Abril 28, 2025
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O Congresso Nacional volta do recesso nesta segunda-feira (5) com a missão dada pelo presidente mais impopular da história de aprovar a qualquer custo a Reforma da Previdência. A pauta é a mesma: prejudicar o trabalhador e beneficiar empresários e banqueiros aprovando às pressas uma reforma que é validada por apenas 14% da população, segundo pesquisa encomenda pelo próprio Palácio do Planalto.

A diretora de Saúde e Previdência da Fenae, Fabiana Matheus, alerta para as falsas premissas e argumentos usados pelo governo para tentar convencer as pessoas que a reforma é positiva. “O governo mistura regimes de previdência diferentes como do funcionalismo público ao do regime geral para justificar um débito que não existe. Além disso, não considera a totalidade das receitas da Seguridade Social (que inclui saúde, assistência social e previdência) e que é superavitária”, explica.

O presidente da Fenae, Jair Ferreira, destaca que a rejeição e o menosprezo às leis trabalhistas pelo governo não permitiu uma ampla discussão com a sociedade sobre temas que afetam diretamente a vida das pessoas. “A reforma exigirá que os brasileiros contribuam durante 40 anos para receber 100% do benefício de aposentadoria e estabelecerá uma idade mínima sete anos maior que a média atual. Isso é inaceitável”, destaca.

No dia 19 de fevereiro, data prevista para a reforma entrar na pauta da Câmara dos Deputados, todos os trabalhadores brasileiros estão convocados para participar do “Dia Nacional de Luta”, com greves, paralisações, assembleias e atos públicos contra mais esse retrocesso. A palavra de ordem é “Se botar pra votar, o Brasil vai parar”.

Aniquilamento dos direitos
Um dos principais problemas da Reforma da Previdência é o mínimo de 65 anos de idade (homens) e 62 (mulheres) para a concessão da aposentadoria, desde que se complete ao menos 25 anos de contribuição. O projeto desconsidera, por exemplo, o fato de que brasileiros vivem menos em regiões pouco desenvolvidas e, assim, não desfrutarão muito do merecido benefício.

Se analisarmos por estado, existe uma diferença de 8,4 anos, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entre a maior expectativa de vida, registrada em Santa Catarina, e a menor, no Maranhão. Enquanto a esperança de vida dos catarinenses é 79 anos, para os maranhenses é 70,6 anos. A discrepância é o retrato das diferenças entre as regiões do país. As possibilidades de aposentadoria apenas pelo tempo de contribuição ou pela soma deste com a idade serão extintos.

A PEC também altera as regras para as mulheres que passarão a se aposentar apenas três anos antes dos homens, mesmo trabalhando cerca de 7,5 horas a mais por semana devido à dupla jornada de trabalho. A proposta para alteração do tempo de contribuição obrigará os servidores públicos a contribuírem por, no mínimo, 25 anos para se aposentarem - 10 anos a mais que o estabelecido na regra hoje. Isso para receber apenas 70% da sua renda média no período contribuído.

Com a aprovação da reforma, o trabalhador receberá 70% da renda média se aposentar com 25 anos de contribuição. O valor percentual aumentará gradualmente até completar os 100%. Em outras palavras, para receber o valor integral do benefício, o empregado terá de contribuir durante 40 anos.

Para privar ainda mais os direitos dos trabalhadores, a fórmula de cálculo para pensões por morte será alterada para pior. Poderá haver acúmulo de aposentadoria e pensão, mas só se a soma dos benefícios não chegar a dois salários mínimos. Além disso, o valor a ser recebido pela pensão deixa de ser integral e passa a corresponder a 50%.

A proposta do governo Temer só vem consolidar a inadimplência da União, que desvia os recursos devidos ao setor para pagamento dos juros aos bancos.  O sistema previdenciário deveria ser tratado como política de Estado e, ao invés de eliminar o conjunto de benefícios da população, deveria se analisar a forma de financiamento.

