Maio 01, 2025
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O Santander, maior banco da Espanha, está prestes a comprar a fatia de 8 por cento do HSBC no Banco de Xangai, enquanto muitos concorrentes internacionais começam a sair da China.

O banco espanhol, que já tem uma instituição financeira voltada para o consumo na China, assim como um negócio de financiamento de veículos, disse que a operação envolvendo o Banco de Xangai também inclui um acordo de cooperação, levando o valor de seus investimentos para 647,3 milhões de dólares.

Diversos grandes bancos norte-americanos e europeus, incluindo o Bank of America e o suíço UBS, começaram a se desfazer de suas holdings chinesas, algumas das quais foram lucrativas no papel, mas difíceis de serem gerenciadas no nível operacional.

O Santander está indo no sentido contrário dessa tendência, apesar de ter vendido ativos nos últimos anos, incluindo na América Latina, enquanto tenta fortalecer seu capital frente a regras internacionais de solvência mais rígidas.

O HSBC, enquanto isso, tem vendido fatias minoritárias como parte de uma reestruturação iniciada em 2011. O banco já cortou 46 mil empregos e vendeu aproximadamente 52 negócios, incluindo uma fatia minoritária na seguradora chinesa Ping An.

Fonte: Sarah White e Matt Scuffham – Reuters

O Itaú abrirá na próxima segunda-feira, dia 16 de dezembro, o período de inscrições para o recebimento do auxílio-educação dos funcionários, que pelo acordo negociado e assinado com o banco este ano valerá também para uma segunda graduação e pós-graduação. As inscrições vão até 31 de janeiro e podem ser feitas pelo portal RH do site do Itaú.

O acordo de melhoria do auxílio-educação foi conquistado pela Contraf-CUT, federações e sindicatos, assessorada pela Comissão de Organização dos Empregados (COE), em negociação realizada com o Itaú no dia 17 de outubro deste ano. Foi na mesma negociação que o funcionalismo garantiu o valor total de R$ 4.030 para a Participação Complementar nos Resultados (PCR), para o período de 2013 e 2014 aos funcionários do Itaú.

O auxílio-educação será composto por 5.500 bolsas, das quais 5 mil destinadas a bancários e 500 para trabalhadores não bancários da holding. O valor da bolsa será de R$ 320.

“A novidade é que conquistamos a extensão das bolsas para a segunda graduação e pós e também mantivemos a cota de 1.000 bolsas destinadas preferencialmente para pessoas com deficiência”, afirma Wanderley Crivellari, integrante da coordenação da COE do Itaú.

“Foi avanço importante porque essa é uma antiga reivindicação dos funcionários, uma vez que 70% dos bancários do Itaú já têm graduação. Nosso objetivo é ampliar cada vez mais as vagas para a pós-graduação”, acrescenta Jair Alves, integrante da coordenação da COE do Itaú.

Fonte: Contraf-CUT

A abertura da I Conferência do Emprego e Trabalho Decente, ocorrida na quarta-feira (8), em Brasília, foi uma demonstração do que o movimento sindical pode esperar nos próximos dias.

 

De um lado, os trabalhadores cobrando negociação e ampliação de direitos. Do outro, patrões reclamando da legislação trabalhista, dos impostos e, se o tempo fosse um pouco maior, talvez sobrasse até para a abolição da escravatura.

 

Diante de sete ministros, mas sem a presença da presidenta Dilma Rousseff, o presidente da CUT, Vagner Freitas, escolhido pelas centrais sindicais para falar em nome da bancada dos trabalhadores, enfatizou que o diálogo e o respeito organização sindical é parte fundamental da agenda do trabalho decente.

 

Responsabilidade dos patrões

Primeiro, ele citou o setor privado e cobrou responsabilidade dos empresários para acabar com a utilização de medidas como o interdito proibitório e o dissídio coletivo para fugir da negociação.

 

“As empresas precisam se modernizar para incorporar o contrato coletivo de trabalho e abdicar de expedientes judiciais para solução de conflitos.”

 

A seguir, Freitas criticou o governo federal pela forma como tem conduzido a negociação com os servidores em greve, defendeu a regulamentação da Convenção 151 da Organização Internacional do Trabalho (151) – sobre o princípio da negociação coletiva no setor – e afirmou que as centrais combaterão unidas o famigerado Decreto nᵒ 777 – que prevê a substituição dos servidores federais em greve por outros estaduais e municipais.

 

“A greve é uma demonstração de que esse modelo de gestão é arcaico e está falido. Não existe negociação quando governo não faz contraproposta. As centrais vão entrar com uma Adin (Ação Direta de Inconstitucionalidade) porque julgamos o Decreto nᵒ 777 como inconstitucional”, disse.

 

Não à precarização

Em resposta à bancada dos patrões, que cobrou a diminuição de custos, sem citar quais seriam as contrapartidas para esses cortes, o presidente da CUT destacou que o Brasil não pode seguir o modelo europeu para combater a crise, com aperto fiscal, arrocho salarial e redução do acesso ao crédito. Primeiro, porque foi exatamente o caminho contrário o responsável pelo país enfrentar com menos prejuízos a crise. E, segundo, porque tais ações mostraram-se desastrosas.

