Maio 02, 2025
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A 1ª Turma do TRT/RJ condenou o Itaú ao pagamento de indenização no valor de R$ 100 mil a uma empregada do banco, que atuava como tesoureira. Ela buscou a Justiça do Trabalho alegando a sua incapacidade laborativa em razão de estresse pós-traumático decorrente de sequestro e cárcere privado.

Na inicial, a tesoureira sustentou que foi vítima de sequestro no dia 4 de maio de 2007 e mantida em cárcere privado dentro de casa, junto com a filha de 14 anos, durante toda a noite. No dia seguinte, de acordo com seu relato, ela e a adolescente foram levadas à agência onde trabalhava e lá a bancária foi obrigada a abrir um cofre e entregar uma mala de dinheiro aos sequestradores. A ocorrência foi registrada na delegacia de polícia.

Após o episódio, a empregada solicitou o seu afastamento do serviço – na ocasião, aceito pelo gerente – e obteve auxílio-doença via INSS, durante o período de dois meses. Após a alta médica, entretanto, ela apresentou dificuldades de retomar a rotina profissional, sendo tomada por verdadeiro pânico na entrada e na saída do trabalho. 

Nessas condições, requereu novo afastamento do serviço, desta vez negado pelo gerente. Diante da negativa, buscou ajuda médica e obteve novo auxílio-doença decorrente de acidente de trabalho, que perdurou pelo período de dezembro de 2007 a abril de 2011.

Diante dos fatos, a tesoureira buscou a Justiça do Trabalho pleiteando indenização no valor de R$ 200 mil, argumentando que é dever do empregador assegurar ao trabalhador um ambiente de trabalho salubre em todos os níveis, provendo a integridade física e psicológica do empregado.

No primeiro grau, a indenização foi fixada em R$ 50 mil, o que levou a bancária a recorrer, buscando a majoração desse valor. O banco, por sua vez, também interpôs recurso ordinário. Em sua defesa, o Itaú sustentou a excludente de responsabilidade, decorrente da ausência de dolo ou culpa da sua parte.

A 1ª Turma do TRT/RJ majorou o valor da indenização para R$ 100 mil. Segundo o relator do acórdão, desembargador Mário Sérgio M. Pinheiro, diferentemente do alegado pela reclamante, o laudo pericial não afirma sua incapacidade laborativa, apenas elucida que o exercício profissional tornou-se mais árduo diante das situações vivenciadas.

De toda sorte, os desembargadores entenderam que havia nexo causal entre o dano – o transtorno de estresse pós-traumático – e o fato ensejador – o sequestro e cárcere privado. “Ao exercer a atividade de tesoureira, a empregada estava vulnerável a situações como as que foram vivenciadas”, observou o relator.

Nas decisões proferidas pela Justiça do Trabalho, são admissíveis os recursos enumerados no art. 893 da CLT.


Fonte: TRT-RJ

A 1ª Vara do Trabalho de Campo Grande condenou o HSBC Bank Brasil a pagar indenização no valor provisório de R$ 15 mil podendo chegar a mais de R$ 100 mil a uma funcionária por discriminação salarial.

Na ação, a bancária cobrou a equiparação salarial com os demais trabalhadores que desempenhavam as mesmas funções que ela, no entanto, recebem salários superiores, bem como indenização por uso de veículo próprio e indenização por prejuízos materiais e morais.

Em sua decisão, o juiz Izidoro Oliveira Paniago sustenta que “a equiparação salarial é fator antidiscriminatório que visa garantir salário igual para trabalhadores na mesma condição”.

A decisão do magistrado, em conformidade com as leis trabalhistas, condenou o banco a pagar para a funcionária as diferenças salariais e reflexos da equiparação, reembolso de estacionamento e diferenças de horas extras e reflexos nos termos do item fixando a indenização provisória de 15 mil, que com os devidos acréscimos e reajuste pode ultrapassar o montante de R$ 100 mil.

O advogado que defendeu a funcionária, Henrique Lima, explica que tanto a Declaração Universal dos Direitos do Homem como também a Constituição Federal Brasileira estabelecem que para trabalhos iguais devem ser pagos iguais salários.

Henrique Lima informou que o assunto é conhecido como “Equiparação Salarial” e que a CLT estabelece requisitos para o reconhecimento desses direitos. Alertou, ainda, que se trata de situações comuns em estabelecimentos em que o empregador assedia empregados da concorrência e os contratam com salário superior aos funcionários mais antigos.


Fonte: Campo Grande News

Meios de comunicação, dirigentes políticos e cidadãos europeus se voltam contra os banqueiros, acusando-os, no melhor dos casos, de serem cúmplices de inumeráveis operações ilegais, e, no pior, de diretamente serem criminosos.

 

O melhor exemplo desta onda de indignação é o uso da palavra “bankster”, combinação de “banker” (banqueiro, em inglês) e gângster, inclusive utilizada pelos meios de comunicação de países não anglo-saxões. O termo, cunhado durante a crise econômica mundial conhecida como a Grande Depressão, dos anos 1920 e 1930, ressurgiu na mídia britânica em 2009, e apareceu agora na primeira página do jornal francês Libération.

