Abril 29, 2025
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Imprensa

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As tradicionais feijoadas mensais que acontecem em nossa Sede de Duque de Caxias e na SubSede de Nova Iguaçu voltam neste mês de fevereiro e já tem as datas definidas:

Dia 22/02 - Sede de Duque de Caxias

Dia 23/02 - SubSede de Nova Iguaçu

Esperamos todos nossos associados para mais dois eventos imperdíveis e deliciosos.

Até lá!

Jorge Luiz Souto Maior, titular da 3ª Vara do Trabalho de Jundiaí (SP), publicou em seu blog um texto sobre uma das maiores polêmicas dos últimos dias no Brasil: o auxílio-moradia para juízes e as declarações de Sergio Moro, juiz da 13.ª Vara Criminal Federal de Curitiba, sobre o recebimento por ele do benefício, mesmo possuindo imóvel próprio na mesma cidade em que exerce suas funções.

Para Souto Maior, “considerando os termos do § 4º. do art. 39, o auxílio-moradia, da forma como concebido, ou seja, por meio de uma decisão judicial, que declarou, inclusive, sua natureza indenizatória, sob o fundamento de se prover juízes em razão de ausência de moradia oficial, é flagrantemente inconstitucional”.

O juiz da 3ª Vara do Trabalho de Jundiaí (SP) explicou ainda que o auxílio-moradia não é concedido indistintamente para todos os juízes, como disse Sergio Moro para justificar o privilégio. Souto Maior disse que, o juiz que quiser receber o privilégio deve solicitar expressamente o pagamento.

Para o juiz de Jundiaí, além de ser inconstitucional, “ concessão do auxílio-moradia é também irregular porque a decisão judicial que lhe constitui é de flagrante parcialidade vez que, inexplicavelmente, não atinge a outros trabalhadores na mesma situação”.

Em determinado trecho do texto, Souto Maior ainda faz uma crítica velada às acusações que estão sendo feitas por procuradores do Ministério Público de Curitiba, que respaldadas por Sergio Moro, ao lembrar que “vivemos um momento grave na nossa história em que as convicções estão sendo utilizadas para solapar garantias constitucionais e preocupa-me muito quando o Judiciário, envolvido no dilema, reproduza a mesma lógica, vez que isso só reforça as práticas ilegais e abala a legitimidade do Judiciário para corrigi-las.”

Leia a íntegra do texto que o juiz Jorge Luiz Souto Maior publicou em seu blog.

Fonte: Contraf-CUT

Os representantes do Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas reunidos, nesta quarta (7), na sede da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae), em Brasília, definiram série de ações para ampliar e fortalecer a luta pelo banco público. Entre as iniciativas previstas para o ano estão a elaboração de carta-compromisso aos candidatos que concorrerão às eleições de outubro, vinculando a manutenção da Caixa ao desenvolvimento do Brasil; divulgação da campanha ´Defenda a Caixa você também´ com a presença de personalidades e denúncias sobre as intervenções do Ministério da Fazenda na gestão da instituição, já que agora, com o novo estatuto, questões como acordos coletivos, PLR, contratações e Saúde Caixa passam a ter que ser aprovadas pelo Conselho de Administração, majoritariamente composto por integrantes desta Pasta.

“A defesa da Caixa precisa estar vinculada à defesa da democracia”, afirmou a coordenadora do comitê, Rita Serrano, que também é representante dos empregados no CA do banco e diretora da Fenae. Ela ressaltou, ainda, que a sobrevivência da Caixa em um futuro próximo vai depender da situação política do País e de um projeto de governo. Dentro dessa perspectiva, foi aprovada ainda a realização de um ato ou seminário em defesa da Caixa dentro do Congresso Nacional, buscando assim unir a luta pela manutenção do banco 100% público com a defesa da democracia, da cidadania e da justiça social. Na avaliação dos participantes do encontro, seja qual for a conjuntura predominante no País, o caráter 100% público da Caixa Econômica precisa ser reafirmado cada vez mais.

