Abril 27, 2025
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Imprensa

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A Coalizão em Defesa do Sistema Eleitoral, que reúne mais de 200 organizações da sociedade civil, encaminhou, na manhã desta terça-feira (2), uma Carta ao Congresso Nacional, em que repudia os “constantes ataques” que Jair Bolsonaro e seus seguidores “vêm desferindo contra o processo eleitoral brasileiro, a Justiça Eleitoral e seus juízes e servidores”.

A mensagem afirma que “é inadmissível que o primeiro mandatário (…) nacional e que, portanto, tem o dever de dirigir os rumos do país com serenidade e responsabilidade – valha-se de seu cargo, para atuar de forma exatamente oposta a seus deveres jurídicos e institucionais, atacando de forma periódica, reiterada e sistemática o sistema eleitoral brasileiro, dirigindo-lhe críticas infundadas, dúvidas e afirmações desprovidas de respaldo técnico e racional”.

Compromisso

As entidades reafirmam compromisso com “a lisura e integridade do processo eleitoral e com as instituições da Justiça Eleitoral” e também pedem “que o Congresso Nacional reaja às ameaças do Senhor Presidente da República manifestando-se claramente contrário a qualquer aventura golpista”. O ato contou com grande número de representantes de entidades, movimentos e organizações, além de parlamentares e representantes de embaixadas de vários países.

O secretário de Relações do Trabalho da Contraf-CUT, Jeferson Meira, o Jefão, que participou do evento, disse que “a sociedade civil não vai se calar diante dos inúmeros ataques do presidente que, ao invés de preservar o sistema que o elegeu, promove agressões infundadas às instituições eleitorais e motiva setores do governo e apoiadores a destruir o processo eleitoral brasileiro, a Justiça Eleitoral, juízes e servidores, promovendo de forma inescrupulosa discursos de ódio que já resultaram em mortes por motivações políticas.”

Para a presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira, “a defesa do estado de direito é decisiva para a classe trabalhadora, para garantir suas conquistas e garantir uma vida digna com trabalho e liberdade para todos, por isso apoiamos e participamos desse movimento”.

O deputado federal Rogério Correia (PT-MG), que participou do ato, anunciou que está solicitando a convocação dos ministros Wagner Rosário (CGU), Bruno Bianco (AGU) e Paulo Sérgio Nogueira (Defesa), para “debaterem sobre a questão democrática e suas participações na reunião com 70 embaixadores, quando o presidente Bolsonaro fez claros ataques à democracia”. Para o parlamentar, “é dever do Congresso defender o povo brasileiro e a nossa democracia”.

Na segunda-feira (1º), o grupo já esteve com o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Edson Fachin, em reunião que tratou de fiscalização do processo eleitoral.

Fonte: Contraf-CUT

O Banco do Brasil solicitou o cancelamento da mesa de negociações com a Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), que ocorreria na tarde desta terça-feira (2), sobre Clausulas Sociais. O encontro foi reagendado para sexta-feira (5).

Já foram realizadas três reuniões para a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) específico do BB, pela Campanha Nacional 2022. Os temas desses encontros foram Igualdade de Oportunidades, Emprego e Terceirização e Segurança, além da entrega de pautas específicas à Previ e à Cassi.

Agenda atualizada das próximas reuniões:

  • Quinta-feira – 4 de agosto – Teletrabalho
  • Sexta-feira – 5 de agosto – Cláusulas sociais
  • Terça-feira – 9 de agosto – Saúde e Condições de Trabalho
  • Sexta-feira – 12 de agosto – Cláusulas Econômicas
  • Quarta-feira – 17 de agosto – Representação

Fonte: Contraf-CUT

O adoecimento entre os bancários e bancárias, decorrente de assédio moral e pressão dos bancos pelo cumprimento de metas abusivas, será discutido em live promovida pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), nesta quarta-feira (3), às 18 horas.

Participam do debate a presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira; o advogado do escritório LBS; Paulo Roberto Alves Silva; e o professor da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Roberto Heloani.