 

Em um breve documento sobre política bancária divulgado no dia 21, o presidente do opositor Partido Social Democrata (SPD) da Alemanha, Sigmar Gabriel, acusou os banqueiros de “chantagearem governos e Estados com a ameaça de uma bancarrota com efeito dominó”, de “cumplicidade com atividades criminosas”, como evasão de impostos e lavagem de dinheiro, e de “prejudicarem seus próprios clientes”.

 

Mesmo os analistas que atribuem intenções populistas às críticas de Gabriel concordaram que os diretores das grandes corporações financeiras privadas causaram grandes prejuízos ao seu negócio e aos seus clientes. A lista de queixas é longa.

 

Nos Estados Unidos, o HSBC é acusado de lavar dinheiro de narcotraficantes latino-americanos e de organizações islâmicas supostamente envolvidas em atividades terroristas. Em um comunicado divulgado no dia 17, o HSBC assume sua responsabilidade: “Houve ocasiões em que o banco não pôde cumprir com os padrões que esperam os reguladores e os clientes. Reconhecemos estes erros, respondemos por nossas ações e nos comprometemos a solucionar o que não funcionou bem”.

 

O chamado escândalo Libor (acrônimo em inglês de taxa interbancária oferecida de Londres) deixou clara a conivência de numerosas instituições internacionais, entre elas Barclays, Citigroup, JPMorgan Chase, UBS, Deutsch Bank, HSBC, para falsificar informação sobre as taxas de juros interbancárias para que os bancos centrais fizessem o mesmo com as suas. A taxa Libor é uma referência para o mercado monetário, fixada pela Associação de Banqueiros Britânicos. O escândalo fez com que reguladores britânicos e norte-americanos impusessem ao Barclays uma multa sem precedentes de US$ 450 milhões, e levou à aposentadoria forçada de seu diretor, Bob Diamond.

 

Além disso, as instituições financeiras se viram envolvidas em uma grande confabulação de evasão fiscal. A independente Rede de Justiça Fiscal, que investiga a evasão de impostos internacional e o papel dos bancos nos paraísos fiscais, estima que cerca de US$ 11,5 trilhões de ativos estão guardados em cofres de segurança, o que faz com que os Estados deixem de arrecadar aproximadamente US$ 250 bilhões por ano.

 

Por sua vez, a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômicos (OCDE) destaca que “a evasão e a fraude fiscal colocam em risco a arrecadação dos Estados”, e recorda que o Senado dos Estados Unidos estima uma perda de US$ 100 bilhões por ano com evasão fiscal cometida por pessoas e empresas nesse país. “Em muitas nações, as quantias chegam a milhares de milhões de euros”, afirma a OCDE. “Isto significa menos recursos para infraestrutura e serviços, como educação e saúde, e prejudica os padrões de vida em economias desenvolvidas e em desenvolvimento”, ressalta.

 

Os ativos estão em paraísos fiscais, como os territórios britânicos Ilha de Man, Guernsey e Gibraltar, e nas Ilhas Cayman e similares, embora também em instituições financeiras que operam em cidades como Londres e Nova York, e, ainda, em países como Suíça, Cingapura e Mônaco. Os crimes financeiros ocorrem quando os países do Norte industrializado atravessam uma grave crise de dívida soberana que deixou muito deles na bancarrota.

 

O problema teve origem, ou, pelo menos, se agravou, com a crise financeira de 2007, precisamente porque os bancos ficaram à beira da falência e tiveram de ser resgatados pelos Estados para evitar a queda do sistema financeiro. No entanto, a ajuda só fez aumentar e mover uma crise financeira cíclica, e agora bancos espanhóis, gregos e cipriotas pedem ajuda dos governos nacionais, que sacrificam seus cidadãos reduzindo o gasto com serviços públicos básicos como educação, saúde e infraestrutura.

 

Tudo isso se faz para que os mercados financeiros internacionais continuem operando quase sem regulação, enquanto os “banksters” se atribuem salários principescos e bônus elevados. No dia 18, o jornal Libération revelou que, em 2011, apenas quatro grandes bancos franceses pagaram aos seus diretores 1,1 bilhão de euros (mais de US$ 1,3 bilhão) em bônus. A situação levou alguns políticos a reclamarem novas regulações e novos controles para os mercados financeiros.

 

O ministro da Economia da França, Pierre Moscovici, lançou uma reforma do setor com o objetivo de separar os bancos comerciais das instituições financeiras e limitar os salários dos diretores. Gabriel, do PSD, pediu um teto de salário e de bônus e a responsabilidade pessoal de presidentes, diretores-gerais e gerentes de bancos quando as perdas são causadas por transações especulativas de alto risco.