 

“Ainda ontem, um pacote foi aprovado na Itália com corte de 10% dos salários dos servidores públicos. Que não tentem fazer isso no Brasil, porque não permitiremos”, deixou claro, acrescentando que a Espanha, outra a adotar esse receituário, castiga os jovens com nível de desemprego de 47%.

 

Para Freitas, a curtíssima prazo, o Brasil precisa erradicar o trabalho escravo, e não apenas nas lavouras no interior do Brasil, mas também em lugares como oficinas de costuras das grandes metrópoles, que produzem para grandes marcas. “Tão importante quanto a aprovação da PEC do Trabalho Escravo é a regulamentação para que seja colocada em prática.”

 

O presidente da CUT tratou ainda de outros pontos presentes na pauta da bancada dos trabalhadores, como a necessidade de reduzir a jornada para 40 horas semanais, a regulamentação da terceirização e o combate á informalidade, partindo da ratificação da Convenção 189 da OIT, que garante às domésticas os mesmos direitos já conquistados pelos demais trabalhadores.

 

Freitas definiu ainda como essencial a ratificação da Convenção 158, contra a demissão imotivada para acabar com a rotatividade da mão de obra, expediente utilizado em larga escala para achatar salários.

 

Ao final, o presidente da CUT lembrou que um ambiente de liberdade depende do poder de intervenção dos movimentos sociais.

 

“Somente com organizações sindicais fortes é possível construir uma verdadeira democracia no Brasil.”

 

Patrões querem moleza

Representante da bancada patronal e presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga deixou bem claro com quais as cartas que os empresários irão jogar.

 

Ele classificou a legislação trabalhista brasileira como muito rigorosa e impeditiva às contratações, sendo urgente a necessidade de reforma – portanto, de retirar direitos.

 

Como não poderia deixar de ser, defendeu a desoneração da folha de pagamentos, sem citar contrapartidas ou como financiar a previdência. “O custo do trabalho vem crescendo, o que indica uma situação insustentável para o emprego.”

 

Sobre a aplicação do conceito de trabalho decente, a observação foi primorosa. “Não basta aprovar leis que obrigam a formalização e a prática do trabalho decente. É preciso remover obstáculos.”

 

No mundo do homem da CNI, a luta de classes acabou e a realidade agora é outra. “O conflito interno perdeu sentido, pois o desafio agora é externo”, referendo-se ao fator competitividade.

 

Tensão no discurso do governo

O momento mais tenso da I Conferência do Trabalho Decente aconteceu na intervenção do ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República. Um grupo de servidores com cartazes e apitos passou a vaiar o representante do governo e cobrou diálogo da presidenta Dilma.

 

Carvalho afirmou que o governo demonstrava maturidade ao enfrentar esse tipo de manifestação e que a democracia também se faz com a capacidade de se manifestar e ouvir. Citou a valorização dos funcionários públicos durante os noves anos de governo Lula e Dilma e ressaltou os compromissos para melhorias das condições de trabalho nos setores da cana-de-açúcar e da construção civil. Além de afirmar que outros virão nas áreas têxtil e de turismo.

 

Porém, diante da manifestação ininterrupta, o ministro terminou sua participação dizendo que no tempo oportuno a proposta virá, mas que não aceitava a indelicadeza dos manifestantes, sendo aplaudido por parte do auditório.

 

Grupos temáticos

A conferência continua nesta quinta-feira (9) com o início do debate nos 12 grupos temáticos ligados aos três eixos do encontro: Princípios e Direitos; Proteção Social; Trabalho e Emprego e Diálogo Social.

 

Única central sindical que participa de todos os grupos, a CUT coordenará os trabalhos sobre o tema “Políticas Macroeconômicas de crédito e investimento para geração de mais e melhores empregos”, que discutirá questões como as convenções 158, 156, o fator previdenciário a e redução da jornada.

 

A central ainda irá secretariar o grupo 3, sobre “Segurança e saúde no trabalho”, além de atuar como relatora no 4, que tratará de “Prevenção e erradicação do trabalho infantil, escravo e do tráfico de pessoas e migração para o trabalho.”

 

Participação

A Contraf-CUT também participa do encontro, através do presidente Carlos Cordeiro, do secretário de Organização do Ramo Financeiro, Miguel Pereira, e do diretor executivo Plínio Pavão.

 

Fonte: Contraf-CUT com Luiz Carvalho – CUT

Duas fontes da Dow Jones disseram que o Itaú Unibanco pretende comprar o CorpBanca, do Chile, como parte de sua estratégia de expansão na América Latina. Essas fontes dizem que o Itaú quer adquirir participação controladora no banco chileno. O Banco Bilbao Vizcaya Argentaria (BBVA), da Espanha, e Scotiabank, do Canadá, também teriam feito ofertas pelo ativo.

Segundo uma dessas fontes, o CorpBanca tem valor de capitalização de mercado de US$ 4,57 bilhões e a transação poderá chegar a US$ 5 bilhões, caso o banco chileno venda uma participação majoritária; a venda de uma fatia minoritária movimentaria pelo menos US$ 2 bilhões.