Os três convidados têm grande experiência com o tema, cada um por uma perspectiva diferente. Juvandia é uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários, que está em plena negociação com os bancos, na Campanha Nacional 2022, em que o fim do assédio moral é um tema de destaque na pauta de reivindicações da categoria.

O advogado Alves Silva atuou, pelo Sindicato dos Bancários de Brasília, como assistente do Ministério Público do Trabalho (MPT), na ação que condenou o Santander por assédio moral e metas abusivas. Heloani, além de ensinar área de Gestão, Saúde e Subjetividade na Unicamp, é professor conveniado junto à Université de Nanterre (Paris X) e atua nos temas ética no trabalho, assédio moral e sexual e saúde no trabalho.

Para o secretário de Saúde do Trabalhador da Contraf-CUT, Mauro Salles, “esta será mais uma oportunidade de debater e denunciar a situação que passa nossa categoria, em que as metas abusivas, a pressão por resultados e o assédio moral têm causado muito sofrimento e adoecimento. Precisamos dar visibilidade à situação e exigir dos bancos medidas concretas e respeito aos bancários”.

O evento terá transmissão ao vivo nos canais da Contraf-CUT do Youtube e do Facebook.

Fonte: Contraf-CUT

A maior causa do adoecimento na categoria bancária é a pressão, com assédio moral, por metas abusivas. Este foi um dos principais pontos da negociação que aconteceu na tarde desta segunda-feira (1º/8) entre o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). Segundo levantamento realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), nos últimos cinco anos, o número de afastamentos nos bancos aumentou 26,2%, enquanto no geral a variação foi de 15,4%. A variação entre os bancários foi 1,7 vezes maior do que a média dos outros setores.

Para a categoria, o tema de Saúde tem uma importância muito grande. Com as mudanças do setor financeiro houve alterações também no tipo de doença entre os bancários. Antes as doenças que mais acometiam a categoria eram as Lesões por Esforços Repetitivos (LER) e os Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (Dort) e agora é o adoecimento mental.

“Os bancos começaram a reunião dizendo que as metas não geram adoecimento, que o adoecimento mental não é um problema dos bancários. Mas nós provamos que o adoecimento mental dos bancários é maior que em outras categorias”, observou a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, “Para fechar a campanha é preciso avançar no combate ao assédio moral”, completou Juvandia, que é uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários. Após pressão do Comando, a Fenaban aceitou analisar as propostas da minuta de reivindicações da categoria.

A negociação

O secretário da Saúde do Trabalhador da Contraf-CUT, Mauro Salles, ressaltou que o adoecimento físico e psíquico na categoria aumentou. “Além dos riscos ergonômico e psicossocial, surgiu mais um, o biológico, relacionado à Covid-19, para tensionar e adoecer ainda mais os bancários”, observou. “Os bancos precisam tratar esta questão com foco na saúde e não econômica, na busca de mais lucro”, completou.

O levantamento do Dieese, a partir de dados do INSS, aponta que as doenças mentais e comportamentais representavam 23% dos afastamentos previdenciários da categoria em 2012. Em 2021, a porcentagem passou para 36%. Entre os afastamentos acidentários (B91), o salto foi de 30% em 2012 para 55% em 2021. As doenças nervosas saíram de 9% para 16%.

“Existem diversos números e pesquisas que apontam a cobrança de metas como a causa do adoecimento mental da categoria. Cobramos muito a questão da saúde e os bancos não deram retorno, mas aceitaram analisar nossas propostas”, disse a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Ivone Silva, que também é coordenadora do Comando Nacional dos Bancários.

Ivone lembrou que, recentemente, o banco Santander foi condenado a pagar R$ 275 milhões de indenização por cobrança de metas abusivas, em uma ação coletiva movida pelo Ministério Público do Trabalho com base em estudos embasados em diversos dados, pesquisas e entrevistas com trabalhadores da categoria. Na decisão a Justiça proibiu o banco de continuar a exercer tais práticas.

