Abril 27, 2025
Slider
Imprensa

Imprensa

A Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa) orienta a todos os empregados da Caixa Econômica Federal a votarem pela aprovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), nas assembleias para a deliberação da proposta, nesta quarta-feira (31), a partir das 19h. Para votar, os bancários devem acessar o link da Plataforma VotaBem (https://bancarios.votabem.com.br), ou link disponibilizado pelo seu sindicato.

O acordo, válido para os próximos dois anos, garante todos os direitos anteriores do último acordo, como a manutenção da PLR Social, do adiantamento de férias, do adicional noturno, da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) e do acordo de teletrabalho nos moldes da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), com controle de jornada, pagamento de ajuda de custo, direto à desconexão e previsão de compensação das horas extras trabalhadas para quem está em teletrabalho, no mês subsequente das horas efetuadas. Caso não aconteça a compensação, as horas extras serão pagas.

A Participação nos Lucros e/ou Resultados (PLR) também se mantém igual ao acordo de 2020. Além disso, será criado um Grupo de Trabalho (GT) bipartite, com representação dos trabalhadores e do banco, com início em outubro e limite no dia 31 de dezembro de 2022, uma reivindicação dos empregados para garantir a transparência no pagamento da PLR, assim que definido.

Outros avanços foram a criação do GT de condições de trabalho, a partir de março de 2023, e de retomar as discussões sobre caixas, tesoureiros e avaliadores, com prazo para a resolução. Também há previsão de possibilidade de ampliar o intervalo de refeição de 30 a 60 minutos para os empregados com jornada de seis horas, sendo assegurado o cômputo de 15 minutos dentro da jornada de trabalho. Também foi garantido o reajuste na indenização em caso de morte ou invalidez por assalto sinistro.

Para o coordenador da CEE/Caixa, Clotário Cardoso, os empregados saem vitoriosos dessa campanha. “Nós sofremos muitas tentativas de ataques aos nossos direitos historicamente conquistados, durante as negociações. Por isso, defendemos a aprovação deste acordo”. Cardoso lembra ainda que a Caixa irá seguir a cláusula da CCT sobre combate ao assédio moral e sexual. “Esse tema foi muito importante em toda a nossa campanha. Conquistamos avanços para toda a categoria bancária, o que nos enche de orgulho”, finalizou.

Os índices econômicos, como os reajustes nos salários e nos vales refeição e alimentação, também vão seguir o acordado entre o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). Veja aqui o acordo.

Fonte: Contraf-CUT

Após dois meses e meio de duras negociações, o Comando Nacional dos Bancários arrancou da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) uma proposta para 2022 e 2023. Para este ano, a categoria terá reajuste de 8% nos salários, aumento de 10% nos vales alimentação (VA) e refeição (VR), além de um adicional de R$ 1.000,00 em vale alimentação, a ser creditado até outubro de 2022. A proposta também prevê reajuste de 13% para a parcela adicional da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) neste ano e, para 2023, aumento real de 0,5% (INPC + 0,5%) para salários, PLR, VA/VR e demais cláusulas econômicas.

“Com o constante crescimento nos lucros dos bancos, o aumento do teto da parcela adicional da PLR possibilita maiores ganhos para os trabalhadores”, observou a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e coordenadora do Comando Nacional dos Bancários, Juvandia Moreira.

A presidenta da Contraf-CUT também ressaltou a importância do acordo num momento de conjuntura adversa. “Temos um governo que promove e incentiva ataques aos trabalhadores, e ainda assim conseguimos que os bancos dessem aumento acima da inflação para os vales alimentação e refeição, um dos anseios que a categoria nos demonstrou na Consulta Nacional dos Bancários, mas também, pela primeira vez, conseguimos incluir uma cláusula que vai nos permitir acompanhar a cobranças de metas”, completou.

