Maio 14, 2025
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Imprensa

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O Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense tem uma novidade para seus associados e associadas: o atendimento virtual previdenciário.

O atendimento ocorrerá às segundas-feiras, a partir das 17 horas, através do aplicativo Google Meet.

Nesta segunda-feira, 10 de julho, já começam os atendimentos.

COMO PROCEDER

O contato inicial será através do Telefone/WhatsApp da advogada: Dra. Anne Mejia - (24 99287-8065).

Após este primeiro contato, será feito um agendamento para o atendimento virtual, pelo Google Meet.

Nele, serão definidos os próximos passos.

A ADVOGADA

Dra. Anne Mejia, especialista em direito previdenciário e Direito do Trabalho e integrante da equipe do escritório Baptista e Reis, que atende o Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense há 20 anos, e estará à disposição para esclarecimentos de dúvidas e promover ações previdenciárias.

Neste domingo, 9 de julho, Dia da Luta Operária, seis profissionais de várias áreas, ativistas com histórico relacionado à defesa das causas sociais e do movimento dos trabalhadores, receberão o Troféu José Martinez, criado para celebrar a data.

Dois deles estarão presentes, para receber o prêmio em pessoa: a militante Ana Dias e o jornalista Sérgio Gomes. Aos outros quatro será feita homenagem póstuma: o metalúrgico José Ibrahim, os professores João Felício (ex-presidente da CUT) e Oswaldo Barros e o bancário Dirceu Travesso. Placas em agradecimento a sua dedicação à luta dos trabalhadores e ao fortalecimento do movimento sindical serão entregues a seus familiares.

Ana é viúva do metalúrgico Santo Dias, assassinado pela ditadura militar em 1979, e tem longo trabalho pela emancipação feminina na política. Ela foi uma das líderes do Movimento do Custo de Vida no final dos anos 1970, em São Paulo, campanha popular pela redução do custo de vida das famílias, num período de profunda crise econômica no Brasil.

Sérgio Gomes é um dos fundadores da Oboré Comunicações, em 1978, que contribuiu para que dezenas de entidades sindicais criassem e estruturassem seu sistema de comunicação. Coordenou a produção do livro A Greve na Voz dos Trabalhadores e lançou o movimento pela fundação do Centro de Memória Sindical, em 1980. Foi responsável por dezenas de outros projetos, sempre ligados ao mundo do trabalho, como os livros Guia dos Aflitos da PrevidênciaMorte Lenta no Trabalho e Loucura do Trabalho.

A data e o troféu

O troféu homenageia o sapateiro anarco-sindicalista José Martinez, baleado e morto, há 106 anos, no dia 9 de julho de 1917, por soldados da antiga Força Pública na paralisação em várias empresas em São Paulo, considerada a primeira greve geral do Brasil. O Dia da Luta Operária foi instituído pela lei municipal 16.634/2017, proposta pelo então vereador Donato (PT).

A iniciativa é das centrais CUT, Força Sindical, UGT, CTB, CSB, NCST, Intersindical Central da Classe Trabalhadora, CSP-Conlutas, Pública e Intersindical Instrumento de Luta e Organização da Classe Trabalhadora. Participam da organização do evento o Centro de Memória Sindical, o Instituto Astrojildo Pereira e Intercâmbio Informações Estudos Pesquisas (IIE).

O evento será no Galpão do Armazém do Campo do MST, na alameda Eduardo Prado, 474, Campos Elíseos, em São Paulo, às 9 horas.

Fonte: Contraf-CUT

Em reunião de negociação nesta segunda-feira (3), a Caixa apresentou à Comissão Executiva de Empregados (CEE) algumas mudanças elaboradas pelo banco no Programa de Qualidade de Vendas (PQV). Algumas alterações atendem às reivindicações dos representantes dos trabalhadores, informadas em reunião presencial que aconteceu no dia 19 de junho, em Brasília.

