Maio 01, 2025
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Atingida diariamente com campanhas contra o serviço estatal, a sociedade ainda não percebeu o quanto pode ser nociva para a vida dos brasileiros a privatização dos bancos públicos. Essa é a avaliação da economista Esther Dweck, ex-secretária de Orçamento Federal e professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Durante quarta edição do evento Diálogos Capitais, na capital fluminense, nesta terça-feira (16), Esther explica a importância da presença do Estado no combate à crise e na aceleração do desenvolvimento econômico.

De acordo com a economista, só com a presença do sistema bancário privado os consumidores e as grandes empresas sairão perdendo. "As famílias que estão com dívidas por causas dos juros altíssimos dos bancos privados podem renegociar com os bancos públicos, reduzindo esses juros. As famílias perdem com a privatização. As empresas também, porque estão pegando dinheiro lá fora, criando dívida em dólar", observa, lembrando que nesse caso tornam-se reféns da política americana e das influências do mercado cambial especulativo. Assim, se o real se desvaloriza, o endividamento aumenta, como alerta a professora da UFRJ.

Esther Dweck criticou as medidas do governo de Michel Temer. De acordo com ela, a atual conduta de ajuste fiscal, que limita os gastos públicos por 20 anos e pretende mudar a política previdenciária, é um "remédio que mata o paciente". "A solução não é a saída do Estado. Falaram que era só tirar a Dilma, ou aprovar emendas constitucionais, que o crescimento econômico voltaria, mas até hoje estamos esperando", critica ela.

Promovido pela revista CartaCapital, com apoio da Federação Nacional das Associações de Empregados da Caixa (Fenae), o evento debateu o futuro dos bancos públicos, em meio ao cenário político do país pré-segundo turno.

 

Reprodução Emir Sader e Jair Ferreira
O sociólogo Emir Sader e o presidente da Fenae, Jair Ferreira, falam da importância de combater a cartelização do sistema bancário

Com mediação da jornalista Cynara Menezes, participaram também o doutor em Ciência Política e coordenador do Laboratório de Políticas Públicas da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), Emir Sader, e o presidente da Fenae (federação que reúne as associações de funcionários da Caixa), Jair Pedro Ferreira.

Ferreira afirma que os instrumentos públicos são os únicos possíveis para a redução desigualdade social no Brasil, já que são os principais financiadores de políticas públicas. "Há estados onde os bancos públicos públicos fazem 100% dos financiamentos habitacionais, como o Amazonas", afirma ele, que também chama a atenção para o aumento de desemprego com as privatizações.

Esther acrescenta que um próximo governo precisa se impor, através da Caixa, do Banco do Brasil e do BNDES para reativar a economia. Desde 2016, com a política de austeridade de Temer, as investimentos públicos caíram, junto com a economia.

"Os estados e municípios se financiam com os bancos públicos, sejam para saneamento, crédito imobiliário ou mobilidade, e grande parte dos recursos vem da Caixa, por exemplo. O investimento rural é feito pelo Banco do Brasil, como outro exemplo. Houve um desmonte da capacidade de financiamento, passando pela mudança de regras do BNDES, colocando ele como um grande vilão", lamenta.

Risco de privatizações

Com a crise financeira e institucional, Esther Dweck alerta que os ataques aos bancos públicos aumentam sob o modelo neoliberal. Numa competição com as empresas privadas, a Caixa e o Banco do Brasil sofrem pressão para ser privatizadas. "Eles querem concentrar o mercado entre os privados para possibilitar a cartelização", diz. 

Emir Sader lembra que o mercado vende como opção a privatização depois de enfraquecer o Estado. Alinhados ao setor privado durante o governo Temer, os bancos públicos abandonam concorrência e investimentos, como o corte de crédito, o fechamento de agências e o aumento das tarifas.