Balanço

Num balanço das ações promovidas pela campanha “Defenda a Caixa você também”, os integrantes do comitê consideram produtivos os resultados até então obtidos. Nessa etapa de intensificação, o foco central será a valorização dos empregados do banco, associado ao cenário eleitoral de outubro, com uma proposta de plano de governo preocupada com a democracia brasileira. Para o presidente da Fenae, Jair Pedro Ferreira, a falta de empregados é um problema crônico que tende a se agravar com o enxugamento cada vez maior da empresa. “A mobilização pela contratação de mais empregados é uma estratégia que anda de braços dados com a manutenção da Caixa 100% pública e com a luta contra os ataques às empresas estatais e aos bancos públicos”, pontuou.

Além de Rita e Jair, participaram da reunião do comitê a representante da Federação Nacional das Associações de Aposentados e Pensionistas da Caixa (Fenacef) e diretora da Fenae, Marlene Dias; o diretor de Relações Institucionais da Federação Nacional das Associações dos Gestores da Caixa (Fenag), Marconi Apolo; o presidente da Associação Nacional dos Engenheiros e Arquitetos da Caixa (Aneac), Fernando de Carvalho Turino e a diretora de Juventude da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT), Fabiana Uehara.  

Fonte: Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas

Enquanto o Itaú teve lucro exorbitante em 2017, o orçamento da União conta um déficit de R$ 124 bilhões, porque o governo desvia metade do orçamento para pagar juros e amortização da dívida

O Itaú Unibanco teve um lucro de R$ 24,9 bilhões no ano de 2017; um ganho 12,3% maior que o lucro que teve em 2016.

O jornal Valor de 6/2/208 [página A2] informa que devido ao lucro espetacular, o Itaú decidiu distribuir um “superdividendo” de R$ 17,6 bilhões aos seus acionistas – que não são mais que um punhado de rentistas e especuladores.

Enquanto o Itaú e a orgia financeira tiveram lucros exorbitantes em 2017, o orçamento da União teve um déficit de R$ 124 bilhões.

O déficit, registre-se, é gerado exatamente porque o governo federal desvia quase metade do seu orçamento para o pagamento de juros e amortização da dívida. É pura conversa fiada associar o déficit orçamentário brasileiro com os investimentos e programas sociais.

Segundo a Auditoria Cidadã da dívida, em 2015, por exemplo, a dívida tragou R$ 962 bilhões para beneficiar não mais que algumas centenas de rentistas, o equivalente a 42,43% do orçamento brasileiro – cifra que corresponde a quase uma década de financiamento do SUS, que é dedicado a 203 milhões de brasileiros.

Apesar do enorme dispêndio anual para o pagamento de juros e amortização, o estoque da dívida não diminui. Ao contrário, aumenta!

Em janeiro de 2015, a dívida estava em R$ 3,2 trilhões. Apesar do pagamento de R$ 962 bilhões, terminou o ano com um estoque de R$ 3,9 trilhões.

O obsceno sistema da dívida pública é o principal fator de corrupção do Brasil. Ele é a razão de ser do golpe e do regime de exceção implantado no país.

* Integrante do Instituto de Debates, Estudos e Alternativas de Porto Alegre (Idea), foi coordenador-executivo do 5º Fórum Social Mundial

FONTE: Rede Brasil Atual

Medida não prejudicará pagamento de contas

A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) aprovou, nesta quarta-feira (07/02) o projeto de lei 3.433/17, do deputado André Ceciliano (PT) que determina o feriado na quarta-feira de cinzas para as instituições bancárias. A proposta ainda será votada pela Casa em segunda discussão.

O texto também diz que as faturas de cobrança com vencimento na data do novo feriado serão postergadas até o primeiro dia útil subsequente, sem qualquer cobrança adicional ao consumidor.

De acordo com o autor, a medida também ajuda a melhorar o trânsito visto que as pessoas terão um dia a mais para pegar a estrada. "Essa é uma reivindicação antiga da categoria e nada mais justo após uma das festas mais importantes do nosso calendário, especialmente para a economia do nosso estado" disse o deputado.  

O Coordenador do Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense, Pedro Batista Fraga Henriques, um dos incentivadores e idealizadores da lei, comentou a importância desta lei: "O feriado bancário é uma reivindicação antiga da categoria. Agradeço ao Deputado Estadual André Ceciliano por atender nosso pedido. E parabéns a todo SindBaixada pela iniciativa e luta, que nunca para".