“As negociações foram muito duras. Os bancos nos deram muita canseira e tentaram nos impor perdas, mas conseguimos evitar que eles retirassem direitos da categoria e ainda conseguimos alguns ganhos, como a ajuda de custo para quem exerce suas funções remotamente, em teletrabalho”, afirmou a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região (Seeb/SP), também coordenadora do Comando Nacional dos Bancários, Ivone Silva, se referindo à ajuda de custo de teletrabalho de R$ 86,40 para quem exerça 100% de suas funções em home office, com reajuste garantido pelo INPC em 2023.

Outros avanços

Teletrabalho
Além da ajuda de custo, os bancos concordaram com a reivindicação de controle de jornada para todos os trabalhadores; com o fornecimento e manutenção de equipamentos; com o direito à desconexão para que gestores não demandem os trabalhadores fora do horário de expediente; com a manutenção dos direitos da CCT aos trabalhadores que realizem suas funções fora das dependências do banco; com prevenção e precauções com a saúde dos trabalhadores; com a criação de canal específico para que os trabalhadores em teletrabalho tirem suas dúvidas.

Os trabalhadores com filhos de até quatro anos, ou com deficiência terão prioridade para o teletrabalho e as bancárias vítimas de violência doméstica poderão escolher se preferem trabalhar em domicílio, ou nas dependências do banco.

Os bancos facilitarão a realização de campanhas de sindicalização e o contato com os trabalhadores em teletrabalho.

Será criado um grupo de trabalho (GT) bipartite para acompanhar o cumprimento da cláusula.

Assédio sexual
A nova cláusula sobre assédio sexual fará repúdio à esta prática nos bancos e os gestores e empregados passarão por treinamento para prevenção e esclarecimento sobre medidas cabíveis pelos bancos. Também está em debate a participação das entidades sindicais no canal de denúncias a ser criado, assim como o acompanhamento dos casos pela comissão bipartite de diversidade que já existe.

Assédio moral e cobrança de metas
O tema será pautado na primeira reunião de negociação de 2023 dos bancos que têm comissões de empresa. Os bancos que não têm comissão de empresa devem realizar reunião específica com a representação dos trabalhadores para tratar do tema, a pedido do sindicato.

Complementação do auxílio doença
Com relação ao auxílio doença previsto na cláusula 29 da CCT, os bancos queriam estabelecer que somente teria direito ao auxílio o empregado que tivesse retornado ao trabalho e trabalhado ininterruptamente pelo período mínimo de 6 meses após o recebimento da última complementação. Após reivindicação do Comando, os bancos retiraram a proposta.

Segurança bancária
Criação de um Grupo de Trabalho Bipartite Específico para avaliar os dados estatísticos relativos à segurança bancária, bem como a possibilidade de acordo acerca da adoção de dispositivos de segurança, além dos obrigatoriamente previstos no artigo 20, da Lei n° 7.102/1983. O GT também avaliará dados estatísticos relativos à segurança bancária das unidades de negócios.

Assembleias

Das 19 horas desta quarta-feira (31 de agosto) às 19 horas de quinta-feira (1º de setembro), o Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense e demais sindicatos da categoria pelo Brasil, realizam assembleia para deliberar sobre a proposta apresentada.

IMPORTANTE

O Sindicato e o Comando Nacional dos Bancários recomenda a aprovação da proposta.

PARA VOTAR

Para votar e participar, basta acessar o link de votação: https://bancarios.votabem.com.br/

O link estará, também, disponível em nosso site (http://www.bancariosbaixada.org.br/)

PARTICIPEM!

Denúncias que evidenciam prática sistemática de assédio por parte de dirigentes da Caixa voltaram à tona. Desta vez, envolvem a futura presidenta da Caixa Corretora, Camila Aichinger, acusada de quatro denúncias de assédio moral na corregedoria do banco público.

Todas tratam do período em que Aichinger presidiu Caixa Seguridade, entre junho de 2021 e maio deste ano. A executiva integrava o time do ex-presidente do banco Pedro Guimarães, que deixou a instituição financeira depois de denúncias de assédio moral e sexual.

Durante a gestão de Guimarães, Camila Aichinger passou de gerente regional no Paraná para uma vice-presidência da Caixa em menos de quatro anos. Ela deixou o último posto com a chegada da atual presidente do banco, Daniella Marques, mas foi indicada para a presidência da Caixa Corretora. Desse modo, manterá seus vencimentos no mesmo patamar.