Uma das fontes disse que o BBVA é o pretendente favorito, tendo em vista que o banco espanhol estaria mais aberto a assumir uma participação minoritária. O proprietário do CorpBanca, o bilionário chileno Alvaro Saieh, gostaria de manter o controle.

“A intenção do Itaú é assumir uma participação controladora no CorpBanca, mas o banco é flexível. Ele também está aberto a partilhar o controle. Uma participação minoritária não está no radar do Itaú, mas isso poderá ser discutido se houver um acordo para ele assumir o controle no futuro”, disse a fonte, que pediu anonimato.

De acordo com essa fonte, o Itaú pode ter a vantagem de estar disposto a pagar em dinheiro, enquanto os outros podem preferir usar suas ações na transação. Procurado pelo Estado, o Itaú não comentou a possível aquisição.

Tanto o Itaú quanto o BBVA e o Scotiabank poderiam usar o CorpBanca para subir ao primeiro lugar do ranking dos bancos chilenos, liderado pelo Banco Santander Chile, segundo a Superintendência de Bancos e Instituições Financeiras do país.

Um acordo também daria ao comprador uma presença no mercado colombiano, que está em expansão rápida e no qual o CorpBanca adquiriu os ativos bancários do Santander em 2012. O CorpBanca é o quinto maior banco do Chile; o BBVA está em sexto lugar, o Scotiabank em sétimo e o Itaú, em oitavo

No ano passado, o Itaú tentou comprar o Colpatria, da Colômbia, que acabou sendo adquirido pelo Scotiabank. Nos últimos cinco anos, o banco canadense fez 30 aquisições. Na semana passada, o presidente Brian Porter disse que, embora o Scotiabank esteja focado em “crescimento orgânico”, suas aquisições não estavam necessariamente encerradas.

O BBVA, afetado pela crise europeia, também quer expandir sua presença em mercados na América Latina, mas poderá ter de levantar capital para adquirir participação no CorpBanca, segundo uma pessoa próxima ao banco espanhol.

Dificuldades

Segundo as fontes, o controlador do CorpBanca pôs participação no banco à venda para tentar levantar recursos para reduzir a dívida de outras empresas. A família Saieh é dona do CorpGroup, que controla o CorpBanca, a rede de supermercados SMU e a Copesa, do setor de mídia.

Na última sexta-feira, por causa dos problemas do grupo, a agência de risco Moodys reduziu a nota de crédito do CorpBanca.

Fonte: Estadão

Protagonista na luta pela redemocratização do País e das mudanças sociais e econômicas consolidadas nos últimos dez anos, a CUT mais uma vez fez história.

Na cerimônia do 2º Prêmio CUT Democracia e Liberdade Sempre realizada na noite desta segunda-feira, dia 9, no Teatro da Universidade Católica (Tuca-PUC), em São Paulo, a Central renovou seu compromisso com a construção de uma sociedade socialista, fraterna e igualitária.

Seja homenageando pessoas ou instituições que se destacam ou destacaram historicamente na luta por democracia e liberdade ou reiterando seu apoio aos companheiros José Genoíno, José Dirceu e Delúbio Soares julgados e condenados de forma ilegal e arbitrária na Ação Penal 470, em um processo manipulado pela mídia nativa em consonância com interesses de setores conservadores e retrógrados da sociedade.

E nada mais apropriado nesta conjuntura que a escolha do tema central deste 2º Prêmio CUT: “Nada vai nos calar”, em referência à árdua luta pela democratização da comunicação no Brasil.

“A CUT nasce, vive e vai continuar fazendo ato político, organizando os trabalhadores e trabalhadoras em resistência a intolerância da classe dominante e da mídia golpista, que não suporta o fato de a classe trabalhadora ter construído um projeto muito superior, de um operário ter presidido a República por duas vezes e ter feito uma mulher sua sucessora. Neste momento ímpar, quando a nossa Central completa 30 anos, a liberdade e a democracia que defendemos é colocada em risco por atitudes ditatoriais penalizando inocentes num claro sentimento de vingança”, declarou Vagner Freitas, presidente nacional da CUT.

Democracia e liberdade

A cerimônia de premiação conduzida pela atriz Zezé Mota começou por volta das 20h. Na plateia, dirigentes e militantes da CUT, representantes dos governos federal, estadual e municipal, deputados federais, estaduais, vereadores, entidades parceiras nacionais e internacionais, lideranças dos movimentos sociais e populares, partidos políticos, centrais sindicais, artistas, acadêmicos, intelectuais, juristas, familiares e amigos dos homenageados, como também movimentos que lutam pela democratização da comunicação, jornalistas e blogueiros progressistas.

Já na parte musical, show da cantora Lua Reis, filha de Júlio de Grammont, vencedor do Prêmio na categoria ‘Personalidade de destaque na luta por Democracia, Cidadania e Direitos Humanos’.