 

O Banco do Brasil acrescentou na pauta a apresentação sintética do relatório final da consultoria contratada pelo BB, conforme previsto no Memorando de Entendimentos

Uma reunião Extraordinária da Mesa de Prestação de Contas da Cassi com o Banco do Brasil, Diretoria da Cassi e as Entidades Representativas dos Associados foi realizada, nesta terça-feira (6).

Na pauta inicialmente prevista estavam a apresentação das Ações de Curto Prazo aprovadas na Cassi e as respostas às recentes notificações da Agência Nacional de Saúde (ANS), que regula os planos de saúde.

O Banco do Brasil acrescentou na pauta a apresentação sintética do relatório final da consultoria contratada pelo BB, conforme previsto no Memorando de Entendimentos. Segundo consta no Memorando, a empresa seria contratada para análise e revisão de processos e sistemas, buscando o aperfeiçoamento do modelo de gestão e de governança e dos processos internos, a redução de despesas, a viabilização de parcerias estratégicas e a criação de mecanismos de uso racional dos serviços do sistema integrado de saúde da Cassi.

A Consultoria apresentou o relatório entregue ao BB e à Diretoria da Cassi naquela tarde, e será objeto de análise dentro das instâncias de governança da Cassi e do Banco do Brasil. A Cassi e o BB farão um relatório resumido para disponibilizar às entidades.

AÇÕES DE CURTO PRAZO

A Diretoria da Cassi apresentou um conjunto de Ações de Curto Prazo desenvolvidas em cinco eixos principais:

- Negociação com a Rede Credenciada

- Otimização da Estrutura das CliniCassi

- Programas de Saúde

- Reorganização da Gerência de Tecnologia da Informação

- Política de Gestão de Pessoas

No detalhamento das ações apresentadas, estão a melhoria dos sistemas e coordenação de projetos na área de Tecnologia da Informação, a implementação de projetos como CliniCassi com horário estendido, revisão para melhoria do Programa de Assistência Domiciliar (PAD), equidade do acesso, revisão do Programa de Assistência Farmacêutica (PAF) para ampliação e monitoramento com vistas a aperfeiçoamento.

As ações de curto prazo incluem Novos Programas com estudos do perfil epidemiológico da população Cassi, proposição de criação de novos programas de saúde (ampliar ações da CASSI na coordenação do cuidado da população) e, ainda, mudança na Política de Gestão de Pessoas, com estudos para elaboração de proposta de revisão do benefício de plano de previdência, revisão de benefício do plano de saúde e proposta de revisão do Plano de Cargos e Salários dos funcionários da Cassi o que inclui melhoria dos processos para retenção de talentos.

RESPOSTAS PARA A AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE - ANS

O Presidente da Cassi em conjunto com a Diretoria de Governança do BB apresentou respostas dos itens notificados pela ANS, sendo 2 itens em descoberto que já estariam resolvidos na data da visita àquela entidade, algumas contas em aberto que foi demonstrado solução, sendo itens regularizados em setembro, dezembro e restando 4 contas com valores pequenos com solução em andamento.

Sobre a margem de solvência, a notificação foi de não conformidade leve e que poderia levar a criação de um TAC (termo de ajuste de conduta), não formalizado e, por isso, iniciou-se tratativa entre a Cassi e o patrocinador sobre fechamento das contas de 2018. Foi acertado então um adiantamento de receitas sobre as contribuições do 13º salário dos próximos 4 anos, como forma de garantir o funcionamento dos trabalhos e contas de 2018, num montante de 300 milhões.

PROCESSO DE NEGOCIAÇÃO

Considerando o momento ainda delicado da Cassi, o Banco do Brasil propôs iniciar um novo processo de negociação sobre a sustentabilidade da Cassi. As Confederações CONTRAF-CUT e CONTEC se colocaram à disposição para iniciar as negociações, integrando à mesa as Entidades que participaram do processo negocial instalado desde 2015.