As informações estão em reportagem de Lucas Marchesini, da Folha de S.Paulo. A Caixa não comentou o andamento do caso ou o conteúdo das denúncias. Alegou que, “por imposição legal, não divulga informações relacionadas a procedimentos correcionais”. Aichinger teria sido procurada, mas não respondeu aos questionamentos da reportagem.

 O jornal informa ter obtido relatos de quatro funcionários da instituição, com histórias de xingamentos, abusos verbais e humilhação em público. “Não eram situações pontuais ou esporádicas. Era um comportamento constante de gritos, xingamentos e ameaças, por qualquer motivo”, afirma o relato de um denunciante ao jornal. “Os gritos eram tão altos que era possível ouvir o que era dito de fora da sala”, diz o texto.

Assédio na Caixa: ‘Quem não pune se torna responsável’, diz Érika Kokay

Os casos ilustram números alarmantes demonstrados em pesquisa. Em dezembro do ano passado, a Federação Nacional das Associações de Pessoal da Caixa (Fenae) realizou 3.034 entrevistas com funcionários. Assim, revelou que seis em cada dez sofreram assédio moral, e quase 70% já testemunharam a prática. Confira a pesquisa.

Os xingamentos eram semelhantes aos denunciados em relação ao ex-presidente Guimarães. Ambos se referiam a pessoas que os desagradavam com termos como “faixa branca”, “júnior” ou “pau mole”. Pelas denúncias contra a executiva, os funcionários alvos do assédio moral pediram a mudança no comportamento da dirigente.

Ao menos dois denunciantes afirmam que os abusos se reverteram em sintomas físicos, com ataques de pânico e necessidade de licenças médicas.

A partir das denúncias, a corregedoria do banco vai decidir se abre um processo formal contra Aichinger. A punição pode ir de advertência a demissão. Além disso, pode haver responsabilização civil. Desse modo, o ex-funcionário pode ter de arcar com eventual multa que o banco receber por causa dos abusos.

A futura presidenta da Caixa Corretora é formada em Turismo. Foi gerente regional da Caixa no Paraná desde 2016 e, em março de 2019, foi alçada ao cargo de superintendente regional. Naquele mês, Guimarães esteve duas vezes no estado em viagens pelo banco. Camila Aichinger ocupou o cargo por apenas oito meses até ser levada para Brasília como superintendente nacional.

Após quatro meses, virou diretora-executiva da Caixa Seguridade e, em junho de 2021, CEO da empresa. Lá ficou por cerca de um ano, para em seguida assumir o cargo de vice-presidente da Caixa. Mas saiu após a queda de Guimarães.

Ao longo da gestão de Guimarães, seu salário mensal pulou de cerca de R$ 25 mil para mais de R$ 130 mil, somando vencimentos na Caixa e participações em pelo menos sete conselhos.

Os funcionários da Caixa que conversaram com a Folha expressam um temor reforçado pelo fato de a Caixa Corretora ficar no mesmo andar da Caixa Seguridade. Com isso, várias pessoas que teriam sofrido ou testemunhado casos de assédio moral podem passar a conviver com a executiva novamente.

Fonte: Rede Brasil Atual

Na reunião desta última segunda-feira, 29 de agosto, os bancos continuaram intransigentes, impondo reajuste abaixo da inflação querendo substituir por aumento no VA.

O Comando Nacional dos Bancários irá se reunir hoje, 30 de agosto, e deve convocar assembleia para esta quarta (31).

Os funcionários do Banco do Brasil estão desobrigados, pelo menos temporariamente, a apresentarem a declaração anual de Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) no e-Patri (Sistema eletrônico de Informações Patrimoniais e de Conflitos de Interesses). A notícia foi dada por comunicado pela Diretoria de Gestão da Cultura e de Pessoas, nesta segunda-feira (29).