Julinho, como era carinhosamente conhecido, conduziu bravamente a publicação ABCD Jornal no período em que o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC encontrava-se sob intervenção da ditadura militar, transmitindo notícias das greves e da militância política em contraponto à censura imposta à Tribuna Metalúrgica.

Também atuou no Sindicato dos Bancários de São Paulo e foi diretor do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo entre 1984 a 1987. Morreu no dia 26 de novembro de 1998 em um acidente de carro na rodovia Anchieta. Deixou como exemplo sua ética, seu profissionalismo e seu compromisso com a classe trabalhadora.

Julio Turra, diretor executivo da CUT, ao fazer a entrega do prêmio à família de Júlio de Grammont, ressaltou que o jornalista teve importante atuação na construção das organizações de esquerda.

A escolha dos premiados foi definida a partir de votação popular realizada pelo site da CUT. Concorreram três personalidades em cinco categorias diferentes indicadas pela Central com a colaboração de dirigentes, sindicalistas e personalidades vinculadas às causas da democracia, liberdade e dos direitos humanos no Brasil e no mundo.

Também homenageado pelo seu engajamento na resistência à ditadura militar, o jornalista, desenhista e escritor Henrique de Souza Filho, mais conhecido como Henfil, sagrou-se vencedor na categoria’Personalidade de Destaque na Luta por Democracia e Direitos dos Trabalhadores e Trabalhadoras’.

Sua produção de histórias em quadrinhos e cartuns apresentava características específicas: humor, sátira, política e crítica, baseado em personagens tipicamente brasileiros.

Henfil morreu aos 43 anos no Rio de Janeiro. A estatueta foi entregue aos familiares do cartunista pelo secretário de Políticas Sociais da CUT, Expedito Solaney.

Contra impunidade, pela democratização da terra

“Prefiro morrer lutando do que morrer de fome”. Esta era Margarida Alves. Líder sindical, presidente do Sindicato de Trabalhadores Rurais de Alagoa Grande (PB). Desafiou os interesses dos latifundiários da região e tornou-se grande símbolo de luta das mulheres por terra, igualdade, justiça e dignidade.

Mas o dia 12 de agosto de 1983 marcou o fim de uma trajetória de luta contra o analfabetismo, as injustiças, a exploração e pela reforma agrária. Margarida Alves foi covardemente assassinada na porta de sua casa. Três décadas se passaram e seus assassinos continuam impunes. Sua história e seus princípios jamais serão esquecidos. E o público, reconhecendo seu legado de luta, a escolheu como ‘Personalidade de Destaque na Luta por Democracia e Justiça no Campo’.

Paulo Marcelo, presidente da CUT-PB, recebeu das mãos da vice-presidente da CUT, Carmen Foro, o prêmio em nome dos familiares da líder rural. Carmen destacou em sua fala a Marcha que leva o nome de Margarida e mobiliza desde o ano 2000 milhares de mulheres trabalhadoras rurais por desenvolvimento no campo e reforma agrária. “Uma ocasião que me marcou muito foi a última Marcha (2011), quando reunimos em Brasília 100 mil mulheres em memória a Margarida Alves, que teve uma importante contribuição para a história deste País”, acrescentou.

Comunicação, um direito de todos/as

Um dos momentos de maior demonstração de carinho e saudação da plateia foi à entrega do quarto prêmio da noite, a de ‘Personalidade de Destaque na Luta pela Democratização e Liberdade de Expressão’, conquistado pela professora Marilena Chauí.

Reconhecida pela sua importante contribuição acadêmica e envolvimento sintonizado com a realidade e os problemas nacionais, Marilena ressaltou que somente com o passar dos anos é que os brasileiros terão a dimensão do que foi, do que é e do que será a CUT.

Ao agradecer a apoio de todos e todas por poder lutar e seguir buscando uma sociedade onde seja respeitada a liberdade de pensamento e expressão, Marilena afirmou que “toda sociedade possui o direito a comunicação, porque sem ela não há democracia”.

A entrega do prêmio foi feita pela secretária nacional de Comunicação da CUT, Rosane Bertotti.

Ao som do irreverente, alegre e reivindicatório batuque da Marcha Mundial das Mulheres, a última categoria premiou a entidade como destaque na ‘Luta Por Democracia e Liberdade no Brasil e no Mundo.’

A Marcha Mundial das Mulheres surgiu em 2000 com uma grande mobilização que reuniu mulheres de todo o mundo em uma campanha contra a pobreza e violência. Tem a concepção de que as mulheres são sujeitos ativos na luta pela transformação de suas vidas vinculada à necessidade de superar o sistema capitalista patriarcal, racista, homofóbico e destruidor do meio ambiente. Hoje, encontra-se organizada em mais de 70 países e em 20 estados brasileiros.

“Na luta por uma sociedade justa, igualitária, socialista e feminista, a CUT, através deste prêmio, reconhece o importante papel da Marcha Mundial das Mulheres”, afirmou Rosane Silva, secretária nacional da Mulher Trabalhadora da CUT, ao fazer a entrega do prêmio à coordenadora da entidade, Nalu Farias.

Ao final deste bloco de premiação foram convocados ao palco as demais personalidades e entidades ou seus representantes indicadas ao Prêmio CUT para uma saudação.