“Não podemos aceitar essa mudança na Constituição Brasileira e que só prejudica o trabalhador. Temos que mobilizar fortemente a sociedade, ir para rua no próximo dia 19, para evitar que o Congresso concretize a reforma sem qualquer diálogo com o empregado e suas entidades”, finaliza Fabiana Matheus.

Fonte: Fenae

Com o objetivo de informar os trabalhadores sobre as principais propostas da Reforma da Previdência (PEC 287-A), a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) disponibilizou, nesta sexta-feira (2), um material informativo sobre o tema.

O conteúdo, além de tirar dúvidas, também alerta sobre as consequências,  caso a PEC 287-A seja aprovada no Congresso Nacional.

Clique aqui e veja o Informativo sobre a Reforma da Previdência.

Fonte: Contraf-CUT

O Bradesco vai atender o pedido do movimento sindical para antecipação do pagamento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR). O pagamento será efetuado na sexta-feira (9/2).

O valor deve ser equivalente ao salário de setembro de 2017, acrescido da importância de R$ 2.243,58, limitado a R$ 12.035,71, ou a distribuição mínima de 5% do lucro líquido, até o limite de 2,2 salários ou R$ 26.478,75.

Em face do lucro obtido em 2017, será adicionado, proporcionalmente a cada funcionário, valor complementar até os limites estabelecidos na Convenção Coletiva de Trabalho, de forma que o total de PLR distribuída será equivalente a 5% do lucro líquido, abatendo-se a parcela paga em 15 de setembro do ano passado.

Fonte: Contraf-CUT

Não é uma surpresa. O governo jogou a toalha e praticamente reconheceu que não conseguirá aprovar este ano a reforma da Previdência. É o que se depreende das últimas declarações do presidente Michel Temer e do vice-líder do governo na Câmara, Rogério Rosso, que negociava ainda mais concessões ao funcionalismo público.

De acordo com Rosso, o governo não tem mais de 240 votos na Câmara, quando precisa de 308. Houve, no ano passado, momentos em que chegou a contar com 280. O apoio à reforma tem caído no Congresso.

Ninguém imaginava que, em ano eleitoral, os congressistas passassem a apoiar um tema tão impopular. Deram certo o lobby e a pressão do funcionalismo público. Deu certo a campanha baseada nas falácias disseminadas pela Anfip e corroboradas pelo vergonhoso relatório do senador Hélio José, aprovado pela CPI da Previdência. Confirmou-se a previsão pessimista que fiz em outubro passado.

O movimento contra a reforma culminou ontem com a manifestação ridícula de juízes em Brasília, defendendo privilégios como o absurdo auxílio-moradia a que todos os magistrados e procuradores têm direito graças a uma decisão ainda mais absurda do ministro Luiz Fux em 2014.

Nem os aclamados heróis da Lava Jato, paladinos da moralidade na gestão pública, escapam. O juiz Marcelo Bretas foi à Justiça para garantir que a mulher, também juíza, pudesse receber o benefício, apesar de ambos morarem em apartamento próprio no Rio. O juiz Sérgio Moro acumula os R$ 4.378 no contracheque, mesmo sendo proprietário de imóvel em Curitiba desde 2002, noticia hoje o jornal Folha de S.Paulo.

O Judiciário é sem dúvida o setor do funcionalismo cujos privilégios mais custam ao setor público. Pelo menos 70% dos juízes recebem vencimentos acima do teto salarial estabelecido pela Constituição, graças a penduricalhos e verbas indenizatórias. Na aposentadoria, juízes e procuradores mantêm um sem-número de regalias.

São raríssimas as manifestações favoráveis à reforma previdenciária entre integrantes da Justiça e do Ministério Público. Quando o então procurador-geral Rodrigo Janot denunciou o presidente Michel Temer no ano passado, não foram poucas as especulações de que se tratava, na verdade, de um movimento político para deter a reforma.

