Abril 28, 2025
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Em 2020, primeiro ano da pandemia de covid-19 no Brasil, a perda de emprego atingiu majoritariamente as mulheres em comparação aos postos de trabalho perdido pelos homens. Enquanto naquele ano o número de homens ocupados assalariados caiu 0,9%, o de mulheres caiu 2,9%. Do total de 825,3 mil empregos perdidos entre 2019 e 2020, cerca de 593,6 mil (ou 71,9%) eram ocupados por mulheres. Com isso, pela primeira vez desde 2009, houve queda na participação feminina na parcela da população ocupada e assalariada: de 44,8% em 2019, para 44,3% em 2020. Os dados fazem parte de pesquisa divulgada na semana passada pelo IBGE.

De acordo com o levantamento, mesmo diante do agravamento da crise econômica naquele ano, alguns setores que historicamente empregam mais homens tiveram aumento de pessoal – caso de entregadores em geral e construção. Por outro lado, aqueles que ocupam mais mulheres se retraíram.

Foi o que ocorreu, por exemplo, com a educação, em que elas respondem por cerca de dois terços do pessoal. Com a suspensão das atividades escolares, os estabelecimentos de ensino executaram corte de 1,6% do seu pessoal assalariado. Já na construção, setor em que 90,6% dos empregos são homens, houve aumento de 4,3% no número de assalariados.

O comércio, outro setor que sofreu durante a pandemia, teve queda de 2,5% no total de pessoal ocupado assalariado. Mas os cortes também se distribuíram de forma desigual. Para elas, que representam cerca de 20% do setor, a redução foi 3,2%, contra 1,9% dos homens. O segmento com a maior queda de assalariados foi alojamento e alimentação, que fechou 373,2 mil vagas no período, retração de 19,4%. Nesse setor, as mulheres respondem por 55,7% do emprego assalariado.

Problema estrutural

De acordo com a economista Marilane Teixeira, pesquisadora do Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho da Universidade Estadual de Campinas (Cesit-Unicamp), mesmo em períodos de crescimento, as mulheres são as menos procuradas para ocupar vagas regulares de emprego. Trata-se de um “problema estrutural”, segundo ela, que se agrava em momentos de crise, ainda mais diante da falta de políticas públicas que garantam a permanência delas no mercado de trabalho.

“São vários os fatores, a começar pela ausência do Estado e da garantia de políticas públicas como creches e ensino integral. Somente no ano passado, 70% das crianças mais pobres, de zero a três anos, estavam sem vagas em creches. Isso é um problema gigantesco para as mulheres que precisam ter um emprego”, diz a economista”, disse a economista em entrevista ao Portal CUT.

Outra dificuldade comum entre as mulheres que precisam deixar seus filhos em creche, é que elas procuram trabalho perto de suas casas para terem mais tempo de levar e buscar seus filhos em horários compatíveis com sua carga horária. Nesse sentido, trabalhos mais distantes, que implicam longo tempo de deslocamento, se tornam inviáveis para a maioria.

Marilane também destaca que, durante a pandemia, as mulheres enfrentaram aumento da sobrecarga do trabalho doméstico. Isso porque, além de normalmente serem elas que cuidam dos enfermos, das crianças e dos idosos, muitas também passaram a “cuidar” dos maridos. Essa situação também se agravou com o abandono da política de cuidados durante os governos Temer e, sobretudo, de Jair Bolsonaro.

Por fim, a economista destaca que, no auge da pandemia, foram perdidas quase 1 milhão de vagas de trabalhos domésticos, dados que não aparecem na pesquisa.

Na pele

Julia Margarida Gomes da Silva, de 38 anos, divorciada, mãe de três filhos e moradora de São Paulo, é uma das mulheres que compõem essa triste estatística. Recém-formada como técnica de enfermagem, ela conta que sobrevive com empregos temporários e informais. Enquanto isso, procura por uma ocupação com carteira assinada. “Já fiz bordados, fui cuidadora de idoso e faxineira, tudo para colocar o arroz na panela pros meus filhos.” Ela relata que, atualmente, quem lhe ajuda a pagar as contas são sua mãe e o padrasto, ambos aposentados.

