O Bradesco lucrou R$ 6,2 bilhões no 1º trimestre de 2019, um crescimento de 22,3%, em relação ao mesmo período de 2018 e de 7,0% comparado com o ultimo trimestre de 2018.
No balanço divulgado, o banco destaca o fato de os primeiros indicadores de atividade econômica de 2019 terem apresentado resultados menores do que o esperado. As condições para uma aceleração do crescimento, na visão do Bradesco, continuam presentes, com inflação e juros em patamares baixos e expansão do crédito com taxas de inadimplência reduzidas. “A aprovação da proposta da Nova Previdência nos próximos meses constitui condição fundamental para reequilíbrio das contas públicas no médio prazo, com importante impacto na confiança dos agentes econômicos e, consequentemente, retorno de investimentos privados”, atenta o banco, no documento.
Para Magaly Fagundes, coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Bradesco, o documento mostra o sentimento negativo do banco com o resultado. “É impressionante, mesmo com um resultado 22% maior do que o do ano passado, essa insatisfação. Eles sempre querem mais. A ansiedade na aprovação da reforma da Previdência deixa claro que as mudanças só vão beneficiar os banqueiros e os empresários.”
O destaque do Dieese mostra que o retorno sobre o Patrimônio Líquido médio anualizado (ROE) ficou em 20,5%, com aumento de 1,9 p.p. em doze meses. Segundo o Banco, esse aumento deve-se “à maior margem financeira com clientes, menores despesas com PDD (Expandida) e maior resultado das operações de seguros, previdência e capitalização, além do bom desempenho das receitas de prestação de serviços”. A holding encerrou o 1º trimestre de 2019 com 99.156 empregados, com aumento de 1.563 postos de trabalho em doze meses. Foram fechadas 114 agências e 54 postos de atendimento (PA), em relação ao mesmo período de 2018.
Fonte: Contraf-CUT