Abril 27, 2025
Slider
Imprensa

Imprensa

Começa nesta sexta-feira, 19 de agosto, e vai até amanhã, sábado (20), o “XIV Congresso Interestadual Ordinário Eleitoral” da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES), da qual o Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense é filiado.

O evento será realizado no Hotel Atlântico Business Centro, no Rio de Janeiro, e os delegados e delegadas, eleitas em seus Sindicatos, definirão:

– Nova Diretoria Executiva;

– Nova Diretoria do Conselho Fiscal;

– Representantes da Federação nas entidades de Grau Superior (efetivos e suplentes);

– Nova Diretoria da Comissão de Ética.

Além destas definições, debaterão também os critérios de participação nos cargos eletivos da Federação; o papel da Fetraf RJ/ES e de seus dirigentes; e os compromissos a serem assumidos pela nova gestão.

O próximo mandato terá duração de quatro anos: 2022 a 2026.

Juvandia Moreira, Presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), e Maria Eduarda Quiroga, Presidenta em exercício da Central Única dos Trabalhadores do Rio de Janeiro, participarão da abertura do evento.

Fonte: Fetraf RJ/ES

Bancários e bancárias realizam, nesta sexta-feira (19), um dia Nacional de Luta para cobrar da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) a entrega da proposta geral. A entidade que representa os banqueiros está com a pauta de reivindicações dos trabalhadores, para a Convenção Coletiva do Trabalho (CCT) da categoria 2022/2023, há mais de dois meses.

As mobilizações vão ocorrer nas ruas e no ambiente on-line, com manifestações nas redes sociais das 9h às 10h. O Comando Nacional orienta o uso da hashtag #TáEsperandoOQuê? e a marcação da Febraban (@Febraban) nas postagens.

A categoria cobra uma atualização da CCT condizente com os esforços dos milhares de trabalhadores e trabalhadoras que contribuem, todos os anos, para que o sistema bancário mantenha seus altos lucros.

Entre as principais reivindicações estão aumento real para os salários e para as demais verbas com base na inflação do período entre 1º de setembro de 2021 e 31 de agosto de 2022 (INPC); aumento maior para o VR e VA; garantia dos empregos; maior participação de lucros e nos resultados; fim das metas abusivas; combate ao assédio moral; acompanhamento e tratamento de bancários com sequelas da covid-19 e jornada de quatro dias por semana.

Fonte: Contraf-CUT

 

Os representantes dos financiários, formados por membro do coletivo da Confederação Nacional do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), federações e sindicatos, se reuniram com a Federação Interestadual das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Fenacrefi), na tarde desta quarta-feira (17). A pauta de reivindicações dos trabalhadores da Campanha Nacional 2022 foi entregue à Fenacrefi no dia 15 de junho.

A reivindicação mais urgente dos trabalhadores foi a definição de um calendário de negociações. A Fenacrefi se comprometeu a verificar datas com as empresas e enviar sugestões nos próximos dias. A próxima reunião ficou pré-marcada para quinta-feira (25). Os representantes dos financiários também reivindicaram transparência nos dados das empresas, quantas são e qual o número de funcionários. “Precisamos saber quais são as empresas, quem representamos, por quem negociamos, pois sabemos que muita gente segue nossos acordos, mas não senta na mesa para negociar conosco. Queremos ser mais justos com a nossa representação”, afirmou o coordenador do Coletivo dos Financiários da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Jair Alves.

A representação das financeiras também se comprometeu a trazer as propostas econômicas de reajustes salariais e nos vales e o valor de Participação nos Lucros e Resultados no próximo encontro. “Lamentamos que a mesa de negociação não tenha trazido avanços, com os representantes patronais apresentando sua minuta, limitando direitos dos financiários”, disse o secretário-geral da Contraf-CUT, Gustavo Tabatinga Jr.

