Maio 14, 2025
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Imprensa

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Já está no ar a página sobre o 14º Congresso Nacional da CUT (Concut), que acontece em São Paulo de 19 a 22 de outubro. Com o tema “Luta, direitos e democracia que transformam vidas”, o encontro marca os 40 anos da maior central sindical do Brasil.

O site reunirá dados dos congressos das CUTs estaduais, a história das 13 edições anteriores e uma galeria com fotos e vídeos históricos do evento, além de outras informações.

No congresso, a CUT atualizará estratégias de atuação em meio ao primeiro ano do governo Lula, marcado pela retomada das políticas para a indústria, a regulação do mercado para trabalhadores e trabalhadoras por aplicativo e a revisão da política ambiental.

No congresso também será eleita a nova direção nacional da Central, para o período de 2023 a 2028.

Acesse o site do 14º Concut.

Leia a matéria completa no portal da CUT.

A Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) e gerentes de serviços se reuniram com representantes do BB para expor problemas que os trabalhadores vêm enfrentando, como acúmulo de funções, pressão por metas e os impactos negativos do programa “Performa”. O banco ouviu os gerentes e se comprometeu a realizar estudos para melhorar a situação.

“Os gerentes de serviço têm um excesso de cobrança. Ao mesmo tempo que respondem pela operação das agências (questão de numerário e de caixas eletrônicos, por exemplo), são também cobrados na parte negocial, ou seja, na venda de produtos. E, mais, só recebem pontuação pelas vendas. Então, está incluída na reivindicação deles que recebam pontuação também pelas outras tarefas que executam”, destacou o representante da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro de Minas Gerais (Fetrafi/MG) na CEBB, Rogério Tavares, o Rogerinho.

Os gerentes lembraram ainda os problemas causados pelo programa “Performa”, implementado em fevereiro de 2020. “O Performa diminuiu a pontuação da carreira de mérito dos gerentes de serviço, como se eles passassem a ser assistentes”, explicou Rogerinho.

Os trabalhadores destacaram também a ocorrência de desvios de função, uma vez que acabam realizando serviços de gerente de atendimento.

“Foi importante o banco ouvir os gerentes de serviço, as várias dificuldades que enfrentam diariamente, simplesmente para tentar desempenhar suas funções com qualidade, com segurança. Em resposta, o banco se comprometeu a realizar estudos para melhorar a situação. Nós, do movimento sindical, esperamos que o compromisso feito pelo banco, nesse encontro, seja breve, pois os gerentes de serviço sofrem com essa situação há anos”, pontuou a coordenadora da CEBB, Fernanda Lopes.

Entenda

• Atualmente, os gerentes de serviço são cobrados tanto pela operação de uma agência, quanto pelo número de vendas, entretanto só recebem pontuação pelas vendas.
• A reivindicação dos gerentes de serviço é para que não sejam submetidos a cobranças individuais por vendas. Pedem que o serviço operacional seja valorizado.
• Os trabalhadores denunciam ainda o desvio de função, uma vez que, além de exercerem a gestão das agências, necessitam realizar atendimentos e vendas.
• Banco ouviu os trabalhadores e se comprometeu a estudar os problemas para apresentar soluções às demandas.

Fonte: Contraf-CUT

A Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) se reuniu com representantes da direção do BB na última semana para ouvir da empresa propostas para a plataforma Conexão (sistema de métricas de metas), com impactos na avaliação da Gestão de Desempenho Profissional (GDP).

O banco anunciou que o sistema de metas do Conexão será estendido para escriturários e assistentes, “a pedido dos funcionários que ocupam esses cargos”. Também houve revisão do modelo que, segundo a empresa, passa a ter foco no cliente. Além disso, o banco não permite mais que um gestor possa dar a pontuação máxima para todos os funcionários, numa mesma avaliação. “Ele [avaliador] pode dar nota máxima, dar o mesmo placar de competência, o que limitamos é dar cinco para todo mundo, porque nem tudo mundo desempenha as mesmas competências no mesmo nível”, disse a representante do banco.