As evidências contra Temer não foram suficientes para a Câmara aceitar as duas denúncias contra ele. Apesar de ter recebido o empresário Joesley Batista tarde da noite no Palácio Jaburu e de ter-lhe indicado um intermediário flagrado dias depois arrastando uma mala recheada com R$ 500 mil em propina, os deputados julgaram que os fatos não eram suficientes nem mesmo para abrir investigação.

Mas foram suficientes para que Temer gastasse todo seu capital político na tentativa de se safar. Na hora de aprovar a reforma da Previdência, não tinha sobrado mais nada. Mais perto da eleição, sem muita margem de manobra orçamentária, o jeito foi fazer concessão sobre concessão.

Deixaram-se de lado as mudanças nos programas de assistência social disfarçados de Previdência. Mudou-se a idade mínima de homens e mulheres. Criou-se uma escala de transição. Militares e professores foram agraciados com situações especiais. Tudo para facilitar a aprovação.

Como resultado, as economias previstas numa década caíram pela metade, de R$ 800 bilhões para R$ 400 bilhões – quase nada diante de gastos anuais que chegam perto do trilhão de reais. Mas pelo menos foi mantida a alma da reforma: unificar os regimes para servidores públicos e funcionários da iniciativa privada.

Pois, sem a aprovação, nem isso teremos. Continuaremos a ter duas classes de brasileiros. Embora a Constituição garanta que todos são iguais, há uma lei para o funcionalismo, outra para os demais.

Aqueles dependurados nas mamatas e os ideólogos que – por ignorância, má-fé ou simplesmente burrice – negam as leis mais básicas da economia não deixarão de celebrar. Mas a gravidade ainda está em vigor na natureza. Os corpos caem. Um dia a ficha cairá também.

A reforma se tornará inevitável no próximo governo. O economista Paulo Tafner diz que, em três anos, já será impossível fazê-la sem reduzir benefícios concedidos. Será então necessário o algum tipo de autorização legal para retirar os famigerados “direitos adquiridos” em nome da emergência nacional nas contas públicas.

Foi o que aconteceu em Portugal e na Grécia, onde o valor de pensões e aposentadorias teve de ser reduzido. A alternativa, como demonstra o caso grego, é o governo simplesmente deixar de pagar. Será então hora de se voltar àqueles que hoje lutam com tanta energia contra a reforma e pela manutenção das regalias e dizer: bem feito!

Fonte: G1

A Contraf-CUT publicou um boletim sobre o problema que é tão recorrente no sistema financeiro. O material está disponível no setor de Publicações do site

O mercado de trabalho sempre foi conhecido como um ambiente de alto índice de competitividade e hostilidade. Em tempos de crise, quando a oferta de serviço cresce no mercado, este cenário é potencializado. E quem mais sofre com isso é o trabalhador, já que o assédio moral também aumenta.

Pesquisa divulgada recentemente pela agência de empregos Vagas.com, mostra que 52% dos entrevistados disseram ter sofrido algum tipo de assédio, sendo, 84% desses casos praticados pelos chefes das vítimas ou por alguém que possuía um cargo maior. Ainda segundo a pesquisa, 87,5% dos entrevistados relataram não denunciarem esses atos pelo medo de sofrerem represálias e, principalmente, perder o emprego. E mais, aqueles que disseram denunciar o assédio moral, 74,6% afirmou que os agressores continuaram na empresa mesmo após a denúncia e não foram punidos.

Os números são ainda piores numa pesquisa realizada com 5.151 pessoas na América Latina revela que, em 2016, 55% deles já presenciaram ou sofreram algum tipo de discriminação ou assédio no ambiente de trabalho.  Os resultados também apontam que metade dos entrevistados (50%) já sofreram desigualdade no trabalho, tanto em relação ao gênero, raça ou orientação sexual.