Também ganhou grande repercussão as denúncias de assédio moral e sexual que levaram à queda do ex-presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães.

“São exemplos típicos do assédio que acontece no dia a dia em diversas agências e departamentos bancários em todo o país e que têm levado os bancários ao adoecimento”, disse Juvandia. “As discussões precisam avançar, pois não podemos permitir que os bancários continuem adoecendo”, completou lembrando que, na última pesquisa de teletrabalho, 37,5% dos bancários disseram que para melhorar a saúde da categoria os bancos precisam reduzir as metas e a pressão pelo seu cumprimento.

Na reunião desta segunda-feira, os bancos insistiram que seria preciso realizar estudos para se comprovar se o adoecimento mental é consequência da pressão por metas e do assédio moral sobre os bancários. Mas, após o Comando apresentar diversos casos concretos, coletados a partir do atendimento a bancários no dia a dia, a Fenaban aceitou analisar as propostas da categoria.

Novas cláusulas

A presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Ivone Silva, reforçou a necessidade de inclusão de novas cláusulas na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) em decorrência da atual conjuntura sanitária do país e do mundo ao lembrar da importância de se estabelecer protocolos sanitários para se evitar o contágio e propagação não apenas da Covid-19, mas também de outras doenças. “Algumas epidemias, como a varíola do macaco, já estão atingindo o país e outras estão surgindo. Assim como fizemos com a Covid-19, precisamos pensar em protocolos para evitar o contágio na categoria e dela para os clientes e a sociedade como um todo”, disse. Ivone também falou da importância de se pensar em equipamentos para a renovação do ar no ambiente de trabalho.

Outra cláusula nova é a que trata das medidas pós-covid-19, com a inclusão de procedimentos de combate e prevenção de doenças e suas sequelas. “E os bancos devem pensar formas para que as pessoas que estão com sequelas, como cansaço, por exemplo, sejam reabilitadas e, se for o caso, sejam realocadas”, disse a presidenta do Seeb/SP.

Próxima reunião

A próxima reunião de negociação da Campanha Nacional dos Bancários 2022 com a Fenaban acontece na quarta-feira (3). Em pauta, as cláusulas econômicas.

Fonte: Contraf-CUT

A Coalizão em Defesa do Sistema Eleitoral, iniciativa que reúne mais de 200 entidades e organizações da sociedade civil, participa do encontro de entidades fiscalizadoras do processo eleitoral, que acontece nesta segunda-feira (1º), no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), às 14 horas, em Brasília.

Na reunião, coordenada pelo presidente do TSE, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, serão apresentadas as normas e orientações sobre o processo de fiscalização e auditoria do sistema eletrônico de votação.

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo financeiro (Contraf-CUT) está entre as organizações da classe trabalhadora que integram a Coalizão. Para Jeferson Meira, o Jefão, secretário de Relações do Trabalho da Contraf-CUT, que estará no evento, “após imensos esforços para consolidar a nossa democracia, ao longo de décadas, e o aprimoramento das eleições que se tornaram exemplo mundial, temos que, mais uma vez, defender de forma contundente a honra do povo brasileiro contra os ataques infundados e psicóticos de um presidente que, no auge da sua alta rejeição, tenta colocar em cheque o mesmo sistema eleitoral e democrático com o qual ele próprio se elegeu”.

Ato no Senado

Na próxima terça-feira (2), às 10 horas, a Coalizão promove ato em defesa das eleições e contra a violência política no Senado Federal. A manifestação tem como objetivo defender o sistema eleitoral dos constantes ataques feitos por Jair Bolsonaro e setores ligados a ele contra o processo eleitoral, a Justiça Eleitoral, juízes e servidores, bem como denunciar as agressões por motivações políticas que já resultaram em morte este ano.