Fonte: Rede Brasil Atual

A audiência pública que iria debater o Projeto de Lei 1043/2019, e que libera a abertura dos bancos aos sábados e domingos, foi adiada para o dia 6 de julho.

O debate, estava previsto para esta terça-feira (28), mas foi adiado.

O projeto, apresentado pelo deputado David Soares (União-SP), chegou a ser incluído na ordem do dia de votação pela CDC no final de maio, mas foi retirado da pauta após forte pressão do Movimento Sindical Bancário. 

A enquete da Câmara dos Deputados, onde qualquer cidadão pode votar e se manifestar sobre o PL 1043, CONTINUA!

Para votar, acesse: https://forms.camara.leg.br/ex/enquetes/2192746

Jovens sindicalistas de toda a América compartilharam, nesta segunda-feira (27), no Foro de Sindicalização da Juventude, em Fortaleza (CE), suas experiências sindicais e suas visões sobre os desafios para os trabalhadores num mundo marcado pela pandemia, pelas reformas trabalhistas e pelas crises econômicas e sociais que atingem todo o continente. A atividade faz parte da 5ª Conferência Regional da UNI Américas, que acontece nos dias 29 e 30.

“É um momento imprescindível para a formação política dos jovens dirigentes e também de renovação das práticas sindicais. O novo mundo do trabalho exige respostas atualizadas dos sindicatos e os jovens são fundamentais para esta construção”, disse a presidenta da UNI Américas Juventude, Lucimara Malaquias.

O presente foro deu continuidade ao trabalho aprovado na última Conferência de Medellín, em 2016, e definiu as diretrizes para o Plano de Trabalho 2020-2024 da UNI Américas Juventude.

“Por meio de ferramentas de comunicação, nossa ideia é desenvolver as capacidades da juventude sindicalista, para que as jovens e os jovens sejam reconhecidos tanto no meio sindical quanto pelos trabalhadores nas bases sindicais como seus representantes na luta por melhores condições de trabalho, melhores oportunidades de ascensão profissional e de representação sindical”, disse diretora de Juventude da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Bianca Garbelini, ao ressaltar que a ação da juventude trabalhadora é um fator chave para o empoderamento e revitalização do movimento sindical.

Mais informações na página da 5ª Conferência Regional da UNI Américas.

Fonte: Contraf-CUT

Nos próximos dias 29 e 30 de junho, acontece a 5ª Conferência UNI Américas, que reunirá mais de 600 dirigentes sindicais de 24 países, que representam 124 organizações de trabalhadores filiadas à UNI Global Union.

A Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES) será representada pela Diretora de Bancos Privados da entidade e Coordenadora Geral do Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense, Renata Soeiro.

O encontro, com o tema “Vamos defender nossos direitos e construir nosso futuro”, vai debater e construir uma agenda de atuação no novo cenário político que se desenha na região. Nos últimos anos, foram eleitos governos progressistas em vários países do continente latino-americano, como México, Chile, Argentina, Honduras, Peru, Bolívia, Colômbia.

Nesta segunda-feira, 27 de junho, aconteceu o Fórum Sindical Internacional da UNI Américas Finance, onde foi debatido o "Impacto da Digitalização no Sistema Financeiro", onde foi discutido o TeleTrabalho, Fintech, Digitalização, Experiências e Conclusões sobre Reunião de Diálogo Tripartite na OIT, sobre este Impacto.

Para Renata Soeiro, "a Digitalização no Sistema Financeiro, exigiu novas habilidades, novas qualificações, porém, é responsabilidade das empresas aproveitar os funcionários do seu quadro e dar o treinamento, para não torná-lo descartável."

