Maio 02, 2025
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Uma das grandes perversidades da nova Lei Trabalhista, sancionada pelo ilegítimo e golpista Michel Temer (MDB-SP), que entrou em vigor em novembro de 2017, é a alteração do texto que trata do trabalho no período de gravidez ou amamentação de uma mulher. 

O texto da nova Lei, que alterou 113 pontos da legislação e praticamente rasgou a CLT, prevê que a mulher gestante ou lactante poderá trabalhar em locais insalubres. Antes, quando a mulher engravidava, automaticamente era afastada de atividades consideradas perigosas para a sua saúde e a do bebê, independentemente do grau de insalubridade - máximo, médio ou mínimo. 

Com a nova lei, a mulher que trabalha em condições de insalubridade média ou mínima será afastada apenas se conseguir um atestado médico, que geralmente é cedido pelo médico do trabalho da própria empresa. 

Isso significa que é o médico quem vai decidir se a trabalhadora de uma fábrica, exposta a barulhos ensurdecedores e repetitivos, poderá ser afastada ou não. É o que ocorrerá também com as trabalhadoras da saúde, como é o caso das enfermeiras que, nos hospitais, são expostas ao perigo do contágio de doenças, contato com produtos químicos e proximidade com aparelhos de raio-x ou ultravioleta. Esses são casos de insalubridade considerados de grau médio, de acordo com a Norma Regulamentadora nº 15, do Ministério do Trabalho.

A secretária da Mulher Trabalhadora da CUT, Junéia Martins Batista, diz que o texto da nova Lei contradiz todos os princípios da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e da Organização Mundial da Saúde (OMS). 

“Tem muita contestação também de ministros do próprio Tribunal Superior do Trabalho a respeito da legislação”, ressalta Junéia. 

O professor titular da Unicamp, Roberto Heloani, acredita que o grande problema está em como o Judiciário irá interpretar e aplicar essa nova Lei, uma vez que submeter as trabalhadoras a condições insalubres fere o princípio básico de respeito à dignidade humana e à função social do trabalho, previstos na Constituição Federal.

“Já é um absurdo qualquer trabalhador se sujeitar a condições insalubres de trabalho, no caso de gestantes é absurdamente anticonstitucional”, contesta Heloani, que também é especialista em assédio moral e sexual e ética no trabalho.

Segundo Heloani, é um direito da trabalhadora se sustentar sem violentar o seu corpo e sua alma. “Imagina o sentimento de culpa que a mulher terá ao arriscar a sua vida e a de seu filho, submetendo-se a condições insalubres porque a empresa obriga. É uma violência psíquica irreparável”, critica.

Insalubridade no local de trabalho

A secretária da Mulher Trabalhadora da CUT explica que as gestantes ou lactantes devem ser transferidas de local, caso o ambiente de trabalho afete a sua saúde ou a do bebê. Quando não é possível fazer essa mudança, como é o caso de muitas fábricas do ramo químico, a trabalhadora deve ser afastada. 

Porém, segundo ela, a nova Lei dificultou esse entendimento ao passar a exigir atestado quando o grau de insalubridade for mínimo ou médio. “Da forma como está redigido o texto, é como se fosse uma negociação, mas a decisão é apenas dos patrões”, critica. 

“Quem vai pedir um atestado médico se tiver o medo de perder o emprego?”, questiona Juneia, que completa: “A negociação, na verdade, não existe. As trabalhadoras precisam do emprego e o patrão vai ter sempre uma posição de superioridade frente a isso”. 

A pesquisadora da Fundacentro (Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho), Maria Maeno, explica que são as empresas que definem o grau de insalubridade a que as trabalhadoras estão expostas. Segundo ela, está aí um dos grandes problemas. 

“No geral, as empresas não utilizam a metodologia e a aparelhagem correta para medir o grau de insalubridade. Além disso, tem o interesse dos empresários, que nem sempre estão dispostos a apurar corretamente, pois não querem pagar o adicional de insalubridade a que são obrigados por lei”, denuncia a pesquisadora. 

Ela explica que é a própria empresa que registra no chamado E-social todas as substâncias e condições a que as trabalhadoras ficam expostas. “São vários os aspectos envolvidos nessa relação que sempre prejudicam a gestante. A trabalhadora fica completamente na mão da empresa”, critica.