Na minuta de reivindicações patronais destaca-se alterações na PLR e nos auxílios creche e baba. “”Nós não podemos aceitar mudanças que reduzam ou limitem nossos direitos, iremos resistir a esses ataques e lutar para defender os direitos da categoria. É importante que os financiários se mobilizem. Bora ganhar esse jogo!”, convocou Tabatinga.

Fonte: Contraf-CUT

Em reunião entre a Comissão Executiva dos Empregados (CEE) e a Comissão de Empresa da Caixa Econômica Federal, nesta quarta-feira (17), os representantes dos empregados cobram da Caixa a garantia de todos os direitos, tanto presenciais como de teletrabalho. Após diversos debates em mesas de negociação, a reação dos representantes dos trabalhadores foi de perplexidade. Contradizendo o discurso da nova presidente da Caixa, Daniella Marques, os representantes do banco público, além de não sustentarem todos os itens que foram debatidos nas oito rodadas de negociações anteriores, ainda apresentaram uma enxurrada de retirada de direitos. A CEE rejeitou propostas em mesa.

Na ocasião, o banco propôs retirar avanços obtidos nas mesas específicas de negociações, entre eles mudar o parcelamento do adiantamento de férias de 10 vezes para três vezes; retirada do intervalo de descanso 10/50, ou seja, não mais prevê a pausa de 10 min a cada 50 min trabalhados para caixas e avaliadores; e com relação ao vale refeição, que os empregados recebem para se alimentar relativo ao custo mensal, a Caixa está propondo diarizar o valor e em caso de licença médica suspender o pagamento.

Para os representantes dos trabalhadores as propostas apresentadas seguem na linha do governo Bolsonaro, de retrocesso desenfreado. Segundo eles, a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) é patamar mínimo e não teto, ou seja, acima disso cada banco pode vir a negociar com os trabalhadores vários pontos específicos.

“Não temos nem como estar debatendo tantos retrocessos. Queremos propostas que melhorem nosso Acordo Coletivo e as questões que foram colocadas são inadmissíveis. Enxergamos esses pontos como retiradas de direitos, não só no viés financeiro, mas diminuição de qualidade de vida também. As nossas reivindicações não são estáticas, o mundo evolui e as nossas pautas também avançam e não é o que vemos aqui. Esperamos propostas minimamente decentes nas próximas reuniões”, pontuou o coordenador da CEE/Caixa, Clotário Cardoso.

Segundo o representante da Federação Empregados em Estabelecimentos Bancários dos Estados da Bahia e Sergipe (Feeb-BA/SE), Emanoel Souza, a expectativa que vinha sendo criada na mesa de negociação era de avanços, com acréscimos de várias cláusulas, entre elas, medidas efetivas contra o assédio moral na empresa, grupos de trabalho sobre os PCDs, grupo de trabalho sobre os profissionais de TI, dentre outros. “É surpreendente que a Caixa não sustente o que falou nas negociações, mas ainda tente retirar direitos sustentados a arduamente pela categoria em vários anos de história de lutas. Neste sentido estamos caminhando para o impasse e será preciso uma grande mobilização da categoria”, criticou Emanuel.

Demais temas

Na reunião, a CEE/Caixa cobrou o funcionamento do Grupo de Trabalho (GT) Tripartite para debater assuntos relacionados à Funcef, entre eles sobre o contencioso e um GT para tratar do Caixa Minuto, no qual os dirigentes cobraram o fim da designação por minuto nas funções de caixa, tesoureiro e avaliador.

Em relação à questão de assédio moral e sexual, os dirigentes cobraram um espaço específico para tratar do tema que atinge hoje a imagem da empresa e é a causa de grande parte do adoecimento da categoria. O banco respondeu que este tema será tratado na mesa com a Fenaban.

Sobre a Participação nos Lucros e/ou Resultados (PLR), a CEE pontuou que no ano anterior aconteceram problemas, onde houve um entendimento, inclusive judicial, que a Caixa não distribuiu 4% da PLR Social. A Caixa apresentará os resultados nesta quinta-feira (18). Segundo a CEE, com o resultado do primeiro semestre será possível ter uma avaliação mais específica.

