Abril 29, 2025
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A Caixa divulgou em sua intranet, na quinta (19), um novo plano de reestruturação, desta vez, com o nome de Programa Eficiência. Dionísio Reis, coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, é veementemente contrário a atitude do banco e cobra respeito aos trabalhadores.

“Antes de a Caixa anunciar qualquer mudança no sentido de restruturação ou remodelagem, ela precisa apresentar na mesa de negociação para preservarmos os direitos e os salários dos trabalhadores, como está previsto no nosso Acordo Coletivo de Trabalho”, lembrou. “Nós sabemos que o objetivo dessas mudanças é o enfraquecimento do banco. Não vamos permitir. A Caixa é 100% pública e assim deve permanecer”, completou.

O anúncio do programa vem na mesmo semana que o governo federal anunciou sua intenção de privatizar o SUS, refinarias da Petrobras e a Eletrobrás. O coordenador do CEE/Caixa afirma que fica claro que a perspectiva que está sendo mostrada pelo governo atual, é que os direitos dos trabalhadores são gastos. “A Caixa é um grande patrimônio público e precisa sim é de mais investimentos para fazer o seu papel fundamental que é auxiliar no desenvolvimento do Brasil. Precisamos de mais Caixa para o país.”

Fonte: Contraf-CUT

Passados dois anos desde o golpe que derrubou a ex-presidenta Dilma Rousseff, sob o argumento das “pedaladas fiscais”, a crise no país aumentou. Na época, o senador Aécio Neves (PSDB-MG), agora processado por corrupção, mostrava indignação com os 10 milhões de desempregados, segundo ele, “vítimas da política econômica”. Mas, às vésperas do Dia do Trabalhador, em 1º de maio de 2018, o desemprego cresceu e já supera os 13 milhões.

Com Temer, o Brasil perdeu 1,4 milhão de postos de trabalho formais, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A política econômica recessiva e a reforma trabalhista aceleraram este processo. Apesar do governo e a mídia, sua aliada, repetirem exaustivamente que o país está retomando o crescimento, os números mostram o contrário: no trimestre de abril de 2016 eram 11,411 milhões de desempregados, conforme a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) do IBGE. Em dezembro passado, após a reforma trabalhista aprovada como uma solução, esse número cresceu para 12,311 milhões. Em fevereiro último, passou para 13,121 milhões.

Para a presidenta do Sindicato, Adriana Nalesso, a política econômica do governo golpista de Temer fracassou principalmente no que se refere a empregos. “É importante destacar que o IBGE considera ocupado uma pessoa que faz um ‘bico’, que não necessariamente está empregada com carteira assinada e assegurados seus direitos”, argumentou.

Com as alterações das regras trabalhistas e o aumento da crise, cresceu o total de trabalhadores sem carteira assinada, passando de 9,953 milhões no trimestre encerrado em abril de 2016 para 10,761 milhões em fevereiro último, um pouco menos do que em dezembro (11,115 milhões). Como forma de fugir do desemprego crescente, os trabalhadores por conta própria passaram de 22,980 milhões para 23,198 milhões em dezembro de 2017 e 23,135 milhões em fevereiro de 2018.

Houve um pequeno crescimento do emprego formal nos últimos meses. Mas devido à alta rotatividade e a substituição dos demitidos por empregados com menor salário. Segundo o Caged, o salário médio dos admitidos em fevereiro foi de R$ 1.502,68, enquanto o dos demitidos era de R$ 1.662,95.

Adriana lembrou que a nova legislação permite sete novos tipos de contratações, entre eles, o trabalho intermitente, a ‘pejotizaçao’ e a terceirização, que são formas de contratação precária, em que o trabalhador na maioria das vezes tem uma remuneração muito menor, além de perdas de direitos. Os empregos gerados são precários, sem segurança, privilegiando os patrões. “Muitas empresas estão utilizando, por exemplo, o contratado intermitente, cujo valor da hora mínima estabelecida é de R$ 4,45. É a volta da escravidão, um absurdo”, criticou.

Fonte: Seeb/Rio de Janeiro

Desde que o governo Temer tomou o poder, o Banco do Brasil não para de encolher e se descaracterizar. Em parceria com a iniciativa privada, a instituição está abrindo “lojas de atendimento” com funcionários terceirizados que fazem serviços de bancários. No dia 10 de abril foi inaugurada, em São Paulo, uma unidade sob o conceito “Mais BB Padronizado”.