Os dados foram coletados pela Workana, plataforma de trabalho freelancer com atuação em toda a América Latina. Segundo a pesquisa, 74% das entrevistadas do sexo feminino afirmam terem sofrido algum tipo de discriminação ou assédio.

A Contraf-CUT reforça a importância da denúncia. “Precisamos falar e denunciar as práticas de assédio moral dentro dos bancos e não aceitar como algo natural ou que faz parte das relações e organização do trabalho. Só assim poderemos acabar com essa prática que faz tão mal à saúde dos trabalhadores”, reforçou Walcir Previtale, secretário de Saúde da Contraf-CUT. “O assédio moral é um problema que distorce as relações de trabalho e transforma o ambiente de trabalho em um ambiente adoecedor. Alguém que vive o assédio moral pode desenvolver problemas de saúde, como a Síndrome do Pânico, Síndrome de Burnout, depressão, estresse emocional, levando até mesmo, ao suicídio”, completou.

A Contraf-CUT publicou um boletim sobre o problema que é tão recorrente no sistema financeiro. O material está disponível no setor de Publicações do site.

O que é Assédio Moral

O assédio moral é a exposição de alguém a situações humilhantes, constrangedoras, repetitivas e prolongadas durante a jornada de trabalho e no exercício das funções. Essa conduta abusiva, em razão de sua repetição ou sistematização, atenta contra a personalidade, dignidade ou integridade psíquica ou física de uma pessoa, ameaçando seu emprego ou degradando o ambiente de trabalho.

Existem diferentes tipos de assédio. O primeiro deles é o assédio descendente, que é o tipo mais comum de assédio. Se dá de forma vertical, de cima (chefia) para baixo (subordinados).

Seu principal objetivo é desestabilizar o trabalhador, de forma que este produza mais por menos, sempre com a impressão de que não está atingindo os objetivos da empresa, que, na maioria das vezes, já foram ultrapassados.

Existe também o assédio ascendente. Trata-se de tipo mais raro de assédio, que também se dá de forma vertical, mas de baixo (subordinados) para cima (chefia). É mais difícil de ocorrer, pois geralmente é praticado por um grupo contra a chefia, já que dificilmente um subordinado isoladamente conseguiria desestabilizar um superior. A principal causa são subordinados com ambição excessiva. Geralmente, existe um ou dois funcionários que influenciam os demais, objetivando alcançar o lugar do superior.

Outro tipo de assédio é o paritário. Esse ocorre de forma horizontal, quando um grupo isola e assedia um membro - parceiro. Seu principal objetivo é eliminar concorrentes, principalmente quando este indivíduo vem se destacando com frequência perante os superiores.

Assim sendo, o assédio moral na prática é o ato de expor o empregado a situações humilhantes (como xingamentos em frente dos outros empregados), exigir metas inatingíveis, negar folgas e emendas de feriado quando outros empregados são dispensados, agir com rigor excessivo ou colocar "apelidos" constrangedores no empregado são alguns exemplos.

Ressalte-se que o assédio moral é repetitivo, ou seja, é caracterizado por ações reiteradas do assediador. Portanto, devem-se diferenciar acontecimentos comuns e isolados que ocorrem nas relações de trabalho (como uma "bronca" eventual do chefe) das situações que caracterizam assédio moral. Se constantemente a pessoa sofre humilhações ou é explorada, aí sim temos assédio moral.

Vale destacar que algumas situações que podem identificar um empregado que está sendo assediado: isolado dos demais colegas; impedido de se expressar sem justificativa; fragilizado, ridicularizado e menosprezado na frente dos colegas; chamado de incapaz; torna-se emocionalmente e profissionalmente abalado, o que leva a perder a autoconfiança e o interesse pelo trabalho; propenso a doenças ou; forçado a pedir demissão.