"Eles falam que 'quem não quiser defender esse Estado desfeito, vem para a esfera privada', o que é uma tentação. Porém, a esfera deles não é privada, mas mercantil. Quando os tucanos privatizaram o Banerj e Banespa, porque não queria fazer políticas sociais, eles não colocaram as ações nas mãos dos trabalhadores, mas deram ao mercado. Eles transformam o direito em mercadoria", conta o sociólogo.

Esther também rebate o argumento de defensores do controle do Estado pelo mercado, de que, com a retração do Estado, os bancos privados podem entrar nesses espaços com mais competência. Segundo ela, enquanto a economia brasileira crescia, parte da riqueza estava nos títulos privados, mas quando afundou, a maior parte da riqueza financeira foi para a dívida pública. "Ou seja, ela vai para a esfera financeira e não sai de lá. Quando você tira os bancos públicos, a economia enfraquece", explica.

 

Fonte: Rede Brasil Atual

A Organização das Nações Unidas (ONU) declarou em comunicado, nesta sexta-feira (12/10), estar "profundamente preocupada" com o clima de violência nas eleições do Brasil e apelou aos líderes nacionais.

"Pedimos aos líderes políticos e àqueles com influência que condenem publicamente qualquer ato de violência durante este período eleitoral delicado, e chamem todos os lados para que se expressem de forma pacífica e com o total respeito pelos direitos dos demais", disse a porta-voz da ONU Ravina Shamdasani.

Segundo o jornal Estadão, em declaração emitida em Genebra o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos enfatizou que considera "delicada" a situação brasileira, e pede investigações imparciais sobre os crimes registrados.

Depois do ataque a faca contra o candidato do Partido Social Liberal (PSL), Jair Bolsonaro, num ato de campanha em 6 de setembro, foram registrados nos últimos dias diversos casos de agressão por questões políticas, inclusive um homicídio.

Na segunda-feira, o mestre de capoeira Romualdo Rosário da Costa, conhecido como Moa do Katendê, foi assassinado a facada num bar de Salvador, após se envolver numa discussão na qual defendia o candidato do Partido dos Trabalhadores (PT), Fernando Haddad. O suspeito foi identificado como adepto de Bolsonaro.

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Questionado acerca do caso, o candidato do PSL respondeu: "A pergunta deveria ser invertida. Quem levou a facada fui eu. Se um homem que tem uma camisa minha comete um excesso, o que isso tem a ver comigo? Eu lamento, e peço às pessoas que não pratiquem isso, mas eu não tenho controle."

Na quarta-feira, num tuíte, ele voltou ao assunto em tom diferente: "Dispensamos voto e qualquer aproximação de quem pratica violência contra eleitores que não votam em mim. A este tipo de gente peço que vote nulo ou na oposição por coerência, e que as autoridades tomem as medidas cabíveis, assim como contra caluniadores que tentam nos prejudicar."

Numa segunda postagem, porém, afirmou haver um "movimento orquestrado forjando agressões" para prejudicar sua campanha, "nos ligando ao nazismo, que, assim como o comunismo, repudiamos".

Bolsonaro venceu o primeiro turno das eleições presidenciais brasileiras com 46,03% dos votos, seguido por Haddad, com 29,28%. O segundo turno, em que ambos se enfrentarão pela maioria absoluta dos votos, está marcado para 28 de outubro.

A declaração emitida pelas Nações Unidas não cita o nome de nenhum dos dois candidatos. Shamdasani frisou: "Condenamos qualquer ato de violência e pedimos investigações imparciais, efetivas e imediatas sobre tais atos."

"O discurso violento e inflamatório destas eleições, especialmente contra LGBTs, mulheres, afrodescendentes e aqueles com visões políticas diferentes, é profundamente preocupante, especialmente tendo em conta os relatos de violência contra tais pessoas", censurou a porta-voz da ONU.

 

Fonte: Carta Capital

Para o diretor técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio, as políticas para dar conta do desemprego, uma realidade para 12,7 milhões de brasileiros, segundo dados do IBGE, passam pela tomada de uma estratégia econômica que tenha como dinâmica a promoção de empregos e a valorização dos salários. "Isso é feito com grande atuação do Estado", ressalta o diretor técnico, em entrevista à jornalista Marilu Cabañas, da Rádio Brasil Atual.