"A 5ª Conferência da UNI Américas vai avaliar o papel dos sindicatos e como os trabalhadores podem definir seu papel no momento político. Os temas em pauta incluem a defesa dos direitos humanos e o fortalecimento da democracia, com a participação dos trabalhadores e suas representações sindicais.

Também será discutida a construção de alianças com os governos progressistas, em busca de soluções de problemas sociais, como diminuição da pobreza e da desigualdade, a luta contra o racismo e outras formas de discriminação.

Entre os pontos trabalhistas específicos, estarão a organização sindical relacionada a novos setores, o fortalecimento da negociação coletiva e a construção de unidade tanto nas esferas nacionais, como no âmbito internacional.

Para o presidente da UNI Américas, Hector Dáer, é fundamental a presença do movimento dos trabalhadores no debate político, pois “não há democracias fortes sem sindicatos fortes”. Dáer também destaca que “o movimento sindical da nossa região sempre esteve na linha de frente da defesa e o fortalecimento da democracia e da paz, inspirando novos direitos para incluir diferentes coletivos”.

O secretário Regional da UNI Américas, Marcio Monzane, ressalta a importância da 5ª Conferência no atual momento político da América Latina. “Na região, não há mais espaço para desrespeito aos direitos dos trabalhadores, para trabalhos precários e para a desigualdade e a discriminação. Com a nova ascensão dos governos progressistas, os sindicatos devem ter um papel ativo, de participação na sociedade”.

Para Rita Berlofa, “o movimento sindical defende a democracia no continente latino-americano acima de tudo, e não existe democracia estável sem sindicatos, entidades que têm a função social de dar voz à classe trabalhadora”.

Com sede em Montevidéu, a UNI Américas, à qual a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramos Financeiro (Contraf-CUT) é filiada, é o braço regional da UNI Global Union, que representa 20 milhões de trabalhadores em 150 países, nos setores de finanças, meios e entretenimento, esportes, cuidados, limpeza, segurança, comércio, cassinos, serviços postais, gráfica e embalagem e telecomunicações.

Confira detalhes da 5ª Conferência da UNI Américas no site do evento.

*Com informações da Contraf-CUT e Fetraf RJ/ES 

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Nesta segunda-feira, 27 de junho, ocorreu a segunda reunião de negociação da Campanha Nacional 2022 da categoria, após a entrega da minuta de reivindicações, entre o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban).

Na reunião, os bancários pediram mais contratações, fim das demissões e fim da precarização.

Nilton Damião Esperança, Presidente da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES), e Carlos Pereira de Araújo (Carlão), diretor do Sindicato dos Bancários do Espírito Santo (Sindibancários/ES) e integrante do Comando Nacional, participaram da reunião.

Desde 2013 houve uma redução de 77 mil postos de trabalho na categoria bancária, como consequência, entre outras coisas, da introdução de novas tecnologias, fechamento das agências bancárias e mudança das exigências no perfil do trabalhadores e das agências.

Os bancos alegam que as mudanças ocorreram em função do aumento da concorrência, mas entre 2013 e 2021, mesmo com o surgimento de novos concorrentes, os bancos não perderam participação de mercado, ao contrário, houve aumento de 86% para 87% na participação nas operações de crédito. As instituições não bancárias de crédito (onde estão algumas fintechs) saíram de 0,7% para 0,9% de participação, ou seja, um aumento irrelevante. Mesmo as cooperativas com todo crescimento que tiveram saíram de 2% de participação no crédito para 6%.

Nos últimos 10 anos, o lucro dos bancos cresceu 15% acima da inflação. Em 2021, os cinco maiores bancos do país (Caixa, BB, Itaú, Bradesco e Santander) lucraram R$ 107,7 bilhões, 34,1% maior do que no ano anterior. No primeiro trimestre de 2022, o montante somou R$ 27,6 bilhões, 17,5% maior do que no mesmo período do ano passado.