 

Medidas semelhantes foram propostas pela Comissão Independente para os Bancos (ICB), criada em 2010 para reformar o setor e promover a competição e a estabilidade financeira. Contudo, as ideias não foram totalmente consideradas pelo novo plano do governo para reestruturar o mercado financeiro, anunciado no começo deste mês, que, de todo modo, não será implantado antes de 2019.

 

De fato, a maioria das medidas discutidas na Alemanha, França e Grã-Bretanha está incluída no acordo da Basileia III, último pacto normativo internacional para reforçar e regular a estabilidade e a solvência do setor financeiro. A nova normativa do Comitê de Supervisão Bancária da Basileia, ainda em discussão, será aplicada passo a passo a partir de 2013 com vistas à sua total implantação em 2019.

 

Economistas independentes afirmam que a demora em fixar novos controles a um setor obviamente corrupto prova a falta de vontade política dos governos para chegar à raiz do problema. Segundo o economista francês Paul Jorion, “após cinco anos da pior crise financeira da história, todas as tentativas de regular os bancos e os fundos são letra morta”. Por outro lado, “a União Europeia e os governos continuam desregulando e deixando seus próprios cidadãos na miséria total”.

 

Fonte: IPS/Envolverde – Julio Godoy

Meios de comunicação, dirigentes políticos e cidadãos europeus se voltam contra os banqueiros, acusando-os, no melhor dos casos, de serem cúmplices de inumeráveis operações ilegais, e, no pior, de diretamente serem criminosos.

 

O melhor exemplo desta onda de indignação é o uso da palavra “bankster”, combinação de “banker” (banqueiro, em inglês) e gângster, inclusive utilizada pelos meios de comunicação de países não anglo-saxões. O termo, cunhado durante a crise econômica mundial conhecida como a Grande Depressão, dos anos 1920 e 1930, ressurgiu na mídia britânica em 2009, e apareceu agora na primeira página do jornal francês Libération.

 

Em um breve documento sobre política bancária divulgado no dia 21, o presidente do opositor Partido Social Democrata (SPD) da Alemanha, Sigmar Gabriel, acusou os banqueiros de “chantagearem governos e Estados com a ameaça de uma bancarrota com efeito dominó”, de “cumplicidade com atividades criminosas”, como evasão de impostos e lavagem de dinheiro, e de “prejudicarem seus próprios clientes”.

 

Mesmo os analistas que atribuem intenções populistas às críticas de Gabriel concordaram que os diretores das grandes corporações financeiras privadas causaram grandes prejuízos ao seu negócio e aos seus clientes. A lista de queixas é longa.

 

Nos Estados Unidos, o HSBC é acusado de lavar dinheiro de narcotraficantes latino-americanos e de organizações islâmicas supostamente envolvidas em atividades terroristas. Em um comunicado divulgado no dia 17, o HSBC assume sua responsabilidade: “Houve ocasiões em que o banco não pôde cumprir com os padrões que esperam os reguladores e os clientes. Reconhecemos estes erros, respondemos por nossas ações e nos comprometemos a solucionar o que não funcionou bem”.

 

O chamado escândalo Libor (acrônimo em inglês de taxa interbancária oferecida de Londres) deixou clara a conivência de numerosas instituições internacionais, entre elas Barclays, Citigroup, JPMorgan Chase, UBS, Deutsch Bank, HSBC, para falsificar informação sobre as taxas de juros interbancárias para que os bancos centrais fizessem o mesmo com as suas. A taxa Libor é uma referência para o mercado monetário, fixada pela Associação de Banqueiros Britânicos. O escândalo fez com que reguladores britânicos e norte-americanos impusessem ao Barclays uma multa sem precedentes de US$ 450 milhões, e levou à aposentadoria forçada de seu diretor, Bob Diamond.

 

Além disso, as instituições financeiras se viram envolvidas em uma grande confabulação de evasão fiscal. A independente Rede de Justiça Fiscal, que investiga a evasão de impostos internacional e o papel dos bancos nos paraísos fiscais, estima que cerca de US$ 11,5 trilhões de ativos estão guardados em cofres de segurança, o que faz com que os Estados deixem de arrecadar aproximadamente US$ 250 bilhões por ano.

 

Por sua vez, a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômicos (OCDE) destaca que “a evasão e a fraude fiscal colocam em risco a arrecadação dos Estados”, e recorda que o Senado dos Estados Unidos estima uma perda de US$ 100 bilhões por ano com evasão fiscal cometida por pessoas e empresas nesse país. “Em muitas nações, as quantias chegam a milhares de milhões de euros”, afirma a OCDE. “Isto significa menos recursos para infraestrutura e serviços, como educação e saúde, e prejudica os padrões de vida em economias desenvolvidas e em desenvolvimento”, ressalta.

 

Os ativos estão em paraísos fiscais, como os territórios britânicos Ilha de Man, Guernsey e Gibraltar, e nas Ilhas Cayman e similares, embora também em instituições financeiras que operam em cidades como Londres e Nova York, e, ainda, em países como Suíça, Cingapura e Mônaco. Os crimes financeiros ocorrem quando os países do Norte industrializado atravessam uma grave crise de dívida soberana que deixou muito deles na bancarrota.