"Agora, no segundo turno, a escolha de um candidato a presidente significará a escolha de uma trajetória para a economia brasileira", afirma Clemente, acrescentando ao problema do desemprego a relação com a informalidade, em que se estima que 33 milhões de pessoas estejam em ocupações precárias, sem direitos e proteções sociais. O que, segundo o diretor técnico, pode ser contornado com a retomada de obras públicas, programas sociais e iniciativas de valorização das empresas internas e estatais.

"É o emprego e a ocupação das pessoas que geram a atividade econômica, é o investimento na produção de infraestrutura, na geração de máquinas e tecnologia, que junto com a força do trabalho humano, gera capacidade de produzir na economia e é essa capacidade que, transformada em salários, gera o consumo e a dinâmica produtiva", descreve Clemente.

 

Fonte: Rede Brasil Atual

O WhatsApp permite ao usuário denunciar emissores de notícias falsas e tendenciosas, como forma de conter a disseminação cada vez maior deste tipo de conteúdo por aquela rede social. Neste período eleitoral, as fake news enviadas aos celulares dos eleitores é a principal tática da campanha de Jair Bolsonaro (PSL) para Presidente da República. "Se alguém está constantemente te enviando notícias falsas, denuncie", diz um vídeo tutorial da rede social.

Para fazer a denúncia, o usuário deve selecionar o nome do contato, clicar em "Denunciar" e, em seguida em 'Denunciar contato'. Não é possível denunciar contatos específicos dentro de um grupo, pode-se apenas denunciar todo o conteúdo que circula dentro do grupo de uma só vez.

Segundo o jornal "O Dia" dados do Relatório de Segurança Digital no Brasil, divulgados pela empresa de aplicativos PSafe, indicam que, apenas no primeiro trimestre deste ano foram detectadas cerca de 2,9 milhões de fake news no país, a grande maioria delas compartilhadas pelo WhatsApp, por seguidores do candidato Bolsonaro.

Já no segundo trimestre, o número cresceu 51,7% e alcançou a marca de 4,4 milhões. A região Sudeste foi a mais afetada com a disseminação de informações manipuladas, com cerca de 48% do total nacional.

Mensagens feitas para incitar violência também podem ser denunciadas para autoridades. Da mesma forma, para fazê-lo é necessário clicar em "Opções" na parte superior direita na página da conversa. Em seguida clicar em "Mais" e "Denunciar".

Confira o passo a passo:
Na conversa com a pessoa, clique na parte superior direita e selecione a opção 'Mais'

Em seguida, clique em 'Denunciar'

É possível bloquear o contato antes de denunciá-lo. Caso não queira bloquear e apagar as mensagens com os contatos, desmarque esta opção. Por fim, clique em 'Denunciar'

 

Fonte: Rede Brasil Atual

Encontro foi o primeiro realizado após corpo social rejeitar a proposta de novo Estatuto para a Caixa de Assistência

Estiveram reunidas na sede da ANABB na tarde desta quarta-feira, dia 10 de outubro, as entidades representativas de funcionários da ativa e aposentados do Banco do Brasil que compõem a Comissão Nacional de Negociação sobre a CASSI – ANABB, CONTEC, FAABB, AAFBB e CONTRAF.

O objetivo da reunião foi avaliar o resultado da votação que registrou 91.796 votos NÃO à  proposta de alteração estatutária da Cassi, bem como avaliar e debater os próximos passos a serem adotados para a superação do desequilíbrio financeiro do Plano de Associados da Caixa de Assistência.