Implantada em parceria com a corretora de seguros Barraconi e a Promotiva, que se autodefine como “gestão especializada de correspondentes bancários”, a unidade oferece a comercialização de produtos e foi “apadrinhada” pela agência Parque Boturussu, localizada em Ermelino Matarazzo, na zona leste da capital paulista.

“Primeiro a direção do Banco do Brasil sob o comando do governo Temer fecha centenas de agências, promove reestruturações, planos de demissões e descomissionamentos que resultaram no sucatearam da instituição pública. E agora passou a terceirizar o atendimento respaldado pela nova legislação trabalhista que permite a terceirização de todas as atividades de uma empresa. É a completa desvirtuação do caráter público da empresa”, alerta Adriana Ferreira, dirigente sindical pelo Banco do Brasil. 

De acordo com dados do balanço do Banco do Brasil, em setembro de 2016, a instituição contava com 112 mil funcionários e 5.430 agências. Em dezembro de 2017, e empresa encolheu para 99 mil bancários e 4.770 unidades bancárias. São 13.590 postos de trabalho e 660 agências a menos em pouco mais de um ano.

O sucateamento resulta na insatisfação dos clientes. No primeiro trimestre de 2018 o Banco do Brasil foi a terceira instituição financeira com mais de quatro milhões de clientes que mais teve reclamações consideradas procedentes pelo Banco Central.

“Qual a justificativa para encolher um banco público que sempre apresentou lucro e desempenhou papel fundamental no desenvolvimento da economia e da sociedade? Quem se beneficia com esse sucateamento de uma empresa que oferece crédito mais acessível à população e ao setor produtivo?”, questiona Adriana.

Fonte: SPBancários

O Santander passou a fornecer pacotes de telefonia e internet a seus gerentes PJ. Os gastos ficarão a cargo do banco. A aparente cortesia da direção da empresa esconde a intenção de exceder a jornada de trabalho dos bancários. E sem qualquer aumento de salário ou pagamento de hora extra.

Com essa medida, o banco pretende que os gerentes estejam à disposição dos clientes além do horário comercial. Outra recente mudança que corrobora essa intenção é o NPS, novo mecanismo de avaliação criado pelo banco no qual os clientes classificam o atendimento baseado na relação de proximidade que os gerentes mantêm com eles.

Aplicativo
Junto à disponibilização do pacote de internet, o banco também criou um novo aplicativo interno, o Santander Now, que veicula conteúdos como cursos e treinamentos.

“Atendimento a clientes, cursos e treinamentos devem ser feitos dentro da jornada de trabalho, que existe para ser respeitada”, afirma Wanessa de Queiroz, dirigente sindical e bancária do Santander.

“Os bancários trabalham para viver com dignidade junto às suas famílias, para ter direito ao lazer e ao descanso. Não vivem exclusivamente para trabalhar e dar lucro para uma direção que todos os anos demite milhares de pais e mães de família a fim de recontratar outros empregados com salários mais baixos visando lucros ainda maiores”, protesta a dirigente.

O Sindicato cobra que o Santander cumpra a Convenção Coletiva de Trabalho dos bancários e respeite a jornada regular de trabalho. E no caso destes profissionais trabalharem além do período regular, que o banco pague horas-extras. E contrate mais funcionários a fim de diminuir a sobrecarga de trabalho.

Sobrecarga
E os dados do Banco Central comprovam que a sobrecarga de trabalho tem se intensificado no Santander.  Em 2016, o banco espanhol tinha 782 clientes por empregado. Um ano depois essa relação cresceu ainda mais: 836 clientes para cada bancário. Aumento de 6,9%. A quantidade de empregados refere-se a holding Santander e não somente dos trabalhadores em agências. Portanto, a relação nas agências pode ser ainda maior.

E dinheiro não falta para contratar mais a fim de atender melhor os clientes. Em 2017, o Santander faturou R$ 15,6 bilhões apenas com a cobrança de prestação de serviços e tarifas bancárias. Esse valor cobre toda a despesa de pessoal, que foi de R$ R$ 9 bilhões. E ainda sobram R$ 6,51 bilhões. Os dados são do balanço do banco.

“Se o Santander quer captar mais clientes e manter mais proximidade com os mesmos, deveria contratar mais funcionários ao invés de sobrecarregar os existentes. Até porque a falta de funcionário gera sobrecarga que se traduz em má qualidade no atendimento e insatisfação.

Não por acaso, o Santander foi o segundo banco com mais reclamações de clientes consideradas procedentes pelo Banco Central no primeiro trimestre de 2018”, enfatiza Wanessa.