Algumas situações que podem identificar o agressor, podendo ser um chefe ou superior na escala hierárquica, colegas de trabalho, um subordinado para com o chefe ou o próprio empregador (em casos de empresas de pequeno porte). São aqueles que: se comportam com gestos e condutas abusivas e constrangedoras; procuram inferiorizar, amedrontar, menosprezar, difamar, ironizar, dar risinhos; fazem brincadeiras de mau gosto; são indiferentes à presença do outro; solicitam execução de tarefas sem sentido e que jamais serão utilizadas; controlam com exagero o tempo de idas ao banheiro; impõe horários absurdos de almoço, etc.

Importante frisar que não existe uma lei específica para repressão e punição daqueles que praticam o assédio moral. No entanto, na Justiça do Trabalho a conduta de assédio moral, se caracterizada, gera indenização. O assédio moral praticado pelo empregador ou por qualquer de seus prepostos autoriza o empregado a deixar o emprego e a pleitear a rescisão indireta do contrato.

Já na Justiça criminal, conforme o caso, a conduta do agressor poderá caracterizar crimes contra a honra, como a difamação e injúria, contra a liberdade individual, em caso, por exemplo, de constrangimento ilegal ou ameaça. A reparação decorrente de danos morais está condicionada à existência de um ato ilícito e culposo, bem como a existência de nexo de causalidade entre o ato e o resultado.

Fonte: Contraf-CUT

Análise jurídica das três resoluções da Comissão Interministerial de Governança Corporativa e de Administração de Participações Societárias da União (CGPAR, publicadas no último dia 26), feita a pedido do Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas, revela que as mudanças nos planos de saúde dos empregados nestas empresas são ainda piores do que se pensava inicialmente. Duas dessas resoluções (de números 22 e 23) tratam especificamente dos planos e, a outra (21), da competência dos Conselhos de Administração para a nomeação e destituição de titulares da auditoria interna. Todos os estudos estão disponíveis em arquivo anexo e no site do comitê (www.comiteempresaspublicas.com.br).

No caso específico dos planos de saúde em empresas estatais federais, a resolução 23 concretiza a minuta que se tornou pública em julho passado. A versão então veiculada causou apreensão à época, porque diminuía a participação das empresas no custeio dos planos, aumentava a dos empregados e restringia o rol de dependentes. A resolução agora publicada evidencia esses itens e acrescenta novas restrições. Apesar de terem sido feitos ajustes que afastam algumas dúvidas, como a forma de aplicação do limite de 20 mil vidas para que seja ofertado plano de benefícios por operadora (embora permaneça obscuro se tal número contempla os dependentes dos segurados), há questões que permanecem muito problemáticas, como o impedimento da filiação de pais aos planos, mesmo que dependentes econômicos. 

São quatro as modalidades de planos tratados nas resoluções: autogestão por operadora própria, os geridos pela área de recursos humanos, os que optam por uma operadora de mercado e os que trabalham com o ressarcimento das despesas. Na modalidade autogestão, por exemplo, a resolução estabelece que as empresas deverão fechar seus planos para adesão de empregados admitidos após a entrada em vigor da resolução; somente estarão autorizadas a oferecer aos novos empregados benefício de assistência à saúde na modalidade de reembolso, e os editais de processos seletivos para admissões de empregados das estatais federais não deverão prever o oferecimento de benefícios de assistência à saúde. 

De acordo com a análise realizada, trata-se de um movimento a mais na direção do “mercado”, na medida em que se impede que as empresas optem por operar os planos de saúde por seus próprios meios, devendo contratá-los com operadoras privadas, sejam elas na modalidade de autogestão (semelhante a entidades fechadas de previdência complementar) seja por meio da contratação de seguradoras privadas, setor altamente lucrativo e fonte interminável de insatisfação por parte dos segurados.

Aposentados -  O custeio do benefício à saúde pela empresa só será concedido durante a vigência do contrato de trabalho. Respeita-se o direito ´adquirido´ (embora a abrangência não esteja especificada) dos atuais aposentados e pensionistas filiados aos planos de saúde, mas os futuros não terão essa possibilidade. Ao se aposentar, esse trabalhador deverá passar à condição de autopatrocinado, com plano de benefícios mantido exclusivamente por ele. 