Para a secretária da Mulher Trabalhadora da CUT, além da disputa jurídica sobre o entendimento da legislação e da ação sindical para reverter esse cenário, é fundamental que os colegas de trabalho e a família interfiram nesses casos como forma de garantir a essas mulheres o direito de exercer a sua atividade com dignidade e a segurança necessária à sua saúde e do bebê. 

Proposta reduz período sobre o qual é possível requerer direitos na Justiça, limita prazo para ingressar com ação, aumenta jornada e reduz aviso prévio

O ano somente começou e outra bomba armada no Congresso Nacional está mais perto de explodir no colo dos trabalhadores. Uma Proposta de Emenda à Constituição de autoria do deputado Mauro Lopes (PMDB-MG), a PEC 300/2016, determina que o trabalhador só poderá ingressar na Justiça para requerer direitos – como horas trabalhadas e não pagas corretamente – retroativos a dois anos após o fim do contrato de trabalho. E a ação só poderá ser movida em um prazo de, no máximo, três meses após a demissão.

Atualmente, o trabalhador pode ingressar com ação para requerer os direitos dos últimos cinco anos anteriores ao fim do contrato de trabalho. E a ação pode ser ingressada até dois anos após a demissão. 

A PEC 300 também determina que os valores em litígio sejam obrigatoriamente debatidos em uma Comissão de Conciliação Prévia (CCP) antes de a Justiça ser acionada. As CCPs (ou Comissões de Conciliação Voluntária) são um fórum extrajudicial, atualmente facultativo, formado entre representantes do empregador, do funcionário e do sindicato, para debater os direitos trabalhistas em questão sem a necessidade de recorrer aos tribunais.

“O problema é que o empregador poderá postergar o agendamento da CCP para fazer com que o funcionário perca o prazo de três meses para ingressar com ação na Justiça”, alerta o secretário de Assuntos Jurídicos do Sindicato, João Fukunaga.

Atualmente, a Justiça entende que a CCP não é obrigatória. E mesmo se o funcionário optar por recorrer a este meio, o prazo para ingressar com ação na Justiça, que atualmente é de dois anos, fica suspenso. Portanto, não há risco de prescrição.

E os ataques contidos na PEC não param por aí. A proposta também prevê aumento da jornada de trabalho de oito para 10 horas e aviso prévio de apenas 30 dias. Pela lei atual, o aviso prévio é proporcional ao tempo de contrato de trabalho. Cada ano trabalhado acresce três dias no aviso prévio, que é de no mínimo 30 no máximo 90 dias.

A Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) dos Bancários garante aviso prévio ainda maior: de até 120 dias, nas seguintes regras: entre 0 e 5 anos trabalhados, 60 dias; de 5 a 10 anos, 75 dias; de 10 a 20 anos, 90 dias; a acima de 20 anos 120 dias.

Tramitação
No dia 31 de janeiro, foi designado o deputado L uiz Fernando Faria (PP-MG) para a relatoria da PEC (300/2016) na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara. Para se converter em emenda constitucional, a proposta precisa dos votos favoráveis de 308 dos 513 deputados e de 54 senadores, em dois turnos.  

“Este é mais um ataque direcionado aos trabalhadores arquitetado em um Congresso Nacional dominado por empresários ou por parlamentares que defendem os interesses patronais. E é mais um exemplo concreto da importância de se eleger representantes comprometidos com os interesses e direitos dos trabalhadores”, alerta João Fukunaga.

> Por que estão acabando com nossos direitos?

No ano passado, foi aprovada e entrou em vigor a reforma trabalhista (Lei 13.467/2017). Dentre outros pontos prejudiciais aos trabalhadores, a nova lei determina que o empregado que acionar o empregador na Justiça e perder a ação, terá de arcar com as custas do processo, incluindo os honorários advocatícios da empresa.

> Saiba o que mudou com a reforma trabalhista de Temer

Fonte: SPBancários

Um estudo divulgado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) aponta uma arrecadação potencial superior a R$ 25 bilhões no ano para a Previdência Social que poderia ser obtida sem desemprego e o nível atual de informalidade no mercado de trabalho. Elaborado pela subseção do Dieese na entidade, o estudo considera a força de trabalho brasileira, medida pelo IBGE, e o impacto da eventual contribuição de desempregados e trabalhadores informais no país.