 

O problema teve origem, ou, pelo menos, se agravou, com a crise financeira de 2007, precisamente porque os bancos ficaram à beira da falência e tiveram de ser resgatados pelos Estados para evitar a queda do sistema financeiro. No entanto, a ajuda só fez aumentar e mover uma crise financeira cíclica, e agora bancos espanhóis, gregos e cipriotas pedem ajuda dos governos nacionais, que sacrificam seus cidadãos reduzindo o gasto com serviços públicos básicos como educação, saúde e infraestrutura.

 

Tudo isso se faz para que os mercados financeiros internacionais continuem operando quase sem regulação, enquanto os “banksters” se atribuem salários principescos e bônus elevados. No dia 18, o jornal Libération revelou que, em 2011, apenas quatro grandes bancos franceses pagaram aos seus diretores 1,1 bilhão de euros (mais de US$ 1,3 bilhão) em bônus. A situação levou alguns políticos a reclamarem novas regulações e novos controles para os mercados financeiros.

 

O ministro da Economia da França, Pierre Moscovici, lançou uma reforma do setor com o objetivo de separar os bancos comerciais das instituições financeiras e limitar os salários dos diretores. Gabriel, do PSD, pediu um teto de salário e de bônus e a responsabilidade pessoal de presidentes, diretores-gerais e gerentes de bancos quando as perdas são causadas por transações especulativas de alto risco.

 

Medidas semelhantes foram propostas pela Comissão Independente para os Bancos (ICB), criada em 2010 para reformar o setor e promover a competição e a estabilidade financeira. Contudo, as ideias não foram totalmente consideradas pelo novo plano do governo para reestruturar o mercado financeiro, anunciado no começo deste mês, que, de todo modo, não será implantado antes de 2019.

 

De fato, a maioria das medidas discutidas na Alemanha, França e Grã-Bretanha está incluída no acordo da Basileia III, último pacto normativo internacional para reforçar e regular a estabilidade e a solvência do setor financeiro. A nova normativa do Comitê de Supervisão Bancária da Basileia, ainda em discussão, será aplicada passo a passo a partir de 2013 com vistas à sua total implantação em 2019.

 

Economistas independentes afirmam que a demora em fixar novos controles a um setor obviamente corrupto prova a falta de vontade política dos governos para chegar à raiz do problema. Segundo o economista francês Paul Jorion, “após cinco anos da pior crise financeira da história, todas as tentativas de regular os bancos e os fundos são letra morta”. Por outro lado, “a União Europeia e os governos continuam desregulando e deixando seus próprios cidadãos na miséria total”.

 

Fonte: IPS/Envolverde – Julio Godoy

A Rede Sindical do Santander nas Américas apontou na quinta-feira (26) como objetivo maior a assinatura de um acordo marco global, durante o encerramento da 8ª Reunião Conjunta das Redes Sindicais dos Bancos Internacionais (BB, Itaú, HSBC, BBVA, Santander e Scotiabank), em Montevidéu. O evento iniciou na segunda-feira (23) e foi promovido pela UNI Américas Finanças.

 

Participaram funcionários do Santander e dirigentes sindicais no Brasil, Uruguai, Argentina, Chile e México.

 

Os brasileiros foram representados por Ademir Wiederkehr e Mário Raia (secretário de imprensa e secretário de relações internacionais da Contraf-CUT, respectivamente), Rita Berlofa e Maria Rosani (diretoras do Sindicato dos Bancários de São Paulo) e Rosane Alaby (diretora do Sindicato dos Bancários de Brasília), além de dois representantes da Contec.

 

Também esteve presente o espanhol José Antonio Gracia Guerrero, responsável pela Secretaria de Ação Sindical, Comunicação e Relações Internacionais da Federação Espanhola de Serviços (FES), filiada à UGT.

 

“Foi uma reunião produtiva, significando mais um passo rumo ao fortalecimento da luta por um acordo marco global, como forma de garantir direitos básicos para os trabalhadores do Santander em todos os países onde o banco atua”, destaca Ademir.

 

Organização e mobilização

 

Para alcançar esse objetivo, foi enfatizada a necessidade de fortalecer a rede sindical. Uma das atividades será a criação de um banco de dados, buscando sistematizar as melhores práticas nos acordos coletivos nos países onde o banco atua nas Américas e na Espanha.

 

As principais lutas que serão desenvolvidas no próximo período visam o cumprimento da jornada de trabalho, o fim das metas abusivas e mais contratações. Também será reforçada a campanha de sindicalização e o combate à terceirização.

 

Foi aprovado o envio de uma nova carta ao diretor de Relações Laborais do Santander na Espanha, Juan Gorostidi, propondo negociações para o acordo marco global, criação de uma coordenadora mundial do Santander e extensão da declaração conjunta de vendas responsáveis e metas realistas firmado em outubro de 2011 no âmbito do Comitê de Empresa Europeu do Santander.