CONTINUIDADE DA PRESTAÇÃO DE CONTAS DO MEMORANDO DE ENTENDIMENTOS

A Mesa de Prestação de Contas vai continuar acontecendo periodicamente a cada 3 meses, sendo que na próxima reunião, além das demonstrações contábeis haverá o início das ações de curto prazo. Além disso está previsto no Memorando, em até 60 dias, contados a partir do final da Fase 1 (entrega das propostas da consultoria) para definição da continuidade da contribuição e demais ações previstas naquele documento assinado pelas Entidades.

REUNIÃO DAS ENTIDADES E RESOLUÇÕES DA CGPAR

Como continuidade dos trabalhos da Mesa de Prestações de Contas, as Entidades da Mesa de Negociação realizaram reunião interna para discutir os desdobramentos das informações apresentadas pela Cassi e pelo Banco do Brasil. As entidades discutiram o detalhamento das ações de curto prazo com a presença dos diretores eleitos da Cassi, o convite ao processo negocial feito pelo BB e ainda a unificação de ações para debater e combater as Resoluções da CGPAR que alteram regras de planos de saúde das empresas estatais. Sobre essas resoluções os jurídicos das entidades devem fazer uma compilação e unificação de ações, bem como ampliar o debate com outras entidades representativas de empregados das outras empresas atingidas.

Para Wagner Nascimento, coordenador da Mesa de Negociações, a reunião foi positiva por representar o cumprimento de uma fase prevista no Memorando, que era a apresentação do relatório da consultoria. Agora este relatório será debatido dentro da governança da Cassi para discussão sobre quais ações serão implementadas. As apresentação e detalhamento das ações de curto prazo construídas por todas as diretorias da Cassi foram bem recebidas e o resultado continuaremos acompanhando nas Mesas de Prestação de Contas. Os associados da Cassi devem ficar bastante atentos aos ataques vindos das Resoluções da CGPAR aos planos de saúde de empresas estatais. A Contraf-CUT já acionou o seu departamento jurídico para analisar quais ações faremos em defesa dos associados da Cassi e Funcionários do Banco do Brasil, incluindo aqueles oriundos de bancos incorporados.

Fonte: Contraf-CUT

​Justiça determina imediata penhora de R$ 2,2 milhões devido a discriminação contra empregados sindicalizados; valor pode aumentar

A Justiça do Trabalho determinou a penhora em dinheiro de mais de R$ 2,2 milhões do Bradesco devido o banco ter descumprido decisão judicial que o impedia de praticar condutas discriminatórias contra empregados sindicalizados. O valor da multa é referente à indenização por dano moral coletivo. O procurador do Trabalho na Paraíba, Eduardo Varandas, disse que o Ministério Público do Trabalho (MPT) pedirá a majoração do valor porque o banco, além de descumprir a decisão, persistiu no erro após a abertura da Ação Civil Pública pelo MPT-PB.

“É impressionante, como neste país, o descumprimento da lei está banalizado. Não se pode conceber que uma das maiores instituições bancárias do país permaneça violando a lei e acintosamente descumprindo decisão judicial. Vamos pedir a majoração do valor executado, eis que o apurado não contempla os atos discriminatórios até os dias atuais”, afirmou o procurador.

Histórico
O MPT na Paraíba apurou que o Bradesco adota práticas antissindicais, negando “aos empregados sindicalizados, e só pelo fato de serem sindicalizados, a oportunidade de participarem de cursos de aperfeiçoamento e, como consequência, a oportunidade de promoção na carreira”.

Em maio de 2008, o MPT ajuizou uma Ação Civil Pública contra o banco, que deveria “se abster de praticar qualquer ato tendente a violar o direito de seus empregados de se filiarem ou exercerem cargos diretivos na entidade sindical a que pertencem e, também, quaisquer atos tendentes a embaraçar a participação dos empregados na vida sindical, quer seja discriminando-os, quer seja perseguindo-os ou rebaixando-os de função, com vista a compeli-los a se desfiliarem”.

O Bradesco foi condenado por danos morais coletivos e deveria se abster de adotar práticas e/ou políticas discriminatórias que restringissem ou impedissem a participação dos funcionários sindicalizados nos cursos e treinamentos oferecidos, bem como deveria se abster de rebaixar empregados de função pelo simples fato de serem sindicalizados.