"Para receber um benefício como auxílio-doença, salário-maternidade, entre outros, é preciso contribuir para a Previdência Social. E sabemos que boa parte de quem se encontra na informalidade não consegue fazer esta contribuição. Precisamos de empregos de qualidade, com salário digno e relações formais para assegurar o direito de todos e todas ao sistema previdenciário brasileiro", afirma o presidente da Contag, Aristides Santos.

Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad-C), do IBGE, mostra uma média, em 2017, de 90,6 milhões de ocupados e 13,2 milhões de desempregados no país. Entre os ocupados, 33,3 milhões de empregados com carteira e 10,7 milhões sem carteira assinada, além de 22,7 milhões de trabalhadores por conta própria, entre outras categorias.

Os ocupados tinham rendimento médio de R$ 2.141, caindo para R$ 1.234 entre os sem-carteira. O salário mínimo (R$ 937 no ano passado) era a remuneração de 48 milhões de pessoas, segundo estimativa do Dieese, número que corresponde a quase metade dos ocupados. O instituto estima que o reajuste de 1,81% no mínimo este ano (abaixo da inflação) representará um incremento de R$ 10,5 bilhões na economia, incluindo a arrecadação tributária.

O estudo parte da suposição de que todos os 13,2 milhões de desempregados estariam trabalhando e recebendo como remuneração o correspondente a um salário mínimo. Com 8% da contribuição previdenciária, haveria uma arrecadação mensal a mais de R$ 914,5 milhões – R$ 11,9 bilhões no ano, considerando o 13º.

Ainda por esse cenário, caso os 10,7 milhões de empregados sem registro contribuíssem para a Previdência Social, com o salário médio de R$ 1.234, a arrecadação adicional seria de R$ 1,06 bilhão por mês e R$ 13,7 bilhões/ano.

"A geração de emprego com carteira assinada bem como a formalização no mercado de trabalho diminuiria o suposto 'déficit' líquido previdenciário em 2017 na ordem de R$ 25,6 bilhões – isso desconsiderando nos cálculos os 22,7 milhões de trabalhadores por conta própria, 6,2 milhões de trabalhadores domésticos e 2,2 milhões de trabalhadores familiares auxiliares que, em sua maioria, estão fora do sistema previdenciário", diz a Contag.

Sete ex-administradores do banco Panamericano foram condenados à prisão pela Justiça Federal de São Paulo por gestão fraudulenta, apropriação indevida de recursos e outros crimes. O juiz João Batista Gonçalves, da 6ª Vara Criminal, acatou parcialmente a denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal (MPF) em 2016 sobre as fraudes contábeis que teriam sido cometidas pelos executivos do então Panamericano (atual banco Pan). O rombo na instituição, na época controlada pelo Grupo Silvio Santos, alcançou R$ 4,3 bilhões.

"A aparência de regularidade financeira permitiu induzir em erro todos os que mantinham relacionamento com o Panamericano, produzindo a confiança necessária para continuar com captação de recursos do mercado, sem qualquer perspectiva de cumprimento de obrigações assumidas", afirmou o juiz em sua decisão.

A decisão é de primeira instância e os réus poderão recorrer em liberdade.

Para Jair Alves, diretor executivo da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), responsável pela representação dos trabalhadores nas mesas de negociações com o banco Pan, os mais prejudicados nestes casos sempre são os funcionários. “Muitos perderam seus empregos, sofreram redução no percentual da participação nos lucros, entre outras perdas. É importante lembrar, também que o Panamericano era uma das financeiras com maior taxa de juros”, disse.

Wilson Aro, ex-diretor financeiro do Panamericano, foi condenado a 12 anos e seis meses de detenção em regime fechado, mais multa equivalente a R$ 436,56 mil. Rafael Palladino, ex-diretor superintendente do Panamericano, foi condenado a oito anos e seis meses de detenção em regime fechado. Luiz Sebastião Sandoval, ex-presidente do conselho de administração, pegou seis anos e seis meses em regime semiaberto. Eles também terão de pagar multas.

