Maio 03, 2025
Slider
Imprensa

Imprensa

O presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), chegou a declarar que seu ministério seria formado por no máximo 15 pastas. Em rede social, ainda antes do primeiro turno, em outubro, ele afirmou que seria um ministério enxuto, "que possa representar os interesses da população, não de partidos". Prestes a tomar posse, seu governo terá 22, na verdade, quase 50% a mais do que o prometido. Um número que pode ser enganoso, já que algumas áreas foram anexadas. Além disso, a composição pouco reflete a diversidade do país, na medida em que mostra concentração geográfica e até étnica.

Dos 22 nomes de primeiro escalão do próximo governo (confira quadro), não há nenhum negro, que segundo o IBGE representam a maioria da população brasileira (considerando pretos e pardos, classificação adotada pelo instituto). Mulheres, que também são mais da metade da população, apenas duas. E também não há ninguém da região Nordeste – onde se concentra 28% da população brasileira e onde o adversário de Bolsonaro no segundo turno, Fernando Haddad (PT), foi vitorioso. Apenas sete das 27 unidades da federação estão representadas, todas do Centro-Sul – destaque para os estados do Paraná, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, com quatro cada.

Entre os nomes, estão dois "super ministros": Paulo Guedes (Economia) e Sérgio Moro (Justiça). Vindo do setor financeiro, representante do pensamento ultraliberal, entusiasta da privatização sem limites, Guedes defende "reformas" e nos últimos dias falou em "meter a faca" no Sistema S.

Durante a campanha eleitoral, Moro liberou trechos de delação do ex-ministro Antonio Palocci sobre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso desde 7 de abril após condenação pelo então juiz federal de Curitiba. Posteriormente, encaminhou ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) manifestação em que negou ter tentado influenciar o processo eleitoral. Também afirmou não ser "político" e negou qualquer relação entre a prisão de Lula e sua ida ao governo.

Além do perfil restrito, o ministério Bolsonaro também mostra tendência pró-empresarial, como apontam as indicações do próprio Guedes, de Tereza Cristina na Agricultura e Ricardo Salles no Meio Ambiente. Além disso, uma pasta simbólica, a do Trabalho, foi extinta. Suas atribuições serão divididas em pelo menos três áreas

A equipe ainda sofre arranhões naquilo que foi uma das bandeiras do presidente eleito, o combate à corrupção. Pelo menos nove futuros ministros são investigados ou réus. O próprio Guedes desperta suspeitas de gestão fraudulenta em fundos de pensão. E o deputado Onyx Lorenzoni, próximo titular da Casa Civil, já admitiu ter praticado caixa 2. Como pediu desculpas, foi "perdoado" por Moro. Em São Paulo, o indicado para o Meio Ambiente, Ricardo Salles, sofreu condenação nesta semana por improbidade.

É esse time que começará "agindo de forma efetiva" já no primeiro dia de janeiro, conforme prometeu Bolsonaro em via social, sua fonte preferencial de comunicação. Na quarta-feira (19), ele disse não ter dúvida de que "mudaremos a direção que governos anteriores colocaram o Brasil". 

 ministério

 

Fonte: Rede Brasil Atual

 
 

Agência Brasil – Ao rezar a Missa do Galo na Basílica de São Pedro, no Vaticano, o papa Francisco condenou a ganância e o acúmulo de bens. Ele ressaltou que o nascimento de Jesus Cristo leva à reflexão sobre um novo modelo de vida baseado no compartilhamento, na doação e, sobretudo, no fim da ganância.

Segundo o pontífice, o homem "se tornou ganancioso e voraz". De acordo com ele, muitos acreditam que o sentido da vida se sustenta em acumular bens. "É o momento decisivo para mudar o curso da história", advertiu o papa.

O papa Francisco fez um chamamento para cada um mude a história por meio de si mesmo. “Mude a história a partir de cada um de nós”, disse. “O centro da vida não é mais o meu eu faminto e egoísta, mas aquele que nasce e vive por amor."