Fonte: SPBancários

A Selic (taxa básica de juros da economia brasileira) vem caindo há um ano e quatro meses, mas os juros do cheque especial são de mais de 500% ao ano e estão 324% mais altos do que os dos empréstimos pessoais.

O Brasil, apesar da propaganda do governo ilegítimo de Michel Temer (MDB-SP), continua sendo um dos países com juros mais altos do mundo. Na Inglaterra, berço do neoliberalismo, os bancos são proibidos de cobrar em qualquer tipo de empréstimo taxas que ultrapassem o dobro do valor do empréstimo contraído. Já na Espanha, o Santander chegou a deixar de cobrar os juros do cheque especial durante seis meses, bem diferente do que as filiais brasileiras.

O economista e consultor da Fundação Perseu Abramo, Marcelo Manzano, diz que os bancos brasileiros cobram juros extorsivos porque a direção do Banco Central é comandada por um profissional oriundo do sistema financeiro.

“O ex-presidente do BC, Henrique Meirelles”, diz ele, “foi diretor do banco de Boston e dono do Original. O atual presidente da instituição, Ilan Goldfajn, foi economista chefe e sócio do Itaú”.

Para o economista, a maneira de se romper esse círculo vicioso seria os bancos públicos, como Caixa Econômica Federal (CEF) e Banco do Brasil (BB), oferecerem créditos com juros menores, como os “forçou” o ex-presidente Lula, durante a crise econômica internacional de 2008. À época, os juros dos bancos públicos eram de 5% ao mês, hoje estão em torno de 11 e 13%.

“Os bancos públicos estão atuando como os privados, num mercado extremamente concentrado. Apenas quatro bancos: Itaú, Bradesco, CEF e BB são responsáveis por 80% do volume de crédito oferecido no país. Isto é oligopólio. Há um acordo de cavalheiros entre eles”, afirma Marcelo.

Outro fator que precisa ser levado em consideração, segundo o economista, é a crise econômica, intensificada com a crise política que começou depois das eleições de 2014 e terminou com o golpe de Estado, em 2016. Com a crise política e econômica, o volume de crédito para pessoa física caiu 46% em relação ao PIB, mesmo com a taxa Selic em 6,5% - menor patamar desde 2016.

Enquanto as instituições financeiras têm mais poder no governo golpista que contribuíram para colocar no poder, os consumidores fogem dos empréstimos, deixam de consumir e a economia fica estagnada.

“O sistema financeiro faz o que quer no Banco Central, e quem paga é a população endividada”, diz a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT), Juvandia Moreira.

Para ela, os bancos cobram altas taxas porque “detêm um poder muito grande nesse governo, ao articularem o golpe de 2016, que retirou Dilma Rousseff da Presidência da República”.

“Não se resolve o problema do endividamento trocando o cheque especial pelo empréstimo pessoal, como alguns sugerem. É preciso que o Brasil volte a crescer e as pessoas voltem a ter trabalho”, avalia Juvandia.

Não é o que o atual governo vem fazendo. Análise da evolução do crédito no período recente - 2014-2017, feita pelo DIEESE, mostra que a recessão econômica profunda e longa, com quedas no PIB em 11 trimestres consecutivos, acompanhada de uma crise política e de mudança na condução da política econômica do último período, alteraram a tendência de crescimento do crédito, que vinha ocorrendo no período anterior a 2014. E para crescer, o governo deveria usar os bancos públicos como instrumento de política econômica anticíclica, como foi feito nos governos Lula e Dilma. No período pós-crise financeira de 2008, essas instituições foram fundamentais para fomentar o consumo, a atividade industrial e manter o crescimento econômico. Já no momento atual, apresentaram comportamento pró-cíclico e aprofundaram a retração da economia, reduzindo a oferta de crédito.

O consultor da Fundação Perseu Abramo, Marcelo Manzano, concorda com a análise. Segundo ele, cada vez mais brasileiros estão deixando de contrair empréstimos com receio de não conseguir pagar as prestações. “Já os bancos, para não deixarem de ganhar mais, aumentam as taxas de quem contrai um empréstimo ou se utiliza do cheque especial. Perdem em número de clientes, mas ganham no valor cobrado”.

“Isso é ruim porque demonstra que o consumo vem caindo, e neste momento, é fundamental que os juros sejam reduzidos, aumente o volume de empréstimo e se incentive o consumo. É uma anomalia porque falta regularização do sistema financeiro e o Banco Central é permissivo. Está tudo do avesso”, diz  Manzano.