Segundo a repartição do BB, em e-mail enviado aos funcionários, “estão sendo realizadas reuniões entre a direção” da empresa e a Controladoria Geral da União (CGU) “no sentido de esclarecimento de fluxo, prazos e demais definições”. O comunicado continua: “Em recente reunião com a CGU ficou acordado que, durante esse período de tratativas, fica suspensa momentaneamente a obrigatoriedade de apresentação da declaração de IRPF dos funcionários do BB no e-Patri. Assim, por enquanto, não há necessidade de autorizar o compartilhamento do IRPF, nem do envio da própria declaração”.

A Diretoria Gestão disse ainda que “para aqueles que já autorizaram o compartilhamento fica facultada a opção de mantê-lo ou realizar o respectivo cancelamento no portal do e-Patri”. E, ainda, que os funcionários serão informados “tão logo surjam novas definições sobre o tema”.

“Essa suspensão momentânea está sendo bem recebida pelos funcionários, apesar de ter sido feita quase um mês e meio após as bancárias e os bancários terem sido surpreendidos com essa cobrança da Controladoria Geral da União”, avaliou o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga. “Vamos continuar atentos para que o banco faça as devidas orientações aos funcionários. Para nós, por se tratar de uma empresa de economia mista, os trabalhadores não precisam fazer a declaração pelo e-Patri, apenas os dirigentes do BB”, completou.

Entenda

No dia 30 de junho a CGU publicou no Diário Oficial da União a Instrução Normativa 8, determinando que os agentes federais devem apresentar as declarações anuais de bens e de situações que possam gerar conflito de interesses via e-Patri.

Na Instrução, a CGU diz que os trabalhadores poderão optar por autorizar o acesso às declarações de Imposto de Renda de Pessoa Física, apresentadas à Receita Federal, que seriam carregadas automaticamente no e-Patri. Além disso, o funcionário público deve fornecer à Controladoria qualquer informação que possa gerar conflito.

Em meados de julho, os trabalhadores do Banco do Brasil começaram a receber e-mails da entidade federal exigindo a declaração do IRPF ao e-Patri. “Eles querem ver se existe conflito de interesses na formação de renda do agente público. Nós entendemos isso. Então, faz sentido solicitar esse cadastro para diretores, agentes da presidência, mas não para um funcionário normal”, avaliou Fukunaga.

A exigência para que agentes federais prestem declaração de bens pelo e-Patri é baseada no Decreto nº 10.571, que desobriga militares, mesmo que ocupantes de cargos civis, além de estagiários e aprendizes.

Fonte: Contraf-CUT

Agosto é o mês do Orgulho Lésbico, e nesta segunda-feira (29) é celebrado o dia da Visibilidade Lésbica. A data marca a primeira grande manifestação dessa comunidade no Brasil, ocorrida em 1983, movimento que ficou conhecido com o “Stonewall Brasileiro” (conheça o que foi a “Rebelião de Stonewall Inn”).

Para a secretária da Juventude da Contraf-CUT, Bianca Garbelini, a Bia, “a visibilidade é fundamental, pois nós ainda não somos vistas dentro de nossa sexualidade, de nossas identidades visuais, pois existe aquele senso comum de que a mulher lésbica não é lésbica de verdade, e que ela ainda não conheceu um homem que a faça virar uma mulher realmente, o que acaba nos invisibilizando como sujeitos”.

Como ressalta Bia, que também é militante pelos direitos da mulher lésbica, isso ocorre “mesmo dentro da comunidade LGBTQIA+, apesar de todos os avanços em geral, nos últimos 20 ou 30 anos”. Por conta desse estigma, os atos de 29 de agosto buscam o reconhecimento social, a garantia de seus direitos e a luta pelo fim da violência contra a mulher lésbica. Segundo poucos levantamentos a respeito, cresce a cada ano o número de lesbocídios – assassinatos e ações de abuso que culminam com a morte da mulher lésbica.

Dados raros, porém alarmantes

A invisibilidade alcança inclusive os dados de lesbocídios e outras formas de violência. Como observa Bia, “somente agora estamos começando a ter dados sobre a violência, pois até muito pouco tempo existia o mito de que a mulher lésbica não sofria violência, quando o que ocorria era que não existiam dados sobre isso”.