Mais homenagens

Como na edição anterior, quando o homenageado foi o ex-presidente Lula, a CUT reservou um espaço especial para a premiação de uma personalidade de destaque na luta por democracia e liberdade.

Neste 2º Premio CUT a homenagem foi direcionada a um líder nacional que, como poucos, tinha coragem de ser, de dizer e de fazer. Luiz Gushiken, o Gushi, como era chamado por muitos companheiros e companheiras, presidiu o Sindicato dos Bancários de São Paulo, atuando de forma ativa contra a ditadura militar, pela redemocratização do País e em defesa da categoria bancária.

Esteve à frente da maior greve nacional dos bancários, em 1985. Foi um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores e participou da criação da CUT.

Já doente, acabou vítima de uma campanha caluniosa por parte da Procuradoria Geral da República e da imprensa no processo da Ação Penal 470. Gushiken resistiu com dignidade, pautado pelo seu currículo ético que sempre valorizou e seguiu na vida pública. Foram cinco anos de tortura que acabaram por agravar seu estado de saúde. Morreu no dia 13 de setembro deste ano, em decorrência de um câncer.

Ao recordar as vítimas do trágico acidente que resultou no naufrágio da embarcação que participava da procissão do Círio Fluvial no dia 12 de outubro, em Macapá, capital do Amapá, a CUT também prestou homenagem às companheiras Odete Gomes e Elizabeth Mourão, presidente e diretora executiva da CUT-AP, lembradas com imenso carinho e exemplo de luta e de princípios.

Mandela, presente!

Como não poderia de ser, numa premiação cujo objetivo é manter acesa a chama da luta por justiça social, direitos iguais e democracia, o Prêmio CUT reservou um espaço para homenagear o grande líder Nelson Madiba Mandela, que faleceu na semana passada.

Mandela, símbolo da resistência contra o regime de segregação racial na África do Sul (apartheid), carregava consigo o ideal de uma sociedade livre e democrática, onde todas as pessoas pudessem viver juntas, em harmonia, com oportunidades iguais.

“Com sua resistência e determinação em defesa de um mundo melhor, sintetiza os valores mais preciosos que um ser humano é capaz de ter. Seu legado serve de exemplo na luta contra opressores, contra a discriminação racial e intolerância social em todo o mundo”, dizia o texto lido pela atriz Zezé Mota.

Pela anulação imediata do julgamento midiático

A noite de premiação terminou com um ato de desagravo a José Genoíno, José Dirceu e Delúbio Soares em decorrência do julgamento de exceção da Ação Penal 470, conduzido de forma explicitamente política e midiática.

Desde o julgamento até as condenações que resultaram na prisão dos companheiros, tudo foi orquestrado a partir de violações aos direitos constitucionais. A execução das penas, por exemplo, ocorreu antes mesmo do trânsito em julgado, rasgando os princípios determinados pela Constituição Federal.

Na presença dos familiares (Mônica Valente, mulher de Delúbio; Miruna e Ronan, filhos de Genoino; Camila e Joana, filhas de Dirceu) e dos dirigentes da executiva nacional da CUT, o presidente da Central, Vagner Freitas, afirmou que todos os esforços serão feitos pela anulação imediata da Ação Penal 470.

“Se for preciso nossa militância vai às ruas lutar até o fim para que este julgamento de exceção seja anulado e exigir que prevaleça o estado de Direito. É uma mancha na história do nosso País, um ataque à democracia. Não vamos nos calar, não vamos baixar a cabeça, porque precisamos alertar o povo brasileiro sobre esta postura ditatorial do ministro presidente do STF, Joaquim Barbosa, que se coloca acima da lei. A CUT não tem medo de ditadura e ditadores. Ajudamos a derrubar uma e não aceitaremos que o presidente do STF faça um julgamento pelo simples sentimento de vingança”, assinalou Vagner.

Sobre o Prêmio CUT

Lançado no dia 13 de dezembro de 2010 com ato na sede da ABI (Associação Brasileira de Imprensa), no Rio de Janeiro, o Prêmio CUT Liberdade e Democracia Sempre ocorre neste período para que jamais se esqueça um dos episódios que mancharam a história do Brasil.

Em 13 de dezembro de 1968 foi publicado o Ato Institucional nº5 (AI-5), considerado um golpe dentro do próprio golpe, endurecendo a repressão e fortalecendo o poder autoritário dos militares.
Entre as suas deliberações, determinava o fechamento do Congresso Nacional, a suspensão dos direitos políticos e das garantias constitucionais, cassação de mandatos.

Em consonância com o trabalho que a Comissão Nacional da Verdade vem promovendo, a Comissão Nacional da Verdade, Memória e Justiça da CUT, criada em maio de 2013, tem realizado diversas atividades pelo Brasil para resgatar a memória histórica e restabelecer a verdade dos fatos a partir da visão da classe trabalhadora.

A estatueta entregue aos premiados foi esculpida pelo artista plástico Elifas Andreato, reconhecido pelas suas célebres capas de discos nos anos 70 e por sua luta em resistência ao golpe militar.
Já o Prêmio CUT Democracia e Liberdade Sempre contou com apoio da Caixa Econômica Federal.

