a CUT, a resposta dos trabalhadores se fará de três formas: a mobilização desta segunda-feira (19), com greves, paralisações e atos; ações nas redes sociais e bases eleitorais dos deputados; e garantir a candidatura de Lula nas eleições deste ano. As informações são do portal da central.

"A pressão precisa ser ampliada neste momento, pois essa é única maneira de garantir que não mexam na aposentadoria dos trabalhadores. A nossa luta é para enterrar de vez a reforma e uma das estratégias é realizar uma forte mobilização no dia 19, com greves e paralisações, além de intensificar as ações nas ruas e nas redes", diz o presidente da CUT, Vagner Freitas.

Sobre a candidatura do ex-presidente, Vagner lembra que Lula foi o único a anunciar que, se eleito, vai propor um referendo revogatório de medidas baixadas pelo governo Temer, como a reforma trabalhista, o congelamento dos investimentos públicos por 20 anos, o pacote de privatizações e outras, além de ser garantia de respeito aos direitos dos trabalhadores.

Para o presidente da CUT, quanto mais cresce as intenções de voto em Lula nas pesquisas e ele acena que, se eleito, revogará, com o apoio do povo brasileiro, as medidas que retiram direitos, mais ele é perseguido pela mídia e setores do Judiciário. "Por isso, garantir Lula candidato e apoiar a sua eleição será fundamental. Faz parte da nossa estratégia de resistência e defesa dos direitos", disse Vagner.

Pressão nas ruas e nas redes

Como instrumentos de mobilização e pressão, a secretaria de Comunicação da CUT elaborou uma série de materiais com fotos e informações dos parlamentares, que poderão ser copiados e impressos para serem utilizados nas redes sociais e nos atos públicos durante as mobilizações contra a reforma da Previdência.

Segundo o secretário de Comunicação da CUT, Roni Barbosa, foram produzidos 366 memes – 195 de deputados que estão indecisos e outros 171 dos que já declararam apoio a Temer e voto favorável à reforma proposta pelo governo golpista. O material, em listas separadas por estados, pode ser acessaado nesse link.

 

reprodução facebook/cut CUT memes reforma previdencia
Memes criados pela CUT mostram deputados indecisos e favoráveis à proposta de Temer para a reforma da Previdência

Além de memes, o site Na Pressão, lançado pela CUT em junho de 2017 e que permite contatar os parlamentares por e-mail, mensagens, telefone ou redes sociais, será uma das ferramentas usadas pelos internautas para auxiliar na pressão aos deputados. O site possibilita enviar, de uma só vez, e-mail para todos os parlamentares indecisos ou a favor da reforma da Previdência.

"É necessário usarmos todas as ferramentas criadas pela central para pressionar os parlamentares, além de informar a população sobre os impactos da reforma da Previdência", diz Roni.

Roni reforça ainda a necessidade de intensificar o diálogo com as bases, pois, segundo ele, foi o que conseguiu barrar a votação da reforma da Previdência até agora. "Ganhamos a opinião pública e conseguimos furar o bloqueio midiático, esclarecendo à sociedade que a reforma se trata, na verdade, do fim do direito à aposentadoria. Por isso o governo ainda não tem os votos necessários para aprovar a reforma", avalia Roni.

Bancários, metalúrgicos, professores, químicos, profissionais do setor de energia, de transporte, indústrias. Milhões de trabalhadores em todo o Brasil fazem greve nesta segunda-feira 19 contra a reforma que é o desmonte da Previdência e a retirada de direitos.
Sem apoio, sem credibilidade e arrastando o país para o fundo do poço, o governo ilegítimo de Michel Temer segue com suas tramoias. A mais recente, a intervenção militar no Rio de Janeiro, que pode ser suspensa a qualquer momento, caso Temer veja condições de votar a reforma que acaba com a aposentadoria pública.

“Essa é uma situação absurda, vergonhosa e novamente a classe trabalhadora está unida para protestar por seus direitos”, afirma a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Ivone Silva. “Já deixamos claro para todos os parlamentares, mas nunca é demais avisar: quem votar a favor da reforma da Previdência de Temer, que na verdade é mais um desmonte dos direitos dos trabalhadores, não volta ao Congresso Nacional. Estamos denunciando que são os deputados e senadores que apoiam essa barbaridade contra o povo trabalhador e eles nunca mais serão eleitos”, reforça a dirigente.

Os bancários participam da greve em todo o Brasil. Em São Paulo, Osasco e nas cidades da região, agências de bancos amanheceram fechadas. A paralisação foi definida em assembleias nos locais de trabalho nos dias 8, 9, 14 e 15 de fevereiro. Os dirigentes sindicais farão debates com os trabalhadores sobre os riscos da reforma da Previdência e a perda de direitos imposta pela lei trabalhista de Temer.

     > Bancários aderem à greve do dia 19

“Vamos nos reunir com os bancários e, às 16h, após o fim do expediente nas agências, todos devem se dirigir ao vão livre do Masp, na Avenida Paulista, para o grande ato convocado pela Frente Brasil Popular e Povo Sem Medo”, convoca a presidenta do Sindicato. “Essa união tem conseguido barrar até agora esse ataque à aposentadoria pública e não sairemos das ruas enquanto ela não for definitivamente encerrada. Esse governo autoritário e incompetente, não tem legitimidade para fazer as mudanças que está impondo e que estão acabando com o Brasil. Unido, o povo trabalhador vai virar esse jogo e voltar aos tempos em que havia emprego e bons salários para todos.”

Participe da luta
Além de cruzar os braços nesta segunda-feira, os trabalhadores também podem participar da luta utilizando #queromeaposentar nas redes sociais. E, além disso, acessar o napressao.org.br para enviar mensagem e pressionar os parlamentares para que não votem essa reforma que é o desmonte da Previdência pública brasileira.

Acompanhe a paralisação
Sindicatos filiados à CUT realizam diversos atos, greves e atrasos na início das atividades neste 19 de fevereiro. Confira os detalhes da mobilização pelo estado de São Paulo.

Você também pode ouvir todas as informações sobre a greve do dia 19 na Rádio Democracia, que está no ar desde as primeiras horas da manhã, com transmissão ao vivo dos protestos por todo o Brasil. Acompanhe pelo www.radiodemocracia.net.br.

Fonte: SPBancários