Foram debatidos os seguintes temas pelas entidades:
•    o comunicado da Cassi que divulgou risco de insolvência e  atrasos nos pagamentos de prestadores;
•    os procedimentos a serem adotados para reabertura do processo de negociação com o Banco do Brasil, cabendo à diretoria da Cassi o fornecimento de dados para as partes;
•    os próximos passos para a construção de proposta dos funcionários para o equacionamento do fluxo de caixa, a liquidez e a solvência do Plano de Associados.

No debate realizado, foi concluída e definida as seguintes ações:
•    o comunicado da Cassi foi considerado uma iniciativa precipitada da diretoria da Caixa de Assistência, com o risco de prejuízos à reputação da Cassi, ao seu fluxo financeiro e para a relação com os prestadores;
•    foi elaborado ofício conjunto dirigido ao Banco do Brasil, assinado pela Comissão Nacional de Negociação, reivindicando a reabertura imediata das negociações entre a representação dos associados e o patrocinador;
•    foi solicitado às entidades signatárias do Memorando de Entendimentos de 2016 que formalizem uma proposta no menor espaço de tempo possível, a ser avaliada pela Comissão. Posteriormente será convocado um Encontro Nacional dos Funcionários do BB, aberto, para deliberação da respectiva proposta;
•    A convocação do Dia Nacional de Luta em Defesa da Cassi, a ser realizado em 18 de outubro, com cada entidade e sindicatos orientando sobre as atividades a serem realizadas em defesa da Cassi.

Uma próxima reunião da Comissão Nacional de Negociação sobre a Cassi foi agendada para o dia 17 de outubro, novamente na sede da ANABB. Novas informações serão divulgadas pela Associação por meio de seu site e redes sociais, na medida em que forem sendo deliberadas.

Para Wagner Nascimento, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionarios do BB, a unidade das entidades da mesa de negociação foi refletida na votação,  uma vez os associados da Cassi rejeitaram a proposta de alteração estatutária, seguindo a orientação das entidades. É necessária a imediata retomada das negociações entre banco e entidades para garantir a sustentabilidade da Cassi aem retirar direitos dos associados.

Fonte: Contraf-CUT

Representantes da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e da Central Única dos Trabalhadores (CUT) se reuniram na cidade de São Paulo, na segunda-feira (8), com uma delegação de sindicalistas e ativistas americanos no combate ao racismo para uma roda de conversa e troca de experiências sobre a questão racial. A reunião aconteceu a convite da American Federation of Labor and Congress of Industrial Organizations (AFL-CIO) e o Solidarity Center.

Para o secretário de Combate ao Racismo da Contraf-CUT, Almir Aguiar, o encontro foi importante para comparar os ataques que a população negra está sofrendo tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos da América (EUA). “Depois do golpe em nosso país, o governo Temer tem atacado as políticas afirmativas para a população negra, e houve grande avanço do genocídio da juventude negra no Brasil”, observou o dirigente da Contraf-CUT.

Para a presidenta da A. Philip Randolph Institute (APRI), Clayola Brown, e para o vice presidente da Unity and Strength For Workers, Fred Redmond, há muitas semelhanças entre Brasil e EUA no que se refere ao preconceito e à discriminação racial. Eles afirmaram que alguns projetos, como o sistema público de saúde implementado pelo presidente Barack Obama e na área da educação, importantes para população negra, estão sendo desmontado pelo atual presidente Donald Trump.

A secretária Adjunta da Secretaria de Combate ao Racismo da CUT Nacional, Rosana Fernandes, relatou a discriminação e a violência sofrida pelos trabalhadores negros no Brasil e sugeriu uma integração das lutas pelo combate ao racismo nas américas.

O secretário de Combate ao Racismo da Contraf-CUT, fez um balanço do combate ao racismo no setor bancário. “Além da cor da pele ser um impeditivo na ascensão profissional, a invisibilidade do trabalhador negro no sistema financeiro é fato real”, disse. Dados concretos do II Censo da Diversidade, de 2014, mostram a ausência de negras e negros no setor. “Os representantes dos bancos negam exista discriminação no setor, mas basta observarmos as agências bancárias de Salvador, capital com a maior porcentagem da população negra do país, onde 80% são afrodescendentes. Mesmo nesta cidade, vemos poucos negros trabalhando nos bancos” criticou Almir Aguiar.