Haverá um prazo de 48 meses para que todas as empresas migrem para um sistema paritário de contribuição aos planos de saúde, sendo 50% para as empresas e 50% para os funcionários - atualmente a média é de 75% para as estatais e de 25% para seus empregados, mas obviamente, a tentativa será de implantar as mudanças o mais rapidamente possível. As resoluções atingem trabalhadores empregados em 147 empresas públicas.

Sem negociação - A CGPAR também vai de encontro às negociações trabalhistas com as entidades representativas dos trabalhadores ao determinar que “as empresas estatais federais que possuam o benefício de assistência à saúde previsto em Acordos Coletivos de Trabalho - ACT - deverão tomar as providências necessárias para que, nas futuras negociações, a previsão constante no ACT se limite à garantia do benefício de assistência à saúde, sem previsão de qualquer detalhamento do mesmo”. 

“A exemplo que ocorreu com a reforma trabalhista, estas são péssimas mudanças para os empregados das empresas estatais. De cada trabalhador dependem milhares de outras pessoas, que também serão lesadas. São retirados direitos dos que estão na ativa e dos aposentados, e não se abre caminho para negociação; ou seja, estão cerceando a prática democrática. O governo golpeia a saúde pública, com o corte de investimentos, e também a dos empregados nas empresas públicas, beneficiando a saúde privada. A única saída será a organização para resistir a tamanho descaso”, aponta a coordenadora do comitê e representante dos empregados no CA da Caixa, Rita Serrano.

Fonte: Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas

No período, foram fechadas 565 agências e abertos 78 novos postos de atendimento

O Bradesco lucrou R$ 19,024 bilhões, com crescimento de 11,1%, em relação a 2016 e de 1,1% no trimestre. Em contrapartida, a holding encerrou o ano de 2017 com 98.808 empregados, uma redução de 9.985 postos de trabalho em relação ao final de 2016, que representa 9,2% do seu quadro de funcionários, mesmo, após a incorporação, em setembro de 2016, de aproximadamente 20 mil trabalhadores banco HSBC.  O PDVE, segundo o banco, teve 7,4 mil adesões. No período, foram fechadas 565 agências e abertos 78 novos postos de atendimento (PA).

A receita com prestação de serviços e tarifas bancárias cresceu 10,2% em doze meses, totalizando R$ 24,0 bilhões. Já as despesas de pessoal subiram 21,6%, totalizando R$ 21,0 bilhões, refletindo a consolidação da aquisição com o HSBC, ocorrida no 3º trimestre de 2016, além do Plano de Desligamento Voluntário Especial (PDVE), anunciado em julho pelo banco, que gerou um custo de R$ 2,3 bilhões, mas que, segundo o relatório, deve impactar em uma redução R$ 1,5 bilhão anual nas despesas.  Ainda assim, a cobertura destas pelas receitas secundárias do banco foi de 124,9% em 2017.

Clique aqui para ver o trabalho completo do Dieese.

Fonte: Contraf-CUT

Ontem, dia 31 de janeiro de 2018, ocorreu a Assembleia Ordinária para Eleição da Comissão Eleitoral.

E, demonstrando apoio e legitimidade à eleição, um número maciço de bancários compareceu à sede do Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense, em Duque de Caxias.

A comissão eleitoral eleita na assembléia está composta pelos associados Paulo Roberto Garcez, Diretor da Federação dos Bancários, Elizabeth Paradela, Diretora da CUT e da Federação dos Bancários e por Joseny Teixeira, Diretora da Federação dos Bancários.

A data das eleições será divulgada oportunamente em edital, que será publicado no dia 2/2/2018 pela Comissão Eleitoral.

Posteriormente, o Sindicato informará os locais de votação. As urnas serão itinerantes e circularão por todas as agências de sua base.