Dia Nacional de Mobilização

A categoria prepara um Dia Nacional de Mobilização, agendado para a próxima sexta-feira (19).

Fonte: Fenae

A Caixa Econômica Federal apresentou lucro líquido de R$ 4,4 bilhões no primeiro semestre de 2022, resultado que representa queda de 59,66% em relação ao mesmo período do ano passado. No segundo trimestre, o lucro foi de R$ 1,8 bilhão, 27,9% menor em relação ao trimestre anterior.

Nos primeiros seis meses de 2021, o resultado havia sido impactado por ganhos com a venda de ativos na participação relativa da Caixa Seguridade (R$ 1,5 bilhão), das ações da Caixa Seguridade (R$ 3,3 bilhões) e das ações do Banco Pan (R$ 1,9 bilhão) – todos itens não recorrentes, também chamados de extraordinários, que elevaram o lucro naquele momento.

Sem as receitas desses negócios, os resultados do primeiro semestre deste ano foram bastante inferiores, afinal o setor da seguridade respondia por grande parte do resultado da instituição até então. No período, a Caixa usou créditos tributários, sem os quais a queda no lucro teria sido ainda maior. A rentabilidade sobre o patrimônio líquido do banco (ROE) ficou em 9,55%, com acentuada queda de 9,46 pontos percentuais (p.p.).

No período de doze meses, a Carteira de Crédito Ampliada da Caixa teve alta de 13,7%, e totalizou R$ 928,2 bilhões; no segmento de pessoas físicas, de 23,2% (R$ 127,3 bilhões); e no de pessoas jurídicas, de 8,2% (R$ 81,3 bilhões).

Com saldo de R$ 595,2 bilhões e participação de 64,1% na composição do crédito total, o crédito imobiliário cresceu 11%. As operações de saneamento e infraestrutura foram 2,2% maiores, e somaram R$ 93,6 bilhões. O maior destaque foi do crédito rural, que saltou 202,3%, totalizando R$ 30,8 bilhões.

A taxa de inadimplência para atrasos superiores a 90 dias foi de 1,89%, com redução de 0,57 p.p. na comparação com o primeiro semestre do ano anterior. As provisões para perdas associadas ao risco de crédito foram de R$ 7,8 bilhões, acréscimo de 51,97%.

As receitas de prestação de serviços e de tarifas bancárias alcançaram R$ 12,2 bilhões no primeiro semestre de 2022, com crescimento de 5,49% em doze meses. As despesas de pessoal, já incluída a PLR, somaram de R$ 12,9 bilhões, com crescimento de 4,39%. Assim, a cobertura dessas despesas pelas receitas secundárias do banco foi de 94,45% no semestre.

Após forte atuação da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae) e da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), a Caixa atendeu ordem judicial para convocação de aprovados em concurso de 2014 e preencheu 2.639 postos de trabalho em doze meses e encerrou o primeiro semestre de 2022 com 86.901 empregados e empregadas. Ao mesmo tempo, o banco captou 3,3 milhões de novos clientes. Com isso, cada empregado ou empregada passou a ser responsável, em média, por atender 1.714,4 clientes. Em comparação ao primeiro semestre de 2021, não foram fechadas agências e foram abertos 67 postos de atendimento, 384 unidades de Caixa Aqui e 75 casas lotéricas.