Fonte: CUT Nacional

Hoje, 19 de abril, o Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro foi palco do 10° Encontro Interestadual dos Bancários de Bancos Privados.

O Encontro contou com a presença de bancários de todo Estado do Rio e do Espírito Santo e é o ponto de partida para a campanha nacional dos Bancários de 2018.

Os bancários sempre foram uma referência para os trabalhadores e este ano não será diferente. Várias outras categorias profissionais se espelham nas conquistas dos Bancários para realizarem seus acordos e convenções.

Porém, os trabalhadores bancários estão diante de um desafio para este ano: manter a Convenção Coletiva de Trabalho e suas conquistas de muitos anos.

Questões como estabilidade pré aposentadoria, extensão dos benefícios da Convenção Coletiva aos Bancários afastados por tratamento de saúde, jornada de seis horas, homologações de rescisão de contrato de trabalho, dentre outras conquistas, estão ameaçadas diante da reforma trabalhista que entrou em vigor em novembro do ano passado.

O SindBaixada sempre se posicionou contra essas reformas e está na luta para o restabelecimento da democracia no Brasil, com eleições livres e diretas e, principalmente, com respeito ao resultados dessas eleições.

O SindBaixada não pode se omitir nesse momento e é dever de todos os trabalhadores, independente das suas preferências partidárias, nas eleições que se aproximam, escolher aqueles representantes que estão ao seu lado nesses momentos difíceis.

No dia 19 de maio, os bancários de todo os estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo estarão se reunindo em Três Rios para o encontro interestadual aberto, e o SindBaixada convida todas as bancárias e bancários que quiserem participar, para unir as forças nessa jornada que será, sem dúvida nenhuma, uma das mais difíceis dos últimos tempos.

O SindBaixada disponibilizará transporte e alimentação a todos os participantes. Para isso, é só ligar para a sede do sindicato em Duque de Caxias, através do número 2671-0110, e reservar o seu lugar.

Os trabalhadores brasileiros choram nesta semana pelos dois anos do golpe contra a democracia, sacramentado pelo espetáculo grotesco dos deputados federais que, a cada voto favorável ao impeachment da presidenta Dilma Rousseff, faziam exaltação à família, aos “bons” costumes e à “luta contra a corrupção”. Aquele show de horrores começou a deixar claro a farsa que seria todo o processo.

O problema é que o espetáculo de barbaridades daquele fatídico dia 17 de abril de 2016 era só a primeira tragédia para o povo brasileiro, que continua a sofrer até hoje. Os golpistas trataram de colocar em prática, de maneira imediata, a política de terra arrasada contra o povo brasileiro. Congelaram por vinte anos o gasto com saúde, educação, segurança, infraestrutura e todas políticas sociais, retirando mais de R$ 500 bilhões destas áreas, com o intuito de acabar com o SUS e cobrar mensalidade nas universidades públicas. Aprovaram propostas como a Lei da Terceirização –que permite a contratação de trabalhadores terceirizados até mesmo para as atividades-fim das empesas– e o fim das leis trabalhistas, que suprime conquistas e promove um retrocesso de décadas na luta pelos direitos e garantias da classe trabalhadora.

“Também promoveram o desmonte dos bancos públicos, com o desvio de sua função social e reestruturações que diminuem o contingente de trabalhadores, a retirada de bilhões do BNDES, da Caixa (Econômica Federal), do Banco do Brasil e do Banco do Nordeste, reduzindo a capacidade destes concederem financiamentos e promoverem investimentos que contribuiriam com a retomada do desenvolvimento socioeconômico do país”, apontou Juvandia Moreira, presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).

E não para por aí. A tentativa de atacar à Previdência Pública, impedida pelo povo, que foi às ruas contra mais essa barbaridade, fracassou. Porém, ainda é um objetivo dos representantes do governo, que só pensam em beneficiar a eles mesmos e àqueles que financiaram o golpe.

Os argumentos eram de que em seis meses a economia ia se recuperar, mas o desemprego só cresce. Além disso condenaram milhões de brasileiros à miséria e a fome. O rombo nas contas do governo, nos últimos dois anos, foi de mais de R$ 270 bilhões

Quem lucrou com isso foi o mercado financeiro. Os cinco dos maiores bancos do país obtiveram lucro líquido de mais de 70 bilhões ano passado.