Fonte: William Pedreira, da CUT Nacional

“Não existem metas abusivas nos bancos. Elas são apenas desafiadoras. O assédio moral, quando existe, é resultado do desvio de caráter de alguns gestores. As reclamações que existem nos locais de trabalho são normais, parecidas com as dos filhos que se queixam das cobranças dos pais, dos alunos que protestam contra exigências dos professores e dos atletas que reclamam do rigor dos técnicos.”

 

Foi isso o que os bancos alegaram nesta quarta-feira 8 ao Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, durante o segundo dia da primeira rodada de negociação da Campanha 2012, bloqueando as discussões sobre saúde e condições de trabalho e as reivindicações dos trabalhadores pelo fim das metas abusivas e do assédio moral, que estão provocando uma verdadeira epidemia de adoecimentos nas unidades.

 

“Os bancos querem naturalizar e individualizar a violência organizacional, como se ela fosse um desvio de caráter e a culpa, em última instância, fosse dos próprios bancários. Nós discordamos disso. Consideramos que o assédio moral é uma questão coletiva, resultado de um modelo de gestão equivocado, gerador de doenças”, afirma Walcir Previtale, secretário de Saúde do Trabalhador da Contraf-CUT.

 

Os dirigentes sindicais expuseram essa visão aos representantes dos bancos e reafirmaram a reivindicação de que é preciso que os bancários participem da discussão das metas. “O problema hoje é de violência organizacional. Por que não fazemos uma pesquisa para ouvir os bancários, de modo a efetuarmos uma radiografia conjunta do problema?”, propôs Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional.

 

Os bancos recusaram tanto a realização da pesquisa como a inclusão dos bancários na discussão sobre o estabelecimento de metas. Eles alegam que isso significaria submeter a gestão dos bancos ao escrutínio dos bancários.

 

Combate ao assédio moral

O Comando Nacional cobrou dos bancos uma reavaliação do instrumento de combate ao assédio moral previsto na Convenção Coletiva com adesão espontânea para bancos e sindicatos. “Esse instrumento precisa ser avaliado. Ele é insuficiente e precisa de ajustes. Tem havido reincidências e, como é voluntário, não envolve todos os bancos”, destaca Juvandia Moreira, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo.

 

Ela citou o caso de sua base sindical, onde há 640 casos de assédio moral registrados, muitos dos quais discutidos em cada local de trabalho, sem utilização do instrumento previsto na Convenção Coletiva. Há casos de respostas-padrão dos bancos que aderiram. “Esse instrumento precisa ser aprimorado”, defendeu.

 

Programa de Reabilitação profissional

O Comando Nacional questionou os bancos sobre a razão pela qual nenhum deles aderiu ainda ao Programa de Reabilitação Profissional, que está desde 2009 na Convenção Coletiva. Pelo acordo, cuja implementação é opcional, os bancos devem instituir programas de reabilitação visando assegurar condições para a manutenção ou a reinserção ao trabalho do bancário com diagnóstico de adoecimento, de origem ocupacional ou não.

 

“O que observamos é que a grande maioria dos trabalhadores, ao retornarem ao trabalho depois de um determinado período de afastamento, é recolocada no mesmo posto de trabalho que o adoeceu, sem nenhuma mudança nas condições e no ritmo de trabalho”, salienta Walcir.

 

A Fenaban tentou fugir do questionamento, sugerindo remeter a questão à mesa temática de saúde e condições de trabalho, mas os dirigentes sindicais cobraram uma solução na mesa de negociação. Por fim, a Fenaban se comprometeu a fazer reuniões com os bancos e procurar resolver o assunto ainda na atual Campanha Nacional.

 

Nova rodada de negociação

Os debates sobre saúde e condições de trabalho continuarão na segunda rodada de negociação, que ocorre na próxima quarta 15 e quinta-feira 16, em São Paulo. Também serão discutidas as reivindicações sobre segurança bancária, igualdade de oportunidades e remuneração.

O Comando Nacional se reúne na terça-feira 14, às 10h, na sede da Contraf-CUT, para preparar os debates com os bancos.

Fonte: Contraf-CUT

A Caixa Econômica Federal informou nesta segunda-feira, dia 9, que irá antecipar o pagamento dos salários de dezembro para o dia 16 e o crédito do auxílio e cesta-alimentação para o dia 13.

Para Jair Pedro Ferreira, coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE-Caixa), que assessora a Contraf-CUT nas negociações com o banco, a ação da empresa com a antecipação do pagamento é positiva, mas lembra que os empregados continuam trabalhando com jornada de trabalho extenuante e outras inúmeras dificuldades. “Há muita sobrecarga de serviços e cobrança de metas abusivas. A Caixa tem que aumentar o ritmo das contratações e garantir condições dignas de trabalho”, afirma Jair.

Em nota, o banco público ressaltou que a antecipação do pagamento é um reconhecimento ao trabalho de todos os empregados para o alcance dos resultados da empresa.