“Embora a Comissão não tenha participado da elaboração, o novo modelo certamente é uma evolução em comparação ao anterior. Pontuamos ao banco que vamos acompanhar a implementação, e qualquer distorção que houver vamos chamar a Caixa para discutir os ajustes necessários”, informou a coordenadora da CEE, Fabiana Uehara Proscholdt. A Caixa informou que o novo programa, agora chamado Negócios Sustentáveis, será implementado nesta terça-feira (4).

Um dos itens apontados pela Comissão, atendidos pela Caixa, é a exclusão do caráter punitivo da ferramenta ao empregado. O novo modelo não prevê encaminhamento de questões para a Corregedoria e não haverá penalização individual para participação em Processo de Seleção Interna (PSI). Está previsto, entretanto, bonificação e utilização da nota do programa no PSI. Em relação ao produto cartão de crédito, o empregado só será mensurado pelo bloco de reclamação e não mais pela não ativação, como no programa anterior.

Diante da apresentação das mudanças, a coordenadora da CEE reiterou a ausência de discussão sobre a causa do problema. “Vejo avanço na devolutiva após as nossas observações, mas avaliamos que a direção da Caixa ainda precisa atacar o que causa o problema de vendas indevidas. É uma cobrança absurda, e os empregados acabam obrigados a realizar uma série de vendas para manter o cargo comissionado e outros absurdos para atingir metas impostas pela Caixa”, alertou.

O representante da Federação dos Bancários do Estado do Rio de Janeiro (Federa/RJ) na CEE, Rogério Campanate, reconheceu os avanços, mas destacou a urgência de uma gestão humanizada efetiva no banco. “O reconhecimento que o empregado espera é ter condições dignas de trabalho”, observou.

Calendário de negociação

Fabiana Proscholdt cobrou do banco o calendário anual de negociação. “Precisamos avançar em diversos temas, como a suspensão da Gestão de Desempenho de Pessoas (GDP), as questões dos Pessoas com Deficiência (PCDs), teletrabalho e outros assuntos”, disse a coordenadora. A Caixa informou que vai apresentar o calendário à Comissão.

Fonte: Fenae

Em função da grande procura de bancárias e bancários para atendimento jurídico, o Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense informa os novos horários do plantão dos advogados na Sede de Duque de Caxias e na Sub-Sede de Nova Iguaçu:

DUQUE DE CAXIAS

Quinta-feira - das 10 horas às 13 horas

NOVA IGUAÇU

Terça-feira - das 11 horas às 17 horas (intervalo para almoço das 13 horas às 14 horas)

*Fiquem ligados em nossas redes sociais e em nosso site: vem novidades por aí!

Em cerimônia realizada na tarde desta segunda-feira (3), em Brasília, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou o Projeto de Lei 1.085, que muda a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) para assegurar a igualdade salarial e de critérios remuneratórios entre mulheres e homens. A sanção ocorre apenas quatro meses após a proposta ter sido apresentada, pelo próprio governo, ao Congresso Nacional, onde passou por aprovação nas duas casas do poder Legislativo.

“Nós, mulheres, aguardamos por esse dia há, pelo menos, 80 anos. A obrigatoriedade do salário igual, para trabalho igual entre mulheres e homens, existe desde 1943 no Brasil, com a implementação da CLT. Desde então, houve pouquíssimo avanço nesse sentido”, destacou a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves. “A igualdade traz dignidade e reconhecimento às mulheres como trabalhadoras, produtoras de bens e de conhecimento. Traz ainda esperança para as nossas meninas, futuras trabalhadoras, de terem emprego livre de discriminação”, disse, completando que, para mudar a cultura de desigualdade salarial no país, é preciso ir além da legislação, uma vez que as mulheres, hoje, dedicam o dobro de horas que os homens, por semana, nas funções de trabalho doméstico e de cuidado com os filhos, com os idosos e pessoas doentes.

