Maio 01, 2025
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Imprensa

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As tradicionais feijoadas mensais que acontecem em nossa Sede de Duque de Caxias e em nossa SubSede de Nova Iguaçu, já tem datas definidas no mês de outubro:

Dia 19/10 - SubSede de Nova Iguaçu

Dia 25/10 - Sede de Duque de Caxias

Esperamos todas as bancárias e bancários para mais dois eventos imperdíveis e deliciosos.

Até lá!

Uma pesquisa realizada pelo Comando Nacional dos Bancários, com mais de 35 mil trabalhadores da categoria, revelou que 79% não votarão em deputados e senadores que aprovaram a "reforma" trabalhista. Para o presidente do Sindicato dos Bancários do ABC, Belmiro Moreira, o levantamento é reflexo da conscientização da categoria sobre os direitos sociais e da busca por candidatos alinhados aos interesses dos trabalhadores.

"Tem que eleger um representante comprometido com a classe trabalhadora, com o povo brasileiro, com o povo pobre, aqueles que precisam de uma legislação que garanta direitos e de um governo que pense em desenvolvimento econômico e distribuição de renda", disse o sindicalista.

Segundo a CUT, com base em levantamento do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), o texto da "reforma" trabalhista foi aprovado por 296 votos na Câmara dos Deputados, entre eles, o candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro (PSL). No Senado, a legislação alcançou 50 votos. 

Ao repórter Leandro Chaves, do Seu Jornal, da TVT, lideranças sindicais apontaram ainda que, em menos de um ano após a vigência da nova legislação (Lei 13.467), a retirada de direitos históricos vem sendo sentida por diversas categorias, mas principalmente entre vigilantes, faxineiros e porteiros. Entre os bancários a "reforma" é reprovada por 73% dos trabalhadores.

Conheça aqui os parlamentares que votaram pela retirada de direitos dos trabalhadores. 

Assista à reportagem completa:

 https://youtu.be/zqRwHubLj34

 

Fonte: Rede Brasil Atual

Apesar da perda de direitos na hora da rescisão, a demissão por comum acordo entre patrão e trabalhador, sem a presença do sindicato da categoria, criada pela reforma Trabalhista do ilegítimo e golpista Michel Temer (MDB-SP), tem aumentado no País, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho.

De acordo com o Caged, desde a aprovação da nova legislação, em novembro do ano passado, 109.508 trabalhadores e trabalhadoras assinaram acordos para rescindir os contratos de trabalho e, com isso, perderam o direito ao seguro-desemprego, receberam metade do aviso-prévio (em caso de indenização) e apenas 20% da multa do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) paga pelo patrão - e não mais os 40% a que tinha direito.

Na hora de sacar os valores depositados na conta individual do FGTS, outro baque: quem assina esse tipo de acordo pode tirar 80% do total. Os 20% restantes ficam depositados e serão incorporados aos valores que forem depositados no futuro, se o trabalhador ou trabalhadora conseguir emprego com carteira assinada. Se não conseguir mais emprego com carteira assinada, poderá sacar somente quando se aposentar ou caso utilize o valor para financiamento da casa própria ou para adquirir linhas de crédito que utilize o FGTS como garantia. 

Para a secretária de Relações do Trabalho da CUT, Graça Costa, o aumento das demissões por acordo mostram cada vez mais os efeitos nefastos da reforma Trabalhista. Segundo ela, a multa de 40% sobre o FGTS e demais verbas funcionavam como um mecanismo de limitação à alta taxa de rotatividade e davam certa proteção aos trabalhadores e trabalhadoras empregados.

“Com esse recorte das verbas rescisórias, principalmente da multa do FGTS, a tendência é que aumente mais ainda a rotatividade e, pior, que haja uma contínua queda da renda salarial, pois as empresas optarão por contratos de trabalho precários e temporários para preencher as vagas abertas pelos que saíram do emprego mediante acordo”.

Perfil dos trabalhadores que fazem acordo

Levantamento feito pela subseção do Dieese da CUT mostra que a média salarial e o tempo de serviço dos trabalhadores e trabalhadoras que assinaram esse tipo de acordo são maiores do que todas as outras modalidades de demissão. Enquanto a média salarial dos demitidos sem justa causa (maioria dos casos) é de R$ 1.740,20, a média dos desligados por “comum acordo” é de R$ 2.135,66.

Os trabalhadores que foram demitidos por acordo com patrão tinham, em média, três anos e nove meses de empresa. Já os que foram demitidos sem justa causa trabalhavam, em média, dois anos e sete meses na empresa. 