Eles eram os principais executivos do banco no fim de 2010, quando as fraudes foram descobertas. Em janeiro do ano seguinte, o BTG Pactual comprou da participação do Grupo Silvio Santos por R$ 450 milhões, operação financiada pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC). BTG e Caixa Econômica Federal passaram então a ser os controladores da instituição, rebatizada de banco Pan.

Também foram condenados à prisão em regime aberto ou semiaberto e ao pagamento de multas Marco Antônio Pereira da Silva, ex-chefe da contabilidade do Panamericano; Cláudio Baracat Sauda, ex-diretor de controladoria e ex-gerente de compliance; Adalberto Savioli, ex-diretor de crédito, e Luiz Augusto Teixeira de Carvalho Bruno, ex-diretor jurídico do banco.

Eduardo de Ávila Pinto Coelho, Marcos Augusto Monteiro, Maurício Bonafonte, Carlos Roberto Vilani, Elinton Bobrik, Mário Tadami Seó, Vilmar Bernardes da Costa, José Maria Corsi e João Pedro Fassina foram absolvidos por falta de prova suficiente.

O juiz também determinou a manutenção do bloqueio dos bens dos executivos condenados até o trânsito em julgado do processo.

As fraudes na contabilidade do banco pelo menos entre 2007 e 2010, de acordo com a denúncia do MPF. Neste período, receberam mais de R$ 100 milhões da instituição na forma de bônus e outros pagamentos. Em dezembro de 2009, menos de um ano antes da descoberta das fraudes, a Caixa tornou-se acionista do Panamericano ao comprar 35% do capital do banco, por R$ 740 milhões. A transação está sob investigação da Polícia Federal desde 2016.

Fonte: Contraf-CUT

Comitê é composto por juristas de diversos países, cuja atribuição é examinar a aplicação das Convenções e Recomendações da OIT pelos Estados membros

O relatório anual do Comitê de Peritos para Aplicação das Convenções e das Recomendações da Organização Internacional do Trabalho (OIT), divulgado na terça-feira (6), condenou a proposta de reforma Trabalhista do governo Michel Temer (MDB-SP) aprovada pelo Congresso Nacional, que entrou em vigor no dia 11 de novembro do ano passado.

Ao analisar como o Brasil está aplicando a Convenção 98, que trata do direito de sindicalização e negociação coletiva dos trabalhadores e trabalhadoras e é uma das oito convenções fundamentais da OIT, da qual o país é signatário, o Comitê de Peritos questionou o item da nova lei trabalhista que estabelece que o negociado prevalece sobre o legislado. Eles também mencionaram no relatório a regra que estabelece que o acordo individual pode se sobrepor ao acordo coletivo, já que o objetivo da negociação coletiva é que esta resulte em melhores condições de trabalho do que os já previstos em lei.

A inclusão desses itens no relatório do Comitê de Peritos e as considerações preocupantes sobre a reforma Trabalhista, na prática, significam que o Estado brasileiro poderá estar dentro da lista de casos graves a serem analisados durante a próxima Conferência Internacional do Trabalho da OIT, que será realizada entre os dias 28 de maio a 8 de junho deste ano, em Genebra, na Suíça, explicou o secretário de Relações Internacionais da CUT, Antonio Lisboa.

O dirigente alerta que o Estado brasileiro pode até vir a ter que responder internacionalmente por violações não só à Convenção 98, mas também as convenções 151, que trata da negociação coletiva entre trabalhadores do serviço público e as três esferas de governo, e a 154, que trata do incentivo à negociação coletiva, disse o dirigente.

A reforma Trabalhista implementada pelo governo Michel Temer (MDB-SP) tem sido alvo de inúmeras críticas, tanto no âmbito nacional quanto internacional, e foi alvo de diversas intervenções da CUT nas reuniões e encontros internacionais realizados no ano passado, tanto pela OIT quanto por outras entidades ligadas ao mundo do trabalho.

“A análise dos peritos da OIT deste ano foi justamente resultado dessas intervenções e questionamentos feitos”, ressalta o secretário de Relações Internacionais da Central Única dos Trabalhadores, Antônio Lisboa.

Segundo o secretário, “a prioridade agora será colocar o Brasil novamente na lista de casos de violações graves às convenções da OIT que são analisadas todo ano na Conferência”.