A coalizão planeja ainda a realização de uma série de atos, durante todo o período eleitoral, em defesa da democracia e de reafirmação do sistema de votação brasileiro. Para a presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira, “a defesa do estado de direito é decisiva para a classe trabalhadora, para garantir suas conquistas e garantir uma vida digna com trabalho e liberdade para todos, por isso apoiamos e participamos desse movimento”.

Encontro no TSE

Agenda: segunda-feira, dia 1º, às 14h

Local: Tribunal Superior Eleitoral (TSE)

Ato em defesa das eleições e contra a violência política

Agenda: terça-feira, dia 2, às 10h

Local: Senado Federal (Anexo II, ala Alexandre Costa, sala 7)

Fonte: Contraf-CUT

O Banco do Brasil se comprometeu a enviar, na segunda-feira, 1º de agosto, um comunicado às unidades de todo o país, reforçando que o uso das dependências do BB por correspondentes bancários (coban) é expressamente proibido pela Resolução 4.935 do Banco Central (Bacen).

A denúncia de uso indiscriminado de agentes coban no lugar de funcionários concursados foi feita pela Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) na reunião de quarta-feira (27), sobre Emprego e Terceirização. “Estamos assistindo a um aumento de gerentes utilizando serviços de coban, geralmente em agências de grande lotação de público”, destacou o coordenador da CEBB, João Fukunaga, na ocasião.

Na mesa de negociações que ocorreu nesta sexta-feira (29), o banco retomou o assunto, acolhendo novas denúncias.  “É um avanço para os trabalhadores, essa resposta rápida do banco”, ponderou Fukunaga. “Nós avaliamos que o uso indiscriminado de coban em funções que são dos trabalhadores concursados é um fenômeno ligado à falta de mão de obra e, por isso, mantemos nossa cobrança por mais contratações e fim de terceirizações”, pontuou.

Fonte: Contraf-CUT

*arte extraída do site do Sindicato dos Bancários de SP

Os funcionários do Banco do Brasil não abrem mão de portas giratórias e de vigilantes nas agências, independente do modelo de negócios. A reivindicação contra o enfraquecimento do sistema de segurança, especialmente nas chamadas “agências conceito” ou “lojas” do BB foi destaque da mesa de negociação sobre Segurança Bancária, que aconteceu na manhã desta sexta-feira (29), entre Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) e o banco.

“O banco argumenta que, no modelo das lojas, não há transação suficiente de dinheiro que justifique a instalação de portas giratórias e contratação de vigilantes. Mas nós não temos que olhar apenas a perspectiva da segurança patrimonial. Para o público em geral, a loja não deixa de ser um banco”, destacou o coordenador da CEBB, João Fukunaga. “Me pergunto, portanto, se quando um cliente ou funcionário for agredido ou tiver seus bens furtados dentro das dependências do BB, de quem será a responsabilidade? O banco quer correr esse risco jurídico?”, completou.

A diretora da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro do Rio Grande do Sul (Fetrafi-RS), Priscila Aguirres, trouxe à mesa caso recente de Porto Alegre. “Foi na loja da Praça da Alfândega, que tem apenas quatro funcionários, além do gestor. Um morador de rua entrou no espaço e ficou gritando, exigindo atendimento. O gestor tentou atendê-lo, mas o homem continuou a gritar e não conseguia se fazer entender. Conforme o tempo ia passando, a situação causando mais tensão e medo entre os clientes e funcionários. A polícia foi acionada, mas demorou uma hora para chegar e retirar o morador de rua do local”.

Getúlio Maciel, representante da Fetec-CUT/SP na CEBB, observou que faltam ao BB bases técnicas para justificar a retirada de portas giratórias e de vigilantes nas agências. “Dou como exemplo da agência da Vila Mariana, transformada em loja. A segurança pública de São Paulo aponta que, neste ano, houve aumento de 67% do número de furtos e crimes na região”, relatou. “Se é economia que o banco procura, esse tipo de economia me parece pouco inteligente. O mesmo banco que comemora lucros fantásticos está colocando vidas em risco e esse é nosso mote nesta reunião”, prosseguiu.