Caged

Em novembro de 2017, o Cageg registrou 855 desligamentos por comum acordo entre patrão e trabalhador. Em dezembro, um mês após a mudança na lei, foram fechados 5.841 acordos. Já em agosto deste ano, último dado disponível, o total chegou a 15.010.

Somente em agosto, 74,5% dos casos de demissão por acordo foram no serviço e comércio. Os estados das Regiões Sul e Sudeste foram os que apresentaram os maiores números: São Paulo, com 3.952 acordos, seguido por Paraná (1.445), Santa Catarina (1.259), Minas Gerais (1193), Rio Grande do Sul (1166) e Rio de Janeiro (1045).

As ocupações mais sujeitas a esse tipo de acordo, em que o negociado prevalece sobre os direitos históricos garantidos pela lei, foram vendedores de comércio e varejistas, auxiliares de escritório, assistentes administrativo, vigilantes e faxineiros.

O que perde o trabalhador que negocia sozinho a demissão:

- 50% do aviso-prévio e da multa do saldo do FGTS 

- perde o direito de receber 40% da multa das verbas rescisórias e recebe apenas 20%

- perde o direito de acessar o seguro-desemprego

- não consegue sacar o valor total do FGTS, somente 80%

 

 

Fonte: CUT

A queda do emprego e da renda prejudica a recuperação da economia, afirma a Confederação Nacional da Indústria (CNI), entidade inspiradora da "reforma" trabalhista, aquela que viria recuperar o emprego e a renda. Ao divulgar nesta terça-feira (2) indicadores do setor, a CNI informou que apenas o faturamento "apresenta tendência clara de reação".

De acordo com a entidade empresarial, de julho para agosto o emprego na indústria ficou praticamente estável, variando -0,1%. O rendimento médio caiu 0,4%, na quinta retração seguida – desde maio, varia -0,5%. No ano, acumula redução de 1,8% em comparação com igual período de 2017, enquanto a massa salarial cai 1,4%.

"A fragilidade do emprego e a queda do rendimento e da massa real de salários desestimulam o consumo. O baixo consumo limita a produção. Com isso, as horas trabalhadas caíram e a ociosidade continua elevada, o que dificulta a retomada da economia", afirma o economista da CNI Marcelo Azevedo.

Na pesquisa da entidade, apenas o faturamento mostra resultado consistente, com alta de 2,5% no mês e de 5,5% no ano. As horas trabalhadas aumentaram 1% em agosto, ante julho, e 0,8% em 2018. Segundo o economista, esse último índice "vem alterando variações positivas e negativas, sem apresentar tendência definida" desde o início do ano.

A utilização da capacidade instalada atingiu 78,1% em agosto, 0,5 ponto acima do mês anterior. É o terceiro crescimento seguido, o que faz o indicador se aproximar do nível de abril (78,3%), antes da paralisação dos caminhoneiros.

O IBGE informou nesta terça-feira (2) que a produção industrial variou -0,3% de julho para agosto, na segunda taxa negativa seguida. Na comparação com agosto do ano passado, a atividade sobe 2%, terceiro resultado positivo consecutivo, mas o menos intenso. Em 12 meses, a produção cresce 3,1%.

Fonte: Rede Brasil Atual

Se depender da agenda dos candidatos de perfil conservador, as mulheres deverão fazer do movimento #EleNão um fórum permanente de lutas contra retrocessos. O líder das pesquisas de intenção de voto, Jair Bolsonaro (PSL), alvo das manifestações deste domingo (29), menciona a palavra mulher apenas uma vez. E no título de um gráfico: "Outro exemplo de mudança ideológica – Combater o estupro de mulheres e crianças."

A julgar pelo programa de governo do candidato do PSL, as trabalhadoras não terão políticas políticas públicas que contemplem suas bandeiras de luta. A palavra aparece uma só vez, mas com uma conotação que tenta desqualificar aquela que caracteriza a mulher que trabalha para se sustentar e a seus filhos e familiares.

“Chega de carimbos, autorizações e burocracias. A complexidade burocrática alimenta a corrupção. Faremos um governo que confiará no cidadão, simplificando e quebrando a lógica que a esquerda nos impôs de desconfiar das pessoas corretas e trabalhadoras. Não continuaremos a tratar a exceção como regra, o que prejudica a maioria dos seguidores da lei”, diz um trecho do programa do candidato.