APRI
A A. Philip Randolph (APRI) é uma organização nacional de sindicalistas negros, fundada em 1965 por Asa Philip Randolph e Bayard Rustin. Randolph foi o maior líder sindical negro da história americana e o pai do movimento moderno dos direitos civis americano. A missão da APRI é a luta por igualdade racial e pela justiça econômica, com foco nos sindicalistas negros, para unir trabalhadores e a comunidade negra.

 

Fonte: Contraf-CUT

Um dos primeiros desafios para o próximo presidente da República, já nos primeiros meses de 2019, será a escolha pela continuidade ou modificação da atual política de valorização do salário mínimo, garantida por lei até o ano que vem. Além de aumentar o poder de compra da população mais pobre, essa política também foi um dos fatores importantes para combater a má distribuição de renda.

“A gente precisa, urgentemente, retomar o nível de crescimento econômico, garantir na revisão da política de salário mínimo a sua continuidade e, principalmente, revogar a PEC dos gastos sociais”, pondera a economista, pesquisadora do Centro de Estudos Sindicais e Economia do Trabalho (Cesit) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Marilane Teixeira, em entrevista ao repórter Cosmo Silva, da Rádio Brasil Atual. Ela adverte que um governo sem compromisso social poderá corrigir o salário mínimo com base apenas na inflação do período.

Pela Lei 13.152, de 2015, o salário mínimo além de ser reajustado pela inflação do ano anterior, que tem como parâmetro legal o INPC-IBGE, vem acrescido da variação do Produto Interno Bruto (PIB). Para o presidente da CUT em São Paulo, Douglas Izzo, isso garante o fomento da economia. "Eles tentam apontar para corte de direitos dos trabalhadores mas os privilégios que têm, mantêm de forma intocável."

Clique aqui para ler a entrevista completa.

 

Fonte: Rede Brasil Atual

O Congresso Nacional terá a maior renovação dos últimos 24 anos, mas isso não é uma boa notícia. A chegada de novos parlamentares à Câmara dos Deputados, 53,4%, decorre principalmente da grande votação recebida por candidatos do PSL, de Jair Bolsonaro, que acabou elegendo 52 deputados. No Senado, a renovação será de 85%: apenas 8 das 54 vagas disputadas serão ocupadas por candidatos que buscavam a reeleição na votação do último domingo (7).

“Foi um resultado que superou nossas expectativas, pois em todos os outros anos, depois de 1994, a mudança dos quadros ficou abaixo dos 50%”, afirmou Antônio Augusto de Queiroz, diretor do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) e analista político.

Apesar disso, o Congresso será o mais conservador de todos os tempos, de acordo com a avaliação do Diap. Além do aumento da bancada do PSL, que passará a ser a segunda maior legenda da Casa, o número de parlamentares novos de outros partidos tem predomínio das chamadas "bancadas BBB": a da bala (dos parlamentares que representam forças policiais e militares), do boi (os que integram o setor ruralista) e da bíblia (evangélicos).

“Há muitos policiais, muitas celebridades e também muitos representantes de setores de setores das igrejas evangélicas. Seguramente será o Congresso mais conservador de todos os tempos”, disse Queiroz. “No Senado, há uma característica muito forte de circulação do poder. São pessoas que já exerceram outros cargos, que eram secretários estaduais, deputados etc. E que agora chegam ao Legislativo”, completou.

Para Juvandia Moreira, presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), a classe trabalhadora deverá estar atenta e organizada na defesa de seus direitos. “Muitos desses parlamentares foram eleitos por partidos que sempre se posicionaram contrários aos direitos trabalhistas, que votaram a favor da terceirização, da PEC que congelou os investimentos em saúde, educação, que são a favor das privatizações, da entrega do patrimônio público brasileiro aos estrangeiros.