Para o Comando Nacional dos Bancários, a classe trabalhadora vem sofrendo com a redução de direitos. E ressaltou a necessidade de se discutir a requalificação dos trabalhadores para que eles possam assumir novas funções devido às inovações tecnológicas que foram introduzidas na sociedade e no setor bancário, assim como a redução de número de postos de trabalho bancário, não do setor financeiro, devido a terceirização, com migração de bancários para o setor financeiro, em empregos precarizados, com representação diferente e menos direitos.

A comissão de negociação da Fenaban vai levar as propostas apresentadas pelos Comando para negociação com os bancos. Ao final das negociações será apresentada uma proposta global, com todos os temas em negociação. Veja abaixo o calendário de negociações.

"Esperamos que, na próxima reunião, tenhamos respostas positivas e mais diretas, por parte dos bancos.", comentou Nilton Damião, Presidente da Fetraf RJ/ES.

Calendário de negociações:

Quarta-feira, 6 de julho: Cláusulas sociais e segurança bancária
Sexta-feira, 22 de julho: Cláusulas sociais e teletrabalho
Quinta-feira, 28 de julho: Igualdade de oportunidades
Segunda-feira, 1 de agosto: Saúde e condições de trabalho
Quarta-feira, 3 de agosto: Cláusulas econômicas
Quinta-feira, 11 de agosto: Continuação das cláusulas econômicas

*Com informações da Contraf-CUT e Fetraf RJ/ES

Na manhã deste sábado, 25 de Junho, na Praça da Matriz, em São João de Meriti, ocorreu o Lançamento do Comitê de Luta BANCÁRIOS DA BAIXADA FLUMINENSE.

O evento contou com a presença de autoridades, lideranças políticas e sindicais, dentre elas, Benedita da Silva, do Partido dos Trabalhadores (PT).

Para Pedro Batista, dirigente sindical e funcionário do Bradesco, "os trabalhadores querem dar um basta ao abandono em que se encontram. Quando olhamos para os lados, o que vemos é a fome e a miséria tomando conta de tudo e todos!"

Renata Soeiro, dirigente sindical e funcionária do Bradesco, também comentou: "a situação econômica em que o Brasil se encontra, castiga os mais pobres e dá privilégios aos milionários. Os desempregados estão sem esperança em dias melhores. Só o povo unido pode mudar essa realidade."

A atividade marcou o início de um movimento na Baixada Fluminense, que irá atuar em defesa dos direitos de todos os cidadãos e da democracia, com objetivos de, por exemplo, propagar políticas de inclusão social, combater a fome e a miséria e atuar contra as fake news, além de criar ações de solidariedade, como arrecadação e distribuição de alimentos e o fortalecimento do Sindicato Cidadão.

É o início de um debate sobre o Brasil que a gente quer.




A pauta de reivindicações dos empregados do Sistema BNDES para a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) de 2022, aprovada em Congresso no dia 7 de junho, foi entregue ao banco na manhã desta sexta-feira (24). A reunião para a entrega da minuta ocorreu no formato eletrônico, por videoconferência.

“Esperamos que todas a justas reivindicações dos empregados sejam atendidas e que as negociações tenham um processo respeitoso e maduro, fortalecendo não só a mesa da específica do BNDES, como todo o processo negocial dos trabalhadores do ramo financeiro”, afirmou o vice-presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Vinícius Assumpção, que representa a confederação nas negociações com as empresas do Sistema BNDES, ao reforçar a solicitação feita em ofício enviado ao banco para que o mesmo se junte à mesa única de negociações entre o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban).

No ofício, a Contraf-CUT ressalta que a mesa única entre o Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban é referência internacional de modelo de negociações entre o setor patronal e os trabalhadores, que neste ano completa 30 anos de existência e que levou ao acordo da única convenção nacional de trabalho de uma categoria do país.