De acordo com o pontífice, todos devem se perguntar sobre seu modo de vida e o que transformar para melhor. "[Será que] eu realmente preciso de muitas coisas, receitas complicadas para viver? Posso fazer sem muitos contornos supérfluos, para escolher uma vida mais simples?", sugeriu.

O papa Francisco ressaltou ainda que Cristo “não gosta” de preguiçosos nem sedentários. “O Senhor ama ser esperado e não pode ser esperado no sofá, dormindo. De fato, os pastores se movem: eles foram sem demora.”

*Com informações da rádio Vaticano.

Criminosos explodiram caixas eletrônicos de uma agência bancária do Banco do Brasil de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, na madrugada desta sexta-feira (21). A agência fica na Avenida Presidente Kennedy e foi explodida por volta das 3h20.

As testemunhas disseram que os criminosos saíram com pelo menos uma caixa contendo dinheiro. Algumas cédulas ficaram espalhadas na calçada.

Há quinze dias, outra agência do mesmo banco foi explodida por bandidos na cidade. Na terça-feira (11), dois caixas foram explodidos na agência da Avenida Brigadeiro Lima e Silva, 1.964, no bairro 25 de Agosto, também na região central do município. Os bandidos fugiram. As agências ficam a uma distância de menos de três quilômetros uma da outra.

Com a paralisação de mais esta agência, a região de Duque de Caxias e adjacências, está bastante prejudicada. Das cinco agências do Banco do Brasil, somente a de Santa Cruz da Serra, que não atende a demanda, está aberta ao público, atingindo três milhões de pessoas. Além do Banco do Brasil, em menos de um mês, duas agências do Banco Santander foram assaltadas, mostrando que Caxias está na rota e mira do crime.

O Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense esteve na agência que foi explodida e está prestando a devida assistência aos funcionários, assim como está fiscalizando as outras agências que não estão abertas ao público.

Em novembro do ano passado, o então ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, declarou esperar a criação de 2 milhões de empregos em 2018 e 2019 com a aprovação da "reforma" trabalhista. Passado um ano, os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados na quinta-feira (20), mostram que essa previsão ficou distante da realidade. Em 12 meses, até novembro, o saldo – diferença entre contratações e demissões formais – é de 517.733, crescimento de 1,36% no estoque. As vagas concentram-se no setor de serviços: 400.189, 77% do total.

Apenas no mês passado, o saldo do Caged foi de 58.664 (0,5%), com crescimento, basicamente, dos setores de comércio (88.587) e serviços (34.319). O desempenho positivo não é incomum para o período, embora nos três anos anteriores os resultados tenham sido ruins – o deste ano foi o melhor novembro desde 2010. Indústria (-24.287), agropecuária (-23.692) e construção civil (-13.854) fecharam vagas.

No ano, de janeiro a novembro, foram criadas 858.415 vagas com carteira (2,27%). Mas o número final de 2018 será bem menor, porque historicamente dezembro é o mês com maior redução de postos de trabalho.

Como ocorre todos os meses, o salário de quem é contratado ficou abaixo do que ganhavam os demitidos. O rendimento médio de quem saiu, segundo o Caged, era de R$ 1.688,71, enquanto quem entrou no mercado passou a ganhar R$ 1.527,41.

O estoque atual é de 38.726.746, equivalente ao de novembro de 2016. Em igual período de 2014, era de 41,3 milhões. 

Nogueira dizia esperar a abertura de 2 milhões de vagas com regulamentação de contratos de teletrabalho e jornadas intermitente e parcial. "Nós temos a convicção que em 2018 e 2019, só com a regulamentação desses contratos, dessas pessoas que sairão da informalidade sendo recepcionadas por essa nova modalidade de contrato de trabalho, nós teremos a oportunidade de gerar aí 2 milhões de empregos formais no Brasil", declarou o ex-ministro, que não conseguiu se reeleger deputado federal pelo PTB gaúcho.