As mulheres podem acusar Bolsonaro de tudo, menos de incoerente. Seu programa registrado no Tribunal Superior Eleitoral é fiel a posicionamentos seus, como o de que as mulheres devem ganhar salários menores que os homens porque engravidam – "quando ela voltar (da licença-maternidade), vai ter mais um mês de férias, ou seja, trabalhou cinco meses em um ano”, afirmou o candidato em entrevista.

Mulher vice

Geraldo Alckmin (PSDB), que tem uma mulher como vice – a ruralista Ana Amélia Lemos (PP-RS) – é bastante vago nas duas vezes em que menciona o termo mulher em seu programa. Na primeira, diz que “vamos estabelecer um pacto nacional para a redução de violência contra idosos, mulheres e LGBTI e incentivar a criação de redes não-governamentais de apoio ao atendimento de vítimas de violência racial e contra tráfico sexual e de crianças”.

E na segunda, “a redução das desigualdades sociais exigirá um sério comprometimento do governo, para melhorar a qualidade da educação, ampliar o acesso à saúde, combater a violência e promover o respeito às mulheres, idosos e minorias.”

A exemplo de Bolsonaro, o tucano também não menciona a palavra "trabalhadora".

Henrique Meirelles (MDB) é outro que cita mulheres apenas duas vezes, e ignora totalmente as trabalhadoras. Em sua proposta, “as mulheres, por exemplo, trabalham, em média, três horas por semana a mais do que os homens, combinando trabalhos remunerados, afazeres domésticos e cuidados de pessoas. Mesmo assim, e ainda contando com um nível educacional mais alto, ganham, em média, 76,5% do rendimento dos homens”.

Mais para frente, o texto promete “incentivar a redução da diferença salarial entre homens e mulheres, respaldado pela nova lei do trabalho aprovada em 2017”. Nada mais.

Álvaro Dias (Podemos), Cabo Daciolo (Patriota), Eymael (DC) e Amoedo (Novo), que juntos somam 8% das intenções de votos, não mencionam a palavra mulher nenhuma vez em seus programas de governo. É como se elas não existissem.

O que dedica mais espaço e propostas à mulher é Guilherme Boulos (PSol). O termo aparece 125 vezes ao longo do programa e um capítulo inteiro intitulado "É pela vida das mulheres", sobre trabalho, educação, saúde, inclusão e muito mais.

No programa de Ciro Gomes (PDT), o termo aparece 41 vezes. O candidato dedica um capítulo, intitulado “Respeito às mulheres”.

Na proposta de Fernando Haddad (PT), há um tópico inteiro com políticas para as mulheres, visando a igualdade de gênero. Ao todo, a palavra mulher aparece 34 vezes. 

Já no programa de Marina Silva (Rede), o termo aparece nove vezes. Entre outras coisas, a candidata promete ampliar políticas de prevenção à violência contra a mulher, combater o feminicídio, qualificar a rede de atendimento às vítimas, criar políticas contra a discriminação no mercado de trabalho para garantir igualdade salarial para mulheres e homens que exerçam as mesmas funções.

Outros que se lembraram das mulheres em seus programas são João Goulart Filho (PPL), que em 20 situações se refere à mulher, e Vera (PSTU), em quatro.

 

Fonte: Rede Brasil Atual

A queda do emprego e da renda prejudica a recuperação da economia, afirma a Confederação Nacional da Indústria (CNI), entidade inspiradora da "reforma" trabalhista, aquela que viria recuperar o emprego e a renda. Ao divulgar nesta terça-feira (2) indicadores do setor, a CNI informou que apenas o faturamento "apresenta tendência clara de reação".

De acordo com a entidade empresarial, de julho para agosto o emprego na indústria ficou praticamente estável, variando -0,1%. O rendimento médio caiu 0,4%, na quinta retração seguida – desde maio, varia -0,5%. No ano, acumula redução de 1,8% em comparação com igual período de 2017, enquanto a massa salarial cai 1,4%.

"A fragilidade do emprego e a queda do rendimento e da massa real de salários desestimulam o consumo. O baixo consumo limita a produção. Com isso, as horas trabalhadas caíram e a ociosidade continua elevada, o que dificulta a retomada da economia", afirma o economista da CNI Marcelo Azevedo.

Na pesquisa da entidade, apenas o faturamento mostra resultado consistente, com alta de 2,5% no mês e de 5,5% no ano. As horas trabalhadas aumentaram 1% em agosto, ante julho, e 0,8% em 2018. Segundo o economista, esse último índice "vem alterando variações positivas e negativas, sem apresentar tendência definida" desde o início do ano.