Persistência no Erro
No final de 2017, o MPT na Paraíba ouviu funcionários do banco, que afirmaram que a mesma postura discriminatória continuava ocorrendo. Um dos empregados ouvidos pelo procurador, em setembro de 2017, declarou que “desde que ingressou no sindicato, a empresa afasta todos os integrantes da entidade sindical de promoções, participação em curso e treinamento, além de retirar algumas atribuições do empregado vitimado, como por exemplo baixar o limite do cheque especial, dentre outras limitações”. Além disso, “o banco faz tal procedimento de forma discreta para descaracterizar o dano moral”.

Fonte: Contraf-CUT, com informações do MPT-PB

 

A Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) do Senado realizou na manhã desta terça-feira (6) uma audiência pública sobre o relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Previdência Social. Para os participantes, contrários à proposta de "reforma" do governo, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287 não ataca os principais problemas que afetam o sistema previdenciário como a sonegação, as fraudes, as desonerações e anistias que causam impacto à seguridade social.

diretor de Estudos Técnicos da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Unafisco), Mauro Silva, apontou um "DNA inconstitucional" na reforma. "Se o governo não fez a sua parte, não combateu as fraudes, não combateu a sonegação e continua dando benefícios economicamente ineficientes (para empresas), então, por esse princípio básico da Constituição, nenhum direito social pode ser retirado", disse.

"Quando se retiram direitos sociais sem fazer a lição de casa na cobrança dos grandes devedores, no combate à sonegação, na retirada de benefícios fiscais ineficientes, no fim da extinção da punibilidade dos crimes tributários, quem pagará o pato não serão os empresários da Avenida Paulista, e sim a grande massa de trabalhadores urbanos, rurais e do serviço público", afirmou Silva.

Ele também questionou os critérios para se escolher os beneficiários por anistias e desonerações. "Os bancos tiveram lucro recorde e sabe quem são os maiores beneficiários do Refis? Os bancos, que estão estourando de dar lucro estão tendo anistia, perdão de dívida, parcelamento, perdão de juros de mora. São eles os maiores beneficiários e não os pequenos."

O diretor da Unafisco citou algumas das medidas recentes do governo Temer que resultam na redução de receitas para a Previdência Social. Por exemplo, a Lei 13.606, a chamada Lei do Agronegócio, que instituiu o Refis do setor e reduziu a alíquota da contribuição previdenciária para os grandes produtores rurais. Apenas com a edição dessa lei, afirmou, "retiraram da previdência em 2018 R$ 12,06 bilhões. Em 2019, R$ 6,6 bilhões e em 2020, R$ 7,1 bilhões".

Para a indústria do petróleo, os benefícios relativos ao Imposto de Renda sobre Pessoa Jurídica (IRPJ) e a Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) somam R$ 19,81 bilhões. No caso da CSSL, são recursos vinculados à seguridade. "A somatória disso, só para a seguridade social, é de R$ 42,72 bilhões, do fim da CPI pra cá", pontuou.

PEC 287: "Só coisa ruim"

Na audiência, o presidente do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait), Carlos Silva, destacou o crime de “apropriação indébita previdenciária”, previsto no Código Penal, infração que ocorre quando o agente empregador deixa de repassar à Previdência as contribuições recolhidas dos empregados contribuintes. "Em todos os anos, constatamos que cerca de R$ 30 bilhões são apropriados de forma indevida", afirmou. "A gente só vê coisa ruim no texto. Aumenta a idade para que nós possamos gozar o direito de se aposentar. O tempo de contribuição também aumenta e o valor dos benefícios diminuiu."

O presidente da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), Guilherme Feliciano, ressaltou que é mais óbvio “cobrar do grande para poupar do pequeno”, apontando a importância de se cobrar as grandes empresas devedoras. Para ele, contudo, a PEC 287 e as demais propostas do governo seguem no sentido oposto, de “cortar do pequeno para assegurar ao grande”.