Segundo o Caged, o trabalho intermitente teve saldo de 7.849 vagas em novembro, sendo 1.049 para assistentes de vendas. E o trabalho parcial garantiu 1.734 empregos, 652 para operador de caixa.

Fonte: Rede Brasil Atual

Fazer o balanço de 2018? Como, se este foi um ano desbalançado? Sem balanço. Sem jogo de cintura. Em grande parte, uma sucessão de desgraças

Foi um ano de coisas terríveis. Lembrando algumas: a continuidade da ascensão das extremas-direitas no mundo inteiro. Matteo Salvini e a Lega na Itália. Vox na Andaluzia, Espanha. Vitória de Bolsonaro no Brasil. Deterioração da nossa política externa, a presente e a anunciada, com agravamento e consagração da "diplomacia do capacho". Pela primeira vez na história nossa política externa promete ficar atrelada não apenas à de outro país, mas à de uma facção de um partido político estrangeiro, aquela mais retrógrada e embrutecida.

Teve mais. Consagração do embrutecimento da política mundial, cujo exemplo mais acabado foi o assassinato do jornalista saudita Jamal Khashoggi no consulado de seu país em Istambul, na Turquia. A sufocação de um povo inteiro no Iêmen. Países desfeitos ou se desafazendo: além do Iêmen, Líbia, Iraque. O reino da estupidez avança: negação do aquecimento global por parte de Trump e seus capachos, como no caso brasileiro. Os Estados Unidos pressionando a ONU para que retire de suas declarações a palavra “gênero”.

Para completar, agora no final do ano, os Estados Unidos anunciam a retirada de suas tropas da Síria. Um bom sinal? Nem tanto: na verdade, trata-se de dar luz verde para seu aliado na OTAN, Tayyip Erdogan, atacar livremente os curdos, que se destacaram na luta contra o Estado Islâmico, derrotando-o em grande escala e fazendo encolher seu território.

Foi um ano de vitória da “nova política” liderada pelas táticas nocivas e deletérias de Steve Bannon, com sua futura implantação na Europa, onde o já mencionado sucesso do Vox na Andaluzia é talvez a cabeça de ponte. O ano da vitória das fake news, da mentira organizada, planejada, financiada ilegalmente, mas soberana e triunfante.

2018 foi um ano de continuidade de dramas que parecem sem saída: o dos refugiados no Mediterrâneo; as caravanas que saem da América Central em direção aos Estados Unidos. A agonia do povo palestino.

2018 foi também um ano de impasses e dúvidas. O movimento dos “Coletes Amarelos” na França é de esquerda ou de direita? Ou ambas as coisas? Ou uma coisa nova que foge às classificações antigas? Será um dos atestados da falência das políticas neo-liberais e seus planos de austeridade, que deixam populações desamparadas ou à míngua em escala mundial? Ou ao contrário, é um atestado de sucesso pois, embora fracassem em todo o mundo, seus seguidores se aferram messianicamente a elas e bloqueiam todas as alternativas?

Na Síria o regime de Bashar al Assad derrotou os rebeldes ajudados pelos EUA e seus aliados. Será isto bom ou ruim para o desvalido povo sírio? Benyamin Netanyahu está ameaçado por investigações de corrupção em Israel. Brigou com a extrema-direita, ele que já é extrema-direita. E agora?

Mais impasses e dúvidas: o começo do fim do reinado de Angela Merkel na Alemanha e na União Europeia. O que viria depois? A estrela de Emmanuel Macron, que mal subiu e já começou a declinar?

Foi também um ano de tropeços e trombadas da chanceler Theresa May com seu próprio Partido Conservador no Reino Unido em torno do inefável e deletério Brexit.

Jacob Zuma e Robert Mugabe saíram de cena, respectivamente na África do Sul e no Zimbabwe. Será isto bom ou mau? Houve mais um surto de ebola na África, desta vez na República Democrática do Congo. Isto é decididamente ruim, e deixa uma perplexidade no ar: a melhoria da infra-estrutura de transporte no continente africano facilita a propagação da doença. Mas agora, pelo menos há uma vacina, ainda em experimentação, mas já em uso pela OMS.