“Quero chamar atenção dos nossos colegas empreendedores, empreendedoras, o empresariado brasileiro: busquem fazer com que nós não tenhamos que caminhar para um processo de autuação. Porque as condições para a autuação estão dadas. Nós usaremos a inteligência artificial, nós usaremos a fiscalização quando preciso”, disse o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, completando que, sob a liderança do presidente Lula e coordenação da ministra da Gestão, Esther Dweck, o governo irá realizar um concurso para a contratação de mais 900 auditores e auditoras.

“Não existe essa de ‘lei que pegar’ e ‘lei que não pegar’ […]. Na verdade, tem governo que faz cumprir a lei, e governo que não faz cumprir a lei”, disse o presidente Lula, listado uma série de instituições que existem no Brasil para fiscalizar a aplicação da lei de igualdade. “O empresário que não cumprir terá que enfrentar a legislação brasileira”, completou.

“Essa é uma grande conquista na batalha por direitos iguais, dos movimentos feministas e do movimento sindical”, avaliou a secretária da Mulher da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Fernanda Lopes.  “Como o próprio presidente Lula destacou, quando anunciou a proposta, em 8 de março, desde 1943 a CLT prevê que mulheres e homens que exerçam a mesma função tenham equiparação salarial. A inovação do projeto de lei é o estabelecimento da obrigatoriedade da equiparação, a ser verificada por meio documental, ampliando as formas de fiscalização e multa”, completou. Logo, a lei sancionada nesta segunda, 3 de julho, atualiza uma lei que já existia na CLT, mas que não era suficiente para garantir a igualdade salarial.

A advogada e assessora jurídica da Contraf-CUT, Phamela Godoy, ressaltou que a lei valerá para todos os funcionários que trabalham pelo modelo de contrato CLT. “A medida estabelece mecanismos práticos para alcançar a igualdade salarial, como o relatório de transparência salarial que as empresas com mais de 100 funcionários passam a ser obrigadas a produzir. Por meio desse relatório será possível aferir, na prática, se as mulheres estão recebendo os mesmos salários que os homens. E os sindicatos terão papel fundamental no processo de acompanhamento e fiscalização, ao lado do Ministério do Trabalho e do Ministério Público do Trabalho”, destacou, lembrando ainda que “a sanção reforça o compromisso do atual governo em combater a desigualdade de gênero”.

Relatório divulgado em março pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PnadC), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aponta que, no Brasil, as mulheres recebem em média 21% menos que os homens. “Na categoria bancária, as mulheres recebem cerca de 22,2% menos que os homens. Sendo que a mulher negra bancária recebe, em média, cerca de 40,6% a menos que o homem bancário que é branco”, completou Phamela Godoy.

Impacto no PIB

Durante a tramitação da lei por igualdade salarial no Congresso, a deputada Jack Rocha (PT-ES) chegou a ressaltar que a igualdade salarial entre mulheres e homens pode adicionar 0,2% à taxa anual do Produto Interno Bruto (PIB, indicador que representa a soma de todas as riquezas produzidas no país), pelo estímulo que dará para inserção com “isonomia da mulher trabalhadora nas estratégias de produtividade das empresas”.

Um estudo divulgado pelo Banco Mundial, em 2018, chamado “Mulheres, Empresas e o Direito: Igualdade de Gênero e inclusão econômica”, apontou um impacto ainda maior, de 3,3% sobre o PIB.

O resultado desse trabalho do órgão internacional foi lembrado recentemente pela ministra das Mulheres, Cida Gonçalves: “A igualdade salarial aumenta o PIB do país. Aumenta a atratividade das empresas, traz benefícios para todas as pessoas. Na hora que as empresas e a sociedade começarem a perceber isso, eu acredito na adesão. É uma política de curto, médio e longo prazo”, disse em entrevista recente.