“Sem nenhum prejuízo às negociações específicas entre os empregados do sistema e os representantes do banco, da Finame e da BNDESPAR, é importante, para as empresas e para os trabalhadores, esta participação do BNDES na mesa única para o fortalecimento do processo negocial. Ela pode evitar, inclusive, muitas vezes, a judicialização e outras formas de se alcançar o acordo”, explicou o vice-presidente da Contraf-CUT.

A vice-presidente da Associação dos Funcionários do BNDES, Pauliane Oliveira, reforçou a importância da participação do banco na mesa única de negociações. “É muito importante que o BNDES participe dessa frente, que aceite integrar a mesa única com a Fenaban, junto com os outros bancos públicos federais, o que não se confunde, é claro, com a discussão do nosso ACT (Acordo Coletivo de Trabalho) específico”, disse.

Além de Vinícius e Pauliane, o presidente do Sindicato dos Bancarios Rio de Janeiro, José Ferreira, o representante da AFFINAME, Jorge Henrique Velloso, da AFBNDESPAR, Cláudio Abreu, e da AFBNDES, Fernando Newlands também participaram da reunião de entrega da minuta de reivindicações. Os trabalhadores aguardam, agora, a definição do calendário de negociações específicas e a adesão das empresas do Sistema BNDES à mesa única de negociações.

Fonte: Contraf-CUT

Pelo segundo mês consecutivo, o emprego formal no setor bancário apresentou fechamento de postos de trabalho, segundo levantamento do emprego do bancário realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), com base nos dados de abril do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). No mês ocorreram 3.232 admissões e 3.296 desligamentos.

“O número de desligamentos foi o maior dos últimos seis meses e ajustes futuros poderão elevar ainda mais este número”, observa o Dieese em seu estudo. Tamanho desligamento pode estar associado ao aumento da rotatividade no setor.

Outro apontamento feito pelo Dieese é que as demissões voluntárias, a pedido do trabalhador, permanecem em altos patamares. Desde setembro de 2021, este tipo de desligamento está acima de 40% da totalidade. Em abril chegou a 42% do total. No ano (janeiro a abril/2022), mais de 5 mil trabalhadores bancários solicitaram demissão, o que corresponde a 46,6% do total de desligamentos. A média de pedido de desligamentos no emprego formal brasileiro, no mesmo período, foi de 33,3%.

“Apesar de não ser possível determinar, de maneira contundente, o motivo dos desligamentos, uma vez que a falta de obrigatoriedade de homologação de demissões dificulta investigações, algumas hipóteses são a de que a flexibilidade promovida pelo home office favorece mudanças e transferências; a migração de trabalhadores para bancos digitais, fintechs e corretoras de valores, muitas vezes por terceirização do trabalho bancário promovida pelos próprios bancos; e o esgotamento dos trabalhadores por conta de pressões pelo cumprimento de metas abusivas”, observou o economista Gustavo Cavarsan, um dos responsáveis pelo levantamento realizado pelo Dieese.

Faixa etária e sexo

O levantamento do Dieese mostra ainda uma triste realidade de discriminação de gênero. A distribuição da movimentação do emprego aponta que o resultado em abril foi influenciado pelo saldo negativo ocorrido entre as mulheres (-349 postos). Entre os homens, o saldo foi positivo em 285 postos.

No que toca a questão das faixas etárias, é possível observar saldo positivo entre as faixas até 29 anos, com ampliação de 673 vagas. Já para as demais faixas etárias, foi notado movimento contrário, com fechamento de 740 vagas.

“Neste ponto, a análise mostra o achatamento dos salários da categoria, uma vez que os salários pagos aos bancários admitidos em abril representavam, em média, apenas 83,6% do valor recebido pelos demitidos. Ou seja, os bancos demitem bancários mais experientes, com salários maiores, e contrata outros, mais jovens com salários menores”, observou o economista do Dieese.

Leia a íntegra do levantamento realizado pelo Dieese.

Fonte: Contraf-CUT

Os trabalhadores do Itaú entregaram, na manhã desta quinta-feira (23), a pauta específica de reivindicações, na sede do banco, em São Paulo. O documento é resultado do Encontro Nacional dos Funcionários do Itaú, no dia 9 de junho.