“Seguiremos na luta para reverter esse monstruoso ataque aos direitos da classe trabalhadora”, concluiu Lisboa.

 

Fonte: CUT BRASIL

As tradicionais feijoadas mensais que acontecem em nossa Sede de Duque de Caxias e na SubSede de Nova Iguaçu voltam neste mês de fevereiro e já tem as datas definidas:

Dia 22/02 - Sede de Duque de Caxias

Dia 23/02 - SubSede de Nova Iguaçu

Esperamos todos nossos associados para mais dois eventos imperdíveis e deliciosos.

Até lá!

Jorge Luiz Souto Maior, titular da 3ª Vara do Trabalho de Jundiaí (SP), publicou em seu blog um texto sobre uma das maiores polêmicas dos últimos dias no Brasil: o auxílio-moradia para juízes e as declarações de Sergio Moro, juiz da 13.ª Vara Criminal Federal de Curitiba, sobre o recebimento por ele do benefício, mesmo possuindo imóvel próprio na mesma cidade em que exerce suas funções.

Para Souto Maior, “considerando os termos do § 4º. do art. 39, o auxílio-moradia, da forma como concebido, ou seja, por meio de uma decisão judicial, que declarou, inclusive, sua natureza indenizatória, sob o fundamento de se prover juízes em razão de ausência de moradia oficial, é flagrantemente inconstitucional”.

O juiz da 3ª Vara do Trabalho de Jundiaí (SP) explicou ainda que o auxílio-moradia não é concedido indistintamente para todos os juízes, como disse Sergio Moro para justificar o privilégio. Souto Maior disse que, o juiz que quiser receber o privilégio deve solicitar expressamente o pagamento.

Para o juiz de Jundiaí, além de ser inconstitucional, “ concessão do auxílio-moradia é também irregular porque a decisão judicial que lhe constitui é de flagrante parcialidade vez que, inexplicavelmente, não atinge a outros trabalhadores na mesma situação”.

Em determinado trecho do texto, Souto Maior ainda faz uma crítica velada às acusações que estão sendo feitas por procuradores do Ministério Público de Curitiba, que respaldadas por Sergio Moro, ao lembrar que “vivemos um momento grave na nossa história em que as convicções estão sendo utilizadas para solapar garantias constitucionais e preocupa-me muito quando o Judiciário, envolvido no dilema, reproduza a mesma lógica, vez que isso só reforça as práticas ilegais e abala a legitimidade do Judiciário para corrigi-las.”

Leia a íntegra do texto que o juiz Jorge Luiz Souto Maior publicou em seu blog.

Fonte: Contraf-CUT

Os representantes do Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas reunidos, nesta quarta (7), na sede da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae), em Brasília, definiram série de ações para ampliar e fortalecer a luta pelo banco público. Entre as iniciativas previstas para o ano estão a elaboração de carta-compromisso aos candidatos que concorrerão às eleições de outubro, vinculando a manutenção da Caixa ao desenvolvimento do Brasil; divulgação da campanha ´Defenda a Caixa você também´ com a presença de personalidades e denúncias sobre as intervenções do Ministério da Fazenda na gestão da instituição, já que agora, com o novo estatuto, questões como acordos coletivos, PLR, contratações e Saúde Caixa passam a ter que ser aprovadas pelo Conselho de Administração, majoritariamente composto por integrantes desta Pasta.

“A defesa da Caixa precisa estar vinculada à defesa da democracia”, afirmou a coordenadora do comitê, Rita Serrano, que também é representante dos empregados no CA do banco e diretora da Fenae. Ela ressaltou, ainda, que a sobrevivência da Caixa em um futuro próximo vai depender da situação política do País e de um projeto de governo. Dentro dessa perspectiva, foi aprovada ainda a realização de um ato ou seminário em defesa da Caixa dentro do Congresso Nacional, buscando assim unir a luta pela manutenção do banco 100% público com a defesa da democracia, da cidadania e da justiça social. Na avaliação dos participantes do encontro, seja qual for a conjuntura predominante no País, o caráter 100% público da Caixa Econômica precisa ser reafirmado cada vez mais.