Itens 1Sem2022 1Sem2021 Variação
Ativos Totais 1.494.178 1.464.171 2,05%
Carteira de Crédito Ampla 928.175 816.251 13,71%
Patrimônio Líquido 118.750 107.514 10,45%
Rentabilidade (LL/PL) 9,55% 19,01% -9,46 p.p.
Lucro Líquido 4.374 10.844 -59,66%
Receita com as Operações de Crédito 44.561 33.960 31,22%
Despesas da Intermediação Financeira -46.085 -19.559 135,62%
Provisão para Perdas Associadas ao Risco de Crédito -7.799 -5.132 51,97%
Rec. Prest. Serviços + Rendas de Tarifas (RPS) 12.176 11.542 5,49%
Despesa de Pessoal + PLR -12.891 -12.349 4,39%
Cobertura (RPS/(DP+PLR)) 94,45% 93,47% 0,98 p.p.
Resultado antes da Tributação sobre o Lucro 3.720 13.662 -72,77%
Imposto de Renda e Contribuição Social 1.526 -1.201
Taxa de Inadimplência (90 dias) 1,89% 2,46% -0,57 p.p.
Índice de Basileia 18,65% 20,09% -1,45 p.p.
Agências 3.372 3.372 0
Número de Postos de Atendimento 909 842 67
Correspondentes Caixa Aqui 9.293 8.909 384
Lotéricos 13.394 13.319 75
Clientes (em mil) 148.984 145.730 3.254
 Número de Empregados(as) 86.901 84.262 2.639
Em milhões.
Fonte: Demonstrações Financeiras da Caixa Econômica Federal (2º trimestre de 2022).
Elaborado pela Rede Bancários – Dieese.

O Comando Nacional dos Bancários obteve avanços para as propostas de teletrabalho e de combate ao assédio sexual na negociação com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) desta quinta-feira (18) e cobrou melhorias na proposta contra as metas abusivas e o assédio moral, além de uma resposta definitiva para o índice de aumento para os salários, vales alimentação e refeição (VA e VR) e também para a Participação nos Lucros e Resultados (PLR). “Realizamos hoje a 11ª reunião de nossa campanha nacional e os bancos ainda não trouxeram uma proposta de aumento dos salários e demais verbas econômicas, tampouco para a ajuda de custo para as bancárias e bancários que cumprem suas tarefas em teletrabalho”, informou a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, que é uma das coordenadoras do Comando Nacional. “É importante avançarmos nos temas de combate ao assédio sexual e do assédio moral, assim como no teletrabalho, mas queremos também avançar no aumento real. Os bancários e bancárias estão pagando por um custo de vida alto, com a volta da inflação, está tudo muito caro!” completou.

 

A presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região (Seeb/SP), Ivone Silva, que coordena o Comando Nacional dos Bancários juntamente com a presidenta da Contraf-CUT, ressaltou que os canais de denúncias de assédio mantidos pelos bancos nem sempre são seguros. “Existem diversos exemplos que mostram a fragilidade da segurança dos canais mantidos por alguns bancos. É preciso que haja a participação das entidades sindicais para garantir segurança e que as denúncias sejam efetivamente apuradas, além da manutenção do sigilo da identidade da denunciante. Precisamos avançar neste sentido para que as vítimas não sejam discriminadas e coagidas e se sintam seguras para fazerem as denúncias”, disse.

Avanços

Os bancos vão analisar as propostas do Comando sobre o combate ao assédio sexual e também sobre o teletrabalho e apresentará uma nova redação sobre os temas, mas disse que ainda não conseguiu avançar no debate sobre a ajuda de custo.

Outro avanço foi sobre o combate ao assédio moral. Para os bancos, o assédio é uma questão de comportamento de alguns gestores e vão ampliar a orientação para coibir tal conduta. Também aceitam criar uma comissão para debater sobre o estabelecimento de metas.

“É certo que os bancos aceitarem debater sobre metas é um avanço, mas temos que tomar cuidado para que a responsabilidade não recaia somente sobre os gestores. Temos que analisar com cuidado para saber se eles também não estão sendo pressionados pela política de metas da instituição e repassam esta pressão para seus subordinados”, observou a secretária-geral do Seeb/SP, Neiva Maria dos Santos.

O que mais precisa avançar

Além dos avanços já mencionados, os bancos precisam definir melhor as propostas para permitir que as entidades sindicais possam se reunir e ter acesso aos trabalhadores que exerçam suas funções em teletrabalho.