 

Outra proposta aprovada foi a participação nas assembleias anuais do Santander em cada país, levando as propostas dos trabalhadores para o conhecimento dos acionistas do banco. Também será avaliada a viabilidade de participação na Junta de Acionistas, na Espanha.

 

Luta contra o calote no Banesprev

 

Os participantes decidiram solicitar apoio da UNI e das entidades sindicais para a campanha de denúncia do calote do Santander nos participantes do Plano II do Banesprev, no Brasil, uma vez que o banco se nega a reconhecer a dívida do chamado “serviço passado”. Assim, os aposentados estão tendo que contribuir e os funcionários da ativa estão arcando com o pagamento em dobro, enquanto o banco não aporta o que deve para o saldamento do Plano II.

 

Apoio aos bancários dos EUA

 

Ainda foi solicitado que a UNI tenha como prioridade a organização dos trabalhadores do ramo financeiro nos Estados Unidos, considerando que eles representam um terço dos bancários de todo mundo, mas ainda não têm direito à sindicalização nem negociação coletiva.

 

Nova reunião da Rede Sindical do Santander será realizada após a Conferência da UNI Américas Finanças, que ocorre nos dias 1º e 2 de dezembro, também em Montevidéu.

 

Fonte: Contraf-CUT com UNI Américas Finança

O Santander iniciou processo de substituição das empresas prestadoras de serviços como segurança, gestão predial e recepcionistas. Além disso, a empresa de motofrete Disk Entregas promoverá aumento significativo na carga horária de trabalho dos seus funcionários. Essas alterações estão implicando em uma série de problemas aos trabalhadores terceirizados. 

Segundo denúncias, os funcionários das empresas Gocil (segurança) e Concremat (administração predial) estão sendo induzidos a pedir demissão para serem recontratados pela Haganá e Cushman, respectivamente, que assumirão a partir de janeiro de 2015. Ao menos 18 já se desligaram e com isso perderam direitos trabalhistas como verbas rescisórias e bloqueio do FGTS por cinco anos. 

Cobrado pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, o Santander alegou que proibiu as terceirizadas de continuar ameaçando os funcionários para que peçam demissão ou para que não entrem com ações judiciais. Os trabalhadores terceirizados que se sentirem pressionados ou coagidos devem denunciar ao Sindicato pelo 3188-5200. 

“Estamos falando de centenas de trabalhadores, pais e mães de família, que serão afetados com a troca dessas empresas, processo que visa entre, outras coisas, redução de custo para o Santander”, critica a dirigente sindical Lucimara Malaquias. 

Já a empresa de motofrete Disk Entregas deverá permanecer como prestadora do banco espanhol, porém seus funcionários sofrerão aumento na carga horária. Segundo Lucimara, essa mudança colocará em risco a segurança destes trabalhadores. 

A diretora executiva do Sindicato Maria Rosani lembra que o Sindicato trava há anos uma grande luta contra a terceirização. “Esse caso demonstra de forma muito clara a precarização das relações de trabalho implicadas nesse tipo de regime contratual. De uma hora para outra muda a empresa prestadora de serviços e os trabalhadores se veem em meio a essa vulnerabilidade, tendo de abrir mão de seus direitos porque dependem dos seus empregos.” 


Fonte: Seeb São Paulo

A presidenta Dilma Rousseff cobrou nesta sexta-feira (27) dos empresários contrapartida, como a garantia de empregos, em resposta à decisão do governo de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para os automóveis e a desoneração do tributo para os eletrodomésticos da linha branca e móveis. A presidenta disse ainda que o governo faz estudos para promover uma série de desonerações. Mas não detalhou informações sobre o levantamento.

 

“Damos incentivos fiscais e financeiros e queremos retorno”, destacou Dilma, antes de almoçar com atletas brasileiros, em Londres. “Não [queremos retorno] para nós, mas para o país inteiro, que é a manutenção do emprego. Damos incentivo para garantir emprego. Eles têm de saber que é por esse único motivo”, ressaltou.

 

A cobrança de Dilma ocorre no momento em que o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos (SP) pede a interferência do governo para evitar demissões na montadora General Motors (GM).

 

No final de maio, o governo federal reduziu o IPI para os carros – os de motor 1.0 – até 31 de agosto. Mas condicionou a medida à manutenção do nível de empregos no setor. Porém, na semana passada, a GM anunciou o plano de demissões na montadora em São José dos Campos (SP). A direção da montadora foi chamada a dar explicações no Ministério da Fazenda.

 

De acordo com a GM, o compromisso era com a manutenção do nível de emprego e que vem ocorrendo em São Caetano, em Gravataí (RS), e para a futura fábrica de motores de Joinville (SC). Também informou ter contratado cerca de 2 mil pessoas, no ano passado.