“Se de um lado a eletricidade, o gás de cozinha e os combustíveis não param de subir, do outro foram perdoados R$ 25 bilhões em multas do Itaú, além de R$ 1trilhão em isenção de impostos para as petroleiras internacionais”, lembrou a presidenta da Contraf-CUT.

Mobilização contra o golpe
Para Juvandia, conforme o golpe foi se aprofundando, foi ficando claro para um número cada vez maior da população, da juventude e da classe trabalhadora que o impeachment não tinha nada a ver com o fim da corrupção, e sim que visava colocar em marcha a retirada dos direitos do povo.

“Todo esse conjunto de ataques e caça aos direitos vem demonstrando para o povo brasileiro que a única forma de derrotar o golpe é por meio da mobilização popular. As instituições do Estado brasileiro, todas elas, tornaram-se reféns e completamente controladas pelos golpistas. Tudo isso em apenas dois anos. Por isso, só a organização e a luta do povo nas ruas podem impedir que este cenário se amplie e piore”, afirmou.

Fonte: Contraf-CUT

O Comitê Executivo do Banco Itaú aprovou, nesta semana, duas medidas para garantir o direito de pagamento do Programa Próprio de Remuneração (PPR) para funcionárias em licença-maternidade. As novas ações ajustam pontos que impactavam as mulheres e sua ascensão profissional.

Com a decisão, as colaboradoras participantes do PPR, que estiveram em licença-maternidade, terão suas avaliações de performance realizadas com base apenas no período trabalhado, sem que sua posição seja contabilizada para a curva forçada.

Desta forma, o pagamento deverá ocorrer de forma integral e não mais proporcional.

De acordo com Jair Alves, coordenador da Comissão dos Empregados do Itaú, a Contraf-CUT há muito tempo cobra uma posição do banco sobre essas medidas meritocratas que existem dentro dos programas.  “Acreditamos que esse direito deve ser estendido não só para as funcionárias em licença-maternidade, mas também a todos os trabalhadores que estiverem afastados”, afirmou.

As novas ações já começam a valer no período de 2018.

Fonte: Contraf-CUT

A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú se reuniu com o banco, na segunda-feira (18), para discutir a manutenção do emprego dos 80 funcionários excedentes em Salvador (BA), que trabalhavam na central de atendimento do Citibank. "Nosso olhar imediato é com as consequências da incorporação do Citibank, em específico com os 80 funcionários que o banco alega como sendo excedente em Salvador", explicou Jair Alves, coordenador da COE Itaú.

Para solucionar o problema, foi criado um Grupo de Trabalho, semelhante ao Grupo de Trabalho (GT) de Saúde, para discutir a questão do emprego (demissões e contratação), da realocação e requalificação.

A reunião também debateu os avanços para o Programa de Oportunidade de Carreira (POC). O Banco revelou que aprimorou o sistema e agora é possível segmentar a busca de vagas disponíveis por estado, cidade e região.

GT de Saúde

Antes do encontro com o COE, o banco se reuniu com o GT de Saúde e aceitou avaliar o limite do desconto das dívidas referentes ao adiantamento de salário dos casos de afastamento por questão de saúde, com o limite em 30% dos salários e em 50% da PLR. Mas, não é possível ainda divulgar que o banco aceitou isso, pois foi aceito na mesa, mas isso será levado para o banco validar e depois terá que ser assinado um termo.

Outro ponto debatido foi o retorno ao trabalho após alta. O banco não aceita incorporar no acordo a clausula de estabilidade, ponto fundamental para os representantes dos trabalhadores. Eles pedem ainda a exclusão do processo de avaliação enquanto o bancário estiver no programa de readaptação.

Fonte: Contraf-CUT

Os quatro maiores conglomerados bancários do país – Itaú Unibanco, Bradesco, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal – fecharam o ano de 2017 com 78,5% do mercado de crédito. É o que apontou o Banco Central (BC) por meio do Relatório de Estabilidade Financeira do segundo semestre do ano passado, divulgado nesta terça-feira (17). Outro dado revelado: os mesmos bancos detêm 76,35% dos depósitos de correntistas do país.

Os números ficaram praticamente estáveis em relação aos registrados no mês de junho de 2017, quando essas instituições financeiras detinham 78,65% de todas as operações de crédito, e 76,74% dos depósitos bancários do país.

Em 2007, as quatro maiores instituições financeiras possuíam 54,6% das operações de crédito e 59,34% dos depósitos, indicador que mostra que a concentração bancária era muito menor no país há dez anos.