China e Rússia se consolidaram como “major players” diplomáticos, diante da política truculenta de Trump.

O caso de Julian Assange se complica na Embaixada do Equador em Londres.

Um ano de perdas irreparáveis: o incêndio do Museu Nacional no Rio de Janeiro e a perda total da vergonha em amplos setores do judiciário brasileiro, com a obstinação em manter detido o prisioneiro político numero 1 do mundo, o ex-presidente Lula, e a defesa despudorada por muitos de seus membros da flagrante irregularidade do auxílio-moradia, tornando-se este moeda de troca para conseguir um polpudo reajuste salarial em época de vacas magras para todo o povo brasileiro.

É verdade que houve alguns lampejos e bruxuleios de esperança. A vitória parcial dos Democratas nos EUA, e a ascensão de políticos e políticas mais à esquerda. O sucesso - até o momento - da frente portuguesa de esquerda, a Geringonça, o besouro que não poderia voar mas no entanto "avoa".

A obstinada resistência do Papa Francisco I, acossado pela arqui-animosidade dos arqui-conservadores da Igreja Católica e do mundo. A aprovação pela ONU do Acordo Global sobre Migrantes e Refugiados, e a reafirmação do Acordo de Paris 2015 sobre o clima, apesar da denúncia por parte dos EUA e a ameaça de retirada por parte do futuro governo brasileiro, que já foi líder positivo de questões ambientais, e que tornou-se o novo pária na matéria.

Em 2018 consolidou-se a candidatura de Lula ao Prêmio Nobel da Paz em 2019. Não sabemos se ele o levará, já que a campanha contra do governo brasileiro será enorme e sibilina, mas o gesto já valeu.

A indicação de Sérgio Moro como Ministro da Justiça por Bolsonaro aumentaram-lhes as chances de obtenção do prêmio, bem como a da condenação do Brasil no Alto Comissariado de Direitos Humanos da ONU.

A aproximação das duas Coreias, com acenos de paz. O ainda tênue cessar-fogo na cidade de Hodeiddah, no Iêmen.

E veio a esperada, depois de tantos anos, vitória de Lopez Obrador no México. Apesar de tudo, Cuba ainda existe e resiste.

Certamente há mais coisas a comentar. Os leitores e as leitoras me perdoem, mas cansei. 2018 me deixou estafado.

Ah sim – last, but not least – , Cesare Battisti está novamente em fuga. Tomara que consiga driblar o Brasil de Fux/Dodge/Temer/Bolsonaro e a Itália de Matteo Salvini.

 

Fonte: Rede Brasil Atual

Idosos e pessoas com deficiência de baixa renda que recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC) têm até o próximo dia 31 para se inscrever no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico) do governo federal. O cadastro, obrigatório para a manutenção do benefício, que poderá ser suspenso pela falta de inscrição, pode ser realizado nos Centros de Referência da Assistência Social (Cras) ou nas secretarias municipais de assistência social.

A 12 dias para o término do cadastramento, de acordo com Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), mais de 1,7 milhão de beneficiários não fizeram o cadastro. A Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social e Direitos Humanos do Distrito Federal vem também alertando para a baixa no número de inscrições, que pode prejudicar milhares de pessoas. De acordo com reportagem da EBC, até o final de novembro, das 27 mil pessoas que recebem o BPC na região, apenas 3 mil fizeram o cadastramento.

Em entrevista ao repórter Cosmo Silva, da Rádio Brasil Atual, o presidente da Associação dos Metalúrgicos Aposentados do ABC (AMA-ABC) e da Federação Nacional dos Trabalhadores Aposentados, Pensionistas e Idosos (Fenapi-CUT), Wilson Roberto Ribeiro, aponta a situação como uma falha de comunicação do governo de Michel Temer (MDB) ao não fazer uma divulgação em massa, por exemplo, nas emissoras de televisão. "A maioria da população que tem direito acaba perdendo (o benefício) porque não chega até ele, não é visado (pelas cartas enviadas pelo governo)", afirma.