Com informações da Agência Senado

Presidente Temer foi até Silvio Santos para defender a sua reforma, assim como fez Zélia Cardoso de Mello em 1990, para garantir que o confisco das poupanças traria benefícios para a economia

Para tentar aprovar o seu projeto de reforma da Previdência, que restringe o acesso às aposentadorias, o presidente Michel Temer foi até o programa do apresentador Silvio Santos, na semana passada, alegando que sem as mudanças os pagamentos dos aposentados estariam em risco num futuro próximo. Em 1990, era a vez da então ministra da Fazenda do governo Fernando Collor, Zélia Cardoso de Mello, dividir o palco com o apresentador para tranquilizar a população, dizendo que o dinheiro do confisco da poupança logo seria devolvido, devidamente corrigido.

O analista político da TVT, José Lopez Feijóo, traça paralelo entre esses dois momentos para afirmar que as mudanças que Temer pretende fazer na Previdência trata-se, na verdade, de um confisco de direitos da população, novamente para beneficiar os bancos.

"Até hoje, milhares de poupadores ainda não receberam integralmente os seus recursos (confiscados por conta do chamado Plano Collor). Com essa reforma, é a mesma coisa. Trata-se de um confisco de direitos que o governo quer nos convencer que é bom para a população. Não é bom", diz Feijóo.

Ele cita declarações do ex-ministro da Previdência Carlos Gabas (governos Lula e Dilma) que, em uma série de vídeos produzidos pela TVT, desmente ponto a ponto o discurso oficial do governo e nega a necessidade de introduzir mudanças tão duras. O analista diz que o déficit nas contas dos sistemas de aposentadorias alegado pelo governo serve para justificar a reforma, e enfraquece o sistema público de aposentadorias em benefício dos bancos privados e seguradoras.

"É disso que se trata, de forçar as pessoas a procurarem um plano de previdência privada que muitas vezes não conseguirão sequer pagar para satisfazer o sistema financeiro e as grandes seguradoras que apoiaram o golpe de 2016", destaca.

 

Acordo foi fechado após cinco rodadas de negociações; além de aumento, metalúrgicos terão participação nos lucros e pagamento anual extra correspondente a 27,5% do salário mensal

O maior sindicato metalúrgico da Alemanha, o IG Mettal, fechou um acordo com as principais empresas alemãs nesta terça-feira (06/02) que prevê um aumento salarial de 4,3%, além de diminuir a jornada de trabalho de 35 para 28 horas semanais.

Além do aumento e da redução de jornada, os 900 mil trabalhadores abarcados pelo pacto terão participação nos lucros das empresas. Segundo a imprensa alemã, o acordo terá vigência de 27 meses, que servirá para medir os impactos das medidas. Elas já entram em vigor em abril deste ano.

Os trabalhadores receberão um pagamento único de 100 euros, relativo ao exercício fiscal do primeiro trimestre de 2018. A partir do ano que vem, esse pagamento vira um depósito único de 400 dólares por ano, ao qual será acrescentado ainda um segundo pagamento anual extra, correspondente a 27,5% do salário mensal de cada funcionário.

Os funcionários que tenham filhos pequenos, doença na família ou forem idosos poderão ainda optar por não receber o montante anual, o substituindo por uma jornada de trabalho ainda menor. Esta medida também será válida durante um período de dois anos.

Por outro lado, as empresas poderão contratar mais trabalhadores para uma jornada de 40 horas semanais em períodos em que haja a necessidade de aumento de produção para atender a maiores demandas.

“Os trabalhadores vão ter mais dinheiro no bolso em termos reais; vão obter uma parte justa dos lucros das empresas, e isso vai impulsionar o consumo”, afirmou à Reuters Roman Zitzelsberg, um dos representantes da IG Metall.

Negociação

As medidas foram aprovadas após cinco intensas rodadas de negociações nas quais, a princípio, não houve sucesso. Por conta disso, os sindicatos organizaram uma série de greves em todo o país, paralisando gigantes como a Airbus, Daimler, BMW e Bosch.

A última rodada de negociações, que ocorreu na sede da fabricante de automóveis Daimler (empresa que tem como principal marca a Mercedes-Benz), permitiu chegar a um pacote de medidas menor que o inicialmente pedido (o sindicato queria um aumento de 6%), mas que representa uma vitória e pode servir para futuras negociações que incluam outros setores da economia do país.

No ano passado, a economia da Alemanha cresceu na taxa mais alta desde 2011, com baixo desemprego - o menor nível desde 1990, quando o país se reunificou.