Os dados foram divulgados em um momento de questionamento da concentração de mercado e do impacto disso nos juros bancários, que continuam em patamar elevado em relação ao resto do mundo, mesmo em um cenário de redução da taxa básica da economia, fixada pelo Banco Central. Atualmente, a taxa está na mínima histórica de 6,5% ao ano.

Com relação ao lucro dos maiores bancos no ano passado, ele voltou a crescer, após ter recuado quase 20% em 2016.

Somados, os ganhos das quatro maiores instituições financeiras com ações listadas na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) – Itaú Unibanco, Banco do Brasil, Bradesco e Santander – alcançaram R$ 57,63 bilhões em 2017 frente a R$ 50,29 bilhões em 2016 , que corresponde a uma alta de 14,6%.

O lucro da Caixa Econômica Federal, por exemplo, disparou 202,6% e foi para R$ 12,5 bilhões.

No relatório de estabilidade financeira, a autoridade monetária avaliou que a rentabilidade dos bancos foi “fortemente beneficiada pela queda das despesas de provisão para fazer frente às eventuais perdas” e acrescentou que o “nível de provisionamento da carteira de crédito permanece adequado ao seu perfil de risco”.

Capital robusto. No relatório divulgado na terça-feira sobre as instituições financeiras, o Banco Central também avaliou que o sistema bancário “dispõe de capital robusto, em nível e qualidade, para suportar os riscos assumidos e a retomada da concessão de crédito”.

“O risco de liquidez, ou seja, a falta de recursos para honrar compromissos, continua a apresentar pouca preocupação para o sistema bancário, e a perspectiva é de manutenção do baixo risco para o primeiro semestre de 2018”, acrescentou a instituição em comunicado.

No relatório, a autoridade monetária também apontou que o maior motivo de preocupação do sistema financeiro do país passou a ser o cenário político e o risco fiscal, no lugar de recessão e inadimplência.

Juros do cheque especial variam de 20% a 500% ao ano

Brasília. A diferença entre os juros cobrados em um banco ou outro no cheque especial pode variar até 26 vezes, do mais barato ao mais caro, em 29 instituições financeiras que oferecem esse tipo de crédito no Brasil. Dados do Banco Central com base nas taxas médias praticadas pelos bancos mostram que a taxa do cheque especial começa em 20,45% ao ano e chega a 526,13%, no período entre março e abril deste ano.

Entre os dez bancos que cobram as taxas mais altas do mercado, estão na lista os cinco maiores bancos do país: Bradesco, Caixa Econômica Federal (CEF), Itaú Unibanco, Banco do Brasil (BB) e Santander.

O cheque especial é uma linha de crédito emergencial, que permite ao correntista gastar um certo limite definido pelo banco, mesmo que ele não tenha dinheiro na conta. Por ser uma linha de curto prazo, os juros estão entre os mais altos do mercado, atrás apenas daqueles do cartão de crédito.

Novas regras. Em fevereiro, a taxa média cobrada pelos bancos nessa modalidade era de 324,1% ao ano. Uma das explicações dadas pelos bancos é a taxa de inadimplência. Ela era de 13,56% em fevereiro, enquanto o rotativo do cartão estava em 33,16%, segundo a autoridade monetária.

Para tentar reduzir as taxas, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) já anunciou uma nova regra, que vai obrigar os bancos a oferecer opções mais vantajosas de crédito para quem utilizar mais que 15% do limite do cheque especial por 30 dias, para dívidas acima de R$ 200.

O parcelamento deverá estar entre as alternativas que os bancos vão oferecer à dívida do cheque especial. As novas regras entram em vigor no dia 1º de julho.

Cartões de lojas têm taxa de juros de mais de 800%

A Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste) realizou um levantamento entre 37 cartões de loja e apontou que os juros podem chegar a 875% ao ano.

Os cartões de marcas próprias, também conhecidos como “private label”, são cada vez mais populares entre os consumidores, porém os juros podem ser abusivos, é o alerta da Proteste. Em meio a tantas facilidades para adquiri-lo, é preciso muita cautela.

A anuidade dos cartões também foi um fator avaliado pela Proteste. Na maioria das vezes, as lojas prometem não cobrar dos consumidores, porém a entidade constatou que a realidade é bem diferente. Entre os avaliados e que não possuem anuidade, por exemplo, estão os das lojas Riachuelo e Renner (ambos para os cartões que só permitem comprar na própria loja).

Fonte: O Tempo