Apesar de escassos, os levantamentos e estudos sobre a questão são preocupantes. Em 1983, por exemplo, o Grupo Gay da Bahia identificou um lesbocídio no país. Anos depois, pesquisa feita pelo Instituto Patrícia Galvão levantou 16 casos em 2014, 26 em 2015, 30 em 2016 e 54 em 2017, uma escalada alarmante, com 126 mortes em apenas quatro anos. O estudo também estima que 89% desses crimes são causados por homens e que 29% deles são cometidos por alguém que mora na mesma casa da vítima. Conheça aqui o Dossiê Sobre Lesbocídio no Brasil.

Diante desses números, Bia observa que a data da Visibilidade Lésbica é fundamental para a luta por direitos, “pois não existe nenhuma iniciativa do Estado para levantamento de dados, nenhuma iniciativa de proteção para nós; sabe-se que a maior parte de violência contra a mulher lésbica vem de homens, e não há nenhum mecanismo específico contra isso; então a Visibilidade é importante, sim, para cobrarmos do Estado a responsabilidade pela nossa segurança, pelo nosso bem estar, pelo nosso direito de viver, de ser e de amar quem a gente quiser”.

No trabalho

Entre as reivindicações apresentadas aos bancos, na Campanha Nacional 2022, a categoria bancária incluiu cláusulas específicas em respeito aos trabalhadores e trabalhadoras LGBTQIA+. Conforme explica Bia, “com relação ao trabalho no setor bancário, uma questão fundamental é o direito à identidade visual, como cada um se expressa para o mundo”. Com relação a esse item, a secretária pontua que “existe a mulher lésbica que é mais feminilizada ou menos”, e ambas devem ser respeitadas. Bia denuncia que “a mulher menos feminilizada, que se expressa dentro dessa identidade sapatão, que chamam de masculina, mas que é apenas menos feminina, acaba sofrendo muito mais discriminação”.

De um modo geral, Bia indica que, por ser muito machista, “o ambiente bancário exige aquela coisa de a mulher ter que se enfeitar para ser uma boa vendedora, então, ela tem que usar salto, se maquiar, usar decote, e a mulher lésbica que não é muito feminilizada, ao não corresponder com a essa expectativa, acaba sendo vítima de mais preconceito, escondida e jogada aos piores postos de trabalho, e isso não acontece só nos bancos, mas no mercado como um todo”.

Para Adilson Barros, da direção executiva da Contraf-CUT, “as mulheres lésbicas, mesmo com décadas de luta, ainda sofrem duplo preconceito e são levadas para uma invisibilidade em diversos espaços da sociedade”. Por isso, conforme diz Adilson, que também é militante LGBTQIA+, “será preciso valorizar sempre a visibilidade lésbica como uma luta fundamental dentro e fora da comunidade LGBTQIA+, com direito a voz, ocupação de espaço e igualdade de oportunidades”.

Canais de denúncia

Denúncias de casos de lesbofobia, outras formas de LGBTfobia ou violência contra mulher, crianças, adolescentes, idosos ou qualquer pessoa vulnerável, podem ser feitas pelo Disque 100, pelo portal do Departamento de Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos, ou pelo 190, telefone da Polícia Militar.

Fonte: Contraf-CUT

O Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense, e Sindicatos de bancários de todo o país, realizaram assembleias, de forma remota, na noite desta sexta-feira, 26 de agosto, para que a categoria deliberasse sobre a proposta apresentada pelos bancos frente às reivindicações da Campanha Nacional dos Bancários 2022.

No início da noite, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) havia apresentado a proposta de reajuste salarial de apenas 75,8% da inflação, o que leva a categoria bancária a uma perda real de 2% nos salários.

Do total de votantes, 98,47% rejeitaram a proposta.

Além de rejeitar a proposta, 92,20% dos votantes aprovaram o estado de assembleia permanente.

Com isso, a assembleia fica em aberto e os sindicatos poderão convocar a categoria a uma nova deliberação sem a necessidade de cumprimento dos prazos legais de convocação de assembleias estabelecidos e sem a necessidade de novas publicações em jornais de grande circulação, bastando apenas uma convocação simples nos veículos de comunicação do próprio sindicato.