Na cerimônia desta segunda, Lula também sancionou a lei que garante a manutenção do programa de bolsa à atleta gestante ou puérpera e, ainda, a mudança da Lei 8.906/94, o Estatuto da Advocacia, para incluir o assédio moral, o assédio sexual e a discriminação entre as infrações ético-disciplinares no âmbito da Ordem dos Advogados do Brasil.

Fonte: Contraf-CUT

Em reunião com a Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), representantes da direção do BB apresentaram a nova política para coibir desvios de comportamento leve. Esse tipo de comportamento no trabalho, que antes era conduzido no âmbito disciplinar, da Instrução Normativa (IN) 383, agora passa a ser tratado pela Ética Corporativa (IN 734).

“Essa iniciativa responde demandas nossas, do movimento sindical. Uma punição grave, a abertura de um processo administrativo, que fica ali registrado na carreira, tem um impacto muito ruim para a pessoa, inclusive para ascensão dentro da empresa. Nós entendemos que muitas coisas poderiam ser resolvidas numa conversa, num reposicionamento. Erros ocorrem, mas não dá para considerar que todos os erros são por má-fé. Então, é importante que essa recondução seja feita em forma de diálogo e não de forma punitiva, com um processo administrativo, que fica registrado e passa por uma apuração extensa e tem impactos na carreira”, avalia a coordenadora da CEBB, Fernanda Lopes.

Atualmente, o banco define como comportamento leve “condutas inadequadas, com baixo potencial lesivo, que não apresentam elevado risco de imagem, nem prejuízos, porém não estão de acordo com as premissas do Código de Ética”. A empresa também diz que o objetivo da mudança, para que esse tipo de comportamento seja tratado no âmbito da Ética Corporativa, “é oferecer aos funcionários oportunidades de reposicionamento por meio de orientações ofertadas por líderes”.

A ação inclui estímulo ao diálogo entre todos os funcionários e debate sobre o tema na formação dos gestores, sem, no entanto, gerar impactos na carreira dos funcionários. “A gente considera a iniciativa positiva, mas a mudança tem de ser cultural e formativa dentro da empresa, principalmente dos líderes e gestores que precisam, realmente, começar a dialogar com os funcionários”, completa Fernanda Lopes.

Pela dinâmica apresentada pelo banco, os passos para solucionar um desvio de comportamento leve passará por três etapas: (1) conversa com o funcionário responsável pela ação negativa, (2) seguido pela NI de Instrução Ética e (3) Termo de Ciência Ético. “A ausência de reposicionamento [ou seja, mudança de comportamento por parte do funcionário] poderá ser tratada por meio da abertura de Ação Disciplinar (IN 383)”, explicou o BB em nota compartilhada com os representantes dos trabalhadores.

Veja quais comportamentos são considerados pelo BB como de desvios leves:

Descortesia – Comunicação violenta com clientes, colegas, parceiros, terceirizados etc.

Descumprimento de jornada de trabalho – Não observância recorrente das regras de jornada de trabalho, mesmo após orientações.

Postura inadequada – Prática de atividades pessoais fora do interesse do serviço; envio de mensagens inadequadas; disseminação de ideologia partidária nas dependências do banco, subterfúgios em processos internos de encarreiramento e formação etc.

Fonte: Contraf-CUT

A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander se reuniu com a direção do banco, na manhã desta sexta-feira (30), para debater o processo eleitoral para escolher um representante dos participantes e assistidos no Conselho Deliberativo e um no Conselho Fiscal do Santander Previ, o fundo de previdência complementar dos funcionários de empresas ligadas ao Grupo Santander.

De acordo com o regimento eleitoral da entidade, o acompanhamento e apuração do processo eleitoral é feito, em cada eleição, por um comitê eleitoral, composto de dois representantes do banco (1 da patrocinadora e 1 do banco) e representante do movimento sindical. Este último será Rafael Felix Lara, do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas do Ramo Financeiro do Grande ABC.