Outro ponto que precisa ficar claro na proposta é com relação ao desconto de vale-transporte, que deve ser calculado apenas sobre os dias trabalhados presencialmente e não sobre todo o salário.

Outro ponto que os bancos ficaram de analisar é com relação ao prazo de mudança da modalidade de teletrabalho para o presencial, que deve ser expandido para quem cumpre sua jornada em localidades fora da sede de sua lotação, como em outros estados e até países.

Mobilização nacional

Sindicatos de bancários realizam, nesta sexta-feira (19), mobilizações em todo o país para reivindicar a resposta dos bancos sobre as reivindicações de aumento real de salários (INPC + 5%), aumento maior para os vales refeição e alimentação e maior participação nos lucros e resultados dos bancos, que já chegou a ser de 14%, em média, e atualmente está em 6,6%, em média.

“O lucro dos bancos cresce ano após ano. Eles podem atender todas as nossas reivindicações”, disse Juvandia ressaltando que a inflação voltou a assolar nosso país e que a categoria precisa ter aumento real (acima da inflação) e aumento ainda maior para o VA e para o VR.

Além dos atos nas ruas, haverá mobilização nas redes sociais das 9h às 10h. O Comando dos bancários orienta o uso da hashtag #TáEsperandoOQuê? e a marcação da Febraban (@Febraban) nas postagens.

Próxima negociação

A próxima reunião de negociação está prevista para esta sexta-feira (19), a partir das 10h.

Fonte: Contraf-CUT

Semana de notícias boas para os trabalhadores bancários!

Nesta quinta-feira, 18 de agosto, o Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense reintegrou mais um funcionário do Banco Bradesco.

Ronaldo Assereuy Gavazza foi reintegrado, através de mandado de segurança, na agência localizada em Mesquita. Quando ocorreu a demissão, o trabalhador estava acometido com doença ocupacional.

Conforme laudo pericial, o bancário desenvolveu LER/DORT, em virtude das atividades desenvolvidas no trabalho, não estando apto a ser demitido.

A reintegração foi acompanhado pelos diretores Márcio Wanderley e Elizabeth Paradela.

IMPORTANTE

Ronaldo é sindicalizado e, logo após seu desligamento, procurou atendimento no Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense, onde foi prontamente atendido pelos Departamentos Jurídico e de Saúde.

É fundamental que bancárias e bancários, logo que sejam informados de suas demissões, procurem imediatamente atendimento no Sindicato.

SINDICALIZE-SE

 

O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) publicou nesta quarta-feira (17) uma Nota Técnica que mostra o tamanho da defasagem da tabela do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF), com comparações entre alíquotas praticadas em diversos países e simulações de correção da tabela para diferentes períodos. O estudo também trata sobre a importância da adequação das alíquotas à capacidade contributiva dos trabalhadores.

“A política tributária brasileira é injusta. Ela deveria contribuir com o desenvolvimento social e econômico e com a ampliação da proteção social pelo Estado, na busca da equidade. Infelizmente, não é isso o que vemos em nosso dia a dia, e a nota técnica do Dieese deixa isso muito claro”, disse a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, que participa na noite desta quarta-feira (17), a partir das 19h, do debate sobre a elevação artificial do IRPF sobre os trabalhadores, promovido pela Campanha Tributar os Super-Ricos, que será transmitido ao vivo pelo Facebook da Contraf-CUT e da campanha.

Distribuição de renda

O documento do Dieese ressalta que “a política tributária é um dos principais instrumentos de distribuição de renda de uma nação” e que “uma das principais questões que se colocam sobre o IRPF é a forma de correção da tabela, pois se os salários são ajustados pela inflação e a tabela de incidência do imposto não é, os rendimentos dos trabalhadores são corroídos em termos reais”.