Avaliação dos trabalhadores

“Apesar de o banco ter dito que incluiu escriturários e assistentes, a pedido deles mesmos, o que temos recebido dos funcionários é o contrário: muita reclamação por terem sido incluídos”, destacou a coordenadora da CEBB, Fernanda Lopes. “Também não ficou muito claro na reunião como funcionarão os parâmetros novos de metas”, completou.

“No nosso entendimento, da forma como foi apresentada, a plataforma Conexão acaba sendo mais um fortalecimento da gestão por assédio, numa realidade que a gente vive, com a GDP sendo utilizada para ameaçar as pessoas que têm comissão. Nosso problema hoje é que a GDP é usada simplesmente para punir o funcionário que não alcançou o resultado, e não deveria ser assim”, explicou a representante da Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Instituições Financeiras do Rio Grande do Sul (Fetrafi-RS) na CEBB, Priscila Aguirres.

Os trabalhadores também avaliaram com preocupação a impossibilidade de dar pontuação 5 para todos da equipe, porque induz à gestão por assédio. Ou seja, o banco impõe um limitador para conceder pontuação máxima para todos os funcionários de uma mesma equipe, mas não um limitador para pontuação mínima de todos da equipe.

O banco recebeu as críticas e ficou de reavaliar o modelo que limita a possibilidade de conceder pontuação máxima.

“Voltamos a cobrar que a GDP seja um instrumento de aprimoramento e entendemos que essas mudanças apresentadas na reunião, pelo banco, continuam facilitando a utilização da ferramenta para o assédio”, destacou Fernanda Lopes. “Também voltamos a cobrar do banco a construção conjunta, com os funcionários, de um sistema de avaliação sem metas que adoecem, e passando pela formação de gestores, porque hoje muitas ferramentas que estão sendo usadas estimulam a gestão que adoece”, completou.

Descomissionamento

Em reunião anterior, que ocorreu em 30 de maio, entre os pedidos dos funcionários estava a suspensão do descomissionamento até que o banco implementasse correções em distorções que tornam a GDP um instrumento de assédio. Entretanto, o movimento sindical registrou que novos descomissionamentos ocorreram ao logo deste ano.

Na última mesa de negociação, o banco afirmou que os descomissionamentos estão suspensos e permanecerão assim até a primeira quinzena de agosto.

Entenda

  • O banco apresentou alterações na plataforma Conexão, com impactos na avaliação da GDP.
  • Com a mudança, a plataforma Conexão passa a reunir todos os relatórios de metas em um só local e individualiza ainda mais as responsabilidades pelo alcance das metas do setor.
  • Na nova proposta, o avaliador não poderá dar nota máxima para todos da equipe, porém não existe o mesmo limitador em caso de notas mínimas.
  • O banco também anunciou que o processo de descomissionamento segue suspenso até a primeira quinzena de agosto, porém o movimento sindical denuncia que descomissionamentos já ocorreram nos últimos meses.
  • Os representantes dos trabalhadores na mesa de negociação criticaram a nova plataforma Conexão, por entender que ela induz ainda mais à gestão por assédio.
  • Os funcionários também mantiveram o pedido de suspensão do descomissionamento, até que o banco implemente correções em distorções que tornam a GDP um instrumento de assédio.

Agenda das mesas permanentes temáticas:

12/07 – Centrais de Relacionamento do Banco do Brasil (CRBB);

20/07 – Promoção da Diversidade/Igualdade de Oportunidade;

11/09 – Plano de Cargos e Salários e Programa Performa;

28/09 – Caixa de Assistência dos funcionários do Banco do Brasil (Cassi).

Fonte: Contraf-CUT

Na manhã desta terça-feira, 11 de julho, o Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense visitou a agência do Banco Itaú, localizada na Avenida Dedo de Deus, em Guapimirim, onde um homem foi baleado na tarde desta última segunda-feira (10), no momento em que fazia um depósito no auto-atendimento. Ele reagiu a abordagem dos criminosos.
 
Segundo relatos, a vítima seria um comerciante da cidade, de 54 anos.
 