*Com informações da Contraf-CUT

A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) apresentou, nesta sexta-feira (26), uma proposta de reajuste salarial de apenas 75,8% da inflação, o que leva a categoria bancária a ter uma perda real de 2% nos salários. O Comando Nacional dos Bancários indica a rejeição da proposta nas assembleias que serão realizadas nesta noite.

Já foram realizadas 17 reuniões de negociação após a entrega da minuta e os bancos mantém a proposta de perda salarial. “Não vamos aceitar proposta que não traga aumento real dos salários”, disse a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e coordenadora do Comando Nacional dos Bancários, Juvandia Moreira. “Na PLR obtivemos avanços, mas os bancos ainda precisam melhorar a proposta”, completou.

Com relação à proposta para Participação nos Lucros e/ou Resultados (PLR) Os bancos desistiram de pedir a compensação (redução) das verbas pagas em programas próprios na parcela adicional da PLR da Fenaban. Mas, para a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região (Seeb/SP), também coordenadora do Comando, Ivone Silva, “os bancos ainda não conseguiram enxergar que precisam apresentar uma proposta que valorize a categoria, com aumento real nos salários e maior distribuição dos lucros para quem trabalha para que eles tenham seus lucros astronômicos”.

Assembleias

Sindicatos da categoria de todo o país realizam assembleias nesta sexta-feira (26) para que os bancários analisem a proposta da Fenaban e autorizem o estado de assembleia permanente. Para votar, os bancários devem acessar o link da Plataforma VotaBem (https://bancarios.votabem.com.br), ou link disponibilizado pelo sindicato de sua base.

O Comando Nacional dos Bancários indica a rejeição da proposta dos bancos e a aprovação do estado de assembleia permanente, para permitir que o Comando Nacional dos Bancários convoque a categoria a qualquer momento para avaliar e deliberar sobre novas propostas.

Avanços

Complementação do auxílio doença
Com relação ao auxílio doença previsto na cláusula 29 da CCT, os bancos queriam incluir uma alínea ao parágrafo primeiro da cláusula para estabelecer que somente teria direito ao auxílio o empregado que tivesse retornado ao trabalho e trabalhado ininterruptamente pelo período mínimo de 6 meses após o recebimento da última complementação, mas após reivindicação do Comando, os bancos retiraram a proposta.

Teletrabalho
É um tema novo que vai entrar na CCT. Os bancos concordaram com a reivindicação de controle de jornada para todos os trabalhadores; com o fornecimento e manutenção de equipamentos; com o direito à desconexão para que gestores não demandem os trabalhadores fora do horário de expediente dos mesmos; com a manutenção dos direitos da CCT aos trabalhadores que realizem suas funções fora das dependências do banco; com prevenção e precauções com a saúde dos trabalhadores; com a criação de canal específico para que os trabalhadores em teletrabalho tirem suas dúvidas.

Os trabalhadores com filhos de até quatro anos, ou com deficiência terão prioridade e as bancárias vítimas de violência doméstica poderão escolher se preferem trabalhar em domicílio, ou nas dependências do banco.

Os bancos facilitarão a realização de campanhas de sindicalização e o contato com os trabalhadores em teletrabalho.

Será criado um GT bipartite para acompanhar o cumprimento da cláusula.

Mas ainda falta avançar na ajuda de custo.

Assédio sexual
A nova cláusula sobre assédio sexual fará repúdio à esta prática nos bancos e os gestores e empregados passarão por treinamento para prevenção e esclarecimento sobre possíveis consequências. Também está em debate a participação das entidades sindicais no canal de denúncias a ser criado, assim como o acompanhamento dos casos pela comissão bipartite de diversidade que já existe.

Assédio moral e cobrança de metas
O tema será pautado na primeira reunião de negociação de 2023 dos bancos que têm comissões de empresa. Os bancos que não têm comissão de empresa devem realizar reunião específica com a representação dos trabalhadores para tratar do tema, a pedido do sindicato.