A representante dos trabalhadores do BB do Rio de Janeiro e Espírito Santo na CEBB, Goretti Barone, arrematou: “A função do vigilante é fundamental. Ele é treinado para prestar atenção em situações de segurança. Ao contrário dos funcionários, que precisam estar atentos ao atendimento”.

Desta forma, os trabalhadores concluíram que a redução dos mecanismos de segurança nas agências atinge o debate sobre a saúde e condições de trabalho, especificamente a saúde mental dos funcionários do BB, pelo aumento da insegurança no ambiente de trabalho.

Negociações não avançam

Os representantes da empresa insistiram que a “atualização” do esquema de segurança nas lojas BB responde às “novas tecnologias”, seguindo o encaminhamento da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) que, na última reunião, se negou a atender às reivindicações dos bancários de recompor os sistemas de segurança e vigilância.

Sobre os demais temas colocados na mesa, o banco disse que irá analisar as exigências dos trabalhadores e trazer seu posicionamento nos próximos encontros. 

Próximas reuniões

Terça-feira – 2 de agosto – Cláusulas sociais
Quinta-feira – 4 de agosto – Teletrabalho
Terça-feira – 9 de agosto – Saúde e Condições de Trabalho
Sexta-feira – 12 de agosto – Cláusulas Econômicas
Quarta-feira – 17 de agosto – Representação

Fonte: Contraf-CUT

O lucro líquido gerencial do Banco Santander foi de R$ 4,084 bilhões no segundo trimestre de 2022, o que representa redução de 2,1% em relação ao mesmo período de 2021 e aumento de 2% em relação ao trimestre anteriorNo semestre, o lucro alcança os R$ 8.089 bilhões, queda de 0,5% em comparação aos seis primeiros meses do ano passado. O retorno sobre o Patrimônio Líquido Médio Anualizado (ROE) do banco foi de 20,7%, com queda de 0,4 ponto percentual (p.p.) em 12 meses. O lucro no Brasil representou 27,9% (€ 1,365 bilhão) do banco global (€ 4,894 bilhões), que apresentou alta de 16% em 12 meses.

A Carteira de Crédito Ampliada no país teve alta de 4% no trimestre (6,4% em 12 meses), atingindo R$ 543 bilhões. As operações com pessoas físicas cresceram 14% em 12 meses (R$ 216,4 bilhões). O crescimento nesse item se deu em todas as linhas, mas foram impulsionadas por crédito pessoal (+25%) e cartão de crédito (+22%). A Carteira de Financiamento ao Consumo, originada fora da rede de agências, somou R$ 65,7 bilhões, com alta de 5,7%, em relação a junho de 2021. Desse total, R$ 57,1 bilhões (87%) referem-se a financiamentos de veículos para pessoa física (+1,3% em 12 meses). O crédito para pessoa jurídica caiu 0,7% em 12 meses, alcançando R$ 186,5 bilhões. O segmento de pequenas e médias empresas cresceu 6,7% nesse período, e o de grandes empresas reduziu 4,1%.

O Índice de Inadimplência Total superior a 90 dias, que inclui pessoa física e jurídica, ficou em 2,9%, alta de 0,7 p.p. em comparação ao primeiro semestre de 2021. Já as despesas com provisões para créditos de liquidação duvidosa (PDD) foram incrementadas em 54,6%, acompanhando a mudança no mix de produtos do banco (especialmente, para pessoa física), e totalizaram R$ 10,9 bilhões em junho de 2022.

Para a coordenadora da Comissão Organizadora de Empregos (COE) do Santander, Lucimara Malaquias, “a redução do lucro, o aumento da inadimplência e aumento da PDD são resultados da política do atual governo federal e do próprio Santander, que apostam na desigualdade, na demissão, nos juros e tarifas extorsivos, que aprofundam a pobreza e a exclusão. Ou seja, é o reflexo de uma economia estagnada, associada a alta inflação que penaliza parcelas importantes da sociedade”, destacou. “A contrapartida social com geração de empregos e distribuição adequada dos lucros tem sido pauta permanente do movimento sindical”, completou Lucimara.