“A eleição desse tipo de parlamentar representa um grave risco à classe trabalhadora”, afirma a dirigente. “No segundo turno, precisamos estar ainda mais atentos. Há dois projetos muito diferentes em disputa e, a depender de quem for eleito, a categoria bancária corre muitos riscos”, ressalta Juvandia, lembrando que Paulo Guedes, economista chefe da campanha de Jair Bolsonaro, já afirmou que privatizará todas as empresas públicas.

“É fundamental pesquisar bem, em fontes seguras de informação. Uma eleição não pode ser definida por fake news, falsas notícias espalhadas por redes sociais. O voto é coisa séria. Nós brasileiros definiremos, nas urnas em 27 de outubro, como serão os próximos quatro anos para o país. Se estaremos mergulhados ainda mais no caos e no atraso impostos por aqueles que apoiaram o golpe contra os trabalhadores, ou retomar o crescimento, a criação de empregos, o desenvolvimento com igualdade de oportunidades para todos e todas. Temos uma nova chance e não podemos errar para não ter que pagar com nossos direitos”, concluiu a presidenta da Contraf-CUT.

Fonte: Contraf-CUT

Um dos primeiros desafios para o próximo presidente da República, já nos primeiros meses de 2019, será a escolha pela continuidade ou modificação da atual política de valorização do salário mínimo, garantida por lei até o ano que vem. Além de aumentar o poder de compra da população mais pobre, essa política também foi um dos fatores importantes para combater a má distribuição de renda.

“A gente precisa, urgentemente, retomar o nível de crescimento econômico, garantir na revisão da política de salário mínimo a sua continuidade e, principalmente, revogar a PEC dos gastos sociais”, pondera a economista, pesquisadora do Centro de Estudos Sindicais e Economia do Trabalho (Cesit) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Marilane Teixeira, em entrevista ao repórter Cosmo Silva, da Rádio Brasil Atual. Ela adverte que um governo sem compromisso social poderá corrigir o salário mínimo com base apenas na inflação do período.

Pela Lei 13.152, de 2015, o salário mínimo além de ser reajustado pela inflação do ano anterior, que tem como parâmetro legal o INPC-IBGE, vem acrescido da variação do Produto Interno Bruto (PIB). Para o presidente da CUT em São Paulo, Douglas Izzo, isso garante o fomento da economia. "Eles tentam apontar para corte de direitos dos trabalhadores mas os privilégios que têm, mantêm de forma intocável."

 

Fonte: Rede Brasil Atual

O Comando de Negociação dos Financiários da Contraf-CUT assinou, nesta terça-feira (9), a nova Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria. Aprovado pelos trabalhadores em assembleias realizadas em todo o país na quinta-feira (4), o acordo garante reajuste de 3% sobre os salários, todos os direitos por dois anos e novas conquistas, como o parcelamento do adiantamento de férias.

“O acordo foi extremamente positivo. A conjuntura está muito difícil para os trabalhadores. A maioria das categorias não está conseguindo obter aumento real e outras tantas está perdendo direitos, além da queda de 45% nas Convenções esse ano”, afirmou a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) Juvandia Moreira.

Para 2018, o reajuste corresponde à reposição da inflação 1,76% (INPC entre 1º de junho de 2017 e 31 de maio de 2018), mais 1,22% de aumento real. Para 2019, o acordo prevê a reposição da inflação mais aumento real de 1%.

 

Além de assegurar todas as cláusulas previstas na CCT, os financiários conquistaram o parcelamento de até três vezes do adiantamento de férias, que até então era descontado integralmente no mês posterior ao descanso.

Para Jair Alves, coordenador do Comando de Negociação dos Financiários da Contraf-CUT, as negociações foram de extrema importância e resultaram na assinatura de um bom acordo para os trabalhadores. “Conseguimos manter a nossa CCT com garantia de aumento real por dois anos e todas as conquistas históricas da categoria”, afirmou.

Fonte: Contraf-CUT