 

A presidenta viajou há três dias para Londres acompanhada pelos ministros Aldo Rebelo (Esporte), Helena Chagas (Comunicação Social), Antonio Patriota (Relações Exteriores), Gastão Vieira (Turismo), Aloizio Mercadante (Educação) e Marco Antonio Raupp (Ciência, Tecnologia e Inovação), além do presidente da Câmara, deputado federal Marco Maia (PT-RS). Ela volta neste sábado (28) para o Brasil.

 

Fonte: Agência Brasil

A Contraf-CUT promoveu nesta segunda e terça-feira, dias 8 e 9, uma reunião da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Bradesco, na sede da Confederação, em São Paulo, para discutir ações e estratégias de organização, com o objetivo de avançar nas negociações com o banco em 2015. 

Entre as principais reivindicações, já definidas pelos trabalhadores, estão o programa de reabilitação profissional, parcelamento do adiantamento de férias, concessão do auxílio-educação e a extensão do vale-cultura para todos os trabalhadores. 

Segundo Elaine Cutis , diretora da Contraf-CUT e coordenadora da COE do Bradesco, não tem havido disposição do banco em atender essas demandas nos recentes processos de negociação. “Lamentavelmente ainda sentimos a resistência do banco. Na contramão dos imensos lucros, convivemos com demissões, assédio moral, metas abusivas, rotatividade, adoecimento, problemas que só crescem dentro do Bradesco”, afirma a dirigente sindical.

Os representantes nacionais demonstraram claramente a sua insatisfação com o Bradesco, pois nas constantes reuniões com a área de RH do banco foram entregues várias reivindicações e praticamente não houve avanços em nada, nem mesmo o auxílio educação. O banco é o único dentre os maiores do país que não possui parcelamento do adiantamento de férias que outros já possuem, mas o Bradesco se recusa a discutir. 

“Diante de tamanho descaso, muitos funcionários estão saindo do banco em busca de melhores oportunidades e valorização. Essa situação é inaceitável”, alerta Elaine.

A COE do Bradesco também debateu as premissas para dar continuidade às discussões em andamento com o banco para a construção de um programa de retorno do trabalhador afastado por problemas de saúde. “A expectativa geral é que o banco possa rever sua postura e esteja mais aberto a avançar nas conquistas”, conclui Elaine.


Fonte: Contraf-CUT

A Contraf-CUT, federações e sindicatos se reuniram nesta quinta-feira (4), em São Paulo, com a Fenaban para fazer a avaliação referente ao primeiro semestre de 2014 do instrumento de prevenção e combate ao assédio moral, previsto na cláusula 56ª da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). Vários pontos foram discutidos para aprimoramento das denúncias e a solução mais rápida aos problemas apresentados pelos funcionários dos bancos. 

Contato inicial

Os dirigentes sindicais demonstraram preocupação com o trânsito da denúncia de assédio moral encaminhada pelos sindicatos acordantes até o retorno a ser dado pelos 10 bancos signatários do instrumento. 

“Muitas informações estão se perdendo. Há casos de denúncia de assédio moral que o bancário faz, por meio do sindicato, por exemplo, mas o retorno sobre o problema detectado chega por outro canal e, em alguns casos, sequer o retorno foi dado. Isso acaba trazendo maior morosidade. Ficam passando um para outro dentro do banco, chegando ao ponto de desrespeitar o prazo de até 45 dias para apuração das denúncias, previsto na CCT”, explica Walcir Previtale, secretário de Saúde de Trabalhador da Contraf-CUT.

Diante das falhas apontadas, os bancos se comprometeram a concentrar o retorno dos casos no mesmo canal inicial, de recebimento da denúncia. 

Denúncias consideradas improcedentes

Os sindicatos têm se deparado com grande número de denúncias descartadas e classificadas como improcedentes pelos bancos. Temos bancos que alegam que muitos relatos não se encaixam no instrumento de combate ao assédio moral, o que causou dúvida e discordância dos dirigentes sindicais. 

“Nós reivindicamos que os bancos passem aos sindicatos por escrito e de forma fundamentada toda e qualquer denúncia que transitar pelo instrumento, inclusive aquelas que consideraram improcedentes. Os bancos têm que expor as razões que os levaram a considerar uma denúncia improcedente, provar este julgamento e assegurar ao trabalhador e ao sindicato o direito ao contraditório”, ressalta o diretor da Contraf-CUT. 

Denúncias procedentes

Para Walcir, mesmo entre as denúncias julgadas procedentes, a ação dos bancos no combate ao assédio moral ainda apresenta várias lacunas e equívocos.

“Os bancos precisam especificar quais medidas foram tomadas. Algumas instituições chegam a falar em demissões, como sendo a medida mais cabível. Mas o instrumento de combate ao assédio moral não foi criado para servir aos bancos como ferramenta de corte de postos de trabalho, uma vez que o objetivo é prevenir e combater o assédio moral, que tem levado muitos bancários ao adoecimento”, enfatiza Walcir.