“Nós defendemos que quem ganha até R$ 5.000 seja isento. Mas, sem a correção da tabela, para aumentar o teto de isenção, a cada ano aumenta o número de trabalhadores com baixos salários que precisam pagar imposto de renda”, lamentou a presidenta da Contraf-CUT ao lembrar que, além de não corrigir a tabela, na última campanha eleitoral Bolsonaro prometeu isentar quem ganhasse até R$ 5.000,00, mas não cumpriu a promessa.

Para Juvandia, além de corrigir a tabela, o governo precisa criar novas faixas de contribuição. “Com a correção da tabela, quem ganha pouco passa a ser isento. Mas também é preciso criar novas faixas de contribuição, para que quem ganha mais contribua mais e quem ganha menos não precise pagar”, defendeu. “Também é preciso tributar os dividendos que são distribuídos aos acionistas de grandes empresas”, completou.

Perdas dos trabalhadores

Desde 2016, a tabela do Imposto de Renda está congelada e já acumula uma defasagem de 36% em relação à inflação. Por exemplo, o salário médio dos trabalhadores formais no Brasil, segundo dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) 2020, era de R$ 3.291,70 naquele ano. Com a tabela atual do IR e considerando o desconto para o INSS, esse trabalhador se encaixa na segunda faixa de contribuição (desconto de 15%) e tem retido na fonte, mensalmente, o valor de R$ 93,36. Caso a tabela do IR fosse corrigida pelo índice da inflação acumulada (36%), este trabalhador mudaria para a primeira faixa de contribuição (desconto de 7,5%) e a retenção mensal cairia para R$ 29,55. Com isso, economizaria R$ 829,51 em um ano, valor suficiente para comprar 1,1 cesta básica.

Aqueles que ganham R$ 5.000 por mês, com a tabela atual, se encaixam na terceira faixa de contribuição (desconto de 22,5%) e têm retido na fonte, mensalmente, R$ 368,11. Com a correção da tabela pela inflação, mudaria para a segunda faixa de contribuição (desconto de 15%) e a retenção cairia para R$ 186,16. Em um ano estes trabalhadores economizariam R$ 2.635,32, valor suficiente para comprar 3,1 cestas básicas.

Já os trabalhadores com salário de R$ 8.617 (média da categoria bancária), com a tabela atual, se encaixam na última faixa de contribuição (desconto de 27,5%) e têm uma retenção mensal de R$ 1.272,36. Neste caso, mesmo com a correção da tabela, permaneceriam na mesma faixa de 27,5%, mas, ainda assim, teriam redução no valor retido em função da correção da parcela a deduzir e o valor mensal retido cairia para R$ 957,42. Neste caso, a economia seria de R$ 4.094,21, o suficiente para comprar 5,4 cestas básicas.

Além da correção da tabela

Mas, a correção da tabela não basta para que haja justiça tributária. Para corrigir a injustiça, o Dieese propõe:

  1. correção anual da tabela IRPF atual pela inflação;
  2. criação de uma estrutura de tributação que contemple novas faixas de rendimentos, sobretudo com alíquotas mais altas para maiores rendas; e
  3. taxação de lucros e dividendos recebidos por sócios e acionistas, juntamente com revogação integral da previsão legal para distribuição de lucros e dividendos na forma de juros sobre capital próprio (IJF, 2021).

Fonte: Contraf-CUT

Mais uma agência bancária da Baixada Fluminense foi alvo de explosão na madrugada desta quinta-feira, 18 de agosto. Desta vez, uma agência do Banco Santander, em São João de Meriti.

Criminosos explodiram a agência 3306, localizada na Rua Arruda Negreiro, no Centro do município.

Policiais do 21º BPM (São João de Meriti) foram acionados para a ocorrência e, ao chegarem no local, encontraram o estabelecimento danificado por "uso de artefato explosivo".

Solange Ribeiro Viana esteve na agência, representando o Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense, para dar o devido suporte, assistência, conversar e auxiliar os trabalhadores bancários, além de verificar as condições da agência. 

Segundo informações, nada foi roubado.

Alguns funcionários foram deslocados para trabalhar em outras localidades.

A agência aguarda perícia, não abrirá hoje e não tem previsão de retorno.