Balanço

Num balanço das ações promovidas pela campanha “Defenda a Caixa você também”, os integrantes do comitê consideram produtivos os resultados até então obtidos. Nessa etapa de intensificação, o foco central será a valorização dos empregados do banco, associado ao cenário eleitoral de outubro, com uma proposta de plano de governo preocupada com a democracia brasileira. Para o presidente da Fenae, Jair Pedro Ferreira, a falta de empregados é um problema crônico que tende a se agravar com o enxugamento cada vez maior da empresa. “A mobilização pela contratação de mais empregados é uma estratégia que anda de braços dados com a manutenção da Caixa 100% pública e com a luta contra os ataques às empresas estatais e aos bancos públicos”, pontuou.

Além de Rita e Jair, participaram da reunião do comitê a representante da Federação Nacional das Associações de Aposentados e Pensionistas da Caixa (Fenacef) e diretora da Fenae, Marlene Dias; o diretor de Relações Institucionais da Federação Nacional das Associações dos Gestores da Caixa (Fenag), Marconi Apolo; o presidente da Associação Nacional dos Engenheiros e Arquitetos da Caixa (Aneac), Fernando de Carvalho Turino e a diretora de Juventude da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT), Fabiana Uehara.  

Fonte: Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas

Enquanto o Itaú teve lucro exorbitante em 2017, o orçamento da União conta um déficit de R$ 124 bilhões, porque o governo desvia metade do orçamento para pagar juros e amortização da dívida

O Itaú Unibanco teve um lucro de R$ 24,9 bilhões no ano de 2017; um ganho 12,3% maior que o lucro que teve em 2016.

O jornal Valor de 6/2/208 [página A2] informa que devido ao lucro espetacular, o Itaú decidiu distribuir um “superdividendo” de R$ 17,6 bilhões aos seus acionistas – que não são mais que um punhado de rentistas e especuladores.

Enquanto o Itaú e a orgia financeira tiveram lucros exorbitantes em 2017, o orçamento da União teve um déficit de R$ 124 bilhões.

O déficit, registre-se, é gerado exatamente porque o governo federal desvia quase metade do seu orçamento para o pagamento de juros e amortização da dívida. É pura conversa fiada associar o déficit orçamentário brasileiro com os investimentos e programas sociais.

Segundo a Auditoria Cidadã da dívida, em 2015, por exemplo, a dívida tragou R$ 962 bilhões para beneficiar não mais que algumas centenas de rentistas, o equivalente a 42,43% do orçamento brasileiro – cifra que corresponde a quase uma década de financiamento do SUS, que é dedicado a 203 milhões de brasileiros.

Apesar do enorme dispêndio anual para o pagamento de juros e amortização, o estoque da dívida não diminui. Ao contrário, aumenta!

Em janeiro de 2015, a dívida estava em R$ 3,2 trilhões. Apesar do pagamento de R$ 962 bilhões, terminou o ano com um estoque de R$ 3,9 trilhões.

O obsceno sistema da dívida pública é o principal fator de corrupção do Brasil. Ele é a razão de ser do golpe e do regime de exceção implantado no país.

* Integrante do Instituto de Debates, Estudos e Alternativas de Porto Alegre (Idea), foi coordenador-executivo do 5º Fórum Social Mundial

FONTE: Rede Brasil Atual

Medida não prejudicará pagamento de contas

A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) aprovou, nesta quarta-feira (07/02) o projeto de lei 3.433/17, do deputado André Ceciliano (PT) que determina o feriado na quarta-feira de cinzas para as instituições bancárias. A proposta ainda será votada pela Casa em segunda discussão.

O texto também diz que as faturas de cobrança com vencimento na data do novo feriado serão postergadas até o primeiro dia útil subsequente, sem qualquer cobrança adicional ao consumidor.

De acordo com o autor, a medida também ajuda a melhorar o trânsito visto que as pessoas terão um dia a mais para pegar a estrada. "Essa é uma reivindicação antiga da categoria e nada mais justo após uma das festas mais importantes do nosso calendário, especialmente para a economia do nosso estado" disse o deputado.  

O Coordenador do Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense, Pedro Batista Fraga Henriques, um dos incentivadores e idealizadores da lei, comentou a importância desta lei: "O feriado bancário é uma reivindicação antiga da categoria. Agradeço ao Deputado Estadual André Ceciliano por atender nosso pedido. E parabéns a todo SindBaixada pela iniciativa e luta, que nunca para".