Monitoramento de resultados

Durante a reunião, os dirigentes sindicais também debateram o item “d”, da cláusula 56ª da CCT, no qual os bancos assumem o compromisso para que o “monitoramento de resultados ocorra com equilíbrio, respeito e de forma positiva para prevenir conflitos nas relações de trabalho”. 

Os representantes dos bancários disseram que querem aprofundar mais essa discussão, considerando que o item “d” garante que o monitoramento de resultados seja realizado de forma equilibrada. Equilíbrio esse que é constantemente desrespeitado com a cobrança diária de metas abusivas.

“Há reuniões e cobrança diária de metas e em muitos casos mais de uma vez ao dia. Os bancos decidem que vão fazer uma campanha relâmpago do dia, sem a mínima discussão com os trabalhadores. O novo item da cláusula é uma conquista extremamente importante contra as metas abusivas, mas queremos aprofundar com a Fenaban a aplicação e o acompanhamento desse novo item que compõe o instrumento de combate ao assédio moral”, aponta Walcir. 

A próxima reunião com a Fenaban está agendada para fevereiro de 2015, onde serão apresentados os dados do instrumento de combate ao assédio moral referentes ao segundo semestre de 2014. 

Ausência de bancos

A Contraf-CUT observou a ausência de representantes de alguns bancos públicos e privados, por sinal os que apresentam grande número de adoecimento e afastamentos de bancários por conta dos problemas de saúde e condições de trabalho.

“A Fenaban e os bancos têm que entender que todas as reuniões na mesa temática de Saúde do Trabalhador devem ser prioritárias. A ausência sinaliza falta de comprometimento com a preservação da saúde dos bancários”, conclui Walcir.


Fonte: Contraf-CUT

Jed Horowitz Reuters
Tradução de Sabino Ahumada

 

O verão de 2012 nos Estados Unidos pode vir a ser lembrado como a temporada em que as exigências regulatórias, os escândalos e o longo período de baixo crescimento da economia enfim ajustaram contas com os grandes bancos do país. Desde a crise financeira, os bancos dos EUA e seus investidores nutriam esperanças de ver uma volta aos bons tempos, quando os lucros com a concessão de créditos subiam de forma constante e as atividades de banco comercial e de investimento prosperavam ao mesmo tempo. Analistas e investidores, no entanto, agora se perguntam se a situação não teria mudado para sempre.

 

“Meus instintos dizem que esses megabancos valem mais desmembrados do que combinados”, afirmou Bill Black, sócio da Consector Capital, fundo de hedge especializado em bancos. Instituições menores e mais especializadas poderiam atrair investidores, contentar reguladores e elevar o valor de suas abaladas ações, segundo Black.

 

O lucro de sete dos dez maiores bancos dos EUA superaram as estimativas médias dos analistas no segundo trimestre do ano. Grande parte disso, no entanto, veio de cortes de custos e da utilização de dinheiro reservado anteriormente para cobrir empréstimos de difícil recuperação, não do crescimento em suas operações mais importantes, que é o que os investidores gostariam de ver.

 

A receita com a concessão de empréstimos, corretagem e assessoria a clientes empresariais em fusões e aquisições ainda mostra fragilidade e as baixas taxas de juros continuam a limitar os lucros com empréstimos e outros investimentos. Os bancos e suas ações, que já estão em baixos patamares, parecem encaminhar-se para um longo futuro sombrio.

 

Nancy Bush, analista especializada e investidora no setor bancário há 30 anos, disse estar disposta a jogar a toalha quanto aos bancos, seja qual for seu tamanho. “O que resta a essa altura, a não ser que haja uma melhora realmente significativa na economia e um avanço miraculoso na concessão de créditos?”, pergunta Bush. “Por que investir nessas empresas? Alguém me dê um motivo para acreditar.”

 

Enfrentar ciclos de declínio econômico com mais cortes de empregos não é uma boa resposta de longo prazo, de acordo com alguns especialistas em bancos. Os problemas atuais decorrem de mudanças estruturais no setor financeiro, como o endurecimento da regulamentação e as exigências de reestruturações radicais.

 

“A conclusão é que eles precisam ficar menores, para que possam administrar melhor”, disse Roy Smith, professor de finanças na Stern School of Business, na New York University (NYU). “Eles precisam desistir da ideia de ser um conglomerado bancário universal que agrupa operações que não têm nada a ver entre si.”

 

O Morgan Stanley é um dos “Golias financeiros” que vem sinalizando ter entendido o recado. Até o fim de 2014 pretende encolher seus ativos de corretagem de renda fixa ponderados pelo risco em cerca de 30% em relação aos níveis vistos no terceiro trimestre de 2011, segundo representantes do banco disseram em teleconferência sobre o balanço do segundo trimestre.