A utilização da capacidade instalada atingiu 78,1% em agosto, 0,5 ponto acima do mês anterior. É o terceiro crescimento seguido, o que faz o indicador se aproximar do nível de abril (78,3%), antes da paralisação dos caminhoneiros.

O IBGE informou nesta terça-feira (2) que a produção industrial variou -0,3% de julho para agosto, na segunda taxa negativa seguida. Na comparação com agosto do ano passado, a atividade sobe 2%, terceiro resultado positivo consecutivo, mas o menos intenso. Em 12 meses, a produção cresce 3,1%.

 

Fonte: Rede Brasil Atual

Na comparação com o salário médio dos homens, em 2017, as mulheres encerraram o ano ganhando 17,46% a menos que os trabalhadores do sexo masculino, revelam os dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), do Ministério do Trabalho, divulgados na sexta-feira (28). A discrepância salarial acompanhada da divisão de gênero reflete um conjunto de práticas culturais, segundo o diretor técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio.

Em entrevista à jornalista Marilu Cabañas, da Rádio Brasil Atual, o diretor técnico destacou que em muitas gestões é comum que as práticas salariais adotadas para as mulheres sejam menores, apresente desvantagens na permanência dentro do mercado de trabalho, restrinja sua participação em ocupação de baixa remuneração e relativize a cultura do trabalho duplo e de cuidados.

"Isso as afastam destas condições de igualdade de presença no mercado de trabalho e essa desigualdade acaba conferindo a elas a desigualdade salarial", avalia Clemente sobre o levantamento, que indica o fechamento do salário dos homens em R$ 3.181, enquanto o das mulheres em R$ 2.708, 85,1% da remuneração masculina. 

Para ele, a lenta variação positiva que o Brasil vem apresentando, com um crescimento de 1,8% no salário das mulheres na comparação com 2016, passa pela criação de condições objetivas, culturais e que permitam a ascensão da força feminina no mercado de trabalho.

 

Fonte: Rede Brasil Atual

Em nota pública, divulgada nesta segunda-feira (1º), o Ministério Público do Trabalho (MPT) adverte que vai fiscalizar e multar o direcionamento, a imposição e a coação de empresas pelo voto dos seus funcionários. A advertência decorre da atuação de empresários que, em favor de posicionamentos políticos alinhados, vêm buscando interferir e intimidar os funcionários quanto à escolha dos candidatos destas eleições. Para o MPT, trata-se de violação trabalhista

Nesta semana, o dono da rede de lojas Havan, Luciano Hang, publicou vídeo em rede social ameaçando os trabalhadores para votar em Jair Bolsonaro (PSL), citando a "opção" como a única saída contra a esquerda. Conhecido pelo envolvimento na campanha a favor do candidato do PSL, o empresário afirma ter pesquisas sobre a intenção de votos dos seus empregados. 

"Se você não for votar, anular seu voto ou votar branco, depois do dia 7 de outubro, ganha a esquerda e vamos virar uma Venezuela", afirma Hang, em um trecho do vídeo em que aponta que 30% dos trabalhadores de suas lojas não definiu o voto em algum candidato.

Ele afirma ainda que os cerca de 15 mil funcionários de sua rede de lojas perderão seus empregos, em caso de uma "vitória da esquerda", numa alusão indireta ao candidato do PT, Fernando Haddad, um dos favoritos a passar para o segundo turno, de acordo com as pesquisas eleitorais.

Alegando "preocupação com o rumo eleitoral", o fundador da rede paranaense de supermercados Condor, Pedro Joanir Zonta, também pode estar constrangendo os trabalhadores da empresa a votarem no candidato do PSL.

Em uma carta atribuída a Zonta que circula nas redes, o fundador lista motivos para que os trabalhadores do grupo não escolham um candidato da esquerda. Entre eles, diz o texto, porque esses candidatos defendem o "fim da família".  Até o fechamento desta matéria, nem a empresa, nem o empresário haviam desmentido a elaboração ou a autoria da mensagem.

Constrangimento

Na prática, de acordo com a nota do MPT, comunicados semelhantes aos dos empresários ou direcionamento de votos como meio para a manutenção dos empregos caracterizam discriminação em razão de orientação política e violam o direito fundamental de escolha. Se comprovada a ação irregular, a empresa poderá ser alvo de investigação e ação civil pública do órgão.

A nota defende a "liberdade de consciência, convicção política ou filosófica, a intimidade e a vida privada" são direitos fundamentais assegurados a homens e mulheres no artigo 5º da Constituição Federal de 1988, que devem ser respeitados no âmbito das relações de trabalho".