De acordo com a Polícia Militar, a vítima foi socorrida pelo Samu e encaminhado ao Hospital Municipal de Guapimirim, onde passa por cirurgia. Equipes do 34º BPM (Magé) realizam buscas pelos suspeitos.
 
Em nota, o Itaú Unibanco disse que lamenta o ocorrido na agência e está em contato com os familiares da vítima, à disposição para prestar o apoio necessário. "O banco informa que está colaborando com as autoridades policiais para a investigação do caso", explicou em comunicado.
 
Os diretores Roberto Domingos, Cláudio Leite e Ricardo Sá, conversaram com os funcionários e colocaram o Sindicato à disposição para ajudar em qualquer situação que se fizer necessária.
 
Os funcionários disseram que o banco também disponibilizou um psicólogo para atender quem precisasse.
 
*com informações do Jornal O Dia
** foto - rede social
 

Manifesto

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) reafirma sua posição histórica em defesa da Caixa Econômica Federal como um banco público e que, como tal, deve cumprir sua missão como instrumento para o desenvolvimento econômico e redução da pobreza, por meio da concessão de crédito com percentual justo para famílias e empresas dos mais variados setores, e por meio do financiamento em obras habitacionais e de infraestrutura, especialmente onde o Brasil sofre com os maiores gargalos: saneamento, energia e transporte.

É com preocupação que a Contraf-CUT assiste à pressão do chamado bloco centrão, no Congresso, para assumir a presidência da Caixa. A instituição não pode ser usada como moeda de troca, em interesses que nada têm a ver com as necessidades da população brasileira, que precisa de um banco público cada vez mais forte, indutor da economia e presente em todas as regiões do país.

Defendemos que a presidência da Caixa continue a ser ocupada por um profissional de carreira, conhecedor de sua estrutura, e que não se repita a gestão por assédio que ocorreu durante a gestão Pedro Guimarães. Assim como também entendemos que a entrega da gestão do banco para um homem significaria um grande retrocesso, em um país onde a participação feminina em cargos de liderança ainda está longe de refletir a justa igualdade de oportunidade que defendemos. 

Contraf-CUT

As trabalhadoras e os trabalhadores do ramo financeiro de todo o Brasil, sindicalizados ou não, já podem responder à Consulta Nacional 2023.

O prazo final do questionário é dia 2 de agosto.

Para responder, o acesso deve ser feito pelo https://consulta-bancarios.votabem.com.br/

O link também estará disponível no site do Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense.

A Consulta Nacional permite que todos deem sua opinião sobre temas importantes e apontem suas prioridades.

Os dados serão compilados e apresentados na 25ª Conferência Nacional dos Bancários, que ocorrerá entre os dias 4 e 6 de agosto de 2023.

Fonte: Contraf-CUT

No último sábado, 8 de julho, o Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense participou da 25ª Conferência Interestadual dos Bancários e das Bancárias, realizada pela Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES) em Macaé.

O evento definiu as pautas, prioridades e propostas que serão levadas para a Conferência Nacional dos Bancários, que será realizada em agosto, em São Paulo.

Além disso, também foi definida a delegação que representará a Fetraf RJ/ES no evento. Pela Baixada Fluminense, foram eleitos: Roberto Domingos, Pedro Batista, Renata Soeiro, Elizabeth Paradela e Ricardo Santos de Sá.

A 25ª Conferência Interestadual foi presencial, e contou com uma participação expressiva da categoria bancária. Um fato a se destacar, foi a grande participação e número de mulheres, tanto nas mesas quanto no evento e intervenções.

O EVENTO

A Conferência começou com Nilton Damião Esperança, Presidente da Fetraf RJ/ES, fazendo uma saudação à todas e todos os presentes e falando da importância de um evento grandioso, que faz jus ao tamanho e força da Federação.