 

Estatísticas do governo mostram que os créditos contabilizados nos balanços dos bancos comerciais dos EUA em junho cresceram 5,3% em relação ao mesmo mês de 2011, o décimo mês de crescimento consecutivo. As baixas taxas de juros e a concorrência intensa pelos tomadores de melhor qualidade de crédito, contudo, vêm corroendo o retorno gerado por hipotecas e créditos a empresas, as modalidades de empréstimo mais representativas.

 

Mesmo que os bancos estejam emprestando mais e a melhores tomadores, o estão fazendo de forma menos rentável. “Um período prolongado de baixas taxas de juros exerce muita pressão sobre os balanços patrimoniais”, disse Black, da Consector.

 

Os executivos de bancos também levantaram preocupações nas teleconferências sobre os resultados do trimestre ao alertar para a possibilidade de que a onda de aumento no refinanciamento hipotecário acabe até o fim do ano. O U.S. Bancorp, sétimo maior banco comercial dos EUA, registrou aumento aproximado de 17% no lucro trimestral, mas avisou que boa parte do crescimento foi decorrente de refinanciamentos hipotecários, agora em declínio.

 

Se a economia estivesse se recuperando, os bancos poderiam ter menos motivos de preocupação. Após examinar as conferências telefônicas de 22 executivos de bancos, o analista Dick Bove, da Rochdale Securities, no entanto, disse estar apreensivo quanto à economia. “Eles estão vendo claramente que seus clientes não querem contratar pessoas ou envolver-se em muitos gastos de capital”, disse.

 

Um sinal de problemas: o crescimento na concessão de créditos não vem acompanhando o crescimento dos depósitos bancários.

 

Em março de 2010, os bancos emprestaram cerca de 99% do dinheiro recolhido dos depositantes. Em março de 2012, a relação caiu para menos de 77%, menor porcentagem em mais de dez anos, segundo o Federal Deposit Insurance Corp. (FDIC), agência do governo dos EUA que garante os depósitos bancários.

 

Os executivos de bancos também disseram nas teleconferências que seus melhores clientes mostram-se cada vez mais relutantes em investir nas próprias empresas por incertezas com as eleições presidenciais nos EUA, com o chamado “abismo fiscal” dos impostos, com o orçamento no fim do ano e com os atuais problemas na economia mundial.

 

Para muitos bancos, entretanto, os problemas são mais profundos do que apenas a desaceleração da economia. As atividades nos mercados de capitais, como a corretagem de ações e bônus, simplesmente não são mais tão lucrativas quanto costumavam ser. Os volumes seguem uma tendência de queda de longo prazo e as autoridades reguladoras vêm impondo restrições à capacidade dos bancos de apostar seus próprios recursos.

 

Os grandes bancos também precisam separar mais capital para respaldar suas operações de corretagem mais arriscadas, em um momento em que as operações proporcionam retornos abaixo da média. Bancos comerciais importantes que possuem unidades de banco de investimento vão ter problemas, da mesma forma que firmas como o Goldman Sachs, que atuam apenas na área de banco de investimento, segundo analistas.

 

“Nove entre dez dos maiores bancos mundiais nos mercados de capitais não são capazes de ganhar o custo de capital próprio”, disse Smith da NYU, que foi sócio do Goldman Sachs. “Se você ficou em cima disso e apostou nesses sujeitos porque estão subvalorizados, sua paciência está se esgotando.”

 

É verdade, há alguns bancos que se ativeram à sua atividade como bancos comerciais e ganharam aplausos constantes – e altas cotações – de investidores e analistas. Entre esses bancos estão o Wells Fargo Corp., quarto maior banco dos EUA em ativos, e o U.S. Bancorp. Esses bancos possuem fortes controles de crédito, em geral evitaram cortes de juros para ganhar participação de mercado e vêm gradualmente ganhando operações baseadas em comissões em vez de em juros.

 

Analistas dizem, contudo, que seus principais clientes institucionais têm se mostrado cada vez mais relutantes em investir em qualquer ação de bancos. Na semana passada, o destacado administrador de fundos de hedge Bill Ackman disse que sua firma havia vendido uma grande posição no Citigroup, apesar de admirar em termos gerais a administração do banco, porque o sistema bancário havia se tornado muito arriscado.

 

As perdas de quase US$ 6 bilhões do J.P. Morgan Chase & Co. com derivativos e o escândalo de manipulação da taxa interbancária do mercado de Londres (a Libor) nos últimos meses acabaram se revelando a “proverbial última gota d’água que transborda o balde”, escreveu Ackman a seus clientes na Pershing Square Capital Management.

 

Por meses, o executivo-chefe do J.P. Morgan, Jamie Dimon, não teve ideia do tamanho das perdas que vinham ganhando forma dentro do seu banco, sinalizando a muitos acionistas que os principais bancos são grandes e complexos demais para serem administrados, segundo investidores.

 

“Se não acredito que mesmo os especialistas que estão lá dentro têm grande domínio do que ocorre, certamente não me sentirei tranquilo em investir meu capital lá”, diz Black, da Consector Capital.

 

Fonte: Jed Horowitz Reuters – Tradução de Sabino Ahumada