O documento assinado pelo procurador-geral do Trabalho, Ronaldo Curado Fleury, afirma que o órgão coloca-se à disposição da sociedade para recebimento de denúncias, anônimas ou não, por meio do site www.mpt.mp.br.

O MPT "atuará, nos limites de suas atribuições, investigando denúncias de violações ao direito fundamental à livre orientação política no campo das relações de trabalho, no combate a toda e qualquer forma de discriminação, promovendo, para tanto, as medidas judiciais e extrajudiciais cabíveis".

 

Fonte: Rede Brasil Atual

A Contraf-CUT representa 108 sindicatos e oito federações de empregados do setor financeiro em todo o Brasil. Boa parte atuando em bancos públicos federais ou regionais. Nossa prioridade é atuar pelo fortalecimento da categoria bancária de forma que possamos manter nossas conquistas e ampliar nossos direitos.

Por isso, diante das eleições que se avizinham, nas quais dois projetos tão distintos estão em disputa, manifestamos nossa posição de forma que os trabalhadores escolham, no próximo dia 7, parlamentares e governantes que respeitem a luta empreendida por nossa entidade há mais de uma década e pela Central Única dos Trabalhadores há mais de 30 anos.

Repudiamos candidatos e candidatas que defendem as privatizações e atacam as empresas públicas, ignorando o papel fundamental que têm na construção da riqueza de nosso país, na promoção de justiça social. Privatizar as empresas e os bancos públicos resultará em mais desemprego, na redução do crédito, na elevação da taxa de juros, no comprometimento do desenvolvimento econômico. Um Brasil sem a Caixa Econômica Federal, por exemplo, tornaria inviável o sonho da casa própria, já que 69% do crédito habitacional é financiado por ela. Sem o Banco do Brasil e o Banco do Nordeste, responsáveis por 70% do crédito agrícola, os alimentos seriam tão caros que a fome se alastraria pelo país.

Manifestamos nosso apoio a candidatos e candidatas de partidos que sempre estiveram ao lado da classe trabalhadora, que votaram contra a terceirização e o desmonte trabalhista, e que pautam sua atuação no sentido de promover a criação de empregos com respeito aos direitos – e não as vagas precárias de um trabalho degradante. Candidatos e candidatas que não compactuem com a proposta de reforma da Previdência dos golpistas, voltada unicamente à destruição da aposentadoria pública.

Temos de eleger deputados e deputadas, senadores e senadoras, governadores e governadoras, e um presidente da República que estejam ao lado do povo, e não do sistema financeiro. Que enxerguem na distribuição de renda e na inclusão social o caminho para fomentar o crescimento do nosso país. E que pautem sua atuação pela defesa da democracia, dos direitos da cidadania, do respeito à diversidade e à igualdade de oportunidades para todos e todas.

As eleições são um momento supremo da cidadania e de um Estado democrático. Não abra mão de ir às urnas fazer sua escolha, defender seus direitos e o futuro do nosso país. Não permita que definam, por você, como serão os próximos quatro anos. Exerça seu direito ao voto com amor e sabedoria!

Fonte: Contraf-CUT

O relatório sobre Comércio e Desenvolvimento divulgado na semana passada pela Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad, na sigla em inglês) é como um atestado de fracasso da proposta do livre comércio e um xeque-mate das virtudes propagadas pelos seus defensores, economistas ortodoxos e empresários à frente.

O documento repete o diagnóstico de emperramento da economia mundial divulgado uma semana antes também pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) com dose dupla de más notícias, o rebaixamento da previsão de crescimento do Brasil neste ano e o alerta de que a expansão econômica global parece ter atingido seu pico com intensificação dos riscos dada a escalada protecionista, o aperto financeiro nos países emergentes e riscos políticos generalizados.

 
 

A conclusão principal do estudo da Unctad, com o título sugestivo “Poder, plataformas e a desilusão com o livre comércio”, é que as grandes empresas aumentaram continuamente sua fatia nas exportações totais e agora dominam o comércio internacional. “Ironicamente, essa tendência intensificou-se desde a crise financeira global de 2008, o que põe em destaque o poder de mercado desproporcional de poucos e os ganhos desmesurados apropriados pelo topo da pirâmide”.