A primeira reunião deste comitê será realizada na próxima sexta-feira (7), quando será definido todo o cronograma eleitoral. “A presença de um membro do movimento sindical é fundamental para garantir total transparência na divulgação para as bancárias e para os bancários e para levar as pautas da classe trabalhadora para o processo”, afirmou Wanessa Queiroz, coordenadora da COE Santander.

Fonte: Contraf-CUT

A Comissão de Gênero, Raça, Orientação Sexual e Trabalhadores e Trabalhadoras com Deficiência (CGROS) da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) se reuniu, nesta quinta-feira (29), para traçar o planejamento de atuação neste período. Participaram do evento, na sede da entidade, em São Paulo, dirigentes da Confederação e representantes de federações filiadas, integrantes do coletivo nacional.

Para o secretário de Políticas Sociais da Contraf-CUT, Elias Jordão, “este é o primeiro passo, com vistas à criação dos coletivos nas federações, e, em breve, caminharemos para desdobramentos de atuação, com seminários e encontros mais amplos, levantando todas as demandas pertinentes ao debate da CGROS”.

Elias entende que o planejamento de atuação da CGROS requer que se leve em conta o atual momento político do país. “Durante o governo passado, todas as políticas sociais foram destruídas, junto com muitos direitos, e nossa preocupação era derrotar o fascismo e o retrocesso”. Com o retorno de um governo popular e a retomada do estado democrático de direito, “respirando novamente os ares da democracia”, como ressalta o secretário, “a sociedade civil organizada é chamada a participar e contribuir com todas as pautas sociais”.

Elias enfatiza que os bancários, com protagonismo no movimento sindical brasileiro, têm importante papel a exercer no que diz respeito às políticas sociais. “Nós, que debatemos todos estes temas dentro da nossa categoria, queremos nos organizar e dar também a nossa melhor contribuição em todos os espaços da sociedade”, garante.

Para ele, a retomada efetiva do CGROS é importante neste momento, pois, após a pandemia, a Campanha Nacional da categoria e a eleição de 2022, alguns temas precisam de atenção mais assertiva do movimento sindical. “Enquanto vemos que alguns setores seguem bem estruturados, como juventude, combate ao racismo e gênero e mulheres, que têm inclusive secretarias específicas na Contraf-CUT, as demandas ligadas aos trabalhadores e trabalhadoras com deficiência e da comunidade LBGTQIAP+, por exemplo, têm demandas específicas importantes que precisam ser conquistadas”.

Para a secretária da Juventude, Bianca Garbelini, “a Contraf-CUT está sempre na vanguarda desse debate, e no momento vemos a necessidade da organização do coletivo LGBTQIAP+, como está ocorrendo na CUT, onde o coletivo está já bastante estruturado. Assim, as reivindicações para essa comunidade podem ser bem sistematizadas e isso aumenta a força da categoria nas mesas de negociações com os bancos”.

A diretora da Contraf-CUT Rosalina Amorim lembra que “a CGROS tem a tradição de ser muito dinâmica, em especial nas mesas de negociação com a Fenaban, e esta retomada permite fortalecer os debates, com a participação das federações e dos sindicatos, que sentem essa necessidade para desenvolver seus trabalhos e para sua organização. Isso é muito importante especialmente para segmentos como PcDs, mulheres e LGBTQIAP+.”

Distorções no emprego

O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) trouxe ao encontro um estudo que mostra as distorções no emprego da categoria, decorrentes de discriminação a vários segmentos, como comunidade LGBTQIAP+, pessoas com deficiência (PcD), mulheres e trabalhadores negros e negras, entre outros.

A apresentação, feita pela economista da subseção na Contraf-CUT do Dieese, Vívian Machado, mostrou problemas que afetam, por exemplo, as mulheres, que recebem menos que os homens, são as maiores vítimas do endividamento familiar e sofrem forte violência. “No 1º semestre de 2022, a cada 6 horas, uma mulher foi vítima de feminicídio no Brasil”, conforme o estudo.