“A pauta aprovada dialoga com os anseios dos trabalhadores, graças a todos os debates feitos nacionalmente para a sua construção”, disse o coordenador da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú, Jair Alves.

Emprego, remuneração, saúde, previdência complementar, diversidade, segurança bancária, condições de trabalho e teletrabalho são os principais pontos do documento. “Todos esses temas são muito importantes e podem contribuir para solução de questões que afetam o dia a dia de trabalho nas agências e departamentos do banco”, completou o coordenador da COE.

Os funcionários do Itaú têm também negociações para a renovação de outros acordos específicos, como o de teletrabalho, de ponto eletrônico, de quitação do banco de horas negativos e do programa de remuneração para 2023 e 2024.

Fonte: Contraf-CUT

Na próxima terça-feira, dia 28 de junho, o Projeto de Lei 1043/2019, que libera a abertura dos bancos aos sábados e domingos, estará em pauta em audiência pública na Comissão de Direitos do Consumidor da Câmara dos Deputados.

O projeto, apresentado pelo deputado David Soares (União-SP) estava ordem do dia de votação pela CDC no final de maio, mas foi retirado da pauta após forte pressão do Movimento Sindical Bancário.

IMPORTANTE: A Câmara dos Deputados tem uma enquete, onde qualquer cidadão pode votar e se manifestar sobre o PL 1043, dizendo qual sua posição sobre o funcionamento das instituições financeiras aos sábados e domingos. 

Para votar, acesse: enquete online 

Desde que o PL 1043/2019 foi apresentado na Câmara dos Deputados, o movimento sindical tem atuado contra o avanço de sua tramitação por entender que o assunto deve tratado em mesa de negociações entre os bancos e o movimento e por se tratar de um lobby que visa apenas o lucro dos bancos, desconsiderando os interesses de clientes e da categoria bancária.

A proposta já teve parecer favorável do relator, deputado Eli Corrêa Filho (União-SP), que em seu substitutivo, diz que é “fundamental que seja garantida a liberdade para que cada instituição”, em nome da “livre concorrência”, “opte ou não pelo funcionamento aos sábados e domingos, criando uma competição saudável e desejada”.

O diretor do Sindicato dos Bancários do Espírito Santo (Sindibancários/ES), filiado à Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES), e integrante do Comando Nacional, Carlos Pereira de Araújo (Carlão), participou, dia 22 de junho, da reunião do Comando Nacional dos Bancários, que definiu os temas das reuniões de negociações com a Federação Nacional do Bancos (Fenaban), e declarou: “Fomos enfáticos ao afirmar que esse projeto é totalmente descabido. Já temos acordos específicos com diversos bancos sobre o trabalho de bancários quando há, excepcionalmente, feirões de negócios nos finais de semana. Abrir as agências aos sábados e domingos não gera emprego, não muda as condições de trabalho dos bancários e não melhora as condições de atendimento aos clientes, que podem utilizar os meios tecnológicos para fazer as movimentais financeiras nesse período. Defendemos que os bancos se posicionem e atuem para retirar esse PL da pauta de votação na Câmara”.

Outro ponto apontado pelo movimento sindical é com relação à segurança no serviço bancário, de responsabilidade da Polícia Federal, que requer plano muito bem elaborado. 

O Comando Nacional dos Bancários também solicitou que os bancos trabalhem no sentido de retirar o Projeto de Lei 1043/2019, que propõe a liberação da abertura de agências bancárias aos finais de semana, da pauta de votação.

Audiência pública ordinária semipresencial do PL 1043/2019

Tema: abertura de agências bancárias aos sábados e domingos
Quando: terça-feira, dia 28 de junho, às 10h
Onde: Câmara dos Deputados, Anexo II, Plenário 08
A audiência será transmitida ao vivo pela TV Câmara.

Fonte: Fetraf RJ/ES