"Assim que soube do ocorrido, me desloquei para a agência, que é a agência que sou lotada. Me certifiquei se alguém havia se ferido, no primeiro momento. Iremos acompanhar todos os passos seguintes a mais esta violência e os trabalhadores podem ter a certeza de que todo o suporte necessário está sendo disponibilizado", disse Solange Ribeiro.

 







 

 

A Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa Econômica Federal recusou, em mesa de negociação, a proposta apresentada pelo banco, em reunião ocorrida nesta terça-feira (16) sobre teletrabalho. Ao invés de retomar os debates e os pontos que já haviam sido acordados entre as partes antes do início da Campanha Nacional dos Bancários, o banco retrocedeu, se recusou a pagar ajuda de custo aos empregados que trabalhem remotamente (home office) e quer vincular as mesmas regras da criação de banco de horas para este grupo com aqueles que trabalham presencialmente.

“Sabemos que há interesse de muitos empregados em trabalhar remotamente, mas o banco quer que o trabalhador assuma todos os custos que têm a mais com energia elétrica, internet e todos os demais. Essa proposta não passa pelos empregados e a recusamos em mesa”, disse o coordenador da CEE, Clotário Cardoso, lembrando que o banco já havia aceitado dar ajuda de custo para os trabalhadores que exerçam suas atividades em casa. “O banco simplesmente queria deixar de lado o que já havia sido acordado em nossas negociações e estava propondo que a gente aceitasse pontos que são prejudiciais aos trabalhadores”, completou.

A proposta da representação dos empregados é que a Caixa garanta todos os direitos dos(as) empregados(as) presenciais aos(as) empregados(as) em regime de teletrabalho, bem como o registro de ponto, a remuneração das horas extras, além dos direitos e garantias previstos na minuta entregue a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), com ajuda de custo pelos gastos hoje assumidos pelos trabalhadores (energia, internet, água etc).

“Na mesa única com os demais bancos, houve avanço nas negociações sobre as propostas para o teletrabalho”, lembrou a representante da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro do Rio Grande do Sul (Fetrafi/RS), Rachel Weber.

“A Caixa quer se aproveitar do interesse dos empregados pelo trabalho remoto para jogar sobre as costas deles os custos que eles passaram a ter em suas residências. E, sem contar que o banco deixou de ter os custos que tinha quando os empregados trabalhavam nas dependências do banco”, reforçou o representante da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro de Santa Catarina (Fetrafi/SC), Edson Heemann.

Dados da 2ª Pesquisa Nacional sobre Home Office dos Bancários, realizada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), em parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) aponta que durante o período de home office realizado em decorrência do isolamento da pandemia de covid-19, os gastos com contas na residência aumentaram 86,5% com energia elétrica; 73,4% com supermercado; 50,4% com internet; 55,5% com conta de água (veja outros números no gráfico).

Retrocesso

O banco queria estabelecer um banco de horas com prazo de compensação de seis meses, tanto para quem trabalha remotamente quanto para quem trabalha presencialmente. Na proposta negociada anteriormente, o banco aceitava pagar ajuda de custo e o banco de horas era apenas para quem trabalha remotamente. Além disso, o prazo era de dois meses para compensação. Caso não houvesse folga neste prazo, o banco teria que pagar pelas horas trabalhadas a mais.

O representante da Federação dos Empregados em Estabelecimentos Bancários da Bahia e Sergipe (Feeb-BA/SE), Emanoel de Souza, lembrou que “em negociações realizadas anteriormente, já havia sido acordado, inclusive validado pelo pessoal do Jurídico da Caixa, que no presencial, não seria criado banco de horas. Quem está no presencial deve receber pelas horas trabalhadas a mais”.

Negociações

As negociações sobre o teletrabalho foram interrompidas para serem retomadas posteriormente.

Nesta quarta-feira (17), a partir das 16h, haverá nova rodada de negociações.

Fonte: Contraf-CUT