A remuneração média, com dados de 2021, revela também resultados da discriminação no emprego bancário. Enquanto um homem branco recebia R$ 11.831, o salário médio de uma mulher preta ficou em R$ 8.018. O mesmo se observa em cargos de liderança, preenchidos em 40,8% por homens brancos, em 7,4% por mulheres pardas e em apenas 1,1% por mulheres pretas.

Com relação a trabalhadores e trabalhadoras com deficiência, os números revelam que a inclusão é outra pauta que deve receber atenção do movimento sindical. Embora o percentual de bancários com deficiência tenha subido de 2,4%, em 2012, para 3,7% em 2021, o índice ainda é considerado baixo. Nesse ano, dos 442,5 mil bancários, apenas 16,3 mil eram PcDs.

A secretária da Mulher da Contraf-CUT, Fernanda Lopes, ressaltou que “outra questão a ser levada em conta é que as PcDs, além de serem contratadas, devem ser valorizadas pelos bancos, devem ser consideradas na plenitude de sua capacidade, e não ficarem jogadas num canto do setor onde trabalham, fazendo um trabalho secundário”.

Para o secretário de Combate ao Racismo da Contraf-CUT, Almir Aguiar, “as pesquisas são importantes, porque sistematizam os dados que mostram o cenário e suas distorções, e assim permitem a elaboração de políticas públicas e municiam o movimento sindical para suas lutas e negociações, como exigir equidade na remuneração a negras e negros e mais contratação de PcDs e pessoas LGBTQIAP+. Na questão de gênero, também, observamos que mesmo nas entidades sindicais a maior parte dos dirigentes é formada por homens. E quando vamos para as mesas de negociação, o mesmo ocorre com os representantes dos bancos. Então, é fundamental aprofundarmos esse debate, para que possamos enfrentar esse problema, que é estrutural em nossa sociedade”.

Confira detalhes na apresentação do Dieese Igualdade de Oportunidades – Planejamento CGROS.

Fonte: Contraf-CUT

O Grupo de Trabalho formado por representantes da Caixa Econômica Federal e dos empregados para tratar de questões específicas dos trabalhadores que exercem as funções de caixas, tesoureiros e avaliadores de penhor retomou as negociações, nesta terça-feira (27). O banco continuou se esquivando das respostas sobre o fim da designação de função por minuto e retorno das funções efetivas.

“O banco está apresentando respostas sobre questões pontuais, que também são importantes, mas não trazem nada de efetivo sobre as principais demandas que apresentamos”, disse a coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt. “Pedimos que o banco reveja as atas de nossas reuniões e se debruce na solução do que é prioridade para os trabalhadores”, completou.

A coordenadora da CEE ressaltou que a designação da função por minuto para os caixas, tesoureiros e avaliadores de penhor inviabiliza o trabalho, gera tensão, adoecimento e prejuízo aos trabalhadores. “A função minuto é uma aberração! É uma atividade que não conta pra nada na carreira dos empregados, fora a questão dos reflexos de final de semana, PLR, férias e afins. Isso sem contar a sobrecarga de trabalho e a cobrança de vendas. É surreal!”, continuou.

Com o intuito de minimizar as ações judiciais, a representação dos trabalhadores também solicitou a inclusão da “pausa de 10 minutos” como objeto das Comissões de Conciliação Voluntárias (CCVs).

Tesoureiros

Outro ponto importante que ficou sem resposta foi o questionamento dos trabalhadores feito na reunião passada sobre o banco estar reduzindo a jornada de tesoureiros, de oito para seis horas, com redução proporcional do salário e orientação para que não sejam autorizadas horas-extras para estes profissionais.

O movimento sindical observou que existe decisão judicial para que a Caixa reduza a jornada da função. A redução dos salários foi uma liberalidade tomada pelo banco, uma vez que as ações judiciais não mencionam a redução salarial.