Para saber mais informações, clique aqui.

O futuro ministro da Economia do governo Bolsonaro, Paulo Guedes, afirmou na última segunda-feira (17), durante reunião com empresários no Rio de Janeiro, que pretende "meter a faca" no Sistema S. Fazem parte desse sistema entidades ligadas a ramos específicos da economia – indústria, comércio, serviços – como o SesiSenai e Sesc, que desenvolvem ações de formação profissional e de acesso a cultura e lazer. 

Essas organizações são mantidas a partir de contribuições obrigatórias sobre a folha de pagamento das empresas, com alíquotas que vão de 0,2% a 2,5%, que são repassadas às entidades pelo governo. A justificativa é que os cortes aliviariam os custos das empresas. O plano do governo é que as empresas arquem com os próprios custos de formação, eventualmente contratando empresas privadas. 

Em tom de ameaça, Guedes prometeu cortar até 50% desses recursos. "Acho que a gente tem que cortar pouco, para não doer muito. Se tivermos interlocutores inteligentes, preparados, que queiram construir, a gente corta 30%. Se não tiver, é 50%." 

O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) alega que, se o corte ficar em 30%, 164 escolas poderiam fechar, acabando com 1,1 milhão de vagas em cursos profissionais por ano em todo o Brasil. Já o Serviço Social da Indústria (Sesi) diz que os cortes impediriam o funcionamento de outras 155 escolas, e 498 mil vagas para alunos do ensino básico ou na educação de jovens e adultos seriam fechadas. Juntas, as entidades afirmam que 18,4 mil trabalhadores, a maioria educadores, seriam demitidos. 

A queda na arrecadação também inviabilizaria o atendimento em saúde para 1,2 milhão de pessoas. As entidades consideram até mesmo encerrar as atividades em determinados estados. "Seria o fim dos cursos de educação profissional e da atuação de determinados institutos de inovação e tecnologia, que tanto ajudam as empresas a se tornarem mais inovadoras e competitivas", diz a nota conjunta das entidades. 

O Serviço Social do Transporte e Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (Sest/Senat) alega que os cortes anunciados por Guedes poriam fim a programas que visam à segurança e qualidade de vida dos motoristas e transportadores, e colocaria em risco 8,7 mil empregos diretos, que prestam atendimento a mais 2 milhões de caminhoneiros e taxistas.

 

Fonte: Rede Brasil Atual

As políticas sociais no Brasil podem entrar em colapso, segundo alertam movimentos sociais, organizações da sociedade civil, instituições acadêmicas, no mês em que se completam dois anos da Emenda Constitucional 95, a chamada Teto de Gastos, que limita investimentos por até 20 anos em áreas sociais como saúde e educação. Desde então, as diversas entidades têm feito campanhas para que o Supremo Tribunal Federal (STF) julgue as ações que estabelecem como inconstitucional o congelamento.

Justificada pelo governo de Michel Temer (MDB) como uma medida para equilibrar os cofres públicos que, segundo o presidente, estavam insustentáveis com o crescimento de investimentos, em dois anos de vigência, a economia do país ainda apresenta lentos sinais de recuperação e a EC trouxe ainda diversos prejuízos para a população, entre eles, a volta da mortalidade infantil que cresceu 11%. Segundo análise da Universidade Federal da Bahia (UFBA), até o ano de 2030, cerca de 20 mil crianças, de até cinco anos de idade, morrerão por causa do Teto de Gastos.

O documento recém-divulgado pelo IBGE, "Síntese de Indicadores Sociais: uma análise das condições de vida", aponta ainda o avanço da extrema pobreza sobre a população brasileira. De 2016 para 2017, o número de pessoas que vivem com uma renda inferior a R$ 141 por mês, saltou de 13,5 milhões de pessoas, para 15, 2 milhões. Um reflexo também, segundo o economista Rafael da Silva, do fim da política de valorização dos salários mínimos e das alterações implantadas com a "reforma" trabalhista, que devem ser continuadas pelo futuro presidente Jair Bolsonaro (PSL).