O documento divulgado pelo banco destacou o forte registro de crescimento em 2013 da carteira de crédito, recorde de contratações no crédito imobiliário, na poupança e lucro recorde no primeiro semestre. “2013 foi um ano de muitas conquistas para a Caixa e para todos nós”, resume o vice-presidente de Gestão de Pessoas, Sérgio Pinheiro, agradecendo o empenho dos empregados para a conquista desses resultados.

Segundo Jair, os bons resultados apresentados pela Caixa são fruto do esforço e dedicação dos seus empregados, no entanto, as condições de trabalho precisam melhorar. “Vale ressaltar que o número de trabalhadores é insuficiente diante da ampliação do crédito”, conclui.

Lucro

A Caixa Econômica Federal obteve lucro líquido de R$ 5 bilhões nos nove primeiros meses de 2013 com aumento de 19,3% em comparação ao mesmo período do ano passado e, na contramão do que vem fazendo os bancos privados, com geração de empregos e ampliação do número de agências.

Conforme análise do balanço feita pela subseção do Dieese na Contraf-CUT, o número total de empregados no banco, em setembro de 2013, foi de 96.752, com a criação de 3.826 postos de trabalho em 2013, perfazendo 7.015 novas vagas em relação a setembro de 2012, o que representa crescimento de 11,54% no quadro de pessoal. Foram também inauguradas 608 agências nos últimos 12 meses, sendo 307 até setembro deste ano.

Fonte: Contraf-CUT

Preso por 27 anos por lutar por democracia e liberdade, igualdade de direitos e pelo fim do regime de segregação racial na África do Sul – o Apartheid – que vigorou no país de 1948 a 1993, Mandela sempre resistiu e não trazia consigo qualquer ódio ou rancor, apenas o ideal de uma sociedade livre e democrática, onde todas as pessoas pudessem viver juntas, em harmonia, com oportunidades iguais.

Sua dedicação de uma vida inteira à luta é exemplo e símbolo para o mundo. Seu legado estará sempre vivo, revigorando dia a dia nossa luta incansável por justiça, por um mundo melhor, onde as pessoas possam viver com dignidade por serem iguais.

A resistência e luta de Nelson Mandela levou o povo negro a resgatar sua dignidade e a não baixar a cabeça para a opressão. Da mesma forma que a eleição de um operário presidente resgatou a relação do Brasil com sua gente, a ascensão de Mandela ao poder, em 1994, representou a reaproximação de uma África do Sul livre com seu povo.

Ainda existem opressores e oprimidos, discriminação racial e intolerâncias sociais em todo o mundo. Mas o legado de Mandela nos da força para continuarmos a luta contra as desigualdades, em defesa de uma sociedade justa, com liberdade e democracia.

Nelson Madiba Mandela, com sua resistência e determinação em defesa de um mundo melhor, sintetiza os valores mais preciosos que um ser humano é capaz de ter.

“Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou ainda por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender, e se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar.” (Nelson Mandela)

Mandela: presente!

CENTRAL ÚNICA DOS TRABALHADORES

Fonte: CUT Nacional

Com 13.706 votos, o que representa 55,85% dos válidos, a Chapa 130, integrada por Fernando Neiva (titular) e Maria Rita Serrano (suplente), apoiada pela Contraf-CUT, diversos sindicatos, federações, Fenae e várias associações, venceu também o segundo turno das eleições para representante dos empregados no Conselho de Administração (CA) da Caixa Econômica Federal. A Chapa 56 obteve 10.834 votos, o que significa 44,15% dos válidos. Houve 380 votos em branco e 907 nulos.

O resultado foi anunciado no início da noite desta sexta-feira (6), pouco depois do final da votação eletrônica. No primeiro turno, a Chapa 130 havia vencido com 6.094 votos, enquanto a Chapa 56 ficara em segundo lugar com 4.427 votos.

“Trata-se de uma vitória importante dos empregados da Caixa e nós temos absoluta certeza de que Fernando Neiva e Maria Rita Serrano garantirão uma representação real e qualificada dos empregados na defesa de seus direitos junto à mais alta instância de decisão da Caixa, esse banco imprescindível para o desenvolvimento econômico e social do Brasil”, comemora Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT.

Para Jair Ferreira, coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa), “o processo democrático consolida essa importante conquista dos trabalhadores”. Ele destaca a importância da participação dos empregados da Caixa. “Parabéns a todos e todas que participaram do primeiro e do segundo turno das eleições, fortalecendo esse novo instrumento de representação dos empregados”, destaca.

Fernando Neiva

Fernando Neiva é economista com extensão em Agenda das Políticas Públicas: Tendências Contemporâneas e pós-graduação em Políticas Públicas, Estratégia de Gestão. Atualmente, cursa Direito.

Ele ingressou na Caixa em 1989 e integrou as diretorias do Sindicato dos Bancários de BH e Região a partir de 1996, tendo sido presidente entre 1999 e 2008. Atualmente, é diretor do Departamento Jurídico da entidade. Foi também membro do Conselho Fiscal da APCEF/MG, diretor da Fenae e da CUT Nacional.