Continuidade das negociações

As negociações ficam interrompidas no final de semana e serão retomadas na segunda-feira (29), às 14h.

Compartilhe:

Em reunião de negociações com a Caixa Econômica Federal, nesta sexta-feira (26), a Comissão Executiva dos Empregados (CEE) cobrou que a Caixa apresentasse uma resposta para reivindicação dos empregados com relação à Participação nos Lucros ou Resultados (PLR) Social, específica dos trabalhadores do banco. Também cobraram transparência e acompanhamento dos indicadores definidos pelo banco e pela Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Sest) com relação aos valores a serem pagos. A Caixa vai analisar os pedidos e se comprometeu em apresentar uma proposta global na próxima reunião de negociações, com indicativo para segunda-feira.

“No ano passado tivemos problemas, pois a Caixa pagou menos do que os 4% do lucro líquido e ocorreram diversas ações. O que dá insegurança são os indicadores, que causam desconfortos. Não existe acompanhamento. É preciso ter transparência para conseguirmos analisar os cálculos”, disse o coordenador da CEE, Clotário Cardoso.

Interferência governamental

Para a CEE, essa indefinição faz com que os indicadores utilizados para compor a PLR Social fiquem sujeitos às mudanças de governo. “Nós temos a mesa de negociação entre empresa e empregados e é esta que deve ser respeitada. Entendemos a necessidade de respaldar a negociação em órgãos de controle, mas não de refletir o que negociamos em imposições de governo, ou não teríamos mais, por exemplo, a própria PLR Social”, disse a representante da Federação dos Bancários da CUT do Estado de São Paulo (Fetec-CUT/SP), Vivian Sá.

“Esperamos que, na próxima reunião, a Caixa traga uma proposta para a PLR Social e global que valorize suas empregadas e empregados”, disse a secretária executiva da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Eliana Brasil.

Assédio

Os trabalhadores entregaram aos representantes da Caixa a minuta de um novo capítulo do ACT sobre prevenção e combate ao assédio sexual e moral (Veja abaixo a íntegra). O banco analisará a proposta.

ACORDO COLETIVO DE TRABALHO ADITIVO À CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO 2022/2024

Minuta de proposta
CAPÍTULO XX – Prevenção e Combate a Assédio Sexual e Moral

Cláusula XX – DO REPÚDIO A ASSÉDIO
As partes signatárias deste Acordo Coletivo de Trabalho declaram repúdio a qualquer ato de assédio sexual e moral.
Parágrafo Primeiro. A empresa adotará política rigorosa de prevenção, coibição e repressão à ocorrência de assédio sexual e moral nos locais de trabalho por meio de regulamentação e procedimentos adequados.
Parágrafo Segundo. Para fins deste capítulo, são consideradas formas de assédio, além do sexual e moral, a discriminação racial, de gênero, opção religiosa e orientação sexual.

Clausula XX – PREVENÇÃO E COMBATE A ASSÉDIOS

As denúncias de assédios serão apuradas por uma comissão bipartite paritária, formada por representantes dos empregados indicados pela CONTRAF e pela Caixa, a ser instaurada no prazo de 10 (dez) dias a contar do recebimento da denúncia, que deverá ser formalizada por meio de correspondência específica, mantendo-se o sigilo cabível.

Parágrafo Primeiro. Caberá à Comissão averiguar o abuso de poder nas relações de trabalho e tomar medidas para coibir estas práticas, garantindo relações no trabalho onde predomine a dignidade e o respeito pelo trabalhador e a dignidade da pessoa humana.

Parágrafo Segundo. a CAIXA se compromete a efetuar a apuração completa de qualquer denúncia de assédio sexual e/ou moral, aplicando as penalidades cabíveis, quando for o caso, se comprometendo, ainda, a se abster de praticar qualquer ato tendente à retaliação contra o(a) denunciante/vítima.

Parágrafo Terceiro. a CAIXA fornecerá assistência médica e psicológica para a vítima.

Parágrafo Quarto. a CAIXA propiciará auxílio psicológico e retreinamento para os denunciados punidos, sem prejuízo das sanções devidas.