Após a formação da mesa de abertura, composta pelo Presidente da Fetraf RJ/ES, Nilton Damião Esperança, pelo Secretário Geral da Fetraf RJ/ES, Claudio Merçon Vieira (Cacau) e por Nayana Barcelos, Diretora do Sindicato dos Bancários de Macaé e Região, foi lido o Regimento Interno da 25ª Conferência Interestadual dos Bancários e das Bancárias, por Claudio Merçon, que também é diretor do Sindicato dos Bancários do Espírito Santo. O regimento foi aprovado por unanimidade.

Em seguida, foram convocados para uma breve saudação, os representantes da CUT, representada por Beth Paradela, da Intersindical, representada por Carlos Pereira (Carlão), da Contraf-CUT, representada por Jeferson Meira, e do Sindicato dos Bancários de Macaé e Região, representado por Nayana Barcelos.

CONVIDADOS

O evento contou com a participação e palestras de Paulo Jäger (Dieese – RJ), Cátia Uehara (Dieese – SP) e Rui Carlos Stockinger (Professor da UCP e Coordenador do setor de Saúde do Trabalhador da Prefeitura de Petrópolis).

A primeira palestra foi de Paulo Jäger, que dissertou e debateu sobre Conjuntura Nacional.

Já Cátia Uehara palestrou sobre o Papel do Sistema Financeiro Nacional e do Crédito para Geração de Emprego e Renda, onde apresentou dados e gráficos que ilustraram o debate.

Por fim, Rui Carlos falou sobre a Síndrome de Burnout, assédio moral e suas implicações na saúde e qualidade de vida dos bancários e das bancárias. Rui apresentou pesquisas onde demonstrou onde e quando a categoria é mais afetada.

Todos os palestrantes abriram suas apresentações para perguntas dos participantes do evento e puderam esclarecer todas as suas dúvidas.

MOÇÕES DE APOIO

Foram aprovadas duas moções de apoio na 25ª Conferência Interestadual dos Bancários e das Bancárias: uma em apoio às deputadas federais vítimas de perseguição no congresso nacional; outra em apoio à Presidenta da Caixa, Maria Rita Serrano.

PROPOSTAS

Lutar pelo fim das metas, por melhores condições de trabalho, pela saúde dos trabalhadores, em defesa do emprego e por mais contratações foram as propostas aprovadas na 25ª Conferência Interestadual dos Bancários e das Bancárias.

O Presidente da Fetraf RJ/ES, Nilton Damião explicou como seria a dinâmica para a aprovação da propostas.

Em seguida, as propostas foram lidas e apresentadas e foram à votação.

A delegação e as propostas foram aprovadas por unanimidade e irão para a Conferência Nacional.

Nilton Damião agradeceu o comprometimento da categoria: “Foi uma Conferência proveitosa, engrandecedora. E leve. Saímos maiores e a unidade prevaleceu. Cada vez mais me orgulho de estar Presidente desta Federação, que há 65 anos vem lutando pela categoria bancária, assim como a classe trabalhadora em geral. Agora é levar as propostas aprovadas para Conferência Nacional. Muito obrigado a todas e todos os presentes!”

O Banco do Brasil apresentou as novas regras de designação interina (substituição temporária) para gerentes de relacionamento, gerentes de serviços e supervisores de atendimento, quando os funcionários desses cargos tiverem que se ausentar para o cumprimento de férias, abonos ou por motivos de saúde. O pedido para acionar substitutos será possível somente para ausências programas para os períodos iguais ou maiores que 10 dias úteis consecutivos.      

“Desde 2007, nós reivindicamos um mecanismo de substituição temporária de funcionários que precisassem se ausentar, para não haver sobrecarga da equipe. Foi naquele ano que o BB retirou a regra, que até então havia para escalar um trabalhador que assumia temporariamente a função do afastado”, explica a coordenadora da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), Fernanda Lopes.

A medida, que altera a Instrução Normativa (IN) 368-1, ampliando a designação interina para todas as funções de 3º nível gerencial, foi apresentada aos representantes da CEBB, nesta quarta-feira (5), alguns dias após a publicação na agência de notícias do banco. 

A aplicação da IN 368-1 começou pelas unidades de negócios, com potencial para atingir 21 mil funcionários, logo não vale para todas as áreas do banco ainda.