 

Bancários de todo o país realizam nesta quinta-feira (1/2) protestos e paralisações em agências do banco Itaú. O banco informou, através de seu diretor de RH e Relações Sindicais, Sergio Farjeman, que as homologações não serão mais feitas nos sindicatos. Em dezembro o banco também havia tentado promover alterações com relação à definição da data e período de férias. Havia estipulado que seus departamentos Jurídico e de RH definiriam novas regras de acordo com as mudanças da nova lei trabalhista.

“Conseguimos reverter a decisão sobre as férias. Agora chega a informação sobre as homologações, que deixa o trabalhador sem o respaldo dos sindicatos para a conferência dos valores a serem pagos pelo banco. Se não mostrarmos nosso descontentamento, após o término da vigência da nossa Convenção Coletiva o banco vai querer retirar todos os direitos que ela garante”, disse Jair Alves, coordenador da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú.

Devido ao acordo de dois anos, firmado na campanha de 2016, a categoria tem vários direitos garantidos até 31 de agosto de 2018.

A decisão pela realização das atividades em protesto contra medidas que tenham como base a nova lei trabalhista foi tomada pelo Comando Nacional dos Bancários, reunido em Porto Alegre na quinta-feira (25/1).

“Toda a categoria tem que se mobilizar, não apenas os bancários do Itaú. O Santander já havia anunciado medidas prejudiciais aos trabalhadores levando em conta a famigerada reforma. Agora, foi a vez do Itaú. Se toda a categoria não se mobilizar agora, logo todos os bancos retirarão nossos direitos. Temos de nos unir para nos defender uns aos outros”, disse Roberto von der Osten, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e um dos coordenadores do Comando Nacional.

Decisão sem sentido
Para o Jair Alves, a decisão unilateral tomada pelo Itaú não faz sentido. “Nos reunimos constantemente com o banco em mesa de negociações. Esse importante canal de diálogo é muito valorizado pela categoria e, acreditamos, também pelo banco. Não há porque não mantermos esse canal, ainda mais agora com a aquisição do Citibank e a tensão criada pela nova lei trabalhista. Vamos procurar negociar com o banco, mas estamos mobilizados para lutar por nossos direitos”, afirmou.

Negociações em andamento
As negociações sobre a criação do Centro de Realocação e Requalificação Profissional, previsto na cláusula 62 da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria, é um exemplo de negociações em andamento entre o banco e os representantes dos trabalhadores.

Conquista da Campanha Nacional de 2016, a redação final da cláusula havia ficado pendente no fechamento da negociação e foi aprovada pelo Comando Nacional e pela Federação dos Bancos (Fenaban) no final de setembro de 2017.

No Itaú, os trabalhadores criarão um grupo para monitorar o andamento das realocações e requalificação, como já aconteceu após a incorporação do Unibanco.

As negociações para a próxima Campanha Nacional também já foram iniciadas. “Nos antecipamos com as negociações para buscar evitar perdas. Com a nova lei trabalhista, se não assinarmos um novo acordo até o final da vigência da convenção atual, podemos amanhecer no dia 1º de setembro sem nenhum direito garantido, desde férias contínuas de 30 dias, vale-refeição até PLR e todos os demais direitos que hoje temos. Por isso, temos que estar atentos e mobilizados”, explicou o coordenador da COE do Itaú.

Leia boletim distribuído nas atividades

Fonte: Contraf-CUT

Bradesco paga PLR dia 9

Fevereiro 01, 2018

O Bradesco entrou em contato com a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) na noite desta quarta-feira (31/1) para informar que atenderia o pedido de antecipação do pagamento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR). O pagamento será efetuado na sexta-feira (9/2).

No decorrer do dia, após o anúncio do balanço de 2017 do banco, que também será divulgado nesta quinta-feira, a Contraf-CUT informará os cálculos que serão feitos pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) com os valores a serem recebidos pelos trabalhadores.

Fonte: Contraf-CUT