Parágrafo Quinto. O(a) denunciante e as testemunhas, que vierem a depor na apuração da denúncia, terão estabilidade durante o período que perdurar a investigação, sendo que, uma vez constatado o fato, a vítima terá sua estabilidade prorrogada por um ano.

Parágrafo Sexto. Durante a investigação ou mesmo depois de apurado o fato, a vítima/denunciante de assédio sexual ou moral poderá ser transferida do seu local de trabalho, apenas por livre escolha, desde que assegurada a manutenção da função e sua remuneração.

Clausula XX – CAMPANHA DE PREVENÇÃO E COMBATE AO ASSÉDIO

A CAIXA se compromete efetuar campanha trimestral contra o assédio sexual e moral no local de trabalho, em conjunto com as entidades sindicais.

Parágrafo único. A empresa garantirá para os gestores e trabalhadores um treinamento específico com orientações para prevenção e combate ao assédio e à discriminação: assédio moral e sexual, bem como ao combate à discriminação racial, gênero e orientação sexual, que será considerado como pré-requisito para novas nomeações às funções de gestão.

Fonte: Contraf-CUT

Na reunião de negociação da Campanha Nacional dos Bancários 2022 desta quinta-feira (25), o Comando Nacional dos Bancários conseguiu que a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) aumentasse a proposta de reajuste da PLR para 100% da inflação (INPC) e não apresentou uma nova proposta para aumento dos salários e demais verbas econômicas, mantendo a proposta de reajuste de apenas 65% da inflação. O Comando cobrou proposta global, com aumento real dos salários.

“É lamentável termos que terminar este dia de negociações sem uma resposta sobre nossa reivindicação de aumento real e, pior ainda, saímos com a tentativa dos bancos de retirar direitos dos trabalhadores”, criticou a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e coordenadora do Comado Nacional dos Bancários, Juvandia Moreira. “A categoria continua sendo desprestigiada e já demonstrou diversas vezes que não aceitará retirada de direitos”, completou.

“Estamos negociando há dias e esperávamos uma proposta para todos os itens de reivindicações. Mas, novamente vamos ter que dizer para os bancários que não temos resposta com relação ao aumento real”, afirmou a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo (Seeb/SP), também coordenadora do Comando, Ivone Silva.

“Esperávamos que a Fenaban levasse em conta que esse é o momento que toda a categoria está voltada para essa mesa, ansiosa para saber se nossas pautas vão ser valorizadas ou se o reconhecimento pelo árduo trabalho que tivemos para que os bancos alcançassem lucros extraordinários serão retribuídos com perdas e retirada de direitos. A categoria está frustrada e impaciente, não merece esse tratamento e exige uma mudança de postura. Mas, também está mobilizada e vai deliberar sobre o rumo do movimento em assembleias em todo o país”, disse a secretária-geral do Seeb/SP, Neiva Ribeiro.

Perdas da PLR

Os bancos continuam querendo compensar os valores pagos pelos programas próprios na parcela adicional da PLR. Com isso, os bancários de bancos que possuem programas próprios têm perdas diretas na parcela adicional.

Com a correção da PLR pelo INPC, estimada em 8,88%, nos três maiores bancos privados do país (Bradesco, Itaú e Santander) o percentual de distribuição na regra básica cai de 4,97% do lucro distribuído em 2021 para 4,85%. Na parcela adicional a redução seria de 1,69% para 1,67%.

Assembleias

Sindicatos da categoria de todo o país vão realizar assembleias na sexta-feira (26) para que os bancários analisem a proposta da Fenaban e autorize o estado de assembleia permanente.

“Com uma proposta de reajuste sem aumento real, com reajuste do vale alimentação apenas pela inflação geral, sem considerar a inflação dos alimentos, e retirada de direitos na PLR, os bancos jogam a categoria para a greve”, concluiu Juvandia.

Continuidade das negociações

A próxima reunião de negociação está marcada para esta sexta-feira (26), a partir das 14h, presencialmente, em São Paulo.

Fonte: Contraf-CUT