Maria Rita Serrano

Maria Rita Serrano é mestre em Administração, em História e em Estudos Sociais. É empregada da Caixa desde 1989. Foi vice-prefeita de Rio Grande da Serra (SP) e respondeu durante o mandato pela Secretaria de Cidadania do município. É autora do livro O desenvolvimento socioeconômico de Rio Grande da Serra.

Ela foi secretária de Finanças da Fetec/SP, integrou por duas gestões o Comitê de Investimento da Funcef e participou da Comissão Executiva dos Empregados (CEE-Caixa) entre 2003 e 2009. Presidiu o Sindicato dos Bancários do ABC entre 2006 e 2012. É diretora do Sindicato e da Agência de Desenvolvimento Econômico do ABC.

Fonte: Contraf-CUT

A Contraf-CUT, federações e sindicatos se reúnem na próxima quinta-feira (12), às 11h30, com o secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Manoel Messias Nascimento Melo, em Brasília, para discutir os problemas de emprego no Santander. O encontro foi agendado pelo movimento sindical, procurando apoio do poder público para construir soluções.

 

 

Rotatividade e corte de empregos 

 

Apesar do lucro líquido de R$ 4,3 bilhões nos nove primeiros meses deste ano, o banco espanhol demitiu milhares de trabalhadores e extinguiu 3.414 empregos no mesmo período. Apenas no terceiro trimestre, a instituição eliminou 1.124 postos de trabalho.

 

Nos últimos 12 meses, a redução alcançou 4.542 vagas, uma queda de 8,2% no quadro de funcionários que ficou em 50.578 em setembro, segundo análise do Dieese.

 

“Essa política de rotatividade e corte de postos de trabalho é nociva para os bancários e o país, pois anda na contramão da economia brasileira, que gerou 1,323 milhão de novos empregos no mesmo período”, salienta o secretário de imprensa da Contraf-CUT, Ademir Wiederkehr.

 

 

Demissões em massa

 

Há exatamente um ano, os bancários estiveram no MTE denunciando a ocorrência de demissões em massa no Santander. Embora negadas pelo banco, elas acabaram sendo confirmadas após a entrega dos dados do Caged pelo banco ao Ministério Público do Trabalho (MPT). A instituição dispensou 1.175 funcionários sem justa causa em dezembro, o que provocou a extinção de 975 vagas.

 

“Este ano, conforme os balanços trimestrais publicados, o fechamento de postos de trabalho foi permanente e muito maior, extinguindo 3.414 empregos até setembro, o que é injustificável”, destaca Ademir. “O Santander é hoje o banco que mais está demitindo no Brasil, superando o Itaú”, compara.

 

 

Condições precárias de trabalho

 

“Com tantas demissões, faltam caixas e coordenadores na rede de agências, provocando sobrecarga de serviços, desvio de função, assédio moral, estresse, insegurança e adoecimento de bancários, piorando as condições de trabalho e prejudicando a qualidade de atendimento aos clientes”, aponta a coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander, Maria Rosani.

 

 

Homologações com prepostos terceirizados

 

Com a falta de pessoal na rede de agências e para reduzir custos, o banco deixou de enviar funcionários do banco como prepostos nas homologações junto à maioria dos sindicatos, passando a utilizar terceirizados.

 

“A medida tem sido rejeitada pelas entidades sindicais, uma vez que a admissão e o desligamento são atividades-fim das empresas, não cabendo a terceirização”, salienta o secretário de Relações Internacionais da Contraf-CUT, Mário Raia.

 

A assessora jurídica da Contraf-CUT, Deborah Blanco, observa também que “a súmula 377 do TST deixa muito claro que, à exceção das reclamações trabalhistas de domésticas, microempresas ou empresas de pequeno porte, todos os demais casos se exige que o preposto seja empregado da empresa”.

 

“A homologação é um ato jurídico e o terceirizado não é formalmente habilitado a representar o banco. Não adianta o profissional ter procuração do Santander. Quando uma homologação é assinada por alguém que não é funcionário ou sócio da empresa, não há ato formal”, reforça a assessora jurídica da Fetraf RJ-ES, Ana Luiza Palmisciano.

 

 

Milhões para executivos

 

“Enquanto milhares de trabalhadores e trabalhadoras perdem seus empregos, altos executivos do banco ganham milhões de reais por ano, o que é totalmente descabido e inaceitável”, denuncia a secretária de Mulheres da Contraf-CUT, Deise Recoaro.

 

Cada diretor do Santander embolsou, em média, R$ 5,62 milhões no ano passado, o que significa 119,2 vezes o salário de um caixa do banco, segundo estudo do Dieese. Para ganhar a remuneração mensal de um executivo, esse caixa tem que trabalhar 10 anos no banco, o que é um absurdo.

 

 

Queremos emprego decente

 

“Vamos solicitar o apoio do MTE para que parem as demissões, a rotatividade, o corte de empregos e a terceirização dos prepostos nas homologações do Santander. Queremos emprego decente e que o banco amplie as contratações para garantir condições dignas de trabalho e melhorar o atendimento aos clientes”, conclui Ademir.

 

Fonte: Contraf-CUT