“O movimento sindical avalia que a mudança que a IN 368-1 traz é importante, mas queremos que seja ampliada para todas as áreas e demais cargos o mais rápido possível”, pontuou Fernanda Lopes, que também destacou como positivo o impacto da medida “para a formação de novos gestores, além de remunerar corretamente a pessoa que está desempenhando determinada função nas ausências do colega que precisou se afastar”.

Entenda

  • IN 368-1 amplia a designação interina para todas as funções de 3º nível.
  • As funções beneficiadas são: (1) gerente de relacionamento, (2) gerente de serviços e (3) supervisor de atendimento.
  • A norma valerá para ausências programadas: férias, licença-saúde, abonos e folgas, no período igual ou maior que 10 dias úteis consecutivos.
  • Por enquanto, a designação interina vale apenas para as unidades de negócios, então o movimento sindical segue pleiteando para que todas as áreas do banco sejam contempladas.

Fonte: Contraf-CUT

A bancária Cibele Lopes, empregada da Caixa Econômica Federal, foi vítima de um ato racista cometido por uma cliente, dentro da agência Boa Vista, no Recife. O Sindicato dos Bancários de Pernambuco se solidarizou com ela e acionou a assessoria jurídica para representá-la. Em desabafo, Cibele disse que “só sabe a dor quem passa. Sou uma mulher negra e sofro muito preconceito”.

De acordo com a bancária e testemunhas, no dia 29 de junho, uma cliente, que atua como advogada, proferiu palavras carregadas de preconceito racial a Cibele, enquanto ela fazia suas tarefas no banco. O comentário ofensivo e discriminatório se referia a seu cabelo.

A bancária registou Boletim de Ocorrência na Central de Flagrantes e teve o testemunho de colegas e do cliente que estava atendendo. A assessoria jurídica do Sindicato acompanhou o depoimento e orientou a bancária no registro do crime.

“Não é a primeira vez que eu preciso do Sindicato, e todas as vezes sempre recebi muito apoio. O advogado foi para a delegacia para me acompanhar, ficou comigo até concluir tudo. O apoio que recebi foi muito importante para não ficar com medo, não me sentir sozinha”, afirmou Cibele.

Racismo é crime

O secretário de Combate ao Racismo da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Almir Aguiar, observou que os casos de preconceito, na sociedade e no mercado de trabalho, têm ocorrido com muita frequência, o que se agravou como consequência da postura racista do governo anterior. “Por isso, é fundamental combater toda a forma de preconceito, seja através da contratação de negros e negras nos bancos, mas também com reações contrárias a essas atitudes racistas que percebemos no dia a dia”, afirmou.

O secretário disse que foi importante a iniciativa da bancária de procurar o Sindicato de Pernambuco, exemplo a ser seguido. “É fundamental também fazer a denúncia pública, além de registrar queixa na delegacia. São formas de avançar na luta antirracista e, principalmente, fazer cumprir a Lei 14.532, assinada em janeiro pelo presidente Lula, que equipara a injúria racial ao crime de racismo, que pode levar à prisão”, lembrou.

Almir também frisou que a sociedade tem de usar todas as formas para conter estes atos racistas. “A Contraf-CUT se solidariza com a bancária e coloca a sua estrutura à disposição para ajudá-la no que for preciso”, afirmou.

Cliente foi detida

“Essa situação é algo que se repete, não é um fato isolado. Não especificamente sobre o meu cabelo, mas como eu sou uma mulher negra, muitas vezes as pessoas não acham que eu sou gerente ou empregada da Caixa. Por isso, faço questão de usar sempre o crachá. Já deixei passar outras vezes, mas agora não. Desta vez, eu decidi denunciar para que a pessoa pague pelo que ela falou. Chamei a polícia, a viatura chegou rapidamente na agência e ela foi autuada e detida. Eu tive apoio das pessoas que estavam ao meu redor, que falaram para essa pessoa que isso é racismo. O apoio dos colegas da agência foi o que me fez dizer ‘não, não vou me calar desta vez’”, relatou Cibele.

A bancária disse ter decidido denunciar o caso por se sentir fortalecida por esta rede de apoio e pensar que outras pessoas, que passam pela mesma situação, muitas vezes não têm como se defender e chegam a acreditar nas ofensas proferidas por pessoas racistas. “Muita gente escuta essas ofensas e acredita no que essas pessoas dizem. Eu nunca acreditei que eu não poderia por conta da minha cor. Acho que agora ela vai pensar duas vezes antes de ofender qualquer pessoa”, completou.

Fonte: Contraf-CUT

Lei Brasileira de Inclusão (LBI), que lança seu olhar a cerca de 45 milhões de pessoas com alguma forma de deficiência, completa oito anos nesta quinta-feira (6). Também conhecida como Estatuto da Pessoa com Deficiência, a Lei 13.146/2015 garantiu autonomia e reafirmou a capacidade desses cidadãos em sua presença na vida civil em condições de igualdade com as demais pessoas.

A LBI colocou o Brasil em sintonia com a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, da Organizações das Nações Unidas, a ONU (veja aqui, versão comentada do documento). Os dispositivos da LBI versam sobre saúde, educação, trabalho, assistência social, esporte, previdência e transporte, entre outras áreas.

Avanços

A LBI garantiu às pessoas com deficiência (PCD) o direito de casar, constituir união estável e os direitos sexuais e reprodutivos nas mesmas condições de qualquer outra pessoa. Também foi instituída possibilidade de adesão à tomada de decisão apoiada, ou seja, receber auxílio de alguém de confiança para decisões da vida civil, o que trouxe restrições à designação de curador para atos vinculados a patrimônio, transações financeiras e negócios.

Na educação, a LBI prevê sistema inclusivo, com projeto pedagógico que considere atendimento especializado, com profissionais de apoio, com proibição a escolas particulares de cobrar pelos serviços. No campo do trabalho, foi criado o benefício assistencial para a pessoa com deficiência moderada ou grave, enquadrada como segurada obrigatória do Regime Geral de Previdência Social.

Ficou estabelecida a pena de um a três anos de reclusão, além de multa, para quem desconsiderar o reconhecimento ou impedir o exercício de direitos e liberdades fundamentais da PCD. A lei tornou prioritário o atendimento a elas em serviços de proteção ou socorro e na restituição do Imposto de Renda.

Entre outros avanços, no serviço público o Estatuto da Pessoa com Deficiência passou a considerar improbidade administrativa o desrespeito à acessibilidade e criou o Cadastro Nacional de Inclusão da Pessoa com Deficiência, conhecido como Cadastro-Inclusão, um registro público com dados de identificação e socioeconômicos da PCD. A LBI também aumentou a parcela das loterias federais ao incentivo ao esporte, multiplicando por três os recursos destinados o esporte paralímpico.

Veja detalhes na reportagem feita pelo Senado Federal quando a LBI foi aprovada.

Bancários

Durante a Campanha Nacional de 2022, o Comando Nacional dos Bancários deu especial atenção à questão na rodada de negociação com os bancos do dia 6 de julho. As cláusulas relacionadas aos bancários com deficiência incluíram cursos de formação, conhecimento de Libras por pelo menos um funcionário por setor, promoção de acessibilidade universal, subsídio a aquisição de equipamentos (cadeiras de roda, muletas, prótese, bengala, óculos, aparelho auditivo, órteses) e a concessão de transporte especial e de financiamento de veículo.

Como assinala o secretário de Políticas Sociais da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Elias Jordão, “o movimento bancário trabalha constantemente pela plena inclusão e integração de trabalhadores e trabalhadoras com deficiência e contra qualquer forma de discriminação”. Elias lembra, ainda, que “também é dever de todos os cidadãos, sociedade e empresa, para que haja garantia para que o trabalho das PCDs seja feito em condições dignas e com respeito a suas limitações ou recomendações médicas. Isso torna toda a sociedade mais humana”.

Fonte: Contraf-CUT