Maio 14, 2025
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O Banco do Brasil apresentou nesta última quarta-feira (10) o resultado do lucro líquido ajustado do primeiro semestre de 2023. O crescimento no período, em comparação com o mesmo período do ano passado, foi de 19,6%, totalizando ganho de R$ 17,34 bilhões. No segundo trimestre do ano, o crescimento foi de 2,7% em relação ao trimestre anterior, totalizando R$ 8,78 bilhões.

Por outro lado, em 12 meses, concluídos no final de junho, o banco fechou 1.282 postos de trabalho, sendo 426 postos no último trimestre.

“Ficamos preocupados com essa redução no quadro. Os lucros obtidos pelo banco são graças ao trabalho das milhares de bancárias e bancários. E, um corpo funcional mais reduzido, significa aumentar a pressão sobre eles para que correspondam às metas”, ressaltou a coordenadora da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), Fernanda Lopes. “Nós já fizemos essa exigência em mesa de negociação com o banco, que é a abertura de mais concursos públicos. Também estamos atuando sobre mudanças no programa de metas”, completou.

Se por um lado, foi relevante o volume de desligamentos de funcionários, por outro, no semestre houve apenas a redução de uma agência tradicional, em comparação a junho de 2022, totalizando a manutenção de 3.172 agências tradicionais, além de 813 agências digitais ou especializadas.

O número de clientes (correntistas, poupadores e beneficiários do INSS) também apresentou crescimento, passando de 80,30 milhões para 82,65 milhões – aumento de 2,35 milhões, em 12 meses.

“Nos últimos anos, o BB sofreu seguidos programas de reestruturação, que impactaram em menos funcionários e agências. Com a mudança de gestão no comando do BB, a partir de janeiro deste ano, nós, os trabalhadores, passamos a aguardar por uma mudança nessa maneira de enxergar o banco público, que não deve se limitar apenas na busca por lucros, mas em ser um banco para o desenvolvimento de setores importantes ao país, atuante em todas as regiões e que, para isso, fortalece também o seu quadro de funcionários”, pontuou Fernanda Lopes, lembrando que o último concurso público realizado pelo BB, em abril, não foi suficiente para recompor a redução de quadro que a empresa sofreu nos últimos anos.

As despesas do BB com pessoal, no período de 12 meses, apresentaram aumento de 9,5% (incluindo o pagamento da Participação nos Lucros ou Resultados/PLR), e totalizaram R$ 13,53 bilhões. “Esse valor reflete o reajuste salarial conquistado pelos trabalhadores na convenção coletiva de trabalho da categoria, em setembro de 2022”, observou a coordenadora da CEBB.

Aumento na carteira de crédito

A carteira de crédito ampliada (que corresponde à carteira de crédito classificada adicionada das operações com títulos e valores mobiliários privados adquiridos pelo BB e das garantias prestadas) cresceu 13,6% em 12 meses, totalizando R$ 1,044 trilhão.

Outras carteiras que também apresentaram crescimento nos últimos 12 meses foram: agronegócio, em 22,7% (R$ 321,6 bilhões), seguida pela carteira de pessoa jurídica, 10,4% (R$ 371,8 bilhões) e pessoal física, 10,0% (R$ 302 bilhões), com destaque, nesta última, para o crédito consignado (+9,3%).

Inadimplência e despesas de PCLD

O BB afirma que o índice de inadimplência para atrasos superiores a 90 dias ficou em 2,73%, aumento de 0,73 ponto percentual (p.p.) em relação a junho de 2022 – percentual ainda abaixo da inadimplência média do Sistema Financeiro Nacional (3,60%).

Já as despesas com provisão para créditos de liquidação duvidosa (PCLD), também chamada de provisões para devedores duvidosos (PDD), aumentaram em 40,1% em 12 meses, totalizando R$ 12,78 bilhões em junho de 2023. No segundo trimestre, as despesas com PDD aumentaram 108,9% em comparação ao 1º trimestre.

O banco aponta como principais fatores, para o provisionamento adicional, as linhas não consignadas da carteira pessoa física e o segmento large corporate (grande empresa), que pode ser traduzido como o caso Americanas, que entrou com pedido de recuperação judicial em janeiro e saiu do grau de risco F para G.