O domínio crescente do comércio por grandes empresas desde meados da década de 1990 é uma das características centrais da economia mundial contemporânea, segundo os economistas da Unctad. Entre as firmas exportadoras, o 1% do topo respondeu, em média, por 6 de cada 10 dólares de exportação. Em algumas estimativas, apenas 10 empresas, em média, respondem por 4 de cada 10 dólares ganhos no exterior.

A pesquisa da Unctad mostra também que, tanto para os países desenvolvidos quanto para aqueles em desenvolvimento, a integração nas cadeias globais de valor está relacionada ao declínio da participação da produção doméstica de valor adicionado por parte de cada país nas suas próprias exportações.

Segundo o organismo, o comércio sob hiperglobalização não conseguiu promover mudanças estruturais amplas em países em desenvolvimento e contribuiu para o aumento da desigualdade mundial. O relatório mostra que o aumento na lucratividade das principais corporações transnacionais, junto à sua crescente concentração, agiram como uma força importante de compressão da parcela da renda do trabalho no produto global e exacerbaram assim a desigualdade de renda.

Para o secretário-geral da Unctad, Mukhisa Kituyi, “a ansiedade crescente nos países desenvolvidos, atingidos também pelos danos da hiperglobalização, leva-os a cada vez mais a questionar a versão oficial sobre os benefícios compartilhados decorrentes do livre comércio”. Essas preocupações somam--se à apreensão crescente entre os países em desenvolvimento sobre a propalada eficácia do funcionamento do sistema de comércio internacional, em especial quanto aos supostos benefícios para essas economias.

O relatório constata que o rápido crescimento das exportações das economias de industrialização mais recente na Ásia, em especial daquelas da China, está associado à redução da fatia dos países desenvolvidos nas exportações mundiais, de três quartos do total em 1986 para apenas metade em 2016. Durante esse período, na maior parte dos outros países em desenvolvimento a parcela das exportações manteve-se constante ou em alguns casos até declinou, exceto durante a fase de elevação temporária do super-ciclo de altos preços das commodities.

Excluindo a China, a participação de Rússia, Índia, Brasil e África do Sul na produção global subiu de 3,7% em 1990 para cerca de 7,4% em 2016. Em contraste, quando a China é adicionada, a participação dos BRICS aumenta de 5,4% para 22,2% durante esse período.

A disparidade é ainda maior no que se refere à indústria. Em 2016, o Leste Asiático foi responsável por 7 de cada 10 dólares ganhos pelo mundo em desenvolvimento a partir das exportações de manufaturados. Não é só isso.

Desde 1995, apenas as economias em desenvolvimento do Leste Asiático abrigam, em grau significativo, matrizes de várias das principais corporações transnacionais, registrando uma parcela crescente dos lucros gerados pelas duas mil maiores corporações multinacionais do mundo, de 7% em 1995 para mais de 26% em 2015.

“À medida que mais países em desenvolvimento passaram a depender dos mercados globais, tornaram-se mais dependentes de uma faixa restrita de exportações”, alerta o documento, que associa essa situação à disseminação de cadeias de valor globais e às dificuldades de “subir a escada do desenvolvimento na ausência de um estado desenvolvimentista forte”.

Essas cadeias, prosseguem os autores do estudo, têm sido uma característica de longa data do comércio de commodities e não é surpresa que, desde 1995, 18 dos 27 países em desenvolvimento analisados tenham experimentado aumentos na participação das indústrias extrativas no valor agregado das exportações, no conhecido fenômeno da reprimarização.

As perspectivas a partir do levantamento da Unctad são desalentadoras. “Nesse mundo de "o ganhador leva tudo", não surpreende que novos participantes e exportadores menores tenham uma taxa de sobrevivência baixa, com três de quatro empresas abandonando o negócio de exportação depois de dois anos e com as empresas em países em desenvolvimento em situação pior do que as dos países desenvolvidos.”

O agravamento da desigualdade relacionada ao comércio, prosseguem os analistas, reflete uma combinação de elevação dos lucros dos ativos intangíveis, maiores rendimentos abocanhados pela matriz e redução dos custos de produção. Um quadro de doença grave da economia mundial, concluem os autores do relatório, da qual as guerras comerciais são só um sintoma.

O retrato devastador traçado pela Unctad alimenta expectativas quanto a uma eventual manifestação do Banco Mundial, a instituição que contribuiu, mais do que qualquer outra, para o aumento das condições de liberalização comercial e, como sublinha o economista Robert Wade, “tratou-a como a rainha das políticas, não apenas uma entre várias, dizendo que a política de livre comércio limitaria os danos das intervenções governamentais no mercado”.

 

Fonte: Carta Capital