Outras demandas sem repostas

Na reunião anterior o banco havia dito não existir orientação neste sentido e que era preciso analisar casos específicos. Os casos continuaram acontecendo em diversas regiões do país.

Nenhuma resposta foi dada, também sobre a exclusão das funções de caixa, tesoureiro e avaliador de penhor do “time de vendas” e tampouco sobre a revisão do Programa Qualidade de Vendas (PQV), que, ao invés de ser educativo está sendo usado como ferramenta de punição aos empregados quando existe uma venda “indevida”. “Mas, o problema que são as metas abusivas que é o cerne não está sendo resolvido”, observou a coordenadora da CEE.

Um ponto reforçado na reunião foi a necessidade urgente de troca de equipamentos, bem como a estabilidade dos sistemas. “Na última reunião, a Caixa trouxe a informação de melhorias no SISAG (Sistema de Automação de Produtos e Serviços Bancários de Agência), mas o que pudemos perceber é que o sistema passou a ficar mais instável, afetando inclusive outras aplicações. Isso tem prejudicado o trabalho dos empregados e causado demora no atendimento à população”, afirmou Fabiana.

Ao final da reunião, após a representação dos trabalhadores reforçar a cobrança de respostas, a representação do banco tentou argumentar que as atividades realizadas estão dentro do escopo de trabalho das funções. Mas, a coordenadora da CEE lembrou que, na reunião passada, já havia discordância desta argumentação e o pedido para que o banco resgatasse as atribuições previstas no RH183 e comparasse com o que os empregados vêm fazendo na prática, para que eles não executem tarefas que não sejam de suas responsabilidades, com a intenção acabar com os desvios de funções.

Após esta observação, a representação da Caixa disse que levaria as questões para serem analisadas pelos setores específicos.

A representação sindical reforçou outro pedido feito na reunião passada, para que a Caixa aprimore a ata das reuniões, de modo a facilitar o atendimento das reivindicações e o acompanhamento do que está sendo realizado.

Respostas dadas

O banco relembrou que demandas sobre a melhoria dos mobiliários, contemplando a substituição com participação avaliação pelos usuários, foram atendidas. Disse também que existe um cronograma para a adaptação de agências para pessoas com deficiência (PCDs). Também está sendo realizada a revisão da formação de avaliadores de penhor.

Fonte: Contraf-CUT

O Grupo de Trabalho (GT) de Saúde do Itaú voltou a se reunir com a direção do banco, na terça-feira (27), em São Paulo, para cobrar o cumprimento da cláusula 87 da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), negociada na Campanha Nacional de 2022. O texto prevê o debate sobre as formas de acompanhamento das metas estipuladas para cada trabalhador e suas cobranças pelo banco.

Os representantes dos trabalhadores denunciaram os alarmantes números de adoecimento psíquico relacionado ao trabalho no banco. De acordo com o levantamento dos sindicatos, 80% dos casos dos bancos são de esgotamento profissional ocasionados por metas inatingíveis e assédio moral. “As denúncias de assédio aumentaram expressivamente e os afastamentos também. Por isso, propusemos ao banco um programa que respeite as metas acertadas no início do ano, pois os trabalhadores reclamam das constantes mudanças. Também foi proposto um sistema de metas coletivas, minimizando as metas individuais”, revelou a coordenadora do GT de Saúde, Luciana Duarte.

O banco apresentou ao GT o sistema de construção de metas, que leva em consideração apenas o programa e a remuneração, o que não foi o foco da proposta do GT. “O banco não levou em consideração o adoecimento e as denúncias de constante assédio, queremos que as metas que são contratadas sejam respeitadas e coletivas”, completou Luciana.

Para Valeska Pincovai, representante do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região no GT de Saúde do Itaú, “os dados que o banco apresentou não demonstram a realidade do sofrimento enfrentado pelos trabalhadores bancários. É uma realidade paralela, uma visão distorcida do mundo real do bancário do Itaú”, criticou.

Fonte: Contraf-CUT