"Se nós nos atermos apenas ao programa do Jair Bolsonaro, o que tá sinalizado ali não é nenhum tipo de reversão dos indicadores sociais nesse momento", avalia o economista durante entrevista ao repórter Leandro Chaves, do Seu Jornal, da TVT. "Essa crise econômica acaba impactando os mais pobres justamente porque o teto (de gastos) é dos direitos dessas pessoas", acrescenta a integrante da Plataforma Brasileira de Direitos Humanos Econômicos, Sociais, Culturais e Ambientais (Dhesca) Juliane Cintra de Oliveira, ao repórter Jô Miyagui, do Seu Jornal, da TVT.

 

Fonte: Rede Brasil Atual

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aprovou o retorno do auxílio-moradia para juízes, com algumas restrições. A derrubada do privilégio foi resultado de um polêmico acordo entre o presidente Michel Temer (MDB) e o Supremo Tribunal Federal (STF), para garantir o reajuste de 16,38% nos salários do Judiciário.

De acordo com a decisão de hoje (18), o auxílio será retomado com a quantia de até R$ 4.377,73. O país tem 18 mil magistrados e, se a decisão for seguida à risca, apenas 180 devem ser beneficiados. As restrições aprovadas foram:não haver imóvel funcional à disposição; se o cônjuge não receber auxílio nem ocupar imóvel funcional; ele ou o cônjuge não terem imóveis na comarca onde atuar; e estar em cidade diferente da original.

Ainda de acordo com a decisão, o valor deve ser pago como indenização ao aluguel ou hospedagem, sendo impedido o magistrado de utilizar o dinheiro para outro fim, como condomínio ou impostos.

A norma agora passa por regulamentação junto ao Ministério Público, que deve adotar o mesmo modelo para promotores e procuradores.

Judiciário concentra a elite do funcionalismo público em questão salarial. Os vencimentos dos profissionais giram em torno dos R$ 12 mil, em média. Já na esfera do Executivo municipal, que engloba professores de ensino fundamental, por exemplo, a média é de R$ 2.754,00. Os gastos com o Judiciário correspondem a 96% da folha de pagamentos do Executivo federal, embora tenham apenas um pouco mais da metade do efetivo.

 

Fonte: Rede Brasil Atual

Em protesto contra a extinção do Ministério do Trabalho já anunciada pelo futuro presidente Jair Bolsonaro (PSL), trabalhadores e servidores públicos realizaram mais um ato nesta terça-feira (18) na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, denunciando os retrocessos que poderão ocorrer com o fim da pasta criada em 1930.

De acordo com o futuro ministro da Casa Civil, Onyz Lorenzoni, o Ministério do Trabalho será dividido em três áreas, sendo que cada uma delas ficará sob comando das pastas de Economia, Justiça/Segurança Pública e Cidadania. Na prática, segundo os trabalhadores, a falta de um ministério, que centralize os interesses da categoria, impedirá a luta por direitos e a negociação com os empregadores.

Os trabalhadores apontam ainda que a própria economia do país será impactada com o incentivo de Bolsonaro para o crescimento da informalidade, que já vem tomando forma após a "reforma" trabalhista e a nova lei de terceirização.

"Quando o trabalhador é bem remunerado, ele vai ao mercado comprar mais.  O mercado para poder vender mais, ele também encomenda mais da indústria e do campo, com isso tem condição de haver um ciclo virtuoso e que todo mundo ganha. Essa aposta de reduzir direitos é uma aposta ultrapassada, antiga, antiquada e que a humanidade já vivenciou essa época", afirma o advogado o Sindicato dos Servidores Públicos Federais do Distrito Federal (Sindsep-DF), Ulisses Borges, ao repórter Uélson Kalinovski, do Seu Jornal, da TVT.

 

Fonte: Rede Brasil Atual