A receita com prestação de serviços mais a renda das tarifas bancárias reduziu 0,6% em 12 meses, e ficou em R$ 9,5 bilhões. As despesas de pessoal mais PLR cresceram 10,3% no ano, somando R$ 4,9 bilhões. Assim, em junho de 2022, a cobertura dessas despesas pelas receitas secundárias do banco foi de 194,5%.

holding encerrou o primeiro semestre de 2022 com 48.406 empregados, com abertura de 1.980 postos de trabalho em 12 meses. Só no trimestre foram encerrados 684 postos de trabalho. E, em 12 meses, foram fechadas 327 agências e 105 PAB’s, sendo que, no segundo trimestre do ano, foram encerradas 49 agências e 23 PAB’s.

Fonte: Contraf-CUT

O Comando Nacional dos Bancários se reuniu, nesta última quinta-feira (28), com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), para dar continuidade às negociações da Campanha Nacional dos Bancários 2022. O tema foi segurança nos bancos.

A Fenaban alega que houve redução de 98,5% no número de assaltos a agências e postos bancários de 2000 a 2021 e propõe que a representação dos trabalhadores se juntem aos bancos e atuem contra as normas estaduais e municipais de segurança, que exijam aparatos de segurança além dos previstos na Lei 7.102/1983, que regulamenta a segurança bancária.

"Os bancos condicionam a segurança das agências com as metas. Por exemplo, quanto mais vigilantes, mais metas. Um absurdo! Segurança é investimento e condições de trabalho", declarou Max Bezerra, Secretário Geral da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES), e que representou a entidade na reunião.

Segundo dados dos bancos, em 2021, apenas 3% das transações bancárias foram realizadas em agências bancárias e, por isso, não há porque fazer tanto alarde na retirada de portas de seguranças e vigilantes das agências. Mas, um levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), aponta que, ainda que em números relativos as transações via agências tenham perdido espaço, 48% delas são com movimentação financeira e que isso demonstra a importância de haver sistemas de segurança e vigilantes em qualquer tipo de agência bancária.

A Fenaban também recusou a proposta de criação do GT e disse que está aberta a debater o tema até o final de agosto e, caso contrário, assumirá a responsabilidade por tocar a pauta de acordo com seus interesses.

A próxima reunião de negociações entre o Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban está marcada para segunda-feira (1º de agosto) para debater sobre saúde e condições de trabalho.

Fonte: Contraf-CUT

Após o Dia Nacional de Luta contra demissões, fechamento de postos de trabalho e assédio moral e sexual no Itaú, no dia 14 de julho, além de outros protestos e paralisações no dia 15, o banco estendeu o prazo para realocação dos trabalhadores.

No dia 4 de julho o banco anunciou a automação da Diretoria de Operações Centralizadas e da Diretoria de Negócios ItauCred Veículos, processo que estava gerando muita demissão. O banco tinha dado o prazo de apenas 15 dias para a área de consignado e 60 dias para área de veículos realizarem a realocação dos funcionários.

Nesse período, o bancário teria que se candidatar a uma vaga e passar por processo seletivo e ser transferido apenas se houvesse vagas disponíveis. “Essa medida desumana, que já vinha sendo executada pelo banco, tinha que ser barrada”, disse Jair Alves, da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do banco.

O tema foi debatido em reunião entre representantes da categoria e a Diretoria de RH do banco, no dia 22, quando foi solicitado que as demissões fossem suspensas durante as negociações da Campanha Nacional 2022. A resposta veio na segunda-feira (25), com a garantia de que não haverá desligamentos até o fim da vigência da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), que ocorre em 31 de agosto. Ficam fora do acordo, demissões por justa causa, recomendação do Ombudsman e da Inspetoria, além de casos de aposentadoria a pedido. As negociações serão retomadas em setembro.

Fonte: Contraf-CUT