Confira aqui os destaques completos do balanço, apontados pela equipe da Subseção do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) na Contraf-CUT.

Confira aqui os destaques completos do balanço, apontados pela equipe da Subseção do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) na Contraf-CUT.

Fonte: Contraf-CUT

Começa nesta quinta-feira, 10 de agosto, o 17° Congresso Estadual da Central Única dos Trabalhadores do Estado do Rio de Janeiro (CUT-Rio).

O evento ocorre no Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações (Sinttel-RJ), localizado no bairro do Maracanã, no Rio de Janeiro, onde estarão reunidos sindicatos de todo o estado, debatendo propostas que interferem no dia a dia das trabalhadoras e dos trabalhadores.

O Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense será representado pelos diretores e diretoras: Renata Soeiro, Newton França e Solange Ribeiro.

Serão discutidos temas de fortalecimento do sindicalismo cutista e organização interna, além de eleger a nova diretoria que ficará à frente da CUT-Rio no período de 2023-2027.

O primeiro encontro será realizado de forma híbrida, online pelo YouTube da CUT-Rio (@CUTRio) e presencial no Sinttel-Rio.

Após a abertura, irão acontecer mais dois encontros: dias 11 e 12 de agosto, totalmente presenciais.

Confira a programação abaixo.

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Sindicatos de bancários de todo o país têm recebido reclamações sobre as novas metas impostas às empregadas e empregados da Caixa Econômica Federal. “Estão propondo metas com curva de crescimento de mais de 100% de um mês para o outro. Algumas deveriam ter sido cumpridas desde o início do ano, mas a regra foi definida somente agora. E a Caixa ainda tem coragem de dizer que quem não conseguiu atingir o objetivo no primeiro semestre, pode corrigir agora no segundo”, afirmou indignado o empregado da Caixa e dirigente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Rafael de Castro.

A afirmação de que os objetivos não alcançados podem ser “corrigidos” no próximo semestre foi feita durante reunião de apresentação do Conquiste (sistema de metas e avaliação do banco) numa live para os empregados.

“E pior, existem metas que precisam ser cumpridas pelas lotéricas, e outras em transações dos clientes pela internet, que se não forem cumpridas, afetam o resultado da agência. Aí, o cliente chega no banco para contratar um financiamento, a gente precisa direcioná-lo para a lotérica, que nem sempre tem interesse. O cliente volta para o banco e a gente tem que fazer todo o processo e acompanhá-lo até a lotérica apenas para ele finalizar o procedimento”, explicou o dirigente da Contraf-CUT. “O mesmo acontece com transações pela internet, que fazemos todos os procedimentos pelo celular do cliente”, completou.

“Com isso, os já sobrecarregados empregados da Caixa realizam negócios e os direcionam à ‘rede parceira’ para finalização. Quem é remunerada e reconhecida é a ‘rede parceira’ por um serviço que não prestou, porque, o empregado teve que fazer isso para que sua agência não fosse penalizada”, criticou a diretora executiva da Contraf-CUT, Eliana Brasil. “E o empregado cai em uma armadilha, pois o banco utiliza estes dados para dizer que não precisa contratar mais empregados, pois os clientes estão utilizando os serviços de correspondentes bancários e realizando o autoatendimento pela internet”, completou.

Para a coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt, a impressão é que este tipo de meta é estabelecida por quem não tem nenhuma familiaridade com o cotidiano de trabalho na agência. “E ainda temos que ouvir elogios às redes parceiras, sendo que é a gente que executa todo o trabalho”, disse.

Meta de seguros

Outra crítica é com relação aos objetivos de venda de seguros (Caixa Seguridade). “Não levam em consideração a capacidade de produção e a falta de condições de trabalho nas unidades. Além disso, gera uma grande demanda de tempo de trabalho de muitos empregados e corresponde a um resultado em torno de 5% do balanço da empresa, enquanto no Conquiste chega a quase 1/3 do resultado”, disse o representante da Federação das Trabalhadoras e Trabalhadores do Ramo Financeiro do Estado do Rio de Janeiro (Federa-RJ), Rogério Campanate, acrescentando ainda que muitos dos resultados não são mensuráveis.

Meta de crédito

Outra crítica apontada pela representação dos trabalhadores às novas metas impostas pela Caixa é com relação aos objetivos a serem alcançados em contratos de financiamento. “Além de não levarem em conta as características da agência e sua capacidade de fechar tais contratos, querem que os empregados ofereçam um volume de crédito maior do que a dotação orçamentária disponibilizada”, informou representante da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Estado de São Paulo (Fetec/SP), Hugo Saraiva.

“E quando se fala de meta de crédito, na verdade, o que a Caixa quer dizer é a venda de seguros e outros produtos agregados, como cartões. E, como não tem dotação orçamentária para os contratos de financiamento, além de não haver condições de cumprir a meta exigida de crédito, também não há possibilidade de cumprir a meta destes produtos atrelados”, explicou Lizandre Souza Borges, representante da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Fetraf) dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo. “Apesar de não disponibilizar todos os recursos, a Caixa não reduz as metas. Nem dos contratos de financiamentos, nem dos produtos agregados”, completou.

O “novo” Conquiste tem itens de metas que não são mensuráveis como o tempo de espera. “O banco cobra dos empregados um resultado que sequer é capaz de mensurar, porque o sistema simplesmente não funciona e mais que isso, com a falta de empregados é desumana essa cobrança”, salientou Chay Cândida Fernandes, representante da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Fetrafi) do Nordeste.

“O orçamento necessário não existe, mas as metas desumanas, sistemas instáveis, equipamentos antigos, falta de orçamento para pagamento de hora extra, retrabalho, falta de suporte operacional, falta de valorização continuam existindo”, disse Fabiana Proscholdt.

Para a coordenadora da CEE, outro ponto fundamental a respeito dos objetivos determinados no Conquiste é a discrepância deles com a real necessidade/ capacidade das unidades, gerando uma carência de significado para os empregados. “Há muito tempo os objetivos não levam em consideração a capacidade de produção das unidades e muito menos sua vocação. O resultado desse absurdo é que unidades que atingiram a alta performance, caem de classe porque as metas desconsideraram a sustentabilidade da própria unidade”, explicou. “Soma-se a isso o verdadeiro apagão de conhecimentos de CRR (custos, receitas e resultados) por parte das equipes de gestores das unidades (há anos não se faz um treinamento com os gerentes a respeito do CRR)”, completou Fabiana Proscholdt.

Próxima reunião

A próxima reunião da CEE com a Caixa para tratar sobre metas e o Conquiste está marcada para o dia 16 de agosto.

“Teremos muito o que conversar em nossa próxima reunião de negociação com a Caixa. E que seja uma conversa com seriedade, para que haja soluções, sem que o banco tente tapar o sol com a peneira e pare de prejudicar os empregados e a população, que sofrem com o desmonte provocado pela gestão passada”, avaliou a coordenadora da CEE.

Fonte: Contraf-CUT

A Rede UNI Mulheres Brasil, na 11ª Oficina de Formação debateu em quatro painéis temas fundamentais para a luta por igualdade de gênero, tanto na sociedade como um todo, como no ambiente de trabalho. O encontro, que ocorreu na Praia Grande, em São Paulo, na última quarta (2) e quinta (3), teve como mote “Liberdade, equidade, respeito, amparo”.

A secretária da Mulher da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Fernanda Lopes, ressaltou “a participação das bancárias e bancários, que foi muito significativa. Assim, essa Oficina, que é um importante espaço formativo e de debates, permitiu grande troca de experiência entre pessoas de realidades diferentes, não apenas bancárias, mas de outros ramos também”.

Para Fernanda, “a Oficina foi muito exitosa ao refletir a unidade do movimento dos trabalhadores, com participação de várias centrais sindicais em sua organização, e isso é uma demonstração da consciência de todos sobre a necessidade do trabalharmos em conjunto para a reconstrução do Brasil em todos os setores”.

Debates

As mesas, no primeiro dia, trataram do feminismo, do papel social da mulher e de igualdade de oportunidades (com a chefa mundial do Departamento de Igualdade de Oportunidades da UNI Mulheres, Veronica Fernandez Mendez), da violência e assédio na vida das mulheres (apresentado pela consultora Ana Claudia Moreira Cardoso, com mediação de Fernanda Lopes, (que também é secretária de Atas da Rede UNI Mulheres Brasil).

No segundo dia, os painéis abordaram alienação parental, autonomia econômica e política de cuidados (com Rosane Silva, secretária-executiva do Ministério das Mulheres) e o plano de ação da Rede UNI Mulheres Brasil (com Andrea Garcia, da UNI Américas Igualdade de Oportunidades).

Fernanda Lopes avaliou que “o encontro foi importante para o debate franco sobre política de mulheres que de fato funcione. Tivemos um espaço de aprendizado para conhecermos mais nossos direitos, saber como ajudar, como identificar assédio sexual, agressão e violência contra a mulher, sempre que for preciso, para que os números de casos baixem, para que a gente realmente tenha um país com igualdade de gênero e de oportunidades”.

A suplente da diretoria do Sindicato dos Bancários do Piauí, Adriana Cirino, destacou a importância dos debates da Oficina para uma dirigente que está começando na atuação sindical, como é o seu caso. “Para mim, o encontro foi muito gratificante e útil. Além da preparação para luta em defesa da mulher, eu levo todo esse aprendizado para minha vida”. Adriana observou que “as oficinas nos preparam com informações da realidade em relação a todas as questões de gênero, como assédio sexual e moral, discriminação no mercado de trabalho, salários menores para as mulheres e tantos outros pontos fundamentais, para mantermos as garantias que temos hoje, como para o que ainda temos que conquistar”.

Fonte: Contraf-CUT

Acontece nesta quinta-feira (10), a partir das 19h, pela plataforma Zoom, oficina formativa sobre a Marcha das Margaridas, evento que acontece em Brasília, a cada quatro anos. Em 2023, ocorrerá entre os dias 15 e 16 de agosto.

“Esta será a 7ª Marcha das Margaridas, com previsão de reunir mais de 100 mil mulheres”, explica a secretária da Mulher da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Fernanda Lopes. “Neste curso, que será ministrado em parceria com a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), vamos falar da história da marcha, principais conquistas, o lema deste ano, além dos eixos formativos e a programação de 2023”, destaca.

“Esse curso é essencial porque a Marcha das Margaridas é uma das maiores mobilizações mundiais de rua e a oficina ajudará as pessoas a conhecer mais sua história e dinâmica de construção”, observou o secretário de Formação da Contraf-CUT, Rafael Zanon. 

Curso

Tema: Por que marchamos? Margaridas em luta pela reconstrução do Brasil e pelo bem viver

Quando: Quinta, 10 de agosto, às 19h

Clique aqui para inscrever-se e receber o link do curso, que será enviado por e-mail.

Histórico

O nome da marcha foi inspirado em Margarida Maria Alves. A nordestina e trabalhadora rural, ocupou por 12 anos a Presidência do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Alagoa Grande, na Paraíba, onde rompeu os padrões tradicionais de gênero no movimento sindical.

A trajetória de Margarida, morta cruelmente em frente de sua casa, no dia 12 de agosto de 1983, inclui a luta pelo direito à terra, pela reforma agrária, por educação, igualdade, direitos trabalhistas e vida digna para trabalhadores e trabalhadoras rurais.

Fonte: Contraf-CUT

A Secretaria de Formação da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES) junto com Secretaria de Formação da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), entidades que o Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense é filiado, irão realizar o Curso de Formação Sindical: Introdução à História do Movimento Sindical e as Ferramentas de Luta – Módulo I.

O curso acontece nos dias 15 e 16 de Setembro, no Auditório da Fetraf RJ/ES (Avenida Graça Aranha, 19/901 – Centro – Rio de Janeiro/RJ).

No dia 15/9, sexta-feira, das 9 horas às 18 horas.

Já no sábado, 16/9, das 9 horas às 11 horas.

QUEM PODE PARTICIPAR

O curso é direcionado aos dirigentes sindicais da base da Fetraf RJ/ES, preferencialmente novos e novas dirigentes, ou que ainda não participaram de atividades formativas.

Importante: As despesas com hospedagem, alimentação e transporte, ficará por conta dos Sindicatos.

INSCRIÇÕES

As inscrições vão até as 14 horas do dia 31 de agosto (quinta-feira), através do link: https://fetrafrjes.org.br/curso-formacao-sindical/

Para maiores informações ou dúvidas, os interessados devem entrar em contato com Elizabeth Paradela (Diretora da Fetraf RJ/ES), através do Telefone/WhatsApp: (21) 97985-0053.

O CURSO

A metodologia adotada no curso tem como base os estudos de Paulo Freire e Lev Vygotsky e tem como percurso a construção do conteúdo realizada de forma interativa a partir da mediação do formador com a utilização de diferentes estratégias educativas a partir de debates direcionados, textos, vídeos, informações e depoimentos orais, com a participação ativa dos dirigentes inscritos no curso.

Fonte: Fetraf RJ/ES

O Itaú Unibanco obteve Lucro Líquido Recorrente Gerencial – que exclui efeitos extraordinários – de R$ 17,2 bilhões, no primeiro semestre de 2023. O resultado representa alta de 14,2% em relação ao mesmo período de 2022 e de 3,6% no 2º trimestre de 2023, em relação ao anterior.

Ao final de junho de 2023, a holding contava com 88.078 empregados no país, com abertura de 375 postos de trabalho em doze meses. No entanto, no 2º trimestre, houve redução de 1.419 empregados(as). De acordo com o relatório do banco, essa diminuição se deve à reestruturação das áreas de TI e de atendimento e à redução de agências físicas. Em doze meses, foram fechadas 152 agências físicas no Brasil e abertas 78 agências digitais, totalizando 2.639 agências físicas e 427 agências digitais ao final de junho de 2023.

“Lucro significativo, num período de juros altos, diminuição de agências bancárias, demissão de funcionários e terceirização de vários setores bancários e aumento das agências digitais. Com essa política e a atual prática no mercado financeiro, não tem como não ter lucro nas alturas”, afirmou Jair Alves, coordenador da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú.

Além de tudo isso, acrescenta o coordenador, ainda ocorrem várias injustiças nos locais de trabalho. “O assédio moral vem aumentando a cada dia por cobrança de metas abusivas, falta de pessoal e demissão de funcionários com idade acima de 40 anos. Por isso, a Contraf-CUT, federações e sindicatos vão desenvolver uma campanha conjunta contra demissão, falta segurança nas agências e terceirização”, completou Jair Alves.

Veja aqui os destaques completos do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Fonte: Contraf-CUT

O Bradesco obteve Lucro Líquido Recorrente, que exclui efeitos extraordinários no resultado, de R$ 8,8 bilhões, no 1º semestre de 2023. O resultado representa queda de 36,5% em relação ao mesmo período de 2022. Na comparação trimestral, houve crescimento de 5,6%, já que o lucro líquido recorrente no 2º trimestre foi de R$ 4,52 bilhões, frente a R$ 4,28 bilhões do trimestre anterior.

O retorno sobre o Patrimônio Líquido (ROE) do banco ficou em 11,1%, decréscimo de 7,1 pontos percentuais (p.p.) em doze meses. De acordo com o relatório do banco, o aumento no resultado com Seguros, Previdência e Capitalização e a melhora gradual da margem com mercado, contribuíram com a absorção do impacto das maiores despesas com PDD (R$ 9,3 bilhões), que continuam pressionadas pelo cenário de endividamento, em especial das micro e pequenas empresas e, nesse caso impactaram negativamente no resultado do semestre em relação ao 1º semestre de 2022.

Mesmo com números tão expressivos, a holding Bradesco encerrou o 1º semestre com 85.284 empregados, com fechamento de 2.845 postos de trabalho em doze meses, 928 no trimestre. Em relação à estrutura física, em doze meses foram fechadas 139 agências, 316 PABs e 245 unidades de negócios. Somente no segundo trimestre, foram fechadas 68 agências; 110 PAB’s e 68 unidades de negócios.

“Como diz nossa campanha: a vergonha continua no Bradesco. Mesmo lucrando bilhões, o banco fecha postos de trabalho e agências físicas. É uma total falta de responsabilidade social, com tremendo desrespeito aos trabalhadores e clientes. Isso precisa acabar”, afirmou Magaly Fagundes, coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Bradesco.

Leia aqui os destaques completos do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Fonte: Contraf-CUT

A 22ª Festa dos Bancários e das Bancárias da Baixada Fluminense já tem data para acontecer! Será no dia 26 de agosto, sábado, a partir das 9 horas.

A festa é promovida pelo Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense e será realizada no já conhecido e tradicional Sítio Mazaropi, localizado em Santa Cruz da Serra, que dispõe de uma grande infra-estrutura com piscinas, salão coberto, campo de futebol, parque infantil, salão de jogos, vestiários, bares, etc.

A festa contará com atrações musicais, sorteios e churrasco liberado. Bebidas à parte.

INFORMAÇÕES

- A identificação na entrada do evento será obrigatória. Levar o crachá do banco OU contracheque;

- Sindicalizados: entrada gratuita para a(o) bancária(o), seus dependentes que constam na ficha de sindicalização e um convidado. Caso queiram levar mais convidados que não constem no cadastro, será cobrado R$ 100 por pessoa;

- Não sindicalizados: entrada gratuita SOMENTE para a/o trabalhador bancária(o), sem direito a levar dependentes. R$ 100 para cada convidado;

IMPORTANTE: haverá sindicalização no local. Caso ocorra a sindicalização, a condição para o não-sindicalizado, será o de sindicalizado;

- Aposentados: entrada gratuita com direito aos dependentes que constam no sistema. Para convidados extras, R$ 100 por pessoa;

- Licenciados, com o contrato suspenso, terão a mesma condição dos sindicalizados. (6 meses de carência, mesmo sistema utilizado no departamento dentário e preenchendo nova ficha de sindicalização);

- Estagiários, vigilantes e funcionários da limpeza: entrada gratuita, sem direito a levar dependentes. Para cada convidado, será cobrado o valor de R$ 100.

- Sorteio somente para as bancárias e bancários SINDICALIZADOS que estiverem presentes no evento no momento e com pulseira.

- Crianças: para os bancários SINDICALIZADOS, crianças até 5 anos de idade não pagam. Crianças de 6 a 9 anos, caso não estejam na cota permitida de 1 convidado e não sejam dependentes, pagam R$ 50. Para todos os outros casos, a criança pagará o valor normal de R$ 100.

EVENTO

Dia: 26 de Agosto (sábado)

Horário: a partir das 9 horas

Local: Av. dos Coqueiros, 375 Santa Cruz da Serra - Rodovia Washington Luiz, Duque de Caxias (Saída 107 da Washington Luiz - próximo a Praça do Codora)

O almoço será servido a partir das 10 horas.

Evite o desperdício!

DOAÇÕES

O Sindicato estará recolhendo alimentos não perecíveis para doação à instituições que ajudam pessoas carentes. CONTRIBUA! DOE!

Não percam e até lá!

O encerramento dos trabalhos da 25ª Conferência Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro abordou o tema “Transformações no mercado de trabalho e organização do ramo financeiro”, com as apresentações dos economistas da subseção da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Vivian Machado e Gustavo Machado Cavarzan.

Vivian abordou as novas tecnologias bancárias, como inteligência artificial (IA), e como isso afeta a segurança no sistema financeiro. De acordo com ela, o mundo está passando pela quarta revolução industrial, com a fusão de tecnologias que está combinando as esferas física, digital e biológica.

A enorme popularidade do ChatGPT gerou todo tipo de discussões e especulações sobre o impacto que a inteligência artificial generativa já está tendo e terá em nosso futuro próximo. Por isso, o mundo todo está correndo para regulamentar essa novidade. Em junho, a União Europeia (EU) deu um grande passo para estabelecer regras – as primeiras do mundo – sobre como as empresas podem usar a inteligência artificial. É um movimento ousado que o bloco espera que abra caminho para padrões globais para uma tecnologia usada em tudo, desde chatbots como o ChatGPT da OpenAI até procedimentos cirúrgicos e detecção de fraudes em bancos.

No Brasil, o Congresso Nacional está trabalhando na construção do Marco Regulatório da Inteligência Artificial. O projeto prevê avaliação de riscos, responsabilização dos agentes envolvidos e direitos de pessoas eventualmente afetadas pela IA. O texto descreve as obrigações da autoridade competente para fiscalizar, a ser definida pelo Executivo, e sugere os valores das multas em caso de infração às regras. O projeto será analisado pelas comissões temáticas do Senado.

“É importante acompanharmos todo esse debate, pois o setor bancário é líder em investimento privado em tecnologia no Brasil e no mundo”, explicou Vivian, ao relatar que, em 2022, os gastos em tecnologia dos bancos chegaram a R$ 34,9 bilhões, com crescimento de 18% em relação a 2021.

A economista apresentou alguns pontos da Pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária 2023 para mostrar como a agenda 2023 nos bancos será baseada no uso da IA como tecnologia essencial para automação e eficácia. “A inteligência artificial continua uma das tecnologias prioritárias das áreas de TI dos bancos, sendo aplicada principalmente na segurança cibernética, na automação e na eficácia dos assistentes virtuais”, aponta o documento. “A aplicação de soluções de inteligência artificial começou pela temática antifraude e, agora, está voltada para o CRM – sistema, onde se podem armazenar os diversos dados de clientes tais como informações de contato, produtos utilizados e interações”, diz outro trecho.

Novos modelos de negócios

Vivian Machado também abordou a expansão dos bancos digitais. Só em 2022, 28 novas fintechs surgiram. Fintech é uma empresa que tem como objetivo otimizar serviços relacionados às finanças das pessoas ou de empresas, utilizando inovação e tecnologia. O termo surgiu a partir da junção das palavras em inglês financial (financeiro) e technology (tecnologia). Com esse crescimento, quase 80% da população brasileira têm conta em banco tradicional e digital. Por isso, o Banco Central (BC) criou o Open Finance ou sistema financeiro aberto, que é a possibilidade de clientes de produtos e serviços financeiros permitirem o compartilhamento de suas informações entre diferentes instituições autorizadas pelo BC e a movimentação de suas contas bancárias a partir de diferentes plataformas, e não apenas pelo aplicativo ou site do banco, de forma segura, ágil e conveniente. “Atualmente, uma instituição ‘não enxerga’ o relacionamento que os clientes possuem com outras instituições, o que – teoricamente – prejudica a competição entre elas”, explicou Vivian. “Com o Open Finance, as instituições se conectam diretamente às plataformas de outras instituições participantes e acessam, exatamente, os dados autorizados pelos(as) clientes. Todo o processo é feito em ambiente seguro e a permissão poderá ser cancelada pela pessoa quando ela quiser”, completou.

A implantação do Open Finance no Brasil tem o potencial de injetar R$ 760 bilhões (US$ 157 bi) na concessão de crédito, sendo R$ 460,7 bi para pessoas físicas – considerando o potencial total de adesão dos consumidores à modalidade. Mas, a julgar por uma nova pesquisa realizada pela consultoria Capgemini, esse potencial pode levar tempo para se materializar.

O levantamento mostrou que o “nível de maturidade” das empresas em relação à novidade – que já vem sendo implantada há 30 meses, mas ainda está na metade da agenda – é de 6,4% para as empresas e de 5,3% para pessoas. No caso das pessoas, responsáveis por 90% dos 15 milhões de compartilhamentos únicos concedidos (que representa 16% dos bancarizados), o principal motivo é a preocupação com segurança, e o segundo é não enxergar motivos nem vantagens para compartilhar dados. Considerando compartilhamentos totais (um cliente pode autorizar mais de um), o número em maio chegava a 32 milhões.

Real digital

O BC estuda a emissão do real digital, iniciativa que criará a versão com tecnologia cripto da moeda brasileira. Uma Moeda Digital de Banco Central (CBDC, na sigla em inglês) é uma criptomoeda, que como qualquer moeda digital, apoia-se em uma tecnologia blockchain para existir, mas que é emitida e controlada pela autoridade monetária do país, com valor exatamente igual ao da contraparte física. Ou seja, um real digital deve sempre valer R$ 1,00.

A ideia de emitir versões tokenizadas das divisas soberanas veio do setor privado, que criou as chamadas stablecoins, que são criptomoedas atreladas ao valor de uma moeda tradicional soberana como dólar, euro e real. A maior de todas as stablecoins, o tether (USDT), cresceu mantendo a paridade de um para um (1:1) com o dólar estadunidense.

Essas moedas foram criadas para atender à necessidade dos usuários de entrar no mundo dos criptoativos sem as limitações do sistema financeiro tradicional. Isso significa que, para estes investidores, era importante ter uma representação do dólar (ou do real) que pudesse ser operada 24 horas por dia, sete dias por semana, e sem a cobrança de taxa de conversão de câmbio na hora de trocar essa moeda por algum criptoativo.

O sucesso das stablecoins privadas chamou a atenção dos bancos centrais, que passaram a estudar a possibilidade de criar suas próprias criptomoedas. O benefício para a autoridade monetária é poder ter o controle da blockchain, tornando mais difícil o uso desses ativos para lavagem de dinheiro, por exemplo.

Evolução e tendências

Gustavo traçou um cenário do emprego no ramo financeiro. Ele apontou que o setor financeiro brasileiro passou por uma verdadeira reestruturação, com mudanças nas tecnologias, na legislação trabalhista, na regulamentação do BC e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), na política econômica do país e no papel dos bancos públicos, o que alterou drasticamente o modelo de negócios.

O principal impacto foi no emprego. Conforme o diagnóstico apresentado, desde a reforma trabalhista feita logo após o golpe de 2016, contra a presidenta Dilma Rousseff, os bancários foram fortemente atingidos após. Em 2019, pela primeira vez na história, a categoria passou a representar menos da metade do emprego formal no ramo financeiro. Em 1994, eram 80%; em 2012, 59%; em 2019, 47%; e em 2021, caiu para 44% do ramo financeiro formal, enquanto as demais categorias passaram a 56%. “Isso é muito preocupante, porque a categoria bancária representa o núcleo central do ramo financeiro, com sindicalismo forte e capaz de exigir acordo coletivo consistente, inclusive com cláusulas sociais”, observou Cavarzan. “A fragmentação do emprego no ramo financeiro nos indica que a estrutura sindical atual brasileira dificilmente dará conta de responder aos desafios colocados”, completou.

De acordo com o Relatório do Fórum Econômico Mundial 2023 sobre o Futuro do Trabalho, as funções que mais crescem estão sendo impulsionadas pela tecnologia e pela digitalização. Big data, por exemplo, está no topo da lista de tecnologias que devem criar empregos. A previsão é comprovada na comparação de trabalhadores em ocupações nas áreas de Tecnologia da Informação (TI) nos bancos privados entre 2012 e 2021. Em 10 anos, o número de trabalhadores em ocupações relacionadas à TI passou de 14,4 mil para 24,6 mil, crescimento de 70,4%. Entretanto, a proporção das mulheres nestas ocupações diminuiu.

Enquanto a categoria bancária perdeu mais de 70 mil postos de trabalho, outros segmentos tiveram forte expansão. A proporção de trabalhadores em cooperativas de crédito em relação a categoria bancária saiu de 8% para 21%; e a de securitários, de 36% para 56%. “A fragmentação se dá não só em diferentes categorias profissionais, mas em diferentes formas de contratação, como autônomos, MEIs, PJs e plataformizados”, explicou o economista.

As diferenças não param por aí. Enquanto 42% da base da categoria bancária estão em empresas públicas, nas demais categorias do ramo financeiro mais de 90% da força de trabalho estão no setor privado, com maior rotatividade. Na categoria bancária, um terço da força de trabalho tem jornada de até 30 horas e 16,8% jornada de 41 a 44 horas semanais. Nas demais categorias do ramo, apenas 7,7% das pessoas têm jornada de até 30 horas, enquanto 47% têm jornada de 41 a 44 horas semanais. “Os trabalhadores e trabalhadoras que se expandem no ramo financeiro são representados por diferentes e diversos sindicatos – ou não têm representação sindical alguma – e têm condições de trabalho inferiores ao núcleo central da categoria bancária, cada vez mais reduzido”, elucidou Cavarzan.

Em termos de padrões de remuneração é possível observar que enquanto na categoria bancária prevalecem as faixas salariais acima de cinco salários-mínimos, entre as demais categorias do ramo financeiro prevalece a faixa salarial de até três salários-mínimos, com quase metade dos trabalhadores.

Para Gustavo Cavarzan, parece fundamental debater mudanças na estrutura sindical brasileira e também nas estratégias internas do movimento sindical para fazer frente a essa nova composição do mercado de trabalho. “Nessa empreitada, é fundamental conhecer a realidade regional de cada base para definir prioridades e planos de ação”, finalizou